sábado, 21 de novembro de 2020

PT foi o partido que mais cresceu em número de vereadores nas cidades com mais de meio milhão de habitantes

De acordo com levantamento do cientista político Jairo Nicolau, o PT foi o partido que mais avançou percentualmente em números de vereadores nas cidades com mais de 500 mil habitantes. Cresceu 6,6% contra 6,3% do DEM e 6,1% do Republicanos

Brasil 247, 20/11/2020, 15:42 h Atualizado em 20/11/2020, 16:17
  Partido dos Trabalhadores foi a legenda que mais cresceu nas câmaras municipais (Foto: Partido dos Trabalhadores/Divulgação)

Agenda do Poder - Diferentemente do que setores da mídia tentam fazer crer, o PT apresentou nas eleições municipais um surpreendente crescimento nos grandes centros urbanos brasileiros. Foi o partido que mais avançou percentualmente em números de vereadores nas cidades com mais de 500 mil habitantes, segundo levantamento do cientista político Jairo Nicolau. Cresceu 6,6% contra 6,3% do DEM e 6,1% do Republicanos. O MDB cresceu 4,9% e o PSOL 4,8%.

Se reduzimos o universo pesquisado para apenas as capitais, o PT ficou ligeiramente abaixo (53 cadeiras a 50) somente do Republicanos, Ao contrário do MDB e do PSDB, que perderam posições nas câmaras das capitais, o PT, o PSOL, o DEM, o Republicanos, o Patriota e o PSD foram as únicas siglas que cresceram em cadeiras no legislativo municipal nestas cidades

Para o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, o crescimento do partido nas capitais é um indicador real e palpável da pujança partidária . E fundamental para a definição de estratégias para 2022.

-Em 2016, diante do massacre moral de setores da mídia, o PT recuou. Agora, estamos novamente avançando, numa demonstração da nossa força e de nossa capilaridade. Números de vereadores é um dado real, mostra a força e o tamanho efetivo de sua base - afirmou.

Nas 38 cidades com mais 500 mil habitantes, onde residem 37% da população brasileira, para vereador, o PT foi o partido que mais cresceu; o DEM em segundo lugar e o Republicanos em terceiro.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Bolsonaro perde e une as esquerdas no segundo turno

"Jair Bolsonaro, mesmo sem querer, acabou contribuindo para a união das esquerdas que estavam meio dispersas desde a última eleição. Até Ciro e Lula fizeram as pazes", escreve o jornalista Ribamar Fonseca sobre a disputa do segundo turno nas eleições municipais

Brasil 247, 17/11/2020, 18:38 h Atualizado em 17/11/2020, 19:16
      (Foto: ABr)

O presidente Jair Bolsonaro foi o grande derrotado nas eleições municipais de domingo, um sinal de que em 2022 os seus sonhos de reeleição tendem a ser frustrados. Na verdade, o panorama politico hoje no Brasil é completamente diferente do que existia em 2018, quando a parceria Globo-Lava-Jato criou as condições ideais para a eleição do capitão, criminalizando a classe política e afastando Lula da sucessão presidencial. Incutiu-se na cabeça de parte da população que os políticos eram ladrões e Bolsonaro, de origem militar, surgiu como “salvador da pátria”, credenciado portanto para combater a corrupção que, segundo Moro e a Globo, grassava no país. E o medíocre deputado do Rio de Janeiro, há mais de 20 anos na Câmara Federal quase no anonimato, como num passe de mágica deu um salto do Congresso para a Presidência da República.

Filho do casamento da Globo com Moro, Bolsonaro tornou-se um fenômeno eleitoral, arrastando junto para o poder nomes desconhecidos cuja principal credencial era não ser político, o que, na visão distorcida do eleitorado influenciado pela mídia tradicional, era um sinal positivo. E observou-se uma verdadeira corrida de delegados e militares das mais diversas patentes para a política, conquistando mandatos sobretudo no Legislativo. Alguns provavelmente conseguirão reeleger-se, mas a grande maioria será político de um mandato só porque não terão, em 2022, as mesmas condições criadas pela Globo e Lava-Jato. E o grande puxador de votos de 2018, Jair Bolsonaro, provavelmente não conseguirá eleger nem inspetor de quarteirão porque decepcionou grande parte dos seus eleitores, inclusive militares que até pouco tempo eram seu principal sustentáculo. 

Em apenas dois anos de mandato o capitão, com seu comportamento de brucutu, foi perdendo aliados e seguidores, tendo os institutos de pesquisas registrado altos índices de rejeição. O bolsonarismo foi deixando de ser um catalizador de apoios e votos e, por isso, não garantiu a eleição, no pleito de domingo, de muitos candidatos a prefeito e vereador que imaginaram atrair votos com o rótulo do capitão, o que aconteceu em 2018. Nada menos de 78 candidatos inclusive adotaram o nome “Bolsonaro”, convencidos de que isso era suficiente para a conquista do mandato, mas descobriram que o efeito produzido foi contrário ao que esperavam: apenas um foi eleito, mais precisamente o próprio filho do Presidente, Carlos, vereador. Conclusão: ser Bolsonaro, hoje, não vale mais a pena. 

Bolsonaro, na verdade, comete os mesmos erros do seu ídolo Donald Trump, de quem só não copiou o topete amarelo, e deverá ter o mesmo melancólico fim político. Até o pretexto de fraude eleitoral o capitão já começa a invocar para justificar sua derrota nas próximas eleições presidenciais, imitando o presidente norte-americano, que está criando um problemão para o seu país, considerado modelo de democracia, ao se recusar a reconhecer a derrota e dificultar a transição para o presidente eleito Joe Biden. Ainda não se sabe como os americanos vão resolver o problema, mas a democracia ficará arranhada mesmo após a saída de Trump que, ao que tudo indica, não será pacífica. E poderá provocar graves conflitos nas ruas por parte dos trumpistas, que são tão radicais quanto os bolsonaristas. Enquanto isso, o mundo espera o desfecho da novela das apurações americanas para respirar aliviado, após quatro anos de tensão do governo Trump. 

As eleições municipais de domingo também alteraram o equilíbrio das forças políticas, com o crescimento do DEM e do PSOL. Este último se tornará mais forte ainda se Guilherme Boulos for eleito prefeito de São Paulo, credenciando-se para vôos mais altos no futuro. O PT e o PCdoB já declararam oficialmente apoio a ele no segundo turno e tudo indica que a esquerda marchará unida em torno do seu nome, ampliando as suas chances de vitória. Como o atual prefeito Bruno Covas é afilhado político do governador João Dória, adversário político de Bolsonaro, não está descartada a possibilidade dos bolsonaristas despejarem seus votos em Boulos, a não ser que o capitão faça as pazes com o governador paulista, já que em politica não existe a palavra “impossível”. De qualquer modo, o panorama se mostra mais favorável para o candidato do PSOL.

O segundo turno vai provocar a união das esquerdas em todo o país, com a eleição dos candidatos progressistas nas principais capitais. Além de Boulos em São Paulo, os partidos de esquerda deverão se unir em torno das candidaturas de Manuela D´Ávila em Porto Alegre, Sarto em Fortaleza, Coser em Vitória e Marilia em Recife. Constata-se, desse modo, que Bolsonaro, mesmo sem querer, acabou contribuindo para a união das esquerdas que estavam meio dispersas desde a última eleição. Até Ciro e Lula fizeram as pazes. Isso significa que no pleito de 2018 as esquerdas poderão estar unidas na definição do nome do candidato que concorrerá à sucessão de Bolsonaro. A Globo, que está empenhada em ressuscitar Moro casando-o com Luciano Huck para o próximo pleito presidencial, já não tem a mesma força de antes e dificilmente conseguirá emplacar essa chapa. 

Moro, na verdade, é um morto-vivo que busca desesperadamente oxigênio para sobreviver politicamente, mas as revelações sobre a sua parceria com os Estados Unidos para ferrar Lula e privatizar a Petrobrás, entregando o pre-sal para os americanos, vai sepultar de uma vez os seus sonhos presidenciais. Talvez até precise se mudar para os Estados Unidos, onde seus velhos parceiros poderão empregá-lo, pois será muito difícil permanecer no Brasil, onde será visto como traidor da Pátria. Aliás, nesse ponto, Bolsonaro deve ser cumprimentado: ele acabou com o poder de Moro, que se tornara o homem mais poderoso do país até ser levado para o Ministério da Justiça e ser descartado como imprestável. No momento ele só tem a Globo como bóia de salvação, mas a própria emissora dos Marinho está se debatendo para não ser afogada pelo capitão. A situação dele, portanto, é complicada. Como diz a Biblia: “A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória”.

Chamada de pedófila, Xuxa processa Sikera Jr e pede sua demissão da RedeTV

Na ação, ela também pede indenização de R$ 500 mil e a cassação do seu título de jornalista

Brasil 247, 17/11/2020, 21:01 h Atualizado em 17/11/2020, 21:31
   (Foto: Reprodução)

A apresentadora Xuxa Meneghel ingressou com ação na Justiça contra o apresentador bolsonarista Sikêra Jr. , após ser chamada de pedófila e de fazer apologia às drogas. 

Em ação protocolada na Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, em São Paulo, Xuxa pede a cassação do título de jornalista do apresentador do Alerta Nacional, bem como sua demissão da RedeTV!, e uma indenização de R$ 500 mil, que ela pretende doar a instituições de caridade.

Segundo o site Notícias da TV, os advogados de Xuxa fizeram um longo relato para sustentar a tese de que Sikêra Jr. comete crimes diariamente ao vivo em seu programa na RedeTV!. Foram citados episódios em que o apresentador faz comentários homofóbicos, transfóbicos e preconceituosos a cidadãos comuns, incita a zoofilia, faz acusações sem provas e comemora as mortes de pessoas.

Estudo revela que a CoronaVac produz anticorpos contra Covid em 97% dos participantes

A CoronaVac é capaz de induzir uma rápida resposta de anticorpos em quatro semanas da imunização ao dar duas doses da vacina em um intervalo de 14 dias, aponta estudo publicado na revista Lancet Infectious Diseases

Brasil 247, 17/11/2020, 22:43 h Atualizado em 17/11/2020, 22:43
Profissional de saúde segura caixa de potencial vacina contra Covid-19 da chinesa Sinovac durante testes em Porto Alegre (Foto: REUTERS/Diego Vara)

Artigo científico publicado pela revista Lancet Infectious Diseases aponta que a Coronavac, a vacinha chinesa contra a Covid-19, é segura e tem capacidade de produzir resposta imune no organismo 28 dias após sua aplicação em 97% dos casos. 

Os resultados publicados se referem à análise dos ensaios clínicos de fase 1 e 2 conduzidos na China nos meses de abril e maio com 744 voluntários saudáveis e sem histórico de infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2.

“Nossas descobertas mostram que a CoronaVac é capaz de induzir uma rápida resposta de anticorpos em quatro semanas da imunização ao dar duas doses da vacina em um intervalo de 14 dias”, disse Zhu Fengcai, um dos autores do artigo.

“Acreditamos que isso faz da vacina adequada para o uso emergencial durante a pandemia”, acrescentou Zhu em um comunicado publicado juntamente com o artigo.

Os pesquisadores disseram que os resultados do estudo amplo de Fase 3 serão cruciais para determinar se a resposta imune gerada pela CoronaVac é suficiente para proteger as pessoas da infecção pelo coronavírus.

Além do Brasil, a CoronaVac também está sendo testada em estudo de Fase 3 na Indonésia e na Turquia.

domingo, 25 de outubro de 2020

Centrão tenta convencer Bolsonaro a colocar um político na Saúde e Pazuello pode perder cargo

A avaliação dos caciques partidários é de que a Saúde é um instrumento poderoso demais para ficar limitado pela atuação de um “carregador de piano” como o ministro Eduardo Pazuello, que foi humilhado em público nesta semana por Jair Bolsonaro após indicar que a pasta iria adquirir 46 milhões da vacina chinesa CoronaVac

Brasil 247, 24/10/2020, 16:46 h Atualizado em 24/10/2020, 17:06
   (Foto: ADRIANO MACHADO - REUTERS)

O cargo de Eduardo Pazuello como ministro da Saúde pode estar com os dias contados. Isso porque, segundo informações da coluna Radar, da revista Veja, o centrão quer aproveitar a tensão envolvendo a indicação de Eduardo Pazuello na compra de 46 milhões de doses da vacina CoronaVac para mostrar a Jair Bolsonaro que é hora de desinchar a bolha militar no governo e colocar de novo um político de ofício no comando da Saúde.

Segundo a coluna, a avaliação dos caciques partidários é de que a Saúde é um instrumento poderoso demais para ficar limitado pela atuação de um “carregador de piano” como Pazuello, que não teria capacidade de capitalizar para o governo os dividendos políticos de tamanho orçamento e poder da pasta. 

No entanto, a ideia de colocar uma figura política que não reze a cartilha negacionista de Bolsonaro é uma preocupação para ele. Seu ex-ministro Henrique Mandetta é filiado ao DEM, base do centrão, e criticou duramente a defesa da aplicação da cloroquina antes de pedir demissão da pasta.

Relembre o imbróglio envolvendo a CoronaVac

Nesta quarta-feira (21) Jair Bolsonaro cancelou o acordo firmado pelo Ministério da Saúde para a compra de 46 milhões de doses da CoronaVac, a vacina contra o coronavírus desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac Biotech em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. O acordo previa a edição de medida provisória para disponibilizar crédito de R$ 1,9 bilhão para a compra das vacinas.

“Alerto que não compraremos vacina da China. Bem como meu governo não mantém diálogo com João Doria sobre covid 19", afirmou Bolsonaro a ministros. 

Bolsonaro também lançou ataques xenofóbicos contra a China e disse não confiar na garantia de eficácia do imunizante chinês.

O rompante de Bolsonaro diz respeito a dois fatores: seguir a linha de Donald Trump de guerra ideológica contra a China, responsável por 40% das exportações brasileiras, e também pelo fato de o governador João Doria (PSDB-SP), possível candidato em 2022, estar em parceria na produção da vacina CoronaVac. 

Não satisfeito, Bolsonaro ainda obrigou Pazuello e gravar um vídeo humilhante com ele deixando claro que quem dá a última palavra é o presidente.

Governo omitiu publicidade em sites bolsonaristas de fake news

A quantidade de anúncios pagos pela Secom em canais de blogueiros e políticos bolsonaristas e que são investigados pelo STF nos inquéritos das fake news ou dos atos antidemocráticos é maior do que a informada antes pela secretaria do governo

Brasil 247, 25/10/2020, 10:56 h Atualizado em 25/10/2020, 11:09
    Blogueiro Allan dos Santos mostra "dedo do meio" para o STF (Foto: Reprodução/Twitter)

A Controladoria Geral da União (CGU) informou que a quantidade de anúncios pagos pela Secom (Secretaria de Comunicação do Governo) em canais de blogueiros e políticos bolsonaristas e que são investigados pelo STF nos inquéritos das fake news ou dos atos antidemocráticos é maior do que a informada antes pela secretaria do governo. 

Segundo informações do portal UOL, o volume de impressões, unidade de medida da publicidade digital, como banners e outros anúncios, é até onze vezes maior do que a Secom havia informado em abril, segundo a reportagem.

A reportagem também diz que no canal do blogueiro Allan dos Santos foram encontradas 8.714 impressões a mais do que em abril, quando tinham sido reportadas 1.447. Na página do blogueiro Bernardo Pires Kuster foram 1.498 a mais, contra 135 informadas anteriormente.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

Em campanha por Trump, Bolsonaro adere à ofensiva anti-China dos Estados Unidos

O Brasil recebe nesta terça-feira (20), delegação chefiada pelo conselheiro de segurança de Trump, Robert O'Brien, que vem intensificar a campanha anti-China contra o principal parceiro comercial e maior investidor no país. No centro da ofensiva está a tecnologia chinesa do 5G. Os EUA querem que gigante tecnológica Huawei seja banida do Brasil

Brasil 247, 20/10/2020, 04:12 h Atualizado em 20/10/2020, 05:00
   Jair Bolsonaro, Donald Trump, Xi Jinping e Huawei (Foto: Reuters)

O governo de Jair Bolsonaro dá nesta terça-feira seu passo mais perigoso em política externa. Ao receber Robert O'Brien, o conselheiro de segurança do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e discutir com ele sobre o eventual banimento da gigante tecnológica chinesa, o Brasil se envolve totalmente na ofensiva anti-China da superpotência do norte, o que pode abrir uma crise diplomática com o principal parceiro comercial e maior investidor externo do país, prejudicando os interesses nacionais.

O chefe de segurança de Trump chegou ao Brasil para participar do anúncio de um pacote comercial entre os dois governos às vésperas das eleições americanas.

Mas o objetivo principal da agenda de O'Brien, que terá nesta terça-feira (20) audiências com Jair Bolsonaro e o ministro Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional é promover no Brasil a campanha anti-China, prioritária na política externa dos Estados Unidos. 

Reportagem de Ricardo Della Coletta, Fábio Pupo e Gustavo Uribe na Folha de S.Paulo informa que a principal missão de O'Brien no Brasil é envolver o país na briga dos EUA para "reduzir a influência global da China e ainda barrar a empresa Huawei do mercado de 5G". A alegação do governo Trump é que a empresa chinesa não oferece garantias de segurança e privacidade. 

Fazem parte da delegação estadunidense, além de O'Brien, o vice-representante de Comércio dos EUA, Michael Nemelka, a presidente do Eximbank (Banco de Exportação e Importação), Kimberly Reed, e a diretora do banco estatal de fomento DFC (U.S. International Development Finance Corporation), Sabrina Teichman.

Os dois países assinarão três protocolos comerciais, voltados para as áreas de "facilitação de comércio", "boas práticas regulatórias" e "combate à corrupção".

No fundo, porém o verdadeiro objetivo da delegação é integrar o Brasil na ofensiva americana para impedir a participação da Huawei na rede de 5G do Brasil.

O banimento da Huawei trará prejuízos ao Brasil e custará caro ao consumidor brasileiro. Sem a Huawei, a evolução da tecnologia de quinta geração demoraria até quatro anos para ser iniciada porque as teles teriam de trocar todos os equipamentos, que não conversam com o 5G dos concorrentes. Isso tornaria a evolução da telefonia mais cara para os brasileiros.

Os Estados Unidos querem que o Brasil e outros países coloquem travas para que a Huawei não forneça equipamentos para a nova geração de tecnologia de telecomunicações. O leilão de frequência no Brasil deve ocorrer no ano que vem.

A reportagem informa que tema será abordado deve nos encontros de O'Brien com Bolsonaro e com o general Heleno, chefe do GSI.

O banimento da Huawei criará problemas diplomáticos e comerciais com a China, o principal parceiro comercial do Brasil. Essa preocupação já foi demonstrada tanto pela ministra da Agricultura como pelo general Hamilton Mourão, vice-presidente da República.

Após imagem de arquivo em pesquisa contra Covid, #BolsonaroCharlatão vai aos trending topics

Após utilizar imagens de arquivo para mostrar suposta comprovação da eficiência do vermífugo nitazoxanida contra a Covid-19, a hashtag #BolsonaroCharlatão foi aos assuntos mais comentados do Twitter

Brasil 247, 19/10/2020, 23:01 h Atualizado em 19/10/2020, 23:01

      Jair Bolsonaro (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Após utilizar imagens de arquivo para mostrar suposta comprovação da eficiência do vermífugo nitazoxanida contra a Covid-19, a hashtag #BolsonaroCharlatão foi aos assuntos mais comentados do Twitter na noite deste segunda-feira, 19.

O ministro de Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, disse nesta segunda-feira, 19, que o vermífugo nitazoxanida apresentou resultados positivos no tratamento precoce de pacientes com Covid-19 em uma pesquisa.

A pasta não apresentou os detalhes dos resultados ou a íntegra do estudo. O governo de Jair Bolsonaro informou que os testes clínicos com voluntários mostraram que o medicamento reduziu a carga viral quando foi tomado em até 3 dias depois do início dos sintomas.

O gráfico divulgado pelo governo Bolsonaro não é real e é idêntico ao disponível no serviço de banco de imagens ShutterStock.

sábado, 17 de outubro de 2020

Reprovação do governo Bolsonaro cai a 31%, menor nível desde maio de 2019, aponta XP

Há um ano, em outubro de 2019, fatia era de 38%
             MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL/JC

A reprovação do governo de Jair Bolsonaro recuou ao menor nível desde maio de 2019, de acordo com levantamento da XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) divulgado nesta quinta-feira (15). Os dados apontam que 31% dos entrevistados consideraram o governo ruim e péssimo, mesmo porcentual daquele mês do ano passado. Há um ano, em outubro de 2019, essa fatia era de 38% e, no mês passado, de 36% .

Outros 39% avaliaram o governo como ótimo ou bom, estável ante setembro e maior índice desde os 40% de fevereiro de 2019. Uma fatia de 28% considera o governo regular, ante 24% em setembro. Para 39%, a perspectiva é ótima e boa e para outros 32% e ruim e péssima para o restante do mandato do presidente. Outros 26% esperaram um resto de governo como regular.

Apesar da melhora, a variação nos quesitos entre os levantamentos de setembro e outubro está dentro está dentro da margem de erro da apuração, de 3,2 pontos. O levantamento teve abrangência nacional e ouviu mil entrevistados, por telefone, entre sexta-feira (8) e domingo (11)
Congresso

De acordo com o levantamento da XP Investimentos/Ipespe, 41% dos entrevistados avaliaram o Congresso Nacional como ruim ou péssimo, contra 42% no mesmo período de 2019 e 38% em setembro. O desempenho do Congresso foi considerado ótimo e bom por apenas 11%, ante 13% em janeiro e 14% em outubro de 2019. Outros 42% dos entrevistados consideraram o Parlamento como regular - 44% no mês passado e 39% há um ano.

Para 40%, a corrupção aumentará ou aumentará muito nos próximos seis meses e para 33% a expectativa é de que fique como está. Outros 23% dos entrevistados esperam uma diminuição ou uma grande diminuição na corrupção.

No momento em que o governo Bolsonaro consolida a aliança ao "Centrão", o levantamento XP/Ipespe apontou que metade dos entrevistados acha que o presidente deveria flexibilizar suas posições para aprovar sua agenda, ainda que isso signifique se afastar do discurso inicial. Para 32%, Bolsonaro deveria endurecer suas posições em relação ao Congresso.

Agência Estado

Bolsonaro é rejeitado na maior parte das capitais do País

Salvador é a cidade que mais repudia Jair Bolsonaro, onde ele tem apenas 18% de aprovação. Seus índices são também muito baixos em cidades como Porto Alegre (26%), São Paulo (27%) e Recife (29%)

Brasil 247, 17/10/2020, 10:03 h Atualizado em 17/10/2020, 10:03
Presidente da República, Jair Bolsonaro, cumprimenta populares da Rampa do Palácio do Planalto. 13 de outubro de 2020 (Foto: Isac Nóbrega/PR)

Pesquisa Ibope divulgada neste sábado (17) aponta que ao governo Jair Bolsonaro é reprovada pela maioria da população em boa parte das capitais do país. Segundo o estudo, os maiores índices de rejeição a Bolsonaro estão localizados em Salvador, Teresina, Porto Alegre, Fortaleza, São Paulo, Recife, Belém, Vitória e Florianópolis. O levantamento, realizado em 25 municípios, é o primeiro feito pelo instituto após o registro oficial das candidaturas que disputam as eleições municipais deste ano. 

Em Salvador, o índice dos que consideram o governo Bolsonaro como ruim ou péssimo chega a 62%. Os índices também são muito baixos em cidades como Porto Alegre (26%), São Paulo (27%) e Recife (29%). Para o professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Pedro Mundim, as questões locais exercem influência sobre a avaliação geral. 

“Em Salvador, há uma tradição de lideranças do PT na capital ou de partidos de esquerda que talvez explique essa reprovação alta. Ou seja, o que é possível dizer é que há questões locais que afetam esses percentuais. Mas, no geral, as capitais estão relativamente dentro da média geral da pesquisa nacional”, observou Mundim, em entrevista ao G1. 

Segundo a última pesquisa nacional realizada pelo Ibope, em setembro, a aprovação do governo Bolsonaro chegou a 40%, contra 29% dos que avaliavam a gestão como regular. 

Os maiores índices de aprovações, ainda de acordo com a pesquisa, estão em Boa Vista, Manaus, Porto Velho, Cuiabá e Rio Branco. Já as estão Goiânia, Palmas, João Pessoa, Maceió, Macapá, Belo Horizonte e Natal.