domingo, 30 de setembro de 2018

Cantanhêde se rende ao ressurgimento do PT e à decadência do PSDB


A jornalista Eliane Cantanhêde diz que “O PSDB perdeu o Sul, o Centro-Oeste e o eleitorado tucano, não tem mais Serra e Aécio, não terá Alckmin, e Fernando Henrique pensa mais nele do que no partido”, por isso o que está em jogo é a sobrevivência do partido.

“Há dois anos, o PT parecia liquidado, enquanto o PSDB invadia o “cinturão vermelho”. O mundo dá voltas e tudo se inverteu”, lamenta Eliane.

O Brasil tem dois caminhos: Rachar com um fascista ou pacificar com Haddad


A dimensão dos protestos da campanha #elenão, que levou mais de 1 milhão de brasileiros às ruas neste sábado contra a candidatura fascista de Jair Bolsonaro, coloca o Brasil diante de um impasse civilizatório: ou o País implode, se vier a ser governado pelo candidato que ameaça a democracia, ou se deixa pacificar com Fernando Haddad no comando.

A boa notícia é que, em todas as pesquisas recentes, Haddad já vem abrindo uma folga confortável em relação ao extremista que é resultado do ódio disseminado no Brasil nos últimos anos.

No Datafolha, Haddad vence Bolsonaro no segundo turno por 45% a 39%.

#ELENAO pelo Brasil


Ato publico contra o presidenciavel lider nas pesquisas Jair Bolsonaro durante a tarde deste sabado (29) no Largo da Batata, zona oeste de Sao Paulo
Imagem: Nelson Antoine/Folhapress

Os atos contra Jair Bolsonaro marcados em mais de 160 cidades pelo Brasil e pelo mundo já se iniciaram neste sábado (29). Pelo mundo, o "Mulheres no Exterior Contra Bolsonaro" estava marcado para acontecer em 63 cidades espalhadas por 20 países.

A menos de um mês das eleições presidenciais de 2018, grupos virtuais de mulheres se mobilizaram na rede contra e a favor às declarações de Jair Bolsonaro. Trios elétricos, blocos de carnaval e shows são esperados em São Paulo e Rio de Janeiro.

Confira as manifestações que já estão acontecendo contra declarações e posicionamentos políticos do candidato à presidência pelo PSL.

Ato publico contra o presidenciavel lider nas pesquisas Jair Bolsonaro durante a tarde deste sabado (29) no Rio de Janeiro
Ato publico contra o presidenciavel lider nas pesquisas Jair Bolsonaro durante a tarde deste sabado (29) em Brasilia 

Ato das Mulheres Contra Bolsonaro #EleNão na praça 7, Belo Horizonte, MG 

Ato #EleNão em Lisboa, Portugal

sábado, 29 de setembro de 2018

Campanha do PT acerta ao vincular golpe e Bolsonaro


O jornalista Mauro Lopes, editor do 247, analisa a estratégia do PT para as eleições que tem como centro o combate ao golpe e seus efeitos sobre a população.

Explica como ela se desdobrou em opções táticas que têm se mostrado as grandes vitoriosas da campanha até aqui.

Lula esteve no centro da primeira etapa, a volta do tempo bom do PT ocupa a cena agora.

A vinculação entre Bolsonaro e o golpe é uma opção tática fundamental.

Alckmin rebate Bolsonaro sobre urnas eletrônicas e o compara a menino mimado


Presidenciável tucano rebateu as críticas feitas pelo concorrente Jair Bolsonaro (PSL) sobre as urnas eletrônicas e o comparou a um menino mimado que não sabe perder.

“É como um menino mimado que quando perde o jogo, pega a bola e vai embora”, disse Alckmin durante campanha em São Paulo.

#ELENÃO em Terezina!


Na capital do Piauí a manifestação começa às 17h com concentração na praça da Liberdade; expectativa é que pelo menos 400 mulheres acompanhem a caminhada e mais de duas mil pessoas participem do ato debaixo da ponte Juscelino Kubitschek.

As mulheres devem participar com rosas brancas como simbologia na abertura do show, em um momento de silêncio e reflexão pelo papel da mulher no mundo, pedindo paz.

Es-cân-da-lo! Fux pisa em Lewandowski e censura a Folha!

E chamam de Supremo Tribunal...

Conversa Afiada, 29/09/2018

Deu na Fel-lha:


Por Reynaldo Turollo Jr.

O ministro Luiz Fux, do STF (Supremo Tribunal Federal), suspendeu na noite desta sexta (28) uma liminar concedida mais cedo por seu colega Ricardo Lewandowski e proibiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de dar entrevista à Folha na prisão. Conforme a decisão de Fux, se a entrevista já tiver sido realizada, sua divulgação está censurada.

Lula está preso desde abril depois de ter sido condenado em segundo grau por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do tríplex de Guarujá (SP). A decisão de Fux vai ao plenário para ser ou não referendada.

“Determino que o requerido Luiz Inácio Lula da Silva se abstenha de realizar entrevista ou declaração a qualquer meio de comunicação, seja a imprensa ou outro veículo destinado à transmissão de informação para o público em geral”, escreveu Fux. 

“Determino, ainda, caso qualquer entrevista ou declaração já tenha sido realizada por parte do aludido requerido, a proibição da divulgação do seu conteúdo por qualquer forma, sob pena da configuração de crime de desobediência”, completou.

“A decisão do ministro Fux é o mais grave ato de censura desde o regime militar. É uma bofetada na democracia brasileira. Revela uma visão mesquinha da liberdade de expressão", disse Luís Francisco Carvalho Filho, advogado da Folha.

​ ​Fux atendeu a um pedido de suspensão de liminar formulado nesta sexta pelo partido Novo, adversário do PT nas eleições. O processo foi registrado para apreciação do presidente da corte, Dias Toffoli, por volta das 19h. Em seguida, segundo os deslocamentos registrados no site do STF, a presidência o enviou para a Seção de Processos Diversos, que, por sua vez, o remeteu a Fux, que é o vice-presidente.

Pela manhã, Lewandowski havia autorizado que Lula concedesse entrevista na prisão à colunista da Folha Mônica Bergamo. Ele havia atendido a uma reclamação do jornal que argumentou que decisão da 12ª Vara Federal em Curitiba, que proibira a entrevista, impedia o livre exercício do jornalismo. 

“Não raro, diversos meios de comunicação entrevistam presos por todo o país, sem que isso acarrete problemas maiores ao sistema carcerário [...] Portanto, permitir o acesso de determinada publicação e impedir o de outros veículos de imprensa configura nítida quebra no tratamento isonômico entre eles, de modo a merecer a devida correção de rumos por esta Suprema Corte”, afirmou Lewandowski na sua decisão, agora suspensa.

O partido Novo afirmou, ao pedir a suspensão da entrevista, que o PT tem apresentado Lula reiteradas vezes como integrante da chapa que disputa a Presidência, o que desinforma os eleitores. Lula foi barrado pela Justiça com base na Lei da Ficha Limpa e o PT lançou Fernando Haddad em seu lugar.

Fux escreveu em sua decisão que a regulação da livre expressão de ideias, sobretudo no período eleitoral, protege o bom funcionamento da democracia. “A desinformação do eleitor compromete a capacidade de um sistema democrático para escolher mandatários políticos de qualidade”, considerou.

“No caso em apreço, há elevado risco de que a divulgação de entrevista com o requerido Luiz Inácio Lula da Silva, que teve seu registro de candidatura indeferido, cause desinformação na véspera do sufrágio, considerando a proximidade do primeiro turno das eleições presidenciais”, afirmou Fux.

A Procuradoria-Geral da República divulgou nota na sexta afirmando que não iria recorrer da decisão de Lewandowski. 

"Em respeito à liberdade de imprensa, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, não recorrerá de decisão judicial que autorizou a entrevista do ex-presidente Lula a um veículo de comunicação", diz o texto da Secretaria de Comunicação do Ministério Público Federal.


N a v a l h a

O Ministro Luiz Moradia Fux é aquele que sentou em cima do auxílio-moradia.

Ele é suspeito de tentar beneficiar a filhoca, desembargadora precoce, que recebe o auxílio, ainda que tenha dois imóveis no bairro miserável do Leblon, no Rio.

Fux é aquele que prometeu "matar no peito" a acusação contra José Dirceu no mensalão (o do PT, porque o do PSDB o presidente Joaquim Barbosa escondeu nas grutas de Maquiné).

O ansioso blogueiro ouviu de quatro pessoas que Fux tinha prometido "matar no peito".

Na entrevista que concedeu à TV Afiada, o ministro José Dirceu prometeu para o Volume II de suas Memórias descrever as atividades pré-eleitorais do então candidato ao Supremo.

Fux faz parte do núcleo duro da Direita Suprema: senta-se ao lado do operário-padrão da Globo e diante do Ministrário Gilmar Mendes.

E ainda chamam isso de Supremo Tribunal!

Viva a República Federativa da Cloaca!

PHA

Fux leva STF à guerra e o Brasil de volta à censura

Brito: quantos canalhas vão pedir a volta da censura?

Conversa Afiada, 29/09/2018
Créditos: Jota Camelo

Para além da política eleitoral, é extremamente grave o que aconteceu ontem à noite, quando o exótico ministro Luiz Fux revogou, por liminar, a decisão de seu colega Ricardo Lewandowski, de permitir que a Folha de S. Paulo e o SBT entrevistassem o ex-presidente Lula.

Tão grave que, dificilmente, terá sido apenas uma iniciativa pessoal de Fux, que não a tomaria sem ter a certeza que não ficará sozinho na posição esdrúxula em que se colocou: derrubar, por liminar, a decisão de um colega de Corte.

Há muito o Supremo Tribunal Federal não o admite, em nome da autoridade paritária de seus integrantes.

Todos se recordam, por exemplo, que na crítica decisão de Gilmar Mendes de proibir a nomeação de Lula na Casa Civil do Governo Dilma, nenhum pedido em contrário foi sequer examinado, sob o argumento de que só o plenário poderia rever atos monocráticos de um ministro do STF.

Não há, hoje, no Brasil, crime mais grave que o rompimento do corporativismo judicial – o que já tinha gerado uma crise com o “prende-solta” de Lula dois meses atrás – e neste ato de Fux duvido que consiga mais do que dois ou três integrantes do núcleo de ódio jurídico do Supremo a protegê-lo da onda furiosa que se levantará no tribunal.

Para além do ato de violar as regras da irmandade, porém, a decisão sombria desata uma questão indefensável.

À proibição que subverteu as regras do Tribunal, porém, soma-se algo ainda mais grave.

Ao dizer que, caso se tivesse realizado a entrevista – legal, pois autorizada até ali – decretava “a proibição da divulgação do seu conteúdo por qualquer forma, sob pena da configuração de crime de desobediência”, Fux reinstituiu a censura prévia em nisso país.

Vejam, não é a proibição de que se divulgue algo obtido clandestina e ilegalmente – o que estamos vendo, aliás, todos os dias, com os vazamentos de processos em segredo de justiça – mas a de uma entrevista que, se tivesse sido realizada, estaria mais que legalizada pela decisão, vigente, de um ministro do STF!

Vê-se que o famoso “cala a boca já morreu” de Carmem Lúcia vale para todos, menos para algo que diga respeito a Lula.

Vem aí uma tempestade jurídica. E jornalística.

Embora, no Tribunal e na mídia não vão faltar canalhas que defendam a subversão da ordem jurídica e a volta da censura.

Os que ainda tiverem vida estão obrigados a reagir, sem meias-palavras, aos assassinos da liberdade.

Ficha limpa? Bolsonaro ocultou bens da Justiça Eleitoral

Brasil247, 29/09/2018

"A matéria de capa da Veja, que esmiúça processo que a sua segunda ex-mulher abriu" contra Jair Bolsonaro, então deputado federal, em 2011, "revela algo mais escandaloso", destaca o colunista Alex Solnik, acrescentando dois fatores: "seu patrimônio era incompatível com seus proventos de deputado federal e aposentadoria militar" e o de que "ele certamente ocultou patrimônio em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2006 e provavelmente também em 2018, o que se enquadra nos crimes de falsidade ideológica e sonegação".

Ciro, ouça Paulo Henrique Amorim

Em 22 anos, Brito e Brizola nunca ficaram em cima do muro!

Conversa Afiada, 29/09/2018

Chegou a hora de contar o que testemunhei em 2002.

Afinal, a memória é o livro mais precioso a se consultar na hora das grandes decisões.

Ciro Gоmes, que estivera no topo das pesquisas, esvaziara-se e Leonel Brizola – que tinha muitas divergências e duras críticas ao PT, não raro merecidas – temia que se armasse, no segundo turno, alguma trampa que pudesse evitar a vitória de Lula.

Por isso, pediu a Ciro que renunciasse à sua candidatura e levasse Lula à vitória ainda na primeira rodada eleitoral.

A reação de Ciro foi tão furiosa que Brizola – que era um homem que respeitava o que era dito em intimidade – não quis me descrever as palavras, mas apenas o clima da negativa, digamos, veemente.

Espero que Ciro, 16 anos depois, tenha se tornado menos figadal e honre o que ele próprio diz sobre pensar no Brasil.

Ninguém, agora, pede que abra mão de sua aspiração eleitoral ou de sua candidatura. São legítimas e respeitáveis.

Mas todos temos o dever de pedir-lhe que não feche as portas, como acabaria não fechando em 2002, no segundo turno, apoiando Lula.

Os que me acompanham sabem que conto passagens do que vivi com Brizola, mas jamais invoco seu nome para dizer o que ele faria ou a quem apoiaria como candidato. Por isso, reivindico a autoridade moral para não aceitar que o façam, ainda mais se for para dizer que ele faria o que nunca fez: ficar ausente do embate com as forças do atraso e do fascismo.

Aprendi, em 22 anos a seu lado, que não ficamos sobre o muro e sabemos a que lado do muro pertencemos.

Por isso, transcrevo e peço, sinceramente, que Cirо Gomes leia o que escreve Paulo Henrique Amorim, decano da blogosfera progressista e meu bom amigo:

Paulo Henrique Amorim, no Conversa Afiada

Numa entrevista por telefone, de São Paulo para uma rádio do Rio Grande do Sul, Cirо Gomes disse que não vai apoiar Haddad no segundo turno.

Como é inconcebível que ele apoie Bolsonaro, a declaração equivale a dizer que ele só participa da disputa eleitoral, ou seja, da Democracia, até certo ponto - até quando estiver em condições de ganhar.

Se perder, ele não joga!

Não basta Ciro dizer, como disse, que é amigo do Haddad e que o PT faz muito mal ao Brasil há muito tempo.

O Bolsonaro fará muito pior.

Mais do que o Collor.

Além disso, Ciro não é dono do voto de ninguém.

Voto não tem cabresto.

Essa reação aparentemente autoritária se assemelha às que critica em Lula: só o Lula manda no PT.

E o PDT?

E os pedetistas de sempre?

Os brizolistas de sempre?

Os que defendem ideias do Ciro sem que sejam necessariamente ciristas?

Em 1989, Lula só foi para o segundo turno contra Collor por uma diferença inferior a 1% em relação a Brizola.

E mesmo inconformado, subindo pelas paredes, Brizola transferiu TODOS os votos que teve no Rio e no Rio Grande do Sul para Lula, no segundo turno.

Brizola disse a seus eleitores:

- Vamos ter que engolir o sapo barbudo!

Ciro tem 61 anos.

E uma carreira política exemplar.

É um candidato de jovens ideias.

E impoluto.

Não pode dizer que jamais será candidato a Presidente, de novo.

Não pode jogar 10% das preferências do eleitorado pela janela!

Agora, como Brizola, ele tem a responsabilidade política e moral de engolir o sapo... de novo!

PHA