quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Depois do caso Cancellier, PF agora ataca UFMG


Polícia Federal cumpriu nesta quarta-feira, 6, oito mandados de condução coercitiva e 11 mandados de busca e apreensão numa operação contra suposto desvio de recursos da construção do Memorial da Anistia Política do Brasil, financiado pelo Ministério da Justiça e executado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Entre os alvos de condução coercitiva estão o reitor da UFMG, Jaime Arturo Ramírez (foto), a vice-reitora, Sandra Regina Almeida, além do ex-reitor Clélio Campolina e da ex-vice-reitora Heloisa Starling, coordenadora do projeto ligado ao Memorial.

O caso ocorre pouco tempo depois da operação da PF que levou ao suicídio do reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier.

Maior gestor do Brasil diz que não há risco-Lula


Criador da Verde Asset e um dos maiores gestores do País, Luis Stuhlberger avaliou nesta quarta-feira, 5, que caso o "risco-Lula" se concretizar e o Ibovespa for para os 50 mil pontos como os investidores estão projetando, está desenhado uma "oportunidade de compra".

Segundo ele, caso Lula vença o pleito, o Congresso não iria se curvar a ele como fez em 2003 e a revogação das reformas de Michel Temer aprovadas pelo Congresso seriam mais difíceis.

"Caso Lula reverta as reformas, haverá uma espiral inflacionária, uma deterioração das expectativas econômicas e uma maior tensão da população, podendo culminar no impeachment, que é tudo o que Lula não quer", avalia.

terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Pimenta aponta silêncio de Moro sobre acusações de Tacla Duran

A mídia é cúmplice do golpe contra Dilma

"Quase uma semana depois, ninguém veio a público desmentir nenhuma das acusações, e a mídia não toca no assunto. Por que será?", questiona o deputado, lembrando que, quando a Folha publicou uma reportagem com um depoimento de Tacla Duran sobre Zucolotto, amigo advogado de Moro, ela foi "imediatamente desmentida" pelo próprio juiz Sergio Moro e também pelo procurador Carlos Fernando Lima, da Lava Jato.

Celso de Mello usou domínio do fato para condenar Dirceu, mas não contra ex-governador

O ministro usa dois pesos e duas medidas 

O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello absolveu o ex-governador de Alagoas e hoje deputado federal Ronaldo Lessa (PDT-AL) do crime de peculato, alegando que a teoria do domínio do fato não basta para eximir o Ministério Público de comprovar a culpabilidade do réu.

No entanto, em 2012, durante o julgamento do mensalão, o decano do STF invocou essa mesma teoria para condenar José Dirceu por corrupção ativa.

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Pesquisa Datafolha aponta Lula em primeiro lugar e em crescimento

Ueslei Marcelino/Reuters

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), afirmou neste domingo (3) que a consolidação de Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro lugar na corrida presidencial de 2018 se deve "aos resultados de seu governo" e que os críticos ao ex-presidente migraram o voto para Jair Bolsonaro (PSC) por considerá-lo o candidato "com mais condições de vencer" o petista.

"As pessoas analisam o que elas já viveram e comparam. Elas tinham renda e emprego, hoje voltou a pobreza e a miséria", disse Gleisi à Folha.

Para ela, Lula é a opção oposicionista ao governo de Michel Temer que tem "a confiança do povo". "Se é para ser crítico ao atual governo, melhor que seja alguém que já fez, que já governou", completa a senadora.

Pesquisa divulgada este fim de semana mostra que Lula fortaleceu sua liderança e Bolsonaro está isolado em segundo lugar na disputa pelo Palácio do Planalto, mas apenas com a metade das intenções do ex-presidente.

"É importante deixar claro que Lula não tem unanimidade. Os contrários ao Lula migram para Bolsonaro porque veem que ele é o candidato que combate Lula que hoje tem mais condições de ganhar. Querem ser um eleitor útil", argumenta a senadora.

De acordo com a pesquisa, Lula ganha em todos os cenários de segundo turno. Ele ampliou em quatro pontos percentuais sua vantagem em relação ao levantamento anterior, feito no fim de setembro, no confronto com Geraldo Alckmin (PSDB) – 52% a 30% –, Marina Silva (Rede) – 48% a 35% –, e Bolsonaro, 51% a 33%.

A candidatura de Lula pode ser barrada se ele for condenado na segunda instância da Lava Jato por corrupção - em julho, o juiz Sergio Moro sentenciou o ex-presidente a nove anos e seis meses de prisão. Se a condenação for confirmada, ele fica inelegível, mas pode recorrer da decisão.

O PT acredita que o ex-presidente poderá concorrer nesse cenário de recurso a tribunais superiores.



A presidente do PT disse ainda que não concorda com a avaliação de que há uma polarização entre dois extremos, com Lula e Bolsonaro na ponta da disputa, e que um nome de centro pode surgir para furar esse embate.

"Lula não é um extremista, ela já governou esse país. Me diga que ato extremo ele já fez", afirma a petista.

Segundo ela, um candidato do governo, de centro-direita, ou até mesmo o nome de Alckmin terá que "se consolidar com os números ruins", visto que "a economia não melhorou e o povo está sentindo isso".

O Datafolha mostra que o brasileiro está preocupado com a economia e que a aprovação do governo Temer ainda segue na casa dos 5%.

PLANALTO

Os principais auxiliares de Michel Temer admitem que ainda há uma "sensação de mal estar" da população em relação à economia, mas tentam minimizar a dificuldade do presidente em melhorar o desempenho de seu governo.

Na avaliação de assessores de Temer, a melhora na economia –que pode ser a alavanca para uma possível candidatura do governo em 2018– será sentida pelos brasileiros nos três primeiros meses do ano que vem e, com isso, a popularidade do presidente pode subir, acreditam esses auxiliares, pelo menos até a casa dos 10%.

Até lá, a estratégia do governo é continuar divulgando os dados da economia que apontam queda da inflação e dos juros e também, mesmo que ainda tímida, dos índices de desemprego.

O Palácio do Planalto acompanhou os dados divulgados pelo Datafolha em relação à disputa presidencial do ano que vem com cautela.

Ministros dizem que, apesar da consolidação de Lula e Bolsonaro em primeiro e segundo lugar, respectivamente, ainda há espaço para um nome de centro "furar" a polarização entre ambos. Nas palavras de um auxiliar do presidente, a disputa ainda está longe e "há muita gordura para queimar".

ALCKMIN

O governador Geraldo Alckmin (PSDB), que tenta se colocar como a opção de centro-direita, ainda não deslanchou –aparece com 7% ou 9% das intenções de voto.

Diante desses dados, o Planalto acredita que é possível viabilizar um nome apoiado por Temer e pelo chamado centrão para ocupar esse espaço. O ministro Henrique Meirelles (Fazenda) é o mais cotado para o posto, mas aparece apenas com 1% ou 2%.

Para o presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, o percentual do governador paulista é o mesmo que teria "qualquer nome do PSDB agora" e os números mostram que a candidatura de Alckmin ainda tem que ser trabalhada.

Na simulação do Datafolha em que o nome de Alckmin é substituído pelo do prefeito paulistano João Doria, que disputava a indicação tucana, o desempenho é semelhante.

"Não é nada que entusiasme e nada que assuste", diz Goldman sobre o resultado do Datafolha. "O Brasil ainda não sabe que ele [Alckmin] é candidato, essa expressão é do percentual partidário do PSDB."

Goldman avalia que, além das inteções de voto em Lula e Bolsonaro, há uma parcela do eleitorado que vota em um candidato de centro, que ainda não está definido, e cujos cenários são mais perceptíveis nas simulações de segundo turno.

Segundo ele, Alckmin será esse "candidato de um grupo grande do centro que você percebe a existência quando faz o segundo turno".

Para o presidente tucano, a liderança de Lula já era esperada e faz parte de um "patamar pessoal" que o ex-presidente tem e Bolsonaro "capitalizou uma direita brasileira que sempre existiu e nunca teve por onde se expressar", mas agora encontrou um canal por meio do deputado.

A reportagem procurou o deputado Jair Bolsonaro, por meio da assessoria, que ainda não se manifestou sobre os resultados da pesquisa.

Em sua última coluna, Noblat diz que Lula será protagonista


O jornalista Ricardo Noblat, em sua última coluna em O Globo, com o qual encerra agora contrato, destaca que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o protagonista das próximas eleições.

"A mais recente pesquisa de intenção de votos do Datafolha reforça a convicção da esmagadora maioria dos políticos de todas as cores de que vivo ou morto, preso ou solto, candidato ou não, Lula será o protagonista da próxima eleição presidencial. Como foi de todas de 1989 para cá, à exceção da de 2014 quando Dilma preferiu caminhar com as próprias pernas e por pouco não acabou derrotada", escreve.

domingo, 3 de dezembro de 2017

Bolsonaro emprega a família na Câmara

É bom já ir se acostumando ao segundo lugar

 Conversa Afiada, 03/12/2017

Do Globo Overseas:


O deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e seus filhos empregaram, nos últimos 20 anos, uma ex-mulher do parlamentar e dois parentes dela em cargos públicos em seus gabinetes. Ana Cristina Valle, ex de Bolsonaro e mãe de Jair Renan, o quarto filho do presidenciável; a irmã dela, Andrea, e o pai das duas, José Cândido Procópio, ocuparam as vagas a partir de 1998, ano de nascimento de Jair Renan. Ana Cristina e José Cândido não estão mais nos gabinetes da família, mas Andrea continua no do deputado estadual Flávio Bolsonaro, filho do presidenciável.

Embora esteja lotada no gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), ela não trabalha no local. O GLOBO a procurou duas vezes no gabinete nos últimos dias, e os funcionários disseram desconhecê-la. (...) Apesar dos quase 20 anos de nomeações, os casos não podem ser tecnicamente enquadrados como nepotismo. A contratação de parentes foi normatizada por uma súmula do Supremo Tribunal Federal, em 2008. Os casos da família Bolsonaro ocorreram antes disso. Andrea, pelo grau de parentesco com Flávio Bolsonaro, não se enquadra na proibição expressa na súmula do STF.

A entrada de Andrea no gabinete de Flávio Bolsonaro se deu no mesmo dia em que o pai dela e de Ana Cristina, José Cândido Procópio Valle, foi exonerado. Ele estava lotado no gabinete do deputado estadual desde fevereiro de 2003, quando Flávio assumiu seu primeiro mandato. Mas, segundo regra editada pelo STF sobre nepotismo, o vínculo familiar entre Procópio e Flávio Bolsonaro é um grau mais próximo que o de Andrea. O trabalho na Alerj, no entanto, não foi o primeiro do patriarca dos Valle no clã Bolsonaro. Ele já havia sido contratado em novembro de 1998 para o gabinete de Jair, então seu genro, onde ficou até abril de 2000.

Já Ana Cristina trabalhou no gabinete de Carlos Bolsonaro, o primeiro filho de Jair a entrar para a política, eleito vereador aos 17 anos, em 2000. (...) 

Reprodução: O Globo

Nem a Lava Jato derrubou o Lula

Brito adverte: Moro, Moro, você está demorando, Moro!

Conversa Afiada, 03/12/2017

Por Fernando Brito, no Tijolaço:


As projeções de 2° turno, antecipadas ontem, já indicavam o que é mostrado em plenitude pelos dados completos do Datafolha realizado nos dois últimos dias de novembro: a rejeição a Lula caiu de forma marcante e, tecnicamente, voltou ao patamar anterior à campanha de desmoralização que lhe moveram a Lava Jato e a mídia, que atingiu seu ápice às véspera do impeachment de Dilma Rousseff, com 57%.

39% dizerem, agora, que não votariam em Lula “de jeito nenhum” não é muito diferente do preconceito que ele carrega desde sempre, mesmo nos melhores momentos de prosperidade econômica em seus governos.

Movimento inverso teve seu algoz, o juiz Sérgio Moro, que ostenta o mesmo nível de rejeição, ao ponto de que um candidato por ele indicado teria igual nível de recusa (44%) que o mesmo teria se a indicação fosse de Lula (45%). Aliás, neste quesito, Alckmin que se cuide: 62% dizem não votar em um candidato indicado por Fernando Henrique Cardoso e 81%, como se ensaia, recusariam o voto ao candidato indicado por Michel Temer.

Os números revelam duas realidades políticas.

A primeira é que Lula enfrentou e venceu o “Exército Islâmico”, este Isis judicial midiático que praticamente tomou conta do país desde 2015. Progressivamente, recuperou o território e, agora, começa a reunir aliados para uma ofensiva definitiva. É verdade que as forças fundamentalistas de mercado ainda têm a “bomba H” de uma condenação, mas detoná-la destruiria a si próprios, dividindo ao meio o país que querem controlar.

Além disso, levam à conclusão de que o “meu programa é ser o anti-Lula“pode ainda ser suficiente para levar um candidato ao 2° turno, mas não reúne, na hora da decisão, mais de um terço dos eleitores. Proporção que, alás, também progressivamente se reduz.

Há um ano e quatro meses, os resultados de um eventual segundo turno, onde Lula é franco favorito, segundo o Datafolha (veja aqui os atuais, publicados no post anterior) eram algo que hoje parece inacreditável: Aécio teria 38% e Lula 36%; Alckmin obteria o mesmo resultado; Marina atingiria 44% e Lula só 32% e até José Serra iria a 40%, deixando Lula com 35%.

Progressivamente, a vida real vai se impondo à propaganda de massas e o país vai orientando os vetores de seus desejos na direção da própria sobrevivência.

Resta saber se a vontade popular nascerá livremente das urnas ou se sofrerá um aborto violento nas cortes judiciais.

Deixa o homem concorrer!



Enquanto os procuradores de Curitiba anunciam uma "batalha final" que pode convulsionar o Brasil e só interessa à Globo, a elite brasileira tem agora a oportunidade de refletir sobre a insensatez que seria banir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva das próximas eleições no tapetão.

A pesquisa Datafolha divulgada neste sábado mostrou que Lula já tem quase 40% das intenções de voto e chances reais de vencer em primeiro turno.

No segundo, então, seria um passeio.

Enquanto a turma do ódio quer guerra, Lula promete conciliação e oferece ao Brasil uma oportunidade real de sair do buraco em que foi colocado pela aliança golpista PSDB-PMDB.

O que esconde o discurso sobre corrupção?

Será que a cultura de corrupção estabelecida um dia vai mudar?

A Dinamarca, por exemplo, é um dos países menos corruptos do mundo. Sabe porquê? Porque lá os cidadãos, os políticos e os empresários são honestos. 

No supermercado o controle é eletrônico e as pessoas pagam os produtos sem precisar de policiamento. Os empresários não sonegam impostos, nem têm lucros exorbitantes, pois quem paga por produtos e serviços é responsável pela fiscalização. 

Os bancos são, razoavelmente, controlados e não praticam taxas de juros que são verdadeiros assaltos à mão desarmada.

Pensando em Deus


Golpe desmoralizado: 62% acham Temer pior que Dilma


O Datafolha deste fim de semana trouxe mais um dado devastador para Michel Temer, que usurpou o cargo da presidente Dilma Rousseff; para 62% dos brasileiros, ele governa pior do que a presidente deposta e apenas 13% avaliam que sua gestão é melhor.

Com o golpe de 2016, o Brasil afastou uma presidente honesta, instalou uma quadrilha no poder e hoje Temer é o pior cabo eleitoral do País.

O ex-presidente Lula, por sua vez, se consolidou na liderança e tem chances reais de vencer as eleições de 2018 (se houver) em primeiro turno.

sábado, 2 de dezembro de 2017

Temer (finalmente!) fala a verdade

Em ritmo de hip-hop: "Eu brinco de ser presidente..."

Acesse o link e confira  A maior verdade dita por Temer até hoje

Uma constatação sobre Temer

Constatação

PF, MPF, PGR, AGU, STF, Justiça Federal, são os ingredientes de uma sopa de letrinhas.

Nesse ritmo, PMDB e PSDB morrerão abraçados

Alckmin diz que não fará oposição a Temer

Provável candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, diz que não será oposição a Michel Temer, rejeitado por 95% dos brasileiros.

Com as declarações, futuro líder nacional dos tucanos, que segue patinando nas pesquisas de intenção de voto para 2018, mina ainda mais suas possibilidades eleitorais ao declarar apoio ao governo mais rejeitado da história.

"O PSDB não vai virar oposição, de jeito nenhum, nós temos responsabilidade. E para votar medidas que nós entendemos que é de interesse do povo brasileiro, que vai ajudar o Brasil a sair da crise, nós não precisamos ter ministério para isso, nós vamos apoiar da mesma forma", disse Alckmin, em entrevista à jornalista Mariana Godoy.

Coincidências apontam: Brasil hexa e Lula eleito


Jornalista Breno Altman observa fatos da Copa do Mundo de 2002 que se repetirão em 2018, e aposta na coincidência que pode levar o Brasil a ser campeão no próximo ano e o ex-presidente Lula sendo eleito pela terceira vez.

As coincidências são Holanda fora do mundial, Dinamarca no grupo da França, Nigéria no grupo da Argentina e Costa Rica no grupo do Brasil.

O resultado de 2002: Brasil campeão e Lula eleito presidente.

Advogado Durán entrega os podres da Lava Jato

Em depoimento de mais de quatro horas, advogado Tacla Durán entrega os podres da Lava Jato. CPI quer ouvir compadre de Moro

Viomundo, 30/11/2017 às 13h32

Da Redação

Em depoimento de mais de quatro horas à CPI da JBS e J&F, o advogado Rodrigo Tacla Durán fez várias revelações bombásticas, confirmando informações publicadas antes em várias fontes, inclusive aqui mesmo no Viomundo.

Ex-prestador de serviços do Departamento de Operações Estruturadas da Odebrecht, Durán é considerado foragido pela Justiça brasileira.

Uma tentativa de extraditá-lo da Espanha — país do qual ele tem cidadania — fracassou.

A principal acusação de Durán é de que o compadre do juiz Sergio Moro, Carlos Zucolotto, teria pedido a ele um pagamento de U$ 5 milhões para reduzir de U$ 15 mi para U$ 5 mi a multa que ele, Durán, teria de pagar se fechasse acordo de delação premiada no Brasil.

Zucolotto teria, segundo o acusador, bom trânsito com procuradores da Lava Jato e prometeu trazer para as negociações um certo DD, que pode ser referência a Deltan Dallagnol.

O acordo não foi fechado.

Dentre as acusações feitas hoje por Tacla Durán:

— Ele usou um celular para fotografar a conversa que teve com o advogado Carlos Zucolotto Júnior através do aplicativo Wickr, que apaga as mensagens assim que elas são transmitidas. Durán disse que fez as fotos porque não poderia dar print screen, já que do outro lado o interlocutor seria avisado. Nas conversas, segundo Durán, Zucolotto, que é compadre do juiz Sergio Moro, pediu U$ 5 milhões “por fora” para reduzir a multa que Durán teria de pagar se fechasse acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, além de outras vantagens;

— Durán confirmou planilha que consta em sua declaração de imposto de renda, divulgada originalmente pela coluna Radar, da Veja, que inclui pagamentos que teriam sido feitos ao escritório de Zucolotto, que foi correspondente de Durán no Brasil em ações na Justiça. Da lista de pagamentos também consta o nome da esposa de Moro, Rosângela, que trabalhou no escritório de Zucolotto.


— Tacla Durán desmentiu o juiz Sergio Moro, que em nota (ver íntegra no final) afirmou que Zucolotto “não atua na área criminal”. Segundo Durán, Zucolotto já atuou como advogado do próprio Moro em ação criminal. Ele afirmou que existiriam registros públicos disso.

— Tacla Durán afirmou que o sistema original de registro de propinas da Odebrecht foi apagado, não permitindo perícias ou que a defesa dos delatados pelos 77 executivos da empreiteira obtenha contraprovas, prejudicando o direito de defesa.

— Ele também disse que recebeu da Lava Jato lista de políticos com a indagação sobre qual poderia denunciar. “Marcelo Miller me mostrou uma lista de parlamentares e perguntou: qual o senhor conhece, qual o senhor pode entregar?”, afirmou o depoente. Miller é acusado de, ainda na condição de procurador do MPF, organizar a delação premiada dos donos da J&F e lucrar com ela. Ele se demitiu do MPF, onde atuou na Lava Jato, e se transferiu para a banca de advogados regiamente remunerada pela empresa de Joesley Batista.

— Segundo Tacla Durán, a Lava Jato omitiu contas no Exterior dos marqueteiros João Santana e Monica Moura. Ambos, em suas delações, comprometeram a ex-presidenta Dilma, cuja campanha teria pago “por fora” por serviços de marketing na campanha de 2014. A omissão das contas permite a conjectura de que os dois teriam sido conscientemente beneficiados por procuradores, já que as contas omitidas não foram bloqueadas.

— Tacla Durán disse que já fez depoimento à Justiça de sete países. Mas, no Brasil, o juiz Sergio Moro rejeitou pedido da defesa de Lula para ouví-lo como testemunha. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, ao negar um dos pedidos de depoimento de Durán o juiz Moro alegou desconhecimento do endereço do advogado na Espanha. Mas Durán disse que seu endereço é de conhecimento de autoridades espanholas e brasileiras.

Ao final, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) disse que será preciso ouvir na CPI o compadre do juiz Moro, Carlos Zucolotto, diante das graves acusações feitas a ele por Tacla Durán.


O advogado Carlos Zucolotto Jr. é advogado sério e competente, atua na área trabalhista e não atua na área criminal;

O relato de que o advogado em questão teria tratado com o acusado foragido Rodrigo Tacla Duran sobre acordo de colaboração premiada é absolutamente falso;

Nenhum dos membros do Ministério Público Federal da força-tarefa em Curitiba confirmou qualquer contato do referido advogado sobre o referido assunto ou sobre qualquer outro porque de fato não ocorreu qualquer contato;

Rodrigo Tacla Duran não apresentou à jornalista responsável pela matéria qualquer prova de suas inverídicas afirmações e o seu relato não encontra apoio em nenhuma outra fonte;

Rodrigo Tacla Duran é acusado de lavagem de dinheiro de milhões de dólares e teve a sua prisão preventiva decretada por este julgador, tendo se refugiado na Espanha para fugir da ação da Justiça;

O advogado Carlos Zucolotto Jr. é meu amigo pessoal e lamento que o seu nome seja utilizado por um acusado foragido e em uma matéria jornalística irresponsável para denegrir-me; e

Lamenta-se o crédito dado pela jornalista ao relato falso de um acusado foragido, tendo ela sido alertada da falsidade por todas as pessoas citadas na matéria.

A nova pesquisa Ibope para eleição presidencial de 2018

Pesquisa do Datafolha aponta que Lula pode vencer a próxima eleição até no primeiro turno. No principal cenário, Lula tem 34%, o dobro do segundo lugar Bolsonaro, com 17%. Depois, vem Marina Silva, com 9%, Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, têm 6%. Lula ganha em todos os cenários de segundo turno. 

O Datafolha divulgou na tarde deste sábado (2) a sua mais recente pesquisa para a eleição presidencial de 2018.
Segundo as informações coletadas pelo instituto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ampliou a vantagem que já tinha para os demais concorrentes.
Em segundo lugar, consolidado, está o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC).
(...)
Nas simulações de segundo turno, o ex-presidente também sagra-se vencedor contra qualquer adversário.
O Datafolha fez 2.765 entrevistas entre 29 e 30 de novembro, em 192 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou para menos.
A seguir, confira os números e os cenários avaliados:
Cenário 1 (com Marina, Joaquim Barbosa, Temer e Meirelles):
Lula (PT): 34%
Jair Bolsonaro (PSC): 17%
Marina Silva (Rede): 9%
Geraldo Alckmin (PSDB): 6%
Ciro Gomes (PDT): 6%
Joaquim Barbosa (sem partido): 5%
Alvaro Dias (Podemos): 3%
Manuela D´Ávila (PCdoB): 1%
Michel Temer (PMDB): 1%
Henrique Meirelles (PSD): 1%
Paulo Rabello de Castro (PSC): 1%
Em branco/nulo/nenhum: 12%
Não sabe: 2%

Cenário 2 (com Joaquim Barbosa):
Lula (PT): 37%
Jair Bolsonaro (PSC): 18%
Geraldo Alckmin (PSDB): 8%
Ciro Gomes (PDT): 7%
Joaquim Barbosa (sem partido): 6%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Manuela D’Ávila (PCdoB): 1%
Guilherme Boulos (sem partido): 1%
Paulo Rabello de Castro (PSC): 1%
Em branco/nulo/nenhum: 14%
Não sabe: 3%

Cenário 3 (com Meirelles):
Lula (PT): 37%
Jair Bolsonaro (PSC): 19%
Geraldo Alckmin (PSDB): 9%
Ciro Gomes (PDT): 7%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Manuela D’Ávila (PCdoB): 2%
Henrique Meirelles (PSD): 1%
Paulo Rabello de Castro (PSC): 1%
Guilherme Boulos (sem partido): 1%
Em branco/nulo/nenhum: 14%
Não sabe: 5%

Cenário 4 (com Marina):
Lula (PT): 36%
Jair Bolsonaro (PSC): 18%
Marina Silva (Rede): 10%
Geraldo Alckmin (PSDB): 7%
Ciro Gomes (PDT): 7%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Manuela D’Ávila (PCdoB): 1%
Paulo Rabello de Castro (PSC): 1%
Guilherme Boulos (sem partido): 1%
Em branco/nulo/nenhum: 13%
Não sabe: 2%

Cenário 5 (com Doria e Marina)
Lula (PT): 36%
Jair Bolsonaro (PSC): 18%
Marina Silva (Rede): 11%
Ciro Gomes (PDT): 7%
João Doria (PSDB): 5%
Alvaro Dias (Podemos): 4%
Manuela D’Ávila (PCdoB): 1%
João Amoêdo (Partido Novo): 1%
Paulo Rabello de Castro (PSC): 1%
Guilherme Boulos (sem partido): 1%
Em branco/nulo/nenhum: 14%
Não sabe: 2%

Simulações de 2º turno:

Lula 52% x 30% Alckmin
Lula 48% x 35% Marina
Lula 51% x 33% Bolsonaro
Alckmin 35% x 33% Ciro
Marina 46% x 32% Bolsonaro

Ciro denuncia Temer: entregou R$ 1 trilhão às multinacionais do petróleo


Em discurso em São Luís, no Maranhão, neste sábado, o presidenciável Ciro Gomes (PDT) denunciou ao povo o "entreguismo" de Michel Temer, e disse que o peemedebista deu R$ 1 trilhão às multinacionais do petróleo.

Ciro criticou ainda "a grande mídia", que segundo ele, "esconde a verdade do povo"; "Temer deu um trilhão de reais. Essa governança que tomou o poder no Brasil distribuiu isso tudo para as multinacionais do petróleo, e ninguém tem direito de saber, porque a mídia comprada não deixa que o povo saiba".