quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Ibope: Bolsonaro cresce entre mais ricos, enquanto Haddad tem aumento na parcela mais pobre

Como os mais pobres são maioria do eleitorado, Haddad está bem

O Globo, 04/10/2018 - 09:53 / 04/10/2018 - 10:32
Os candidatos Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) 

RIO - A pesquisa Ibope divulgada na quarta-feira mostrou um crescimento do candidato PSL à Presidência, Jair Bolsonaro , entre a população que ganha mais de cinco salários. Já o candidato PT, Fernando Haddad , que está em segundo lugar na pesquisa, apresentou crescimento na parcela mais pobre da população. De acordo com o levantamento, Haddad cresceu sete pontos percentuais e passou de 26% para 33% entre os que declararam renda de até 1 salário míinimo. Bolsonaro manteve os 19% do último levantamento.

No caso dos eleitores com renda entre 1 e 2 salários, Haddad se manteve com 24% e Bolsonaro oscilou de 29% para 27%, dentro da margem de erro. Entre as pessoas com renda até cinco salários, Haddad subiu quatro pontos, e passou de 16% para 20%. O candidato do PSL manteve 39%. Bolsonaro, no entanto, leva a melhor em quem declarou renda acima de cinco salários. Ele cresceu cinco pontos e passou de 46% para 51%. Já Haddad caiu seis pontos e passou de 17% para 11%.


POR IDADE E ESCOLARIDADE

O candidato do PT apresentou crescimento entre a parcela que declarou escolaridade até a 8ª série do ensino fundamental. Ele teve aumento de oito pontos percentuais entre as pessoas que estudaram até a 4ª série, e passou de 26 para 34 pontos. Bolsonaro oscilou dois pontos e passou de 19% para 17%. Já entre quem estudou até a 8ª série do ensino fundamental ele teve aumento de seis pontos e passou de 22% para 28%. Bolsonaro passou de 27% para 25%.

Entre quem declarou ter ensino médio e superior completos, quem levou a melhor foi o candidato do PSL. Ele passou de 34% para 36% entre os que têm ensino médio completo. Haddad se manteve com 21%. O candidato do PSL também cresceu entre quem declarou ensino superior, e passou de 40% para 43%. Haddad manteve o mesmo patamar da última pesquisa e ficou com 14%.

Quando o corte é feito por idade, o petista cresceu entre as pessoas com 35 anos ou mais. Já Bolsonaro apresentou crescimento na parcela mais jovem. Na faixa entre 16 e 24 anos, ele passou de 31% para 32%. O petista passou de 20% para 22%. Já entre as pessoas de 25 e 34 anos, Bolsonaro subiu de 35% para 37%, enquanto Haddad manteve 22%.

Na faixa entre 35 e 44 anos, Haddad subiu quatro pontos e passou de 20% para 24%, enquanto Bolsonaro oscilou na margem de erro e caiu 1 ponto. Ele passou de 32% para 31%. Entre os eleitores de 45 a 54 anos, Haddad cresceu três pontos e passou de 20% para 23%. Já Bolsonaro manteve os 31% da última pesquisa. Na parcela de eleitores com 55 anos ou mais, o petista passou de 21% para 23%, enquanto o candidato do PSL caiu de 28% para 27%.

Entre as mulheres, tanto Bolsonaro como Haddad oscilaram dentro da margem de erro e subiram dois pontos percentuais. O ex-capitão do Exército passou de 24% para 26%, e o ex-ministro da Educação foi de 20% para 22%. O petista também apresentou crescimento entre os homens e passou de 21% para 24%. Já o candidato do PSL manteve os 39% registrados na última pesquisa.

No corte por região, o Sudeste, onde no último levantamento, divulgado no dia 1º de outubro, o candidato do PT havia apresentado uma queda de três pontos, foi justamente a região onde ele teve o maior crescimento na pesquisa divulgada na quarta: cinco pontos percentuais. Haddad passou de 13% para 18%, enquanto Bolsonaro se manteve com 35%.

No Norte e Centro-Oeste, o candidato do PT subiu dois pontos e passou de 23% para 25%. Bolsonaro manteve os 34% registrados no levantamento anterior. No Nordeste, onde o PT é historicamente mais forte - Haddad cresceu 1 ponto e chegou a 36%. Já o candidato do PSL manteve 21%. Ele, no entanto, subiu um ponto no Sul, assim como no candidato do PT. Enquanto Bolsonaro passou de 39% para 40, Haddad passou de 13% para 14%.

Já quando o assunto é religião, Haddad cresceu entre os católicos, e passou de 24% para 27%. Já Bolsonaro caiu um ponto e passou de 28% para 27%. Entre os evangélicos, no entanto, o candidato do PSL subiu e passou de 40% para 43%. Haddad também apresentou um aumento e passou de 15% para 16%. Entre os representantes de outras religiões, Bolsonaro subiu quatro pontos e passou de 28% para 32%. Haddad manteve 18%.

Em 12 horas, Haddad recebe por whatsapp 5 mil denúncias de fake news contra ele: Campanha “vulgar” e de baixo nível

Feita por gente vulgar e de baixo nível

Viomundo, 03/10/2018 - 17h21

“Chegou o momento de nos defender nessa reta final, porque é muito grave o que está acontecendo”, diz candidato do PT. Campanha fornece número


Doze horas depois de ter criado um canal para receber e rebater denúncias de fake news, a campanha do presidenciável Fernando Haddad (PT) recebeu 5 mil mensagens.

Em entrevista coletiva, em São Paulo, o candidato denunciou que milhões de mensagens estão fazendo uma campanha “vulgar” e de baixo nível contra ele. A coligação divulgou um site e um número (11) 99322-3275 para acolher denúncias por WhatsApp.

De acordo com a campanha, memes e notícias falsas vêm sendo intensamente distribuídas sobretudo por meio dessa rede social.

São mensagens disparadas principalmente por apoiadores do candidato Jair Bolsonaro (PSL) contra a família de Haddad, sua atuação como prefeito e ex-ministro da Educação, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sua legenda e sua candidata a vice, Manuela D’Ávila.

“Temos a estimativa de que milhões de mensagens foram disparadas com conteúdos ofensivos. A quantidade está nos assustando”, disse Haddad.

Segundo ele, essas mensagens são dirigidas sobretudo ao público evangélico – “que cultiva valores que nós também cultivamos”, disse o candidato do PT.

Esta semana, o bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus declarou apoio a Jair Bolsonaro.

“Se você receber uma mensagem anônima, denuncie. Eles estão falando contra a família, contra a escola pública, contra professores. Estão acusando escolas públicas de tratarem de temas com crianças sobre sexualidade”, disse.

De acordo com o candidato, a campanha vai tentar identificar os emissores das mensagens, mas reconhece que a tarefa não é simples.

“Sabemos que é diferente do Twitter, do Facebbok, que você consegue identificar pelo IP. É muito mais difícil identificar o emissor do WhatsApp, mas é possível. Vamos tentar, até domingo, recebendo a denúncia, fazer o caminho de volta até chegar em quem faz esse jogo baixo.”

Questionado se o crescimento do candidato do PSL entre as mulheres e também mulheres de baixa renda se relaciona com a onda de mensagens, Haddad disse acreditar que sim. “Estamos falando de milhões de mensagens que estão sendo disparadas, com mulheres nuas, crianças sendo abusadas, coisas gritantes.”

Outras mensagens falam em fraude eleitoral. “Mas é a menos ofensiva, até porque o Tribunal Superior Eleitoral já declarou que o candidato terá que respeitar o resultado das urnas.”

Haddad afirmou que não acredita em vitória do adversário no primeiro turno, possibilidade especulada não apenas em mensagens apócrifas como também pela mídia tradicional. “Não, não vejo isso.”

Sobre revidar os ataques, o petista declarou que está, agora, se defendendo.

“Mantivemos até aqui uma campanha propositiva. Vocês me cobravam ataque a ele.”

Até o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) teria reclamado que o PT não ataca Bolsonaro. “Chegou o momento de nos defender nessa reta final, porque é muito grave o que está acontecendo no WhatsApp. Nossa preocupação é que as pessoas votem conscientemente.”

Ao final da coletiva, o candidato comentou que, com a vitória de Andrés Manuel López Obrador, no México, existe uma possibilidade nova a ser explorada na política externa, como acordos bilaterais com aquele país.

“Não temos tradição muito grande de acordos com o México, e a vitória de Obrador nos abre essa possibilidade. Esperamos estreitar os laços”, disse.

PT pode eleger 65 deputados federais

MDB e PSDB devem encolher

Conversa Afiada, 03/10/2018


O Conversa Afiada reproduz levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, o DIAP:

Este levantamento — elaborado em parceria entre o DIAP e as empresas Queiroz Assessoria Parlamentar e Sindical e Monitor-Leg Comunicação Legislativa — tem o propósito de antecipar os nomes dos candidatos com mais chances de eleição e ainda prever a bancada de cada partido na composição da futura Câmara dos Deputados. O prognóstico foi elaborado com projeção de números mínimo e máximo de possíveis eleitos por partido.

O prognóstico, que faz parte da série Estudos Políticos, é o 3º produto do DIAP sobre estas eleições de 2018 — o 1º foi a cartilha Eleições Gerais 2018, o 2º, o diagnóstico sobre os candidatos à reeleição e o 4º vai ser a Radiografia do Novo Congresso.

Para identificar os nomes mais competitivos, a equipe do DIAP e das empresas Queiroz Assessoria e Monitor-Leg levou em consideração 6 variáveis:

1) pesquisas de intenções de votos;

2) histórico eleitoral dos partidos e de seus candidatos;

3) coligações em cada estado;

4) projeções dos próprios partidos (lideranças e diretórios);

5) estrutura da campanha dos candidatos, inclusive recursos financeiros e acesso ao horário eleitoral gratuito; e

6) estratégias partidárias.

O DIAP faz esse tipo de levantamento desde 1990 e seu nível de acerto supera 90%, o que lhe garante credibilidade. Diferentemente de muitas outras previsões, o DIAP não se limita a prever a futura composição dos partidos, avança fornecendo os dados com os números possíveis de cada coligação ou partido, bem como os nomes dos candidatos com mais chances de eleição.

Alertamos, desde logo, que trabalhos com estas características, destinados a identificar os candidatos mais competitivos, estão sujeitos a imprecisões e surpresas, razões pelas quais o fato de constar o nome nesta lista não significa que o candidato será eleito nem a ausência significa derrota. O motivo de eventuais imprecisões decorre, de um lado, do cálculo do quociente eleitoral, e, de outro, da existência de coligação, que dificultam a precisão do partido e do nome que pode ser eleito dentro da coligação.

Advertimos, ainda, que não se trata de pesquisa eleitoral ou de indicação de voto, mas apenas, e exclusivamente, de exercício de previsão para possibilitar leitura acurada e reflexão aos agentes econômicos e sociais sobre a futura composição do Congresso e sobre a governabilidade do futuro presidente da República.

Com informações quantitativas e qualitativas, pode-se antecipar que a futura Câmara terá renovação entre 40% e 45%, com a reeleição de algo em torno de 300 deputados, terá pequeno crescimento dos partidos de esquerda e de direita e discreta queda nos partidos de centro, mantendo-se muito próxima da composição atual em termos de distribuição partidária. O levantamento considera o possível desempenho de cada partido em cada uma das 27 unidades da Federação.

Segundo a tabela a seguir, com a sistematização e a tabulação da pesquisa por partido, é possível afirmar que o PT terá a maior bancada, seguido do MDB, PSDB, PP e PSD, num intervalo entre 40 e 65 deputados.

Num 2º grupo estão o PR, seguido do DEM, PSB, PDT e PRB, com bancadas variando de 20 e 40 deputados.

Num 3º bloco estão: PTB, PSL, Pros, PSC, PPS, PCdoB, Pode, PSol e SDD, com bancadas entre 10 e 20 deputados.

Num 4º grupo, entre 5 e 10 deputados, estão a Rede, o Novo, o Avante e o PV. E por, último, abaixo de 5, estão: PRP, Patri, PRTB, PTC, etc.



Por fim, também é possível prever que entre 15 e 20 partidos devem alcançar a cláusula de barreira, ou seja, atingir pelo menos 1,5% do eleitorado nacional, distribuído pelo menos em 1/3 (9) estados com ao menos 1% do eleitorado de cada estado ou eleger ao menos 9 deputados por diferentes estados.

O trabalho, elaborado/organizado por região, teve a coordenação de Antônio Augusto de Queiroz, que é jornalista, consultor, analista político, sócio-diretor da Queiroz Assessoria e diretor de Documentação do DIAP.

*Introdução atualizada nesta quarta-feira (3), às 12h48

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quarta-feira, 3 de outubro de 2018

Até Globo acusa Moro de usar Palocci para agir politicamente contra o PT


Acredite se quiser: a Globo, parceira da Lava Jato deste o início, fez, nesta quarta-feira, sua primeira crítica aberta ao juiz Sergio Moro.

Em editorial, o jornal O Globo, da família Marinho, diz que Moro vazou a delação do ex-ministro Antônio Palocci com o objetivo de interferir nas eleições, ou seja, atuando como cabo eleitoral contra o PT e seu candidato Fernando Haddad.

"Moro fez com que se recordasse o caso do grampo de Lula e Dilma, agora com evidências de tentativa de interferência no primeiro turno das eleições presidenciais, a ser realizado domingo que vem", diz o texto.

Vinte reitores e ex-reitores de universidades federais declaram apoio a Haddad


Na carta os dirigentes universitários e professores lembram do legado de Fernando Haddad enquanto Ministro da Educação, com a expansão das universidades, programas como ProUni, Fies e Reuni, além do investimento maior no setor, e declaram apoio à candidatura de Haddad com base em seu plano de governo.

“Ao identificar no Programa 'O Brasil Feliz de Novo' as respostas que retomam as políticas de valorização e expansão da educação superior, nós dirigentes e ex-dirigentes de universidades no Brasil, manifestamos nosso apoio ao candidato Fernando Haddad (13) para presidente da República Federativa do Brasil”, escreveram.

Começou o segundo turno


"As duas partes mostram suas armas. Haddad subiu vertiginosamente com o apoio do Lula, um programa e uma campanha de massas. A direita mostra as suas armas: Moro e mídia", diz o sociólogo Emir Sader.

"A vitória da esquerda só se dará se articular a luta pela democracia com as lutas concretas de todos os setores da sociedade ameaçados pelas políticas do governo Temer e que seguiriam sendo duramente golpeadas com um eventual novo governo da direita", afirma.

O estudioso, no entanto, ressalta: "nem a direita tem o poder para impedir a vitória do Haddad, nem o Haddad já tem o apoio consolidado suficiente para triunfar. A disputa está aberta".

Pesquisa IBOPE: Haddad cresce e supera Bolsonaro no segundo turno


Pesquisa Ibope para presidente divulgada na noite desta quarta-feira 3 aponta que Jair Bolsonaro oscilou de 31% para 32%, enquanto Fernando Haddad, do PT, de 21% para 23%.

Ciro Gomes foi de 11% para 10%, Geraldo Alckmin de 8% para 7% e Marina Silva registrou 4%.

Nas simulações de segundo turno, Haddad vence Bolsonaro por 43% a 41%. A rejeição ao petista caiu para 37%.

terça-feira, 2 de outubro de 2018

Lewandowski manda Sul21 entrevistar Lula

E envia sonora banana a Moradia Fux e Dias Gaspari Toffoli

Conversa Afiada, 02/10/2018


A decisão do destemido Ministro Lewandowski ao autorizar a Sul 21 a entrevistar o presidente Lula, equivale a mandar um cacho de banana ao Luiz Moradia Fux e a Dias Gaspari Toffoli.

Jornalista diz que: "Haddad precisa construir já uma frente democrática"


O jornalista Luís Costa Pinto explica o crescimento de Jair Bolsonaro e o atribui a fatores como o apelo pelo voto útil anti-PT, os ataques do PSDB e do PDT a Fernando Haddad e à blitzkrieg evangélica contra o candidato do PT a presidente.

Como saída ele propõe que Haddad deve encarnar, já, o papel de aglutinador de todo o polo democrático e independente do país.

"Há tempo para unir. Há margem para isso. Emorecer agora é entregar o país a um projeto fascista, desagregador, estúpido, violento. Fazer isso nos condenará a mais 21 anos de trevas - período que durou a noite da Ditadura Militar de 1964. À luta, às ruas, às trincheiras nas esquinas".

Moro descumpriu TRF-4 e acordo da PF para liberar delação de Palocci


A quebra do sigilo de parte da delação do ex-ministro Antonio Palocci pelo juiz Sérgio Moro, a seis dias do primeiro turno das eleições, contrariou todas as determinações do TRF-4 na homologação da delação, em junho deste ano, e também todas as regras acertadas no Termo do Acordo assinado pela Polícia Federal.

Como mostra a jornalista Patrícia Faerman, as acusações tornadas públicas agora por Moro não têm relação direta com a ação penal tratada, das propriedades do Instituto Lula e de São Bernado.

"Portanto, também precisariam ser mantidas em sigilo porque, na tese da PF, poderiam prejudicar outros inquéritos que tivessem como base aquelas acusações".