segunda-feira, 13 de março de 2017

Aécio vira tarja preta nos tribunais superiores


Já virou piada nas redes sociais a notícia de que o trecho do depoimento de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, da Odebrecht, em que ele cita o senador Aécio Neves e o PSDB será coberto por uma tarja preta, por decisão do ministro Herman Benjamin, do TSE.

Padilha tem moral demais ou Temer não tem moral nenhuma?

PADILHA DESAFIA TEMER E DIZ QUE NÃO SERÁ DEMITIDO NEM SE FOR RÉU NA LAVA JATO

Citado por diversos delatores da Odebrecht como tesoureiro informal do PMDB, e também acusado de usar quatro senhas para receber R$ 5 milhões em propina, dos R$ 10 milhões acertados no jantar do Jaburu com a presença de Michel Temer, Eliseu Padilha fez um desafio público a seu chefe.

Em entrevista ao Globo, Padilha disse que não se enquadra em nenhuma linha de corte dos ministros que podem vir a ser demitidos em razão da Lava Jato.

Há três semanas, Temer disse que todos os ministros que se tornarem réus serão demitidos, mas Padilha garantiu que essa regra não vale para ele.

Parte da propina do PMDB foi entregue no escritório de José Yunes, melhor amigo de Temer.

O governo apodrece em praça pública, mas são intensos os movimentos para salvar o cadáver, como demonstra ida de Gilmar Mendes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ao Jaburu.

Padilha quer liderar a reforma da Previdência, que pode deixar 70% dos brasileiros sem aposentadoria, segundo o Dieese.

Emilio Odebrecht diz que Caixa 2 existe desde a época de seu pai

No depoimento que prestou ao juiz Sergio Moro nesta segunda-feira 13, e que está sob sigilo por determinação do magistrado, mas cujo conteúdo foi vazado, o executivo Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da empreiteira, relatou que “sempre existiu” caixa 2 na construtora para doações de campanhas não eleitorais.

“Sempre existiu. Desde a minha época, da época do meu pai e também de Marcelo [Odebrecht]”, disse o patriarca.

Ele falou como testemunha de defesa de seu filho, Marcelo, que está preso no âmbito da Lava Jato.

Gilmar Mendes, ministro do Supremo, é peça chave do golpe

Qualquer pessoa consegue perceber que Gilmar age no sentido de consolidar o golpe


"Ele procura constituir uma narrativa do golpe. Com a sua autoridade, ele fala pelo golpe e procura naturalizar situações e questões que não podem ser naturalizadas. Mas hoje, Gilmar Mendes se superou", diz o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) em vídeo.

O deputado critica a tese do ministro do STF de que é preciso diferenciar caixa 2 de propina e ainda a defesa de que é preciso considerar o cenário político para o julgamento contra Temer no TSE.

Bolsonaro expõe seu fascismo sem máscara


"Bolsonaro não esconde quem é: ele expõe seu fascismo sem máscara", diz o cientista político Luis Felipe Miguel sobre a entrevista do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) publicada pela Folha nesta segunda-feira, 13.

"Se seus seguidores fossem só os brutalizados pelas condições de vida, sem acesso à informação e às ferramentas cognitivas para processá-la criticamente, já seria assustador. Mas os melhores índices do deputado marginal estão entre os mais escolarizados. Seu discurso, por mais primário que seja, consegue capitalizar os receios difusos que os desafios às hierarquias geram naqueles que realmente são ou pelo menos se julgam privilegiados", alerta.

Ministro do TSE censura trecho do caixa dois de Aécio Neves de R$ 9 milhões


Ministro Herman Benjamin, relator no processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE, atendeu a um pedido do PSDB e determinou que seja "tarjado" trecho do depoimento de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, da Odebrecht, que citava Aécio Neves; o partido argumentou no pedido que as menções à sigla e à candidatura de Aécio se prestaram apenas a "uma indevida exploração política patrocinada junto à imprensa, com a finalidade exclusiva de causar danos à imagem do PSDB, e ao seu presidente, Aécio Neves"; Benedicto Júnior apontou o caixa dois de R$ 9 milhões dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foram peças centrais no golpe de 2016.

Gilmar vai a Temer às vésperas da delação que pode cassá-lo

Uma relação indecente, imoral e aética
 

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, que, em tese, julga abusos que podem custar o mandato de Michel Temer, Gilmar Mendes foi ao encontro do investigado neste domingo 12, em pleno Palácio do Jaburu.

Temer já foi citado por diversos delatores, por ter participado de um jantar em que se combinou uma propina de R$ 10 milhões para o PMDB – boa parte dela paga em dinheiro para Eliseu Padilha, que, nesta segunda-feira, reassumiu a Casa Civil.

Nesta segunda, Gilmar disse que o cenário político do País – que está em instabilidade profunda desde o golpe de 2016 – será levado em conta pelos ministros do TSE e também afirmou que Temer poderá ser candidato numa eleição indireta, mesmo que seja cassado.

domingo, 12 de março de 2017

Fordlândia:Uma utopia americana na Amazônia

Na floresta amazônica, as ruínas da terra da fantasia de Ford

SIMON ROMERO, EM FORDLÂNDIA (AMAZONAS)THE NEW YORK TIMES

Bryan Denton/The New York Times


A selva amazônica já engoliu o campo de golfe Winding Brook. Enchentes arrasaram o cemitério, deixando para trás um monte de cruzes de concreto. O hospital de cem leitos projetado pelo aclamado arquiteto de Detroit Albert Khan foi destruído por saqueadores.

Diante da escala de decadência e decrepitude nesta cidade --fundada em 1928 pelo empresário Henry Ford em paragens longínquas da bacia Amazônica--, eu não esperava encontrar as residências imponentes, muitas delas bem preservadas, na Palm Avenue. Mas lá estavam elas, graças aos invasores.

"Esta rua foi um paraíso dos saqueadores. Os ladrões levaram móveis, maçanetas, tudo o que os americanos deixaram para trás", disse Expedito Duarte de Brito, 71, um leiteiro aposentado que vive em uma das casas construídas para os gerentes de Ford no que deveria ser uma cidade de plantação utópica. "Eu pensei: 'Ou eu ocupo este pedaço da história ou ele se somará às outras ruínas de Fordlândia'", disse Brito.

Bryan Denton/The New York Times

Em mais de uma década de reportagens na América Latina, fiz dezenas de viagens à Amazônia, atraído frequentemente por seus enormes rios, os céus magníficos, cidades pujantes, civilizações perdidas e histórias de ousadia consumida pela natureza. Mas por algum motivo nunca cheguei a Fordlândia.

Isso mudou finalmente, quando embarquei em um barco fluvial neste ano em Santarém, um posto avançado na confluência dos rios Amazonas e Tapajós, e fiz a viagem de seis horas até o lugar onde Ford, um dos homens mais ricos do mundo, tentou transformar uma enorme extensão da selva brasileira em uma terra da fantasia do Meio-Oeste americano.

Explorei o posto a pé, percorrendo as ruínas e conversando com garimpeiros, agricultores e descendentes de trabalhadores rurais que vivem aqui. Sem nada de cidade perdida, Fordlândia abriga cerca de 2.000 pessoas, algumas das quais vivem nas estruturas desmoronadas construídas há quase um século.

Bryan Denton/The New York Times

Ford, o fabricante de automóveis que é considerado um fundador dos métodos de produção em massa industriais dos EUA, tramou seu projeto da Fordlândia em uma aposta para produzir sua própria fonte de borracha, necessária para fazer pneus e peças de carros como válvulas, mangueiras e vedações.

Ao fazê-lo, ele invadiu uma indústria moldada pelo imperialismo e alegações de suposta finalidade botânica. O Brasil era o lar da Hevea brasiliensis, a cobiçada seringueira que produz a borracha, e a bacia Amazônica floresceu de 1879 a 1912 enquanto as indústrias da América do Norte e da Europa alimentaram a demanda por borracha.

Para decepção dos líderes brasileiros, porém, Henry Wickham, um botânico e explorador britânico, contrabandeou milhares de sementes da seringueira em Santarém, fornecendo a matriz genética para as plantações de borracha nas colônias britânicas, holandesas e francesas na Ásia.














Esses empreendimentos do outro lado do mundo devastaram a economia da borracha no Brasil. Mas Ford não queria depender dos europeus, temendo uma proposta de Winston Churchill para criar um cartel da borracha. Por isso, em uma medida que agradou às autoridades brasileiras, Ford adquiriu um vasto terreno na Amazônia.

Desde o início, a inaptidão e a tragédia prejudicaram o empreendimento, meticulosamente documentado em um livro do historiador Greg Grandin que li no barco enquanto subia o Tapajós. Desdenhando os especialistas que poderiam tê-lo aconselhado sobre agricultura tropical, os homens de Ford plantaram sementes de valor duvidoso e deixaram as doenças das folhas assolarem a plantação.

Apesar desses reveses, Ford construiu uma cidade em estilo americano, que ele queria que fosse habitada por brasileiros conduzidos pelo que ele considerava valores americanos.
Bryan Denton/The New York Times

Os empregados se mudaram para bangalôs feitos de madeira compensada --projetados em Michigan, é claro--, alguns dos quais ainda estão de pé. Postes de rua iluminavam as calçadas de concreto. Partes desses caminhos persistem na cidade, ao lado de hidrantes vermelhos e à sombra de salões de dança decadentes e armazéns desmoronados.

"Afinal, Detroit não é o único lugar onde Ford produziu ruínas", disse Guilherme Lisboa, 67, dono da Pousada Americana.

Além de produzir borracha, Ford, um declarado abstêmio, antissemita e cético da Era do Jazz, queria claramente que a vida na selva fosse mais transformadora. Seus gerentes americanos proibiam o consumo de bebida alcoólica, enquanto promoviam a jardinagem, a dança de quadrilha e leituras de poemas de Emerson e Longfellow.

Indo mais longe na busca da utopia por Ford, esquadrões sanitários atuavam em todo lugar, matando cães sem dono, secando poças de água onde poderia se multiplicar o mosquito transmissor da malária e examinando os empregados em busca de doenças venéreas.

Bryan Denton/The New York Times

"Com uma certeza de propósito e falta de curiosidade sobre o mundo que parece muito conhecida, Ford deliberadamente rejeitou conselhos de especialistas e decidiu transformar a Amazônia no Meio-Oeste de sua imaginação", escreveu o historiador Grandin em seu relato da cidade.

Hoje, as ruínas de Fordlândia são um testamento da loucura de tentar dobrar a selva à vontade do homem.

Desejando promover o automóvel como uma forma de recreação --juntamente com o campo de golfe, as quadras de tênis, um cinema e piscinas--, os gerentes estenderam quase 50 km de ruas em Fordlândia. Mas os carros estão em geral ausentes da cidade de pistas enlameadas, eclipsados pelas motocicletas encontradas em todas as cidades amazônicas.

No final da Segunda Guerra Mundial, estava claro que cultivar seringueiras em Fordlândia não poderia ser rentável diante das pragas e da concorrência da borracha sintética e das plantações asiáticas libertas da dominação japonesa.
Bryan Denton/The New York Times


Depois que Ford entregou a cidade ao governo brasileiro, em 1945, as autoridades transferiram Fordlândia de um órgão público para outro, principalmente para experiências malsucedidas de agricultura tropical. A cidade entrou em um estado de declínio aparentemente perpétuo.

"Nada acontece aqui, e é assim que eu gosto", disse Joaquim Pereira da Silva, 73, um agricultor de Minas Gerais que seguiu sua estrela até Fordlândia em 1997. Hoje ele vive na Palm Avenue em uma antiga casa americana que comprou por R$ 20 mil de um invasor que a havia consertado.

"Os americanos não tinham ideia sobre a borracha, mas sabiam construir coisas duradouras", disse ele.

Alguma coisa na utopia fracassada impressionou estudiosos e artistas em outras partes do mundo. A Fordlândia inspirou um disco de 2008 do compositor islandês Johann Johannson e um romance de 1997 de Eduardo Squiglia sobre um aventureiro argentino que viaja até aqui para recrutar trabalhadores agrícolas.


Alguns descendentes dos trabalhadores que se instalaram em Fordlândia, juntamente com migrantes de outras partes do Brasil, têm pequenos terrenos onde pasta o gado zebu. Outros plantam mandioca em áreas onde as seringueiras foram derrubadas décadas atrás. Muitos sobrevivem com pequenos pagamentos do governo ou aposentadorias.

Depois há os moradores como Eduardo Silva dos Santos, nascido há 66 anos no hospital projetado por Khan, o arquiteto que desenhou grande parte da Detroit do século 20. Santos hoje mora em uma pequena casa perto das ruínas do hospital.

Procurando material deixado pelos americanos, ele criou uma lanterna para pesca com velhas peças de carros e um moedor de especiarias com máquinas descartadas. Santos tem opiniões mistas sobre a Fordlândia administrada pelos americanos, já que ele cresceu lá depois que Ford desativou a cidade.
Bryan Denton/The New York Times

"Este lugar na época de Ford era limpo, não tinha insetos nem animais, nem selva na cidade", disse Santos, um de 11 filhos de uma família que dependia da borracha.

"Meu pai trabalhou para eles", disse ele, "e fez o que lhe mandaram fazer. Os trabalhadores são como cachorros: obedecem."

Mas para decepção de Ford às vezes eles não obedeciam.

Os gerentes tentavam aplicar a proibição do álcool, mas os trabalhadores simplesmente pegavam barcos até uma ilha próxima cheia de bares e bordéis. E em 1930 os trabalhadores cansados de comer a dieta de Ford, de aveia, pêssegos em calda e arroz integral, em um refeitório quentíssimo, fizeram uma greve geral.

Quebraram relógios de ponto, cortaram a eletricidade da plantação e cantaram "Brasil para os brasileiros; matem todos os americanos", obrigando alguns gerentes a fugir pela selva.
Bryan Denton/The New York Times

A Amazônia oferecia seus próprios desafios aos americanos. Alguns não conseguiram se adaptar às condições, sofrendo crises de nervos. Um deles se afogou quando uma tempestade no rio Tapajós virou seu barco. Outro gerente partiu depois que três de seus filhos morreram de febres tropicais.

Ford poderia ter evitado essas tragédias, e a administração ruinosa da plantação, se tivesse buscado conselhos de especialistas para cuidar das seringueiras ou de estudiosos sobre a capacidade do Amazonas de frear aventuras grandiosas. Mas ele parecia detestar aprender com o passado.

"A história é besteira", disse Ford a "The New York Times" em 1921. "Que diferença faz saber quantas vezes os gregos antigos voaram suas pipas?"

quarta-feira, 8 de março de 2017

Virou suruba: Gilmar diz que Congresso pode eleger Temer se TSE cassá-lo

Ele perdeu uma boa oportunidade de ficar calado!

Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, o ministro Gilmar Mendes disse que Michel Temer pode ser eleito presidente indiretamente pelo Congresso Nacional se o TSE decidir cassá-lo.
 
Nos próximos dias, o ministro Herman Benjamin, do TSE, deve propor a cassação de Temer, diante das evidências de que ele pediu R$ 10 milhões pagos pelo departamento de propinas da Odebrecht.
 
No entanto, pela lógica de Gilmar, o Brasil pode não se livrar de Temer, mesmo com a condenação pelo TSE.
 
O golpe já fez com que os brasileiros ficassem 9,1% mais pobres e continua arruinando o País.

terça-feira, 7 de março de 2017

'Fui condenado por chamar uma corrupta de corrupta', diz ex-deputado

Edson Silva - 1º.out.2012/Folhapress

O ex-deputado Fernando Chiarelli (PT do B), em 2012, quando se preparava para um debate eleitoral

 Folha, 05/03/2017 02h00

"Fui condenado e preso por chamar uma pessoa corrupta de corrupta". O ex-deputado federal Fernando Chiarelli é um homem que tem raiva. Muita raiva.

No dia 2 de agosto do ano passado, momentos antes de ter sua candidatura a prefeito de Ribeirão Preto (SP) oficializada pelo PT do B, Chiarelli foi detido por três agentes da Polícia Federal.

O motivo da prisão era e é incomum, ainda mais em tempos de Lava Jato. O ex-deputado havia sido condenado a um ano e oito meses de detenção pela Justiça Eleitoral (semiaberto) porque, quatro anos antes, chamara a então prefeita da cidade, Dárcy Vera (PSD) de "desonesta", entre outros termos nada lisonjeiros ("ave de mau agouro", "criatura maldita" etc).

Chiarelli foi, então, levado para a penitenciária de Tremembé e lá ficou por 45 dias, até obter um habeas corpus. "Foi constrangedor", diz o ex-parlamentar, que perdeu o direito de concorrer na eleição.

Quase três meses depois, veio a redenção. Chiarelli preparava-se para fazer uma caminhada quando a televisão noticiou a prisão de Dárcy numa operação da PF intitulada "Mamãe Noel".

De acordo com o Ministério Público, a hoje ex-prefeita participou de um esquema de fraudes em contratos da ordem de R$ 203 milhões.

"A investigação indica que [Dárcy] era a chefe, tinha proeminência, atuava na organização dessas fraudes, desses crimes", afirmou, à época, o procurador-geral de Justiça, Gianpaolo Smanio.

Dárcy permaneceu 11 dias na cadeia e, desde então, vive reclusa em sua casa. Seus bens estão bloqueados.

"Eu era chamado de aloprado, de insano. Mas já sabia. Fui levado para a cadeia, como se fosse um bandido, enquanto ela seguia saqueando", diz o ex-deputado.

Procurada pela Folha, a ex-prefeita não atendeu aos pedidos de entrevista. A advogada Maria Cláudia de Seixas, que a representa, disse que Dárcy vai provar sua inocência e que ela nega enfaticamente ter recebido propina ou participado de um conluio para desviar verbas.

Para a advogada, não dá para relacionar o caso do ex-deputado com a situação da ex-prefeita. "Uma coisa não se confunde com a outra."

SEM TRAVAS NA LÍNGUA

Chiarelli é um político que foge ao figurino tradicional. Nacionalista "como o personagem de Lima Barreto" [de "Triste Fim de Policarpo Quaresma", 1915], ele não tem trava alguma na língua.

Em 1995, foi cassado pela Câmara de Ribeirão após ser acusado de chamar um colega de "aleijado". Dárcy Vera entrou no seu lugar.

Catorze anos depois, suplente de deputado federal, assumiu a vaga após a morte de um parlamentar e, num discurso, declarou que o "Judiciário é o poder mais corrupto que existe".

Na tribuna também, "João sem Medo", como se autodenominava, afirmou que um ministro merecia cadeia – Wagner Rossi, que posteriormente deixou o cargo para se defender de acusações de irregularidades–, chamou os líderes partidários de "líderes de quadrilha" e disse que a Câmara dos Deputados "funcionava à base da extorsão". Dilma Rousseff, recém eleita para o primeiro mandato, era, nas palavras do orador, "a abobada que acaba de ser eleita presidenta".

No processo em que o juiz Luís Augusto Freire Teotônio o condenou por calúnia, difamação e injúria por ofensas à ex-prefeita de Ribeirão, há outro episódio inusitado.

Segundo o relato do magistrado na sentença condenatória, Chiarelli chegou a desafiar um juiz para um duelo após a concessão de um direito de resposta à sua adversária no programa eleitoral.

"Não se tratava de um duelo físico, como Davi e Golias", diz o ex-deputado. "Eu estava apenas desafiando o juiz a provar que o que eu falei não era verdade", explica. Chiarelli havia dito num debate na TV que "Carminha", como costumava chamar a então prefeita, em referência à vilã da novela "Avenida Brasil", da Globo, havia batido numa empregada doméstica.

"Você colocou o rosto dela no vaso sanitário", afirmou. Algo, aliás, que ele não tem como atestar que ocorreu. "Não houve agressão", contesta a advogada de Dárcy.

Professor de inglês e tradutor, Chiarelli, 55 anos, diz que nasceu pobre e que ainda mora na mesma casa construída pelo seu pai.

Ao falar sobre a temporada que passou na penitenciária, ele se diz muito indignado. "Se tivesse cometido um homicídio. Se tivesse roubado ou cometido peculato. Mas preso por calúnia?"

O ex-deputado corre o risco de voltar para a cadeia. No final do ano, foi novamente condenado (sete meses de detenção em semiaberto) em um outro processo por difamação, pelo mesmo juiz, contra a mesma ex-prefeita.

Decisão do Supremo fecha a lavanderia eleitoral

Uol/Josias de Souza 07/03/2017


Responsável pelos processos da Lava Jato, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal transformou em réu o senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Fez isso ao acatar denúncia na qual a Procuradoria-Geral da República acusa Raupp de receber da construtora Queiroz Galvão propina de R$ 500 mil camuflada de doação eleitoral com registro no TSE. A decisão acomoda uma corda no pescoço de todos os políticos que tentam escapar de processos do petrolão alegando que doação eleitoral oficial não pode ser tachada de propina.

Raupp terá agora a oportunidade de se defender em ação penal que correrá no Supremo enquanto ele tiver mandato de senador. De acordo com a Procuradoria, ele recebeu da Queiroz Galvão, na campanha de 2010, dinheiro desviado de contratos firmados com a Petrobras. Raupp alegara que se tratava de doação legal. O relator da Lava Jato no Supremo, ministro Edson Fachin, considerou que há indícios do cometimento de dois crimes: corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Decano da Suprema Corte, o ministro Celso de Mello despejou água fria nas expectativas dos investigados da Lava Jato que sonhavam em transformar o Tribunal Superior eleitoral em lavanderia de verbas sujas. “A prestação de contas pode constituir meio instrumental do crime de lavagem de dinheiro se os recursos financeiros doados, mesmo oficialmente, a candidatos e partidos, tiverem origem criminosa resultante da prática de outro ilícito penal, como crimes contra a administração pública”, disse o ministro.

Celso de Mello prosseguiu: “Configurado esse contexto, que traduz uma engenhosa estratégia de lavagem de dinheiro, a prestação de contas atuará como dissimulação do caráter delituoso das quantias doadas. Os agentes da conduta criminosa objetivaram, por intermédio da Justiça Eleitoral, conferir aparência de legitimidade a doações manchadas em sua origem pela nota da delituosidade.”

Houve uma divisão entre os cinco ministros da Segunda Turma. Além de Celso de Mello, apenas Ricardo Lewandowski acompanhou integralmente o voto do relator Fachin. Outros dois ministros, Gilmar Mendes e Dias Toffoli ratificaram a denúncia da Procuradoria apenas na parte em que Raupp é acusado de corrupção Passiva. Ambos rejeitaram a imputação de lavagem de dinheiro.

O ministro Gilmar Mendes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral, soou como se estivesse incomodado em ter de criminalizar doações formais de campanha. Mas acabou votando a favor do recebimento da denúncia em relação ao crime de corrupção passiva imputado a Raupp. Com a maioria já formada, foi seguido por Toffoli, seu antecessor na presidência do TSE.

No escândado do petrolão, o PT foi o primeiro a abusar da inteligência alheia ao tentar qualificar propinas como doações eleitorais. Mas o próprio Michel Temer acabou enveredando pela mesma trilha. Em defesa apresentada no processo sobre a cassação da chapa encabeçada por Dilma Rousseff nas eleições de 2014, a defesa de Temer imitou o petismo.

“Doação recebida e declarada de pessoa jurídica com capacidade contributiva, independentemente do que diga um delator, não é caixa dois”, anotou a defesa de Temer. Seus advogados acabaram arrastando o PSDB, autor da ação que corre no TSE, para a mesma vala comum. “Até porque, como visto, o partido-autor foi agraciado com vultosas quantias das mesmas empresas, logo, não há mau uso da autoridade governamental pelos representados [Dilma e Temer].”

Essa argumentação consta de petição protocolada pelos advogados de Temer no TSE em fevereiro de 2016. O que a peça afirmou, com outras palavras, foi o seguinte: 1) se a doação financeira foi registrada na Justiça Eleitoral, não importa que o dinheiro tenha sido roubado dos cofres da Petrobras. 2) ao sorver verbas das mesmas fontes que irrigaram a campanha Dilma—Temer, o PSDB de Aécio Neves foi hipócrita ao enxergar lama na chapa adversária sem se dar conta de que sua campanha presidencial frequentou a mesma poça.

Hoje, Dilma é ex-presidente e Temer, seu substituto constitucional, tem no PSDB de Aécio seu principal aliado depois do PMDB. É contra esse pano de fundo que a turma do Supremo informou que propina não se confunde com doação eleitoral.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Moro manda advogado de Palocci fazer concurso para juiz

Está claro demais a parcialidade deste juiz, o que fere a ética profissional e macula a magistratura 

O juiz Sergio Moro discutiu numa audiência desta tarde, quando o advogado José Roberto Batochio, que defende o ex-ministro Antonio Palocci, o questionou sobre uma testemunha que não presenciou fatos que estavam sendo questionados.

Trata-se de Fernando Barbosa, testemunha da Odebrecht, que acusou Palocci de ser "o italiano" das planilhas de propina por ouvir dizer de outras pessoas da empresa; o advogado questionou: "Com o devido respeito, testemunha não pode achar nada, não opina. Não vou aceitar essa violência"; 

Moro rebateu: "Faça concurso para juiz e assuma então a condução da audiência, mas quem manda na audiência é o juiz".

Empreiteiro acusa Temer de pedir mais R$ 1 milhão no Jaburu na ação do TSE



Além de ter pedido R$ 10 milhões à Odebrecht no Palácio do Jaburu, numa doação que se deu de forma ilegal, por fora, Michel Temer também pediu R$ 1 milhão à Andrade Gutierrez.
 
A revelação foi feita pelo executivo Otávio Azevedo, em seu depoimento ao ministro Hermann Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, que deve propor a cassação de Temer.
 
Outro elemento grave é o fato de Azevedo ter sido levado ao Jaburu por ninguém menos que Eduardo Cunha, preso há quatro meses em Curitiba.
 
O esquema funcionava assim: empreiteiros iam ao Jaburu, sacramentavam as doações com Temer e depois Eliseu Padilha definia como eram feitos os pagamentos – muitas vezes por fora, como no envelope levado a Yunes.

Golpe faz Brasil ter maior crise desde 1929. Parabéns FHC, Aécio, Cunha e Temer

É isso que acontece quando os interesses de um grupo mal-intencionado se sobrepõe aos interesses de uma nação
 

O golpe contra a democracia, liderado pela aliança entre Aécio Neves, Eduardo Cunha, Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer, fez com que o Brasil tivesse a maior depressão econômica desde a quebra da bolsa de Nova York, em 1929.
 
Em 2016, a queda do PIB será de 3,6%, depois de um tombo de 3,8% em 2015.
 
Os números só não são piores do que os da depressão de 1930 e 1931, que foram consequência do crash norte-americano.
 
Em 2015, o PIB desabou com a aliança pelo "quanto pior, melhor", entre peemedebistas e tucanos, que visava criar as condições para o golpe.
 
Em 2016, o País afundou ainda mais com a incapacidade de Michel Temer de governar.
 
A autodestruição brasileira é um caso inédito no mundo, que já produziu 7 milhões de desempregados.

Só 4 de 50 políticos da 1ª lista de Janot viraram réus

E nenhum é do PSDB. Por quê?

Apesar da grande repercussão no meio político e na opinião pública, a primeira lista de investigados pela Procuradoria-Geral da República na Lava Jato, teve poucas consequências jurídica até agora.
 
Somente 4 dos 50 políticos citados —o equivalente a 8% do total— tornaram-se réus por por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) e nenhum deles havia sido condenado até a última sexta-feira (3).
 
Dois anos depois, 40% das 27 investigações foram arquivadas no todo ou em parte ou juntadas a outra apuração e outros 17 casos seguem em aberto, sem conclusão.
 
Há grande expectativa nesta semana para a divulgação da segunda lista de Rodrigo Janot, que terá como base o depoimento dos 77 delatores da Odebrecht.

Planalto já antecipa onda de manifestações de rua contra Temer



Registrando recordes de impopularidade, Michel Temer já se preocupa com a reação das ruas à nova onda de denúncias de corrupção contra ele e seus aliados
 
A avaliação é de que a nova lista de Rodrigo Janot, que deve atingir a alta cúpula governista, bem parlamentares do PSDB e do PMDB, trará ainda mais desgaste e deve turbinar as manifestações de rua contra o Planalto, como a marcada para o próximo dia 26 nas principais capitais do País.
 
Em 2015, a primeira lista de Janot serviu como combustível para manifestações contra Dilma Rousseff; quantidade de protestos durante o Carnaval, quando o “Fora Temer” se espalhou por todo o Brasil, já serviram de termômetro para o tamanho da insatisfação popular que está por vir.

Concursos públicos têm 12,2 mil vagas no país com salários de até R$ 18 mil

Do UOL, 06/03/2017

Os concursos públicos oferecem 12.255 vagas em várias regiões do país. Existem oportunidades em diversos cargos, destinadas a candidatos de todos os níveis escolares. As remunerações iniciais podem chegar a R$ 18.066,53, dependendo da função desejada.

Para ver a lista completa de concursos disponíveis nesta semana, com todas as opções, acesse o endereço http://zip.net/bkqyRC (link encurtado e seguro).
Principais concursos públicos

Ipiranga do Norte (MT) - Vagas: 16 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 1.102,67 a R$ 18.066,53 / Inscrição: até 8/3 / Mais informações:


Ilha Solteira (SP) - vagas: 58 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 1.138,14 até R$ 15.431,71 / Inscrição: até 15/3 / Mais informações: http://zip.net/bdtF7q

Defensoria Pública do Estado do Paraná - Vagas: 13 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 15.371,68 / Inscrição: até 7/3 / Mais informações: http://zip.net/bgtDDT

Bom Jardim da Serra (SC) - Vagas: 42 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 995,02 a R$ 13.845,33 / Inscrição: até 28/3 / Mais informações: http://zip.net/bdtF7r

Fazenda Rio Grande (PR) - Vagas: 16 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 1.028,37 a R$ 12.875,84 / Inscrição: até 22/3 / Mais informações: http://zip.net/bhtFxk

Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde (SP) - Vagas: 110 / Escolaridade: níveis fundamental, médio e superior / Salário: R$ 1.427,74 a R$ 12.621,70 / Inscrição: até 12/3 / Mais informações: http://zip.net/bxtGf2

Boa Esperança (MG) - Vagas: 210 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 880 a R$ 11.880 / Inscrição: de 20/3 a 30/4 / Mais informações: http://zip.net/bxtCqX

Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) - Vagas: 423 / Escolaridade: níveis médio, técnico e superior / Salário: R$ 7.951,13 a R$ 11.717,56 / Inscrição: até 30/3 / Mais informações: http://zip.net/bwtyxy

Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) - Vagas: 161 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 2.777 a R$ 10.285 / Inscrição: até 15/3 / Mais informações: http://zip.net/bgty2D

Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS) - Vagas: 80 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 2.997,02 a R$ 10.028,41 / Inscrição: até 10/4 / Mais informações: http://zip.net/bjtFzR

Primavera do Leste (MT) - vagas: 63 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 977,10 a R$ 9.712,81 / Inscrição: até 6/3 / Mais informações: http://zip.net/bgtFmm

Universidade Federal de Itajubá (MG) - Vagas: 3 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 9.570,41 / Inscrição: até 16/3 / Mais informações: http://zip.net/bbtFgy

Universidade Federal do ABC (SP) - Vagas: 40 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 9.114,67 / Inscrição: de 15/5 a 17/6 / Mais informações: http://zip.net/bwtCRb

Palmirópolis (GO) - Vagas: 26 / Escolaridade: níveis fundamental e superior / Salário: R$ 1.000 a R$ 9.000 / Inscrição: até 24/3 / Mais informações: http://zip.net/bgtFmN

Aeronáutica - Vagas: 55 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 7.082 a R$ 7.796 / Inscrição: até 21/3 / Mais informações: http://zip.net/bvtD46

Rio de Janeiro (RJ) - Vagas: 742 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 6.681,47 a R$ 7.707,44 / Inscrição: até 13/3 / Mais informações: http://zip.net/bjtFh2

Belo Horizonte (MG) - Vagas: 5 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 7.630,26 / Inscrição: de 13/3 a 12/4 / Mais informações: http://zip.net/bntv4L

Conselho Regional de Medicina Veterinária (SC) - Vagas: 9 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 1.570,48 a R$ 7.480,60 / Inscrição: até 7/4 / Mais informações: http://zip.net/bhtFxm

Marinha - Vagas: 30 / Escolaridade: nível médio / Salário: R$ 6.673 / Inscrição: até 31/3 / Mais informações: http://zip.net/bstFDT

Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (SP, MT, MS) - Vagas: 9 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 3.292,15 até R$ 6.625,21 / Inscrição: até 17/3 / Mais informações: http://zip.net/bltCPB

Penalva (MA) - Vagas: 235 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 937 a R$ 6.000 / Inscrição: até 19/4 / Mais informações: http://zip.net/bhtFNY

Senador Modestino Gonçalves (MG) - Vagas: 19 / Escolaridade: níveis fundamental, médio e superior / Salário: R$ 880 a R$ 6.000 / Inscrição: até 23/3 / Mais informações: http://zip.net/bmtDyL

Fapesp (SP) - Vagas: 2 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 3.785,32 a R$ 5.751,49 / Inscrição: até 9/3 / Mais informações: http://zip.net/bvtD45

Ministério Público (RN) - Vagas: 32 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 4.472,71 a R$ 5.609,19 / Inscrição: de 13/3 a 11/4 / Mais informações: http://zip.net/brtFq0

Conselho Regional de Farmácia (MG) - Vagas: 3 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 1.551,07 a R$ 5.378,20 / Inscrição: até 23/3 / Mais informações: http://zip.net/bytDL5

Forças Armadas - Vagas: 2.254 / Escolaridade: níveis fundamental e médio / Salário: R$ 2.100 até R$ 5.300 / Inscrição: até 6/3 / Mais informações: http://zip.net/bxtFbT

Cotia (SP) - Vagas: 6 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 1.221,58 a R$ 5.000 / Inscrição: até 7/4 / Mais informações: http://zip.net/bmtFfV

Taboão da Serra (SP) - Vagas: 112 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 4.800 / Inscrição: até 10/3 / Mais informações: http://zip.net/bytFRy

Bragança Paulista (SP) - Vagas: 54 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 3.236,46 a R$ 4.596,46 / Inscrição: até 21/3 / Mais informações: http://zip.net/bntFpJ

Prado (BA) - Vagas: 221 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 937 a R$ 4.207,38 / Inscrição: até 14/3 / Mais informações: http://zip.net/bytFRt

Polícia Militar de Minas Gerais (PM/MG) - vagas: 416 / Escolaridade: nível superior / Salário: R$ 3.278,74 / Inscrição: até 29/3 / Mais informações: http://zip.net/bdtF7s
Marinha (CE, ES, PE, SC) - Vagas: 1.240 / Escolaridade: nível médio / Salário: R$ 930 a R$ 2.500 / Inscrição: até 6/3 / Mais informações: http://zip.net/bmtCNP

Bombeiros (PE) - Vagas: 300 / Escolaridade: nível médio / Salário: R$ 970,42 a R$ 2.319,88 / Inscrição: até 26/3 / Mais informações: http://zip.net/bktDnt

Marinha - Vagas: 1.300 / Escolaridade: nível médio / Salário: R$ 854,00 a R$ 1.758,00 / Inscrição: até 30/3 / Mais informações:

Secretaria da Educação (BA) - vagas: 3.659 / Escolaridade: níveis médio e superior / Salário: R$ 989,92 a R$ 1.407,14 / Inscrição: até 13/3 / Mais informações: http://zip.net/bwtDVk

Sirinhaém (PE) - Vagas: 291 / Escolaridade: todos os níveis / Salário: R$ 937 / Inscrição: até 10/3 / Mais informações: http://zip.net/bwtDVj


Vagas para concursos públicos ficarão mais disputadas

Pare de arrumar desculpas para não estudar. "Assuma sua responsabilidade, arregace as mangas e comece a estudar hoje mesmo, sem desperdiçar parte do dia com pretextos"

Para salvar Michel Temer, TSE terá de se matar

Uol/Josias de Souza, 06/03/2017
Arma-se no Tribunal Superior Eleitoral uma grande encenação. Envolve o processo sobre a reeleição de Dilma Rousseff e Michel Temer. Suas páginas estão apinhadas de provas do uso de recursos ilícitos na campanha vitoriosa de 2014. As evidências tocam fogo na Presidência-tampão de Temer. Para ocultar as manobras que visam salvar o mandato do subsituto de Dilma, ninguém grita incêndio dentro do teatro. Mas a inclusão dos depoimentos de delatores da Odebrecht no processo mostra que, às vezes, torna-se inevitável gritar teatro dentro do incêndio.

Nesta segunda-feira, o ministro Herman Benjamin, relator do processo, interrogará mais dois ex-executivos da Odebrecht: Cláudio Melo Filho e Alexandrino de Salles Ramos de Alencar. Com isso, Benjamin fecha a série de cinco oitivas de colabores da empreiteira. Os depoimentos forneceram dados que complicam a vida da turma do deixa-disso. Agora, quem quiser se fingir de cego para livrar Temer da cassação terá de fechar os olhos para as propinas que ajudaram a reelegê-lo.

Ao julgar o processo, o TSE não decidirá somente contra ou a favor da interrupção do governo Temer ou da inelegibilidade de Dilma. Os ministros votarão para saber de que matéria-prima é feita a Justiça Eleitoral. Prevalecendo o conchavo, os colegas de Benjamin terão de fazer contorcionismo retórico para justificar um incômodo paradoxo: depois de transformar a auditoria nas contas da chapa Dilma—Temer num marco histórico, o TSE jogará o trabalho no lixo. Em nome da etabilidade da República, manterá a tradição de cassar apenas vereadores, prefeitos e governadores de Estados periféricos.

Inicialmente, tramava-se a separação das contas de Dilma e Temer, sob o pretexto de que apenas as arcas da campanha de madame receberam verbas sujas. Como os votos que o eleitorado deu para Dilma são os mesmos que fizeram de Temer seu substituto constitucional, aceitar a tese da segregação das contas poderia levar à desmoralização. Ficaria claro que, sob o exterior meio idiota de um magistrado disposto a engolir esse lero-lero, se esconde um débil mental completo.

Dentro e fora do TSE, os operadores de Temer agarraram-se a um novo lema: “Nunca deixe para amanhã o que você pode deixar hoje.” Trabalha-se agora para enviar o julgamento às calendas. Algo que talvez leve a plateia a se perguntar: para que serve a Justiça Eleitoral? Se o TSE chegar a esse ponto, como parece provável, potencializará a impressão de ter perdido a sua função.

Os partidários do resgate de Temer alegam que o TSE não pode ficar alheio à conjuntura política e econômica. O risco de mergulhar o país numa turbulência que ameaçaria a tímida recuperação da economia justificaria um olhar atenuatório sobre as culpas e as omissõers de Temer.

Recorda-se, de resto, que a cassação de Temer desaguaria numa eleição indireta para a escolha do seu substituto. Como prevê a Constituição, caberia ao Congresso, abarrotado de parlamentares enrolados no petrolão, apontar o nome do próximo presidente. Paradoxo supremo: para fugir da lama congressual, finge-se que a podridão da campanha não existiu.

Se a sensibilidade auditiva fosse transportada para o nariz, as pessoas, ao ouvir o burburinho por trás das portas de certos gabinetes brasilienses, sentiria um mau cheiro insuportável. É um odor típico dos processos de decomposição. Para salvar Michel Temer, o Tribunal Superior Eleitoral terá de se matar.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Universidade de Columbia convida militantes antigolpe para seminário em NY


O protesto dos brasileiros antigolpe em seminário recente na Universidade de Columbia, Nova York, contra o juiz Sergio Moro, gerou um profundo impacto na comunidade acadêmica local.

Os organizadores do evento foram acusados de ter ignorado o contraditório e a Columbia então decidiu organizar um outro seminário, nesta sexta-feira 3, com a presença de Natalia Campos, representante do movimento Defend Democracy in Brazil, formado por brasileiros residentes nos EUA, além de americanos simpatizantes.

Cassação de Temer é inevitável


"Quando vazaram notícias de que Dilma poderia ser cassada por irregularidades em sua campanha de 2014 em razão de pagamentos a uma gráfica por serviços não prestados e ao marqueteiro João Santana, no exterior, via caixa 2, os advogados de Temer se apressaram em esclarecer que as contas das campanhas eram separadas, a sua campanha a vice não tinha nada a ver com a dela. O argumento, que serviu para Temer, agora serve para Dilma". 

"Depois que o episódio do jantar no Palácio do Jaburu entrou no processo de cassação da chapa que tramita no TSE, com o depoimento de Marcelo Odebrecht, baseado na sua delação premiada, é melhor mesmo para Dilma que as contas sejam desvinculadas", avalia Alex Solnik.

Para ele, "a cassação deveria atingir não só a campanha de Temer, mas todas as campanhas financiadas com essa verba, inclusive a de Cunha à presidência da Câmara".

Folha pressente queda de Temer e volta a defender eleições diretas


Jornal da família Frias, que defendia eleições diretas antes do golpe, mas mudou de posição para apoiar Michel Temer, muda de posição, agora que se torna praticamente inevitável sua cassação pelo TSE.

Em editorial publicado nesta sexta-feira, a Folha de S.Paulo voltou a pedir a realização de eleições diretas para a Presidência: "A esta altura, afinal, a cassação da chapa levaria a uma eleição indireta —por um Congresso sob níveis históricos de descrédito— para os postos de presidente e vice. 

Melhor seria, defende esta Folha, que uma emenda constitucional impusesse a escolha por voto popular em caso de vacância definitiva da Presidência antes dos seis meses finais de mandato", diz o texto.

O Itamaraty vira feudo tucano

Ou seja, se sai um tucano entra outro

"A escolha do senador Aloysio Nunes Ferreira como novo ministro das Relações Exteriores humilha o Itamaraty não por se tratar de um político agressivo e intransigente, o que lhe vale a alcunha de 'pitbull tucano'", nem por falta de familiaridade com o tema, mas sim "o rebaixamento da pasta à condição de mercadoria nas barganhas fisiológicas para a sustentação de Temer", afirma Tereza Cruvinel.

"Com a nomeação de Nunes Ferreira, Temer faz da pasta um feudo do PSDB, de cujo apoio precisa cada vez mais para se manter no cargo, apesar da derrocada moral de seu governo", diz a jornalista, para quem "a ditadura foi mais sóbria que Temer, colocando no cargo quase sempre diplomatas de carreira".

"A hora do mundo exige cautela e não rompantes. Exige negociação e diplomacia, não truculência e valentia", conclui.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Delator da Odebrecht dá tiro no peito de Aécio


O executivo Benedicto Júnior, número dois da Odebrecht, acaba de decretar a morte política do senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB e responsável maior pelo golpe parlamentar de 2016 que arruinou a economia brasileira.

Em depoimento nesta tarde, BJ, como ele é conhecido, disse que Aécio lhe pediu R$ 9 milhões por fora, nas eleições de 2014.

Os recursos foram divididos nas campanhas do senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), que foi o relator do golpe no Senado, de Pimenta da Veiga, derrotado na disputa pelo governo de Minas, e Dimas Toledo Fabiano Júnior, filho do notório Dimas Toledo, nomeado por Aécio em Furnas com a missão de recolher propinas.

A ação no TSE, que começou porque Aécio não aceitou sua derrota na disputa presidencial de 2014, agora se volta contra ele.

Marcelo Odebrecht, o chefe de BJ, disse que a presidente eleita Dilma Rousseff, ao contrário de Aécio, nunca pediu dinheiro à empreiteira.

Marcelo Odebrecht diz que Dilma nunca pediu dinheiro. mas Temer pediu


Em seu depoimento no processo sobre a cassação da chapa Dilma-Temer, o empreiteiro Marcelo Odebrecht foi questionado três vezes se, em alguma oportunidade, a presidente eleita Dilma Rousseff lhe pediu alguma doação de campanha.

"Não, não e não", disse Marcelo, embora tenha dito que ela soubesse que a construtora realizara doações para sua campanha – o que é óbvio;

Michel Temer, por sua vez, organizou um jantar, em pleno Palácio do Jaburu, para arrancar recursos da Odebrecht.

Parte dos R$ 11,3 milhões foi entregue em dinheiro vivo no escritório de seu melhor amigo, José Yunes, que disse ter sido "mula" de Eliseu Padilha, ministro licenciado da Casa Civil, ou seja, por mais que tentem distorcer a realidade, o depoimento de Marcelo Odebrecht comprova que o Brasil executou o golpe dos corruptos contra a presidente honesta.