sábado, 26 de janeiro de 2019

Pesquisador mostra como rede de fake news associa Jean Wyllys ao caso Adelio


"No Twitter, no Facebook e no Youtube, direita difunde boato de que Jean Wyllys teria fugido do Brasil por envolvimento na facada em Bolsonaro. Levantamento do Monitor mostra a gênese e difusão do boato", postou no Twitter o professor Pablo Ortellado.

Lobão espalha fake news contra Jean Wyllys


A acusação caluniosa do cantor Lobão foi assunto nas redes sociais nesta sexta-feira (25).

Ele afirmou que o deputado federal Jean Wyllys teria envolvimento no atentado contra o presidente Jair Bolsonaro.

Em 2005, Bolsonaro defendeu ex-policial hoje suspeito de matar Marielle


Numa sessão da Câmara em 2005, o atual presidente Jair Bolsonaro criticou em discurso no plenário a condenação por homicídio do hoje ex-policial militar Adriano Nóbrega, foragido e acusado de comandar o Escritório do Crime, a milícia mais letal e perigosa do Rio de Janeiro.

Adriano também é o principal suspeito de fazer os disparos contra a vereadora Marielle Franco e já foi homenageado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro por Flávio Bolsonaro.

Sob Bolsonaro, EBC ordenou silêncio sobre ameaças a Jean Wyllys


Segundo a Revista Época, do Grupo Globo, "a direção da EBC agiu para que seus canais não noticiassem as ameaças de morte a Jean Wyllys".

De acordo com a publicação, "a TV Brasil, a Agência Brasil e as rádios fazem silêncio sobre o caso".

A censura teria sido confirmada por funcionários da EBC, que afirmaram, sem se identificar, "que receberam ordens da chefia para ignorar a história".

Criada em 2007, a Empresa Brasil de Comunicação está vinculada à Secretaria de Governo, por meio da Secretaria Especial de Comunicação Social, desde o início do Governo Bolsonaro por conta do Decreto nº 9.660, de 1º de janeiro de 2019.

Amigo de Moro, Zucolotto vira lobista profissional e Lula ironiza


O advogado Carlos Zucolotto, padrinho de casamento do ex-juiz e atual ministro Sergio Moro e ex-sócio de sua esposa, Rosângela Moro, tem uma nova atividade: tornou-se membro da Associação Brasileira de Relações Governamentais, ou seja, virou oficialmente lobista.

Segundo o advogado Rodrigo Tacla Duran, que colaborava para a Odebrecht, Zucolotto lhe pediu propina para mediar um acordo de delação premiada na Lava Jato, oferecendo em retorno uma multa menor.

Lula ironizou no Twitter: "Imagina se ao invés de M fosse L, ao invés de O fosse U, ao invés de R fosse L e ao invés de O fosse A. Ia ter gente jejuando".

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Haddad: ligação da família Bolsonaro com as milícias é antiga


O candidato que recebeu 47 milhões de votos no segundo turno das eleições presidenciais de 2018, Fernando Haddad, partiu para cima dos Bolsonaros e afirmou que a ligação da família com as milícias é 'antiga'.

Haddad disse: "tem uma matéria da Folha do ano passado que fala que a evolução patrimonial da família Bolsonaro não foi explicada.

Tem aquisição de imóveis por valores muito abaixo do mercado. Em 2008 a própria esposa dele deu declarações que a renda dele superava R$ 100 mil à época".

Bruna Marquezine enquadra Bolsonaro: explique as finanças de sua família


Em sua conta no Instagram, a atriz pediu explicações sobre as finanças da família Bolsonaro e chamou o caso de ‘Bolsonarogate’, fazendo referência ao ‘Watergate’, escândalo que levou a renúncia do presidente estadunidense Richard Nixon.

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

Flávio Bolsonaro empregou mãe e mulher de chefão do Escritório do Crime

Capitão Adriano é suspeito de assassinar Marielle

Conversa Afiada,  22/01/2019
(Reprodução/TV Globo)

De Bruno Abbud, Igor Mello e Vera Araújo, no Globo Overseas (empresa que tem sede na Holanda para lavar dinheiro e subornar agentes da FIFA com objetivo de ter a exclusividade para transmitir os jogos da seleção):


O gabinete do senador eleito e ex-deputado estadual Flávio Bolsonaro(PSL-RJ) empregou até novembro do ano passado a mãe e a mulher do capitão Adriano Magalhães da Nóbrega , tido pelo Ministério Público do Rio como o homem-forte do Escritório do Crime , organização suspeita do assassinato de Marielle Franco. O policial, alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira , é acusado há mais de uma década por envolvimento em homicídios. Adriano e outro integrante da quadrilha foram homenageados por Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Adriano é amigo de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro e investigado sob suspeita de recolher parte dos salários de funcionários do político. Teria sido Queiroz - amigo também do presidente Jair Bolsonaro desde os anos 1980 - o responsável pelas indicações dos familiares de Adriano.

A mãe de Adriano, Raimunda Veras Magalhães, e a mulher, Danielle Mendonça da Costa da Nóbrega, ocuparam cargos no gabinete de Flávio Bolsonaro. Elas tinham o cargo CCDAL-5, com salários de R$ 6.490,35. Segundo o Diário Oficial do Estado, ambas foram exoneradas a pedido no dia 13 de novembro de 2018. O GLOBO revelou a existência do Escritório do Crime em agosto do ano passado.

Ex-integrante do Bope, Adriano se formou no curso de operações especiais da PM em 2000. Ele foi preso na operação “Dedo de Deus”, de 2011, desencadeada para combater o jogo do bicho no Rio. À época, era capitão da PM.

Raimunda é uma das servidoras do gabinete que fizeram repasses para a conta do ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado pelo Ministério Público do Rio. A ex-assessora, de 68 anos, repassou R$ 4,6 mil para a conta do policial militar. Ela ocupou cargos na Assembleia ao menos desde 2 de março de 2015, quando foi nomeada como assessora da liderança do PP - então partido de Flávio Bolsonaro. A mãe de Adriano permaneceu no cargo até 31 de março de 2016, pouco depois do senador eleito deixar o PP e se filiar ao PSC. No dia 29 de junho do mesmo ano, voltou a trabalhar na Alerj, dessa vez no gabinete de Flávio. Já Danielle aparece como servidora da Alerj ao menos desde novembro de 2010.

O relatório do Coaf aponta mais uma possível ligação entre Queiroz e Adriano. Segundo dados da Receita Federal, Raimunda é sócia de um restaurante localizado na Rua Aristides Lobo, no Rio Comprido. O estabelecimento fica em frente à agência 5663 do Banco Itaú, na qual foi registrada a maior parte dos depósitos em dinheiro vivo feitos na conta de Fabrício Queiroz. Na agência foram realizados 17 depósitos não identificados, em dinheiro vivo, que somam R$ 91.796 - 42% de todo o valor depositado em espécie nas transações discriminadas pelo Coaf, segundo um cruzamento de dados feito pelo GLOBO.

Nessa agência foram registradas transações com valores repetidos mensalmente - um indício de lavagem de dinheiro, segundo um integrante do Ministério Público Federal. Em setembro, novembro e dezembro foram feitos depósitos em espécie no valor de R$ 4.246. Já em outros seis meses foram feitas transferências entre R$ 4.200 e R$ 4.600.

Adriano também aparece ligado a outro restaurante na mesma rua. O elo entre os dois estabelecimentos é uma sócia em comum. O GLOBO esteve no restaurante, registrado em nome de Raimunda, em dezembro. A sócia da ex-servidora da Alerj estava no local, mas Raimunda não estava presente. Segundo funcionários, a outra sócia do restaurante "estava viajando". Um deles, ao ser questiono, negou que uma das donas se chamasse Raimunda.

- É Vera - limitou-se a dizer.
Homenagens na Alerj

Além de empregar as familiares de Adriano, Flávio Bolsonaro por duas vezes homenageou o atual chefe do Escritório do Crime.

Em outubro de 2003, Flávio apresentou uma moção de louvor ao PM. Na homenagem, afirmou que Adriano atuava com "brilhantismo e galhardia". Segundo a homenagem, o ex-PM prestava "serviços à sociedade desempenhando com absoluta presteza e excepcional comportamento nas suas atividades". Ainda elogiou Adriano, àquela altura 1º tenente e comandante da guarnição de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo) do 16º BPM (Olaria): "Imbuído de espírito comunitário, o que sempre pautou sua vida profissional, atua no cumprimento do seu dever de policial militar no atendimento ao cidadão", disse Flávio Bolsonaro.

Em julho de 2005, Flávio concedeu uma nova homenagem ao policial. Desta vez concedeu a ele a Medalha Tiradentes, a mais alta honraria do parlamento fluminense. O então deputado estadual destacou o currículo de Adriano, citando diversos cursos que ele realizou na Polícia Militar, assim como sua participação em uma operação no Morro da Coroa, em 2001, que resultou na prisão de 12 suspeitos e na apreensão de quatro fuzis e outras três armas de fogo, uma granada e grande quantidade de munições.

Também alvo de um mandado de prisão nesta terça-feira, o major Ronald Paulo Alves Pereira, apontado como integrante do Escritório do Crime, também mereceu uma moção de louvor de Flávio Bolsonaro em março de 2004. Na justificativa da homenagem, o deputado estadual citou a participação de Ronald em uma operação no Complexo da Maré, que terminou com um saldo de três mortos, além da apreensão de dois fuzis e uma granada.

Correspondente internacional em Davos sobre Bolsonaro: constrangimento geral


O aguardado discurso do presidente Jair Bolsonaro (PSL) no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, continua repercutindo negativamente pelo mundo.

"O presidente brasileiro Bolsonaro falou por menos de 15 minutos. Grande falha. Ele tinha o mundo inteiro assistindo e sua melhor linha foi dizer às pessoas para virem de férias ao Brasil", resumiu Heather Long, correspondente econômica do norte-americano Washington Post.

"Constrangimento geral", escreveu o editor-chefe do Americas Quarterly, Brian Winter.

Dilma: Bolsonaro passou fake news à TV italiana


"Em entrevista concedida a um programa de auditório da RAI, emissora italiana de TV, o presidente proferiu acusação falsa e ignomiosa, atribuindo a mim participação na VPR, organização de oposição à ditadura militar", afirmou a presidente deposta pelo golpe; "A verdade é que nunca fui integrante deste grupo, jamais participei de qualquer ação armada e não propus ou contribui para a morte de quem quer que seja", afirma ela, apontando "má-fé" de Jair Bolsonaro.