domingo, 28 de março de 2021

Ícone da Faria Lima, Luis Stuhlberger diz que errou em 2018 e que nunca mais vota em Bolsonaro

"Acreditei e votei no Bolsonaro em 2018, mas ele nunca mais terá o meu voto", diz o empresário Luis Stuhlberger, do Fundo Verde, um dos maiores do Brasil

Brasil 247, 28/03/2021, 06:15 h Atualizado em 28/03/2021, 08:14
  (Foto: Divulgação)

Os financistas da Faria Lima, em São Paulo, começam a abandonar o projeto neofascista de Jair Bolsonaro, que vem destruindo a economia, a saúde e a imagem do Brasil. O primeiro grande nome a assumir seu arrependimento é Luis Stuhlberger, gestor do Fundo Verde. "Certamente, o Brasil foi o pior país do mundo na condução do combate à pandemia. Se fosse possível dois países terem regimes opostos nas políticas de combate à pandemia, eu diria que seriam a China e o Brasil", disse ele em entrevista à jornalista Cristiane Barbieri, publicada no jornal Estado de S. Paulo. O empresário atribui a mudança recente de Bolsonaro à entrada do ex-presidente Lula na cena política.

O gestor diz ainda que Bolsonaro, com sua incompetência, está impondo um custo gigantesco à economia brasileira. "O custo do atraso é tranquilamente de 1,5% a 2% de perda no PIB este ano, algo em torno de R$ 130 bilhões a R$ 140 bilhões. Se for somado ao custo do auxílio emergencial, pode-se falar numa perda de R$ 200 bilhões no ano. Era muito melhor ter gasto esse dinheiro em vacinas", afirma.

Ele também prevê um segundo turno entre Lula e Bolsonaro. "Para mim, existe 90% de certeza de que o segundo turno no ano que vem será disputado entre Bolsonaro e Lula. Está longe, mas já se começa a pôr probabilidade no preço dos ativos, nos juros. Não se sabe qual Lula teremos em 2022: o do PT da última eleição, mais à esquerda, ou o de 2003 a 2008", afirma o empresário, que disse ainda não votará em Bolsonaro. "Nunca, na minha vida, votei em branco, porque sempre acho que existe um mal menor. Dessa vez, se for Bolsonaro contra Lula, vou ter de votar em branco, porque não há mal menor entre os dois. É um recado para o presidente, no sentido de que melhore, porque há muitas pessoas e eleitores que pensam como eu."

‘A conta do desastre Bolsonaro já chegou para a elite’, diz Paulo Nogueira Batista Jr.

“Não chegou da mesma maneira que chegou para o pobre, óbvio, porque as elites têm condições de se proteger mais. Mas todo mundo está correndo risco agora”, afirmou à TV 247 o economista em meio ao caos que vive o Brasil por conta da pandemia. Ele também comentou a provocação feita por Lula ao G20. 

Brasil 247, 26/03/2021, 18:26 h Atualizado em 26/03/2021, 18:32
   Jair Bolsonaro e Paulo Nogueira Batista Jr (Foto: Reuters | Brasil247)

O economista Paulo Nogueira Batista Jr., ex-vice-presidente do Banco dos BRICS, afirmou à TV 247 que as elites brasileiras já estão pagando o preço por terem apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro em 2018.

Com o desastre bolsonarista na condução da pandemia de Covid-19, mesmo os mais ricos não têm garantias de que conseguirão tratamento médico adequado caso contraiam a doença. A conta da eleição de Bolsonaro às elites, segundo o economista, “não chegou da mesma maneira que chegou para o pobre, óbvio, porque a classe média brasileira, as elites têm condições de se proteger mais. Mas todo mundo está correndo risco agora. Os hospitais da elite também estão com UTIs lotadas, falta de material, falta de pessoal, falta de insumos essenciais”. Ele também destacou o fracasso da política econômica de Bolsonaro, mais um fator que já faz a classe média se arrepender.

Para Paulo Nogueira Batista Jr., a elite achou que poderia controlar Bolsonaro após sua chegada ao Palácio do Planalto, assim como a direita alemã acreditou no passado que poderia controlar Adolf Hitler. “O pessoal da ‘escolha difícil’ achou que apoiando o Bolsonaro, evitaria o PT, e que acabaria conseguindo controlá-lo, algo muito semelhante ao que aconteceu na Alemanha em 1933, quando a direita tradicional apoiou a formação de um governo com Hitler na frente na expectativa de que conseguiria controlar aquele sujeito. O Bolsonaro se mostra incontrolável. Ele não permitiu o surgimento de nenhum superministro. O Bolsonaro é incontrolável. Eu não tenho a menor expectativa de que a gente possa enfrentar os problemas do país com esse sujeito na presidência. Quando é que a direita tradicional brasileira, essa que se autointitula ‘centro’, vai compreender isso? Vai compreender que o preço que eles vão pagar, também, mas sobretudo o povo mais pobre, a população em geral, é alto demais?”.

Lula e a convocação do G20

Paulo Nogueira Batista Jr. comentou ainda a provocação feita pelo ex-presidente Lula em entrevista à CNN norte-americana e depois ao jornal francês Le Monde aos presidentes dos Estados Unidos, Joe Biden, da França, Emmanuel Macron, e da Rússia, Vladimir Putin, para a convocação de uma reunião do G20 para acelerar a vacinação contra Covid-19 da população global.

Segundo o economista, Lula sabe da importância que o grupo teve na articulação da crise internacional de 2008 e tem consciência de que uma nova cooperação entre os países pode mitigar os efeitos da pandemia. “Essa sugestão do Lula foi muito interessante. Veja a sagacidade dele: falando com a CNN dos Estados Unidos, ele se dirigiu ao presidente Biden e disse a ele que está na hora de convocar uma reunião extraordinária do G20 para tratar exclusivamente do tema da vacinação, reconhecendo que esse problema da pandemia é um problema que transcende as fronteiras nacionais e exige a cooperação internacional. Poucos dias depois ele foi entrevistado pelo Le Monde e se dirigiu ao Macron também fazendo a mesma sugestão”.

“O Lula tem a memória do que foi o G20 na crise anterior, na grande crise internacional anterior a essa, de 2008 e 2009. Nesse contexto, o Lula teve um papel muito importante na transformação do G20, que já existia, em um foro presidencial, de líderes. Ele tinha uma relação boa com o George W. Bush, que era o presidente norte-americano naquele momento, e em diálogo com o Bush conseguiu que ele encampasse essa ideia de transformar o G20 em um foro de líderes, em substituição ao G7. Agora estamos enfrentando a segunda grande crise, e o G20 não tem tido papel visível. Então o Lula pensou: ‘por que o G20, que foi tão importante na crise anterior, não pode agora, em uma crise muito mais grave, atuar de maneira coordenada?’”, completou.

sábado, 27 de março de 2021

“Se Lula for candidato, é óbvio que vai vencer a eleição”, afirma Marcia Tiburi

“Se ele não for assassinado, se ele não for preso de novo, se não criarem alguma grande canalhice ou falcatrua contra ele”, a vitória do ex-presidente em 2022 é certa, diz a escritora. 

Brasil 247, 26/03/2021, 18:36 h Atualizado em 26/03/2021, 19:25
  Marcia Tiburi e Lula (Foto: Mídia NINJA | Ricardo Stuckert)

A filósofa e escritora Marcia Tiburi, em entrevista à TV 247, analisou o cenário político-eleitoral brasileiro após o ex-presidente Lula voltar de vez ao jogo com a anulação de suas sentenças na Lava Jato pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin e com o ex-juiz Sergio Moro declarado suspeito nos processos contra o petista pela Corte.

Para ela, candidatos da direita brasileira só terão bom desempenho na eleição de 2022 caso Lula seja retirado novamente do pleito. Se o ex-presidente não tiver seu direito de se candidatar retirado mais uma vez, sua vitória é certa, diz Tiburi. “Qualquer um se torna perigoso se o Lula sai da parada. Se Lula for candidato, se ele não for assassinado, se ele não for preso de novo, se não criarem alguma grande canalhice ou falcatrua contra ele, é óbvio que ele vai vencer a eleição. Ele é muita coisa para o Brasil, ele é a alma dos brasileiros, sabe falar com as pessoas. Não é só no sentido dos acúmulos de tudo que ele traz e de tudo que ele fez. A pessoa carismática do Lula faz qualquer um se apaixonar por ele. Ele desperta muitos desejos, desejos terríveis naqueles que se sentem atraídos por ele pelo ódio, e desejos apaixonados por pessoas pelo mundo afora”.

sexta-feira, 26 de março de 2021

Termo “Bolsonaro” vira xingamento nas ruas de Salvador

Institutos de pesquisa já apontavam a baixa popularidade do presidente na capital baiana, mas não se imaginava tanto

Revista Forum, por Julinho Bittencourt, 26 mar 2021 - 12:53
   Foto: Reprodução

Diversos institutos de pesquisa têm apontado a fraca popularidade do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) na Bahia.

O instituto Paraná Pesquisa divulgado nesta quinta-feira (25) revela que, caso as eleições fossem hoje, Bolsonaro seria derrotado na disputa pelo Palácio do Planalto, entre os eleitores baianos.

Caso o candidato do PT seja Lula, o petista teria 40,4% e o atual presidente, 24,7%. Na possibilidade de o candidato do PT ser o atual governador baiano, Rui Costa, a diferença é menor, mas Bolsonaro ainda seria derrotado por 25% a 28,5% do petista.

No final do ano passado, o Ibope, em um de seus últimos levantamentos, apontou que Bolsonaro tinha avaliação entre ruim e péssima de 66% em Salvador. Na ocasião, apenas 15% dos entrevistados consideravam o presidente ótimo ou bom.

Bastava, no entanto, que os institutos de pesquisa dessem uma volta pelas ruas da capital baiana para constatar o fenômeno. O termo “Bolsonaro” por lá virou sinônimo de coisa ruim, quase um palavrão. Quando os soteropolitanos querem desqualificar alguém, logo chamam de: “Bolsonaro”.

De acordo com post do Movimento Força Brasil Democrático, usa o xingamento, ouve logo de volta: “Lá ele… aquela lá ela!” quem em baianês significa “eu não, aquela desgraça!”.

Bolsonaristas batem continência para caixa gigante de cloroquina no RS

Convocação do ato pregava "luta por liberdade" e "contra a tirania do prefeito" de São Leopoldo, Vanazzi (PT)

Por Luisa Fragão, em  Revista Forum, 26 mar 2021 - 10:34
  Reprodução/Twitter

Um grupo de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) realizou um ato nesta quinta-feira (25) em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, contra o lockdown e pelo “tratamento precoce” contra a Covid-19. Não existe, no entanto, medicamentos que possam tratar ou prevenir a doença.

Nas redes sociais, passaram a circular imagens que mostram os manifestantes batendo continência para uma caixa gigante de cloroquina. Segundo o perfil que divulgou o registro no Twitter, bolsonaristas executaram o hino nacional durante a homenagem.

O ato teria ocorrido em frente à prefeitura de São Leopoldo. A convocação do ato pregava ainda “luta por liberdade” e “contra a tirania do prefeito” Ary José Vanazzi (PT).

O político tem defendido medidas mais restritivas para conter a doença no município. Segundo informações do Jornal do Comércio, Vanazzi decidiu manter a bandeira preta em São Leopoldo enquanto demais cidades do Vale do Rio dos Sinos combinaram de manter a região na bandeira vermelha.

Lula poderá se candidatar à presidência da República em 2022, opinam ministros do STF

O STF marcou para dia 14 análise sobre decisão de Fachin de anular condenações a Lula. Para ministros da Corte, nem mesmo eventual derrota nesse julgamento inviabiliza a candidatura de Lula a presidente em 2022

Brasil 247, 26/03/2021, 04:34 h Atualizado em 26/03/2021, 08:26
  (Foto: Ricardo Stuckert)

Membros do STF consideram que o debate do processo sobre o apartamento no Guarujá indicou que a tendência é o Supremo dar a mesma solução à ação penal relativa ao sítio de Atibaia (SP), o outro processo em que Lula foi condenado. O julgamento do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a decisão do ministro Edson Fachin de anular as condenações contra o ex-presidente Lula (PT) está marcado para o próximo dia 14. Para ministros do Supremo, Lula permanecerá elegível.

O despacho do ministro Fachin devolveu os direitos políticos de Lula e independentemente da manutenção sobre a decisão dele, a participação do ex-presidente nas eleições de 2022 dificilmente será evitada.

A análise tem como base o julgamento da Segunda Turma da corte que, na última terça-feira (23), declarou a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e anulou a ação em que o ex-presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP), informa a Folha de S.Paulo.

Presidente do STJ prepara ação de busca e apreensão contra Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato

O inquérito do STJ, presidido por Humberto Martins, cita nominalmente seis procuradores como alvos iniciais. Quatro deles integraram a Lava-Jato de Curitiba: Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Diogo Castor de Mattos e Orlando Martello Júnior

Brasil 247, 26/03/2021, 08:26 h Atualizado em 26/03/2021, 17:26
  Presidente do STJ, Humberto Martins (à esq.) e os procuradores Deltan 
Dallagnol e Januário Paludo (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

O presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, disse a interlocutores que estuda deflagrar operações de busca e apreensão contra integrantes da extinta força-tarefa da Lava Jato. A informação foi publicada pela coluna de Bela Megale, no jornal O Globo.

O inquérito do tribunal cita nominalmente seis procuradores como alvos iniciais. Quatro deles integraram a Lava-Jato de Curitiba: Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Diogo Castor de Mattos e Orlando Martello Júnior.

A investigação no STJ indica que Martins pretende apurar as razões pelas quais ele e seu filho, o advogado Eduardo Martins, foram delatados pelo ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.

O jurista aposta no grande volume de material compartilhado com a corte neste mês. O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal de Brasília (DF), atendeu a determinação de Martins, que pediu o fornecimento de "todos os arquivos apreendidos e periciados" na Operação Spoofing, que contém as mensagens hackeadas da Lava-Jato. É nesses diálogos que está baseada a investigação do STJ. Martins já tem todo o acervo das supostas conversas da Lava-Jato.

A declaração de Martins ao interlocures aconteceu na mesma semana em que o ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal por sua parcialidade contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O placar foi de 3 x 2 pela suspeição de Moro, que tinha condenado o petista sem provas no processo do triplex em Guarujá (SP). Os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Cármen Lúcia votaram pela suspeição do ex-juiz.

PGR pede ao STF suspensão urgente de inquérito contra procuradores da Lava Jato, por risco de prisão e afastamento

Ofício é assinado pelo subprocurador-geral da República, José Adonis Callou de Araújo Sá, e encaminhado à ministra Rosa Weber depois da informação de que o presidente do STJ, Humberto Martins, prepara ação de busca e apreensão contra Dallagnol e outros procuradores

Brasil 247, 26/03/2021, 17:23 h Atualizado em 26/03/2021, 17:26
  Presidente do STJ, Humberto Martins (à esq.) e os procuradores Deltan Dallagnol e 
Januário Paludo (Foto: ABr | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)

Citando risco de prisões e de afastamento de procuradores, a Procuradoria Geral da República pede ao Supremo Tribunal Federal a suspensão urgente da investigação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra integrantes do Ministério Público.

O ofício é assinado pelo subprocurador-geral da República, José Adonis Callou de Araújo Sá, e encaminhado à ministra Rosa Weber, que nesta semana negou dois pedidos para suspender a investigação, sob o argumento de que não havia risco à liberdade dos alvos da investigação. O subprocurador alega agora que “a situação mudou”.
O documento foi apresentado com base na informação de que o presidente do STJ prepara uma ação de busca e apreensão contra Dallagnol e outros procuradores da Lava Jato.

O inquérito cita nominalmente seis procuradores como alvos iniciais. Quatro deles integraram a Lava Jato de Curitiba: Deltan Dallagnol, Januário Paludo, Diogo Castor de Mattos e Orlando Martello Júnior.

“Sobre o perigo da demora, após ter obtido todo o material da Operação Spoofing , o Ministro Presidente do Superior Tribunal de Justiça pretende decretar medidas invasivas, entre elas busca e apreensão, caminho natural, repita-se, do tipo de apuração em exame. Registre-se, inclusive, que não se pode descartar o afastamento judicial de membros do Ministério Público Federal e até prisão”, escreveu o subprocurador-geral da República, segundo reportagem do Globo.
O inquérito

Martins instaurou o inquérito depois de expostas conversas no Telegram entre integrantes do Ministério Público Federal no Paraná. O diálogo mostra Deltan Dallagnol, então coordenador da "lava jato", combinando com um fiscal da Receita Federal a quebra de sigilo de ministros do STJ. Diogo Castor também é um importante personagem do diálogo.

O uso do esquema era tratado com naturalidade e a Receita funcionava como um braço lavajatista. Os acertos ilegais eram feitos com Roberto Leonel de Oliveira Lima, chefe do Escritório de Pesquisa e Investigação na 9ª Região Fiscal. Pela cooperação, Roberto Leonel foi premiado quando Sergio Moro tornou-se ministro da Justiça, com o comando do Coaf (clique aqui para ver palestra de Deltan Dallagnol e Roberto Leonel).

Em julho de 2015, os procuradores discutiam uma anotação encontrada com Flávio Lúcio Magalhães, apontado como operador de propina da Andrade Gutierrez. A lista citava diversas pessoas, entre elas ministros do STJ.

"A RF [Receita Federal] pode, com base na lista, fazer uma análise patrimonial [dos ministros], que tal?", diz Dallagnol. Em seguida o procurador informa: "Combinamos com a Receita."

A conversa mostra que o MPF no Paraná só tinha por honestos ministros que atendiam, incondicionalmente, os pedidos da "lava jato". "Felix Fischer eu duvido. Eh (sic) um cara sério", diz Castor em referência ao relator dos processos da "lava jato" no STJ.

O próprio Dallagnol admite não acreditar que a lista encontrada com Magalhães envolvia pessoas que recebiam propina. Mas decidiu pedir a análise patrimonial mesmo assim. "Aposto que não são propina. São muitos pra serem corruptos", afirmou.

Os alvos vão desde ministros até figuras relacionadas a políticos, como é o caso de Marisa Letícia, esposa de Lula, morta em 2017. "Dona Marisa comprou árvores e plantas no Ceagesp em dinheiro para o sítio. Pedi pro Leonel ver se tem nf [nota fiscal]", disse o procurador Januário Paludo em uma conversa de fevereiro de 2016.

Embora não mencionem diretamente quais ministros das turmas criminais do STJ foram investigados, os procuradores mostram, em uma conversa, também de 2016, desconfiança com relação a Reynaldo Soares.

Com informações do Conjur

Covid-19: Brasil bate novo recorde com 3.650 mortes em 24 horas

Segundo o Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), foram contabilizados 84.245 casos nesse período

Brasil 247, 26/03/2021, 18:11 h Atualizado em 26/03/2021, 18:32
  Coveiros vestindo roupas de proteção se preparam para enterrar no cemitério 
Parque Taruma, em Manaus. (Foto: Bruno Kelly/Reuters)

O mais novo relatório do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), divulgado no início da noite desta sexta-feira (26), registra 3.650 nas últimas 24 horas, acumulando um total de 307.112 óbitos desde o início da pandemia.

Trata-se do número mais alto de mortes em um dia desde o início da pandemia. Saiba mais detalhes, estado por estado, no relatório do Conass.

Foram contabilizados também 84.245 casos nesse mesmo período, totalizando 12.404.414 registros de infecção do vírus.

Novas vacinas

Nesta sexta, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a primeira vacina 100% brasileira, que se chamará Butanvac, com previsão de produção de 40 milhões de doses até maio.

Horas depois, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, anunciou em coletiva de imprensa que uma vacina nacional contra a Covid-19 desenvolvida na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, São Paulo, teve pedido para autorização de realização de testes em humanos registrado nesta quinta-feira (25) na Anvisa.

Ainda segundo o ministro, outras duas vacinas nacionais também estão e fase de testes clínicos, mas ainda sem pedido na Anvisa.

Ministro da Saúde abandona discurso bolsonarista e diz que Brasil agora é "a pátria de máscaras"

Marcelo Queiroga lançou slogan que contradiz tudo o que foi feito por Jair Bolsonaro e seus apoiadores desde o início da pandemia

Brasil 247, 26/03/2021, 17:55 h Atualizado em 26/03/2021, 18:35
  Marcelo Queiroga (Foto: Reprodução)

O negacionismo de Jair Bolsonaro e de seus apoiadores foi abandonado pelo próprio governo – o que indica o crescente isolamento do atual ocupante do Palácio do Planalto. Nesta tarde, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, lançou um slogan que contradiz tudo o que foi feito por Jair Bolsonaro e seus apoiadores desde o início da pandemia. "Na época da Copa do Mundo, chama de pátria da chuteira. Agora é pátria de máscara", disse ele.

"É um pedido que eu faço, usem a máscara", afirmou. Queiroga disse ainda que "se todos usarem máscara, temos poder de bloquear o vírus tanto quanto a vacinação". Falta agora combinar com seu chefe, que promoveu várias aglomerações sem máscara, nos últimos meses.