terça-feira, 4 de outubro de 2016

Partidos com mais candidatos ficha suja foram os mais votados

Teori: faltou seriedade no powerpoint contra Lula



O ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, classificou nesta terça-feira, 4, como "espetacularização" a atuação dos procuradores da República, durante a apresentação da denúncia contra o ex-presidente Lula, que foi apontado como líder de organização criminosa. 

"Lá em Curitiba, se deu notícias sobre organização criminosa, colocando o presidente Lula como líder da organização criminosa, dando a impressão, sim, de que se estaria investigando essa organização criminosa, mas o objeto da denúncia não foi nada disso. 

Essa espetacularização do episódio não é compatível nem como objeto da denúncia nem com a seriedade que se exige na operação desses fatos", afirmou.

Teori negou pedido de Lula para que os inquéritos contra ele sejam transferidos do juiz Sérgio Moro para a corte.

Para Teori, Lula poderia recorrer ao Supremo contra a conduta dos integrantes do Ministério Público durante a coletiva.

domingo, 2 de outubro de 2016

MP: não há irregularidade na evolução patrimonial de Palocci


"A evolução patrimonial condiz com as notas fiscais conforme documentação trazida nos autos, patrimônio adquirido por consultorias que o investigado formalmente promoveu", diz o procurador federal Frederico Paiva, no documento que determina o fim da investigação aberta cinco anos atrás contra o ex-ministro Antonio Palocci.

O documento foi assinado quatro dias antes de o ex-ministro ser preso na operação "lava jato".

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Rapidinhas

Temer cria por decreto “escola que não pensa” - A ‘escola que não pensa’ do golpista, por sugestão do ator Alexandre Frota, elimina as disciplinas de Filosofia e Sociologia da grade curricular obrigatória.

O pior do Brasil é o brasileiro - A pesquisa Datafolha que revelou que 1 em cada três brasileiros culpam mulheres estupradas é apenas uma das provas de que não somos bons, que de um modo geral é a ruindade que prevalece. Para 33,3% da população o crime ocorre porque as vítimas não se dão ao respeito.

A prisão - Revezam-se no patrulhamento social com uma farisaica moral persecutória, acusadora, buscando punir 'inimigos' políticos, ou ideológicos, mesmo que de time de futebol. É o nós contra eles, numa deformidade pensante oligofrênica.

Prender Mantega e deixar Cunha solto é uma bofetada no país - As provas contra Cunha são fartas, e as indicações de que ele tenta atrapalhar as investigações e ameaça testemunhas, idem. Contudo, o tempo passa e ninguém ouve falar de qualquer preocupação das autoridades com a prisão de Cunha. Por que? Porque não é petista.
 
Até quando Justiça e  MPF vão impor Estado de Exceção no País livrando lideres e partidos pró Temer? - Na fase atual, diante de tudo que existe de Grande Trama para eliminar Lula e o PT, na mesma ordem inversa onde ninguém da atual situação (ex-oposição) é afetado ou punido, já não vale recorrer ao juiz, só mesmo ao bispo sem prestígio pode - se socorrer.

Moro, Carlos Fernando e Igor de Paula agem como "bocas de urna" e prendem Guido Mantega às vésperas das eleições - O juiz Sérgio Moro, o procurador Carlos Fernando e o delegado Igor de Paula são "cabos eleitorais" do PSDB, do DEM e até mesmo do PMDB, que está a usurpar o poder central por meio de um golpe de estado bananeiro — terceiro-mundista.
 
Área 51 ou Capitólio? - Não duvido que o prazo de Moro de encerrar a operação até dezembro signifique ter dado o xeque-mate no PT. Depois disso, avanço fulminante sobre o PMDB, com sequelas em Serra e Aécio, delatados na Lava Jato, em 2017.
 
Afinal, para que serve a Lava Jato? - O fato é que forjando uma acusação, conforme entendimento de muitos juristas de renome nacional, o pessoal da Lava-Jato preparou o terreno para uma eventual prisão de Lula, atingindo finalmente o alvo para o qual a operação foi criada há dois anos. E sem preocupar-se com a inevitável reação do povo, que certamente incendiará este país.

Sérgio Moro, o cão de guerra do império - Para a corriola da lava jato e seu chefe mor respeito à dignidade dos outros não é coisa relevante eticamente. O que importam são as falaciosas convicções. Provas, ora provas. O que há são as provas de que Lula e os programas sociais têm que ser destruídas e o Brasil vendido ao império. 

As mãos sujas de Moro - Moro será sim o culpado pelos conflitos e distúrbios que podem ser gerados nas ruas diante de tamanha injustiça. Com a condenação prévia de Lula, ele joga gasolina no fogo já bastante alto de insatisfação da sociedade em relação ao roteiro do golpe.

Delenda est Lula - Lula, de fato, cometeu um crime: apeou do poder as elites e vêm daí as "convicções" do Catão tupiniquim. Gravíssimo, pois permitiu a filhos de trabalhadores se tornarem doutores, acabou com a fome no país e inaugurou a era dos direitos para os inquilinos da senzala e do apartheid social.

O Brasil e os "vice" desgraçados - Eis que agora Temos Michel Temer. Trabalhou intensamente para o afastamento da titular, Dilma Rousseff. Um ex-deputado federal que não mais conseguiria se eleger para o mandato. É tratado como mordomo de filme de terror e citado por políticos da oposição como chefe da quadrilha que quer barrar a Lava Jato.

O caixa dois, o Congresso e a antipolítica - A Câmara e o Senado podem estar cheios de defeitos, mas eles têm uma coisa que os jovens janotas do Sr. Janot não têm, e continuarão não tendo, apesar de se dedicarem a campanhas de coleta de assinaturas, que os nacionalistas e os defensores do Estado de Direito também podem promover: o voto.

Dez lições do impeachment - A primeira lição é alimentar resiliência, vale dizer, resistir, aprender dos erros e derrotas e dar a volta por cima. Isso implica severa autocrítica, nunca feita com rigor pelo PT. Precisa-se ter claro sobre que projeto de país se quer implementar.

Querem encarcerar único presidente que reduziu desigualdade - Se Lula sofrer uma punição tão terrível – terminar seus dias encarcerado -, nunca mais um presidente da República ousará fazer alguma coisa para redistribuir a renda tão malignamente concentrada em nosso país.

Uma proposta de desmonte - A economia, ao contrário do que pretendem alguns, não é um conhecimento dogmático, que só oferece uma única saída. Tampouco é uma ciência dissociada dos valores éticos e democráticos. Os defensores do Estado mínimo e do neoliberalismo, no entanto, querem nos fazer acreditar que seus interesses e argumentos estão fundados em uma verdade inquestionável. 

Ao final, a verdade sempre vence - Há uma obsessão, por parte de muitos, em condenar o presidente Lula e liquidar o seu futuro político. 

Temer é reconhecido como ‘o Cara’ na ONU, o cara de pau - Entre um parágrafo e outro, tiques marcantes denunciaram o desconforto do presidente que onde vai simboliza ímpias falanges, face hostil. O Brasil que Temer representa não tem absolutamente nada a ver com o que ganhou destaque na ONU na última década.

Na ONU: Temer golpista, Dilma estadista - Após enfrentar manifestantes gritando Fora Temer diante do prédio da ONU, ao entrar foi mais uma vez constrangido, pela saída do plenário dos embaixadores da Venezuela, Equador, Costa Rica e Nicarágua, em protesto contra o golpe no Brasil 

Parente e Serra recrudescem a sanha de vender a Petrobras e transformar o Brasil em nação vazia como suas cabeças - Quero dizer com isto que Parente, Serra e o usurpador do poder e agora mentiroso de âmbito mundial, *michel temer (ele mentiu na tribuna da ONU sobre os refugiados recebidos pelo Brasil), estão a impor, a fórceps, o programa quatro vezes eleitoralmente derrotado do PSDB

domingo, 18 de setembro de 2016

Janio: covardia e conveniência fazem calar

Convicção em lugar de prova... isso vem do mensalão!

Fonte: Conversa Afiada, 18/09/2016

O Conversa Afiada reproduz a coluna de Janio de Freitas na Fel-lha:

Procuradores da Lava Jato querem igualar provas a convicção e ilação

A exposição acusatória feita por procuradores da Lava Jato contra Lula foi um passo importante, como indicador do sentido que determinados objetivos e condutas estão injetando no regime de Constituição democrática.

O propósito da exposição foi convencer da igualdade de ilação, convicção e prova, para servir à denúncia judicial e à condenação pretendidas sem, no entanto, ter os necessários elementos comprobatórios.

Orientador do grupo de procuradores, Deltan Dallagnol expôs o argumento básico da imaginada igualdade: "Provas são pedaços da realidade que geram convicção sobre um quadro".

O raciocínio falseia. Provas dispensam a convicção, a ela sobrepondo-se. Daí que o direito criminal atribua à prova o valor decisivo. A convicção é pessoal e subjetiva. A prova é objetiva. A convicção deixou no próprio Supremo Tribunal Federal uma evidência da sua natureza frágil e da relação precária que tem com a Justiça.

Recém-chegado ao Supremo, Luís Roberto Barroso encontrou ainda o julgamento do mensalão. Em uma de suas primeiras intervenções, acompanhou uma decisão já definida mas, disse, não se sentia à vontade para dar seu voto à outra: proposta pelo relator Joaquim Barbosa e já aprovada, era a condenação dos réus petistas e vários outros, além do mais, também por formação de quadrilha. Causou espanto. Dois ou três ministros teriam apoiado a condenação por impulso ideológico ou político. Os demais, considerado o seu hábito, votaram por convicção.

Barroso foi breve e simples na recusa de fundamento à condenação. O espanto passou a insegurança. Mas foi só alguém rever o voto que dias antes dera à condenação, logo seguiram-se os capazes de retirar da sentença final a formação de quadrilha. Da qual não havia prova e tinham sobrado convicções.

Em artigo na Folha (sexta, 16), Oscar Vilhena Vieira notou a perplexidade decorrente de que as "grandes adjetivações" aplicadas a Lula pelos procurados, "como 'comandante máximo' [da 'organização criminosa'], não encontrem respaldo nas acusações formais presentes na denúncia". O mesmo se pode dizer de afirmações como esta, de Dallagnol, de que Lula "nomeou diretores PARA que arrecadassem propina" [maiúsculas minhas]. E muitas outras do mesmo gênero.

De todas os integrantes da Lava podem ter convicção: é assunto de cada um. Mas que de nenhuma apresentem prova, por limitada que seja, e ainda assim busquem apoio emocional para sua "denúncia" vazia, fica claro que trilham caminho à margem da Constituição. E não estão sozinhos, como demonstra a tolerância conivente com sua escalada de abusos de poder, sobre fundo político.

O século passado viu muitas vezes a que levam essas investidas. Não poucos países viveram situações que ainda os levam à pergunta angustiante: "como foi possível?". Aqui mesmo temos essa experiência: como foi possível ao Brasil passar 21 anos sob ditadura militar? Em nenhum desses países houve causa única. Mas em todos uma das causas foi a mesma: os que deviam e podiam falar, enquanto era tempo, calaram-se por covardia ou conveniência, quando não aderiram à barbárie pelos dois motivos.

É de um ministro do próprio Supremo, Dias Toffoli, que vem rara advertência para "o risco de que o Judiciário cometa o erro dos militares em 64", se "criminalizar a política e exagerar no ativismo judicial". Dias Toffoli fala em "totalitarismo do Judiciário".

Lula desafia os golpistas

"Provem minha corrupção e irei a pé até a delegacia!"

Jornalista diz que não se pode igualar provas a convicções e ilações



"Provas dispensam a convicção, a ela sobrepondo-se. Daí que o direito criminal atribua à prova o valor decisivo. A convicção é pessoal e subjetiva. A prova é objetiva. A convicção deixou no próprio Supremo Tribunal Federal uma evidência da sua natureza frágil e da relação precária que tem com a Justiça", diz o colunista Janio de Freitas, ao comentar a denúncia oferecida por Deltan Dallagnol contra o ex-presidente Lula.

Por que Lula não será preso



"A caçada judicial parece ter outro objetivo. Trata-se de conseguir rapidamente uma condenação em primeira instância, no Paraná, que possa ser confirmada pelo Tribunal Regional Federal de Porto Alegre", diz o jornalista Leonardo Attuch, editor do 247.
 
"Nesse cenário, Lula se tornaria ficha-suja, ficando impedido de concorrer a cargos públicos. Assim, o jogo da sucessão presidencial em 2018 seria controlado pelas mesmas forças que conduziram o afastamento da presidente Dilma Rousseff, com uma espécie de domínio oligárquico do processo político".

Denúncia contra Lula usa delação anulada pelo MP

 

Há uma gambiarra jurídica na denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal contra o ex-presidente Lula.
 
A conexão entre supostos desvios na Petrobras e as reformas no apartamento do Guarujá, que Lula alega não ser dele, está presente apenas num depoimento da delação premiada do executivo Léo Pinheiro, que foi anulada por determinação do procurador-geral Rodrigo Janot, segundo aponta reportagem do jornalista Mario Cesar Carvalho.
 
Sem essa conexão, não há como acusar Lula de corrupção nem como manter o caso no Paraná, uma vez que o imóvel se situa em São Paulo.
 
Ou seja: ao anular a delação de Pinheiro, que atingia Aécio Neves e José Serra, Rodrigo Janot pode ter invalidado a denúncia contra Lula.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Polícia Federal liga doações a peemedebistas a propinas de Belo Monte



Renan, Jáder e Jucá teriam sido beneficiados por obras de Belo Monte



Os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO)
Os senadores peemedebistas Renan Calheiros (AL), Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO)

 Fonte: Folha, 05/09/2016
A Polícia Federal aponta indícios de que o PMDB e quatro senadores do partido receberam propina das empresas que construíram a usina de Belo Monte, no Pará, por meio de doações legais, segundo relatório que integra inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal.

Um dos indícios é o volume de contribuições que o PMDB recebeu das empresas que integram o consórcio que construiu a hidrelétrica: foram R$ 159,2 milhões nas eleições de 2010, 2012 e 2014, segundo o documento sigiloso, ao qual a Folha teve acesso.

O montante é a soma de doações oficiais de nove empresas que integram o consórcio para o diretório nacional, diretórios estaduais e comitês financeiros do partido. 

Editoria de Arte/Folhapress
Como comparação, o valor é mais do que o dobro dos R$ 65 milhões que as principais empresas investigadas na Lava Jato (Odebrecht, OAS, Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa, Engevix, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia) doaram oficialmente para a campanha presidencial de Dilma Rousseff em 2014.

O PMDB é acusado de ter recebido propina em Belo Monte porque o partido indicou o ministro de Minas e Energia (Edison Lobão ) e controlava as empresas da área.

Delatores da Lava Jato, como o ex-presidente da Andrade Gutierrez Otávio Marques de Azevedo, contaram em acordos com procuradores que o consórcio que fez a obra da usina teve de pagar suborno de 1% sobre o valor do contrato, de R$ 13,4 bilhões. Segundo essa versão, o suborno seria de R$ 134 milhões.

De acordo com outro delator, Flávio Barra, da AG Energia, boa parte da propina foi paga por meio de doações oficiais a partidos.

O relatório da PF junta essa versão com informações de outro delator, o ex-senador Delcídio do Amaral, de que senadores peemedebistas comandavam esquemas de desvios de empresas do setor elétrico: Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, Jader Barbalho (PA), Romero Jucá (RR) e Valdir Raupp (RO).

A conclusão do documento é que todos os quatro receberam as maiores contribuições de suas campanhas não de empresas, mas do PMDB.


J. Mallucelli
47,90
Andrade Gutierrez
40
Queiroz Galvão
28,8
OAS
20,40
Odebrecht
9,9
Camargo Correa
7
Serveng
4,7
Galvão Engenharia
0,5
J. Mallucelli
Total: R$ 159,2 milhões
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PMDB COMO DOADOR


No caso de Renan Calheiros, a conclusão da análise da PF é que as contribuições vindas do partido equivalem a 97,3% do total arrecadado quando ele se candidatou a senador em 2010.

Os seis maiores doadores de Renan contribuíram com R$ 5,4 milhões. Desse total, R$ 3,4 milhões vieram do diretório estadual do partido e R$ 1,84 milhão do comitê financeiro peemedebista do candidato. Tirando as fontes da sigla, as contribuições somam R$ 147 mil.

O diretório estadual do PMDB de Alagoas, por sua vez, recebeu R$ 1,4 milhão de três empresas que participaram da construção de Belo Monte: OAS, Galvão Engenharia e Camargo Corrêa. A suspeita da polícia é que as empresas estavam pagando suborno com a contribuição oficial.

A assessoria de Renan informa que todas as doações que ele recebeu são legais e foram declaradas à Justiça.

Caso similar ocorreu com a campanha a senador de Jader Barbalho em 2010, ainda de acordo com a análise.

A campanha de Jader teve doações de só cinco pessoas jurídicas, no valor de cerca de R$ 4 milhões.

As contribuições dos diretórios nacional e estadual, no valor de R$ 3,3 milhões, correspondem a 82% do que foi doado por pessoas jurídicas. O diretório estadual recebeu R$ 1 milhão da Queiroz Galvão, que atuou nas obras de Belo Monte.

OUTRO LADO

O PMDB e os senadores citados no relatório da Polícia Federal negam ter recebido suborno por meio de contribuição oficial.

"O PMDB sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais em vigência no país. Doações de empresas eram permitidas e perfeitamente de acordo com as normas da Justiça Eleitoral", disse o partido, em nota.

"Em todos esses anos, após fiscalização e análise acurada do Tribunal Superior Eleitoral, todas as contas do PMDB foram aprovadas."

Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, disse por meio de sua assessoria que o "senador reitera que as doações foram dentro das previsões legais e devidamente declaradas".

Romero Jucá (PMDB-RR), por sua vez, afirmou "que todos os recursos para campanhas políticas do PMDB em Roraima foram recebidos oficialmente e fazem parte das prestações de contas". Segundo sua assessoria, todas campanhas do senador foram aprovadas pela Justiça.

Valdir Raupp (PMDB-RO) afirmou que a doação da Queiroz Galvão (R$ 500 mil) não foi para a candidatura dele, mas para o diretório estadual do PMDB, e que o Tribunal Superior Eleitoral aprovou-a.

Já o advogado de Jader Barbalho (PMDB-PA), José Eduardo Alckmin, ressalta que "doação eleitoral em si não é propina nem crime".

Segundo ele, para caracterizar propina é preciso haver algum ato de funcionário público.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Hélio José sinaliza voto contra o golpe

 

Depois de ter votado a favor do afastamento de Dilma, senador do PMDB fez um discurso nesta noite sinalizando que pode se manifestar contra o impeachment na votação final; ele disse ter ficado preocupado com possíveis mudanças "contra trabalhadores" e perguntou à presidente seus planos para o pleno emprego e direitos trabalhistas.

Hélio José sinaliza voto contra o golpe

 

Depois de ter votado a favor do afastamento de Dilma, senador do PMDB fez um discurso nesta noite sinalizando que pode se manifestar contra o impeachment na votação final; ele disse ter ficado preocupado com possíveis mudanças "contra trabalhadores" e perguntou à presidente seus planos para o pleno emprego e direitos trabalhistas.

Hélio José sinaliza voto contra o golpe

 

Depois de ter votado a favor do afastamento de Dilma, senador do PMDB fez um discurso nesta noite sinalizando que pode se manifestar contra o impeachment na votação final; ele disse ter ficado preocupado com possíveis mudanças "contra trabalhadores" e perguntou à presidente seus planos para o pleno emprego e direitos trabalhistas.

Jorge Viana duvida de justiça para Dilma no tribunal do Senado

 
"Que tribunal é esse onde os juízes são os senadores e a acusada é a presidente da República? Os juízes aqui são isentos como devem ser? Que chance há para a presidente Dilma encontrar justiça nesse tribunal?", indagou o senador Jorge Viana (PT-AC), em seu questionamento à presidente Dilma Rousseff no Senado.

Pau quebra na Paulista na repressão ao Fora Temer

 

Manifestação contra o golpe e contra o governo interino de Michel Temer na Avenida Paulista, região central da capital paulista, começou a crescer e a ser reprimida pela Polícia Militar, que joga bombas de gás lacrimogêneo contra os integrantes de movimentos sociais.
 
Outras cidades também têm grandes protestos contra o golpe e Temer no dia em que a presidente Dilma Rousseff foi ao Senado se defender e na véspera da votação final do impeachment.
 
Brasília, em frente ao Congresso Nacional, e Rio de Janeiro, na Calendária, são palcos de atos.

A coragem e a dignidade de Dilma calaram senadores


"A defesa de Dilma foi impecável. Senadoras e senadores como Ana Amélia, Aloysio Nunes, Aécio Neves, Cássio Cunha Lima e outros desceram da tribuna de rabo entre as pernas", diz o colunista Laurez Cerqueira.
 
"Ela sairá do julgamento de espírito elevado, o Senado completamente desmoralizado, rebaixado, e exposto ao Brasil e ao mundo como uma instituição dominada por um bando de ratos".

Gleisi a Dilma: “O que nos dá o direito de julgá-la?”

 
Senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) volta a dizer que senadores não têm condições de se tornarem juízes da presidente Dilma Rousseff no processo de impeachment, dias depois de ter dito que o Senado "não tem moral" para afastar Dilma.
"Nunca vi um senador se preocupar com responsabilidade fiscal", declarou a petista, lembrando que "muito da crise teve a colaboração desse parlamento".
"Nossos erros são maiores que os seus. O que nos dá o direito de julgá-la?" questionou.
Senadora classificou ainda como "momento cretino" o que passa hoje o Congresso brasileiro.

Dilma ao Senado: só temo a morte da democracia


 

Presidente Dilma Rousseff faz sua defesa no Senado.

Em seu discurso, ela admite erros em seu governo, mas diz que sempre defendeu a Constituição.

"Diante das acusações que contra mim são dirigidas, não posso deixar de sentir novamente o gosto amargo da injustiça e do arbítrio. Mas como no passado, resisto. Não esperem de mim o obsequioso silêncio dos covardes", afirmou.

Dilma chora ao falar da Olimpíada e denuncia “provas produzidas” e a “frágil retórica jurídica” para tirar do poder um governo eleito por mais de 54 milhões de brasileiros.

Ela falou do apoio escancarado de setores da mídia ao golpe e da chantagem explícita de Eduardo Cunha.

"Diálogo, participação e voto direto e livre são as melhores armas que temos para a preservação da democracia", ressalta.

"Confio que as senhoras senadoras e os senhores senadores farão justiça".

"Peço: votem contra o impeachment; votem pela democracia", apela.


Dilma encara Aécio, que apostou tudo na crise

 

Em seu discurso, a presidente eleita Dilma Rousseff fez uma referência ao senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o apontou como um dos responsáveis pela atual crise política; "Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo", disse ela.
 
"Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço".
 
Aécio a questionou em que medida ela se sentia responsável pela crise e pelos 12 milhões de desempregados.
 
Na resposta, Dilma afirmou que a confusão política, estimulada por Aécio, agravou profundamente a crise econômic. "Não podemos aceitar o quanto pior, melhor, senador".

Globo recua, critica PF e diz que Lula é inocente


A Globo fez na noite de ontem um dos movimentos mais inesperados desde que iniciou seu projeto para destruir o ex-presidente Lula.
 
O texto publicado por Época afirma que o relatório da Polícia Federal sobre o "triplex de Lula" é fraco e que "a acusação terá grandes chances de ser considerada inepta – de ir para o lixo".
 
A questão é saber por que a Globo recuou, mas há algumas hipóteses: (1) o risco de sair derrotada no golpe de 2016, (2) a percepção generalizada no mundo de que há um golpe e uma caçada judicial a Lula, como foi denunciado à ONU e (3) a busca de um pacto para evitar a destruição do sistema político brasileiro, depois que líderes tucanos foram atingidos por acusações bem mais sérias do que as que pesam contra Lula.

domingo, 28 de agosto de 2016

Com Lula, Dilma se prepara para a batalha final



Presidente eleita Dilma Rousseff se reuniu na noite deste domingo com o ex-presidente Lula e acertou o tom do discurso que fará, nesta segunda-feira, no Senado Federal.
 
Ela destacará que a batalha democrática é um compromisso seu desde jovem e que o golpe de 2016, que ainda pode ser revertido, na avaliação do Palácio da Alvorada, foi inflado pela mídia.
 
Dilma também dirá que mantém o compromisso de propor uma consulta pública sobre eleições gerais.
 
Entre os golpistas, o ambiente é ruim.
 
Além das críticas de tucanos e democratas à gastança de Temer, documentários registram o golpe para a História e os dois principais jornais do mundo – Le Monde e New York Times – demonstram espanto pelo fato de Dilma estar sendo vítima de uma farsa e julgada por parlamentares corrupto.

PF usa o relógio do Golpe

Lava Jato não tem nada contra Lula a não ser o desespero! 
 
Fonte: Conversa Afiada, 27/08/2016

Do NY Times em homenagem à equipe do Temer e seus arautos no PiG

O Conversa Afiada reproduz nota do site Lula.com.br:
Relatório-ficção comprova desespero da Lava Jato: não têm nada para acusar Lula
Operadores não têm como entregar a mercadoria prometida à imprensa, pois não há provas contra Lula, e produzem novo factoide

O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris, divulgado hoje (26/08), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da Petrobrás.

Não encontraram porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso, comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na mídia. O relatório do delegado Anselmo é "uma peça de ficção", de acordo com a defesa de Lula.

Lula não é e nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica; um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.

É simplesmente inadmissível indiciar um ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo suposto crime o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.

Mais grave, injusto e repugnante, no entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos sistematicamente cometidos.

Esta mais recente violência da Lava Jato contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:

1. O desespero dos operadores da Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da Petrobras.
 
2. Trata-se de mais uma retaliação contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;
 
3. É mais um exemplo da sistemática sintonia entre o calendário da Lava jato e a agenda do golpe, tentando criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.

O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições de 2018. O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do estado, que não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por vias tortuosas e autoritárias.

Têm medo de Lula e têm pavor da força do povo no processo democrático.

Golpe lançará o Brasil num abismo


"O golpe não representa o fim da crise, nem econômica, menos ainda social e política, mas sua passagem a um nível mais profundo, mais crítico, mais violento e mais regressivo. Tudo o que o Brasil construiu de positivo neste século não pode ser jogado fora por um golpe", diz o colunista Emir Sader, prevendo que a eventual aprovação do impeachment não será boa nem para o interino Michel Temer.
 
"O presidente golpista será personagem execrado por onde vá", afirma.

Verissimo: brasileiros foram feitos de palhaços



"Depois da provável cassação da Dilma pelo Senado, ainda falta um ato para que se possa dizer que la commedia è finita: a absolvição do Eduardo Cunha", diz o escritor Luis Fernando Verissimo, um dos maiores intelectuais brasileiros.
 
"Pela lógica destes dias, depois da cassação da Dilma, o passo seguinte óbvio seria condecorarem o Eduardo Cunha. Manifestantes: às ruas para pedir justiça para Eduardo Cunha!".
 
Neste fim se semana, Le Monde e New York Times ridicularizam o Brasil. No jornal francês, o impeachment foi chamado de golpe ou farsa. No NYT, Dilma é devorada por ratos. 
 
Verissimo faz ainda um lembrete: "evite olhar-se no espelho e descobrir que, nesta ópera, o palhaço somos nós".

Filme censurado por Temer é eleito o melhor em Amsterdam



Aquarius foi o vencedor do prêmio de melhor filme segundo o júri do World Cinema Amsterdam; a película, que estreia no circuito nacional no dia 1º de setembro, é vítima de uma tentativa de boicote pilotada pelo Palácio do Jaburu depois que o elenco e diretores denunciaram a tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff durante o Fesrival de Cannes, na França.

Golpistas agora tentam fugir do golpe que criaram



Tucanos e democratas no Senado agora criticam o presidente que incensaram; teriam percebido que o golpe deu errado; com a inflação ainda em alta e desemprego recorde, a economia não reage.
 
DEM e PSDB querem ser sócios apenas no sucesso e ensaiam afastamento do governo provisório de Michel Temer, que vive a iminência do fracasso.
 
Aécio Neves, Tasso Jereissati e Ronaldo Caiado vocalizam uma suposta preocupação com o rigor fiscal, alegando que a frouxidão da equipe econômica do governo interino indica que o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) ambiciona disputar a Presidência da República em 2018.

Batochio: MP definiu Lula como culpado para depois buscar os fatos

 

O advogado José Roberto Batochio, que se juntou à defesa do ex-presidente Lula, afirma, em entrevista ao portal Conjur, que o Ministério Público inverteu a lógica das investigações criminais neste caso: primeiro definiu Lula como culpado, para depois buscar fatos que o incriminassem; “É uma perseguição com conotação política, na qual não se investiga determinado ato atribuído ao Lula. O que se investiga é a pessoa dele, procurando atos para incriminá-lo. Isto não é legítimo”, avalia.

Carlos Araújo: Dilma é julgada por ladrões e vigaristas

Ex-marido de Dilma Rousseff (PT) diz que seu principal sentimento diante do processo de impeachment da ex-companheira de lutas contra a ditadura é de indignação: “Não tem nada contra ela, é julgada por um bando de ladrões, vigaristas e pessoas sem escrúpulos. Essa é a inversão dos fatores, uma coisa inacreditável. O New York Times publicou uma matéria longa dizendo exatamente isso, é inconcebível. A história vai marcar isso e pode ser ainda na nossa era.”.
 
Ele afirma também que o PT nunca suportou Dilma e quer se ver livre para atribuir a ela todos os problemas que enfrenta.

Requião garante: “Já viramos e vamos vencer essa parada”



“Já viramos e vamos vencer essa parada”, comemora o senador, que contabiliza 31 votos contrários ao impeachment; Requião acredita que após a ida de Dilma ao Senado a vantagem poderá ser ampliada para 40 votos.

Sonia Braga: nunca é suficiente repetir que é golpe



"Nunca é suficiente repetir que é golpe. Ter criado esse precedente foi um crime", disse a atriz Sonia Braga sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, na noite de ontem, em Gramado (RS).
 
No início deste ano, Sonia participou dos protestos em Cannes contra o golpe de 2016 no Brasil, o que levou o governo interino de Michel Temer a praticamente censurar o filme, com uma classificação indicativa de 18 anos.
 
"A democracia ainda é a melhor forma de sociedade", diz o diretor Kleber Mendonça Filho.

sábado, 27 de agosto de 2016

Dilma: não suicido, não renuncio e não fujo

Presidente eleita por 54,5 milhões de brasileiros vai enfrentar seus algozes na segunda-feira (29) na sessão do Senado que a julga por crime de responsabilidade.
 
Condenada, terá confirmado seu afastamento, hoje provisório. Desde que deixou o comando do País, há 109 dias, a “dama de ferro” do PT mantém-se firme no enfrentamento do golpe.
 
No dia 24, em seu último ato público, Dilma bradou seu grito de guerra. “Hoje eu não tenho de renunciar, não tenho de me suicidar, não tenho de fugir para o Uruguai”, disse, em referência a presidentes que tiveram mandatos interrompidos: Getúlio Vargas, Jânio Quadros e João Goulart; Dilma vai para o campo de batalha: “A única coisa que mata as parasitas antidemocráticas é o oxigênio do debate, da crítica e da verdade”.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Pergunta que não quer calar

Tem alguém neste País que não sabe qual será o voto do Renan no julgamento da Dilma Rousseff?

Qual é a moral desse Senado para julgar a presidente?

 

Colunista Jeferson Miola destaca o discurso feito senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) na sessão desta quinta-feira 25 no "tribunal de exceção do impeachment" e diz que logo "o relógio do golpe andou".
 
 "Quando alcançou as 14h35, o testemunho-chave indicado pelos golpistas, o procurador do Ministério Público junto ao TCU, Júlio Marcelo de Oliveira, foi desmascarado como militante partidário que se disfarçou de 'técnico do TCU' para forjar um parecer de oposição à Presidente Dilma".
 
Depois, "outra fraude dos golpistas foi desmascarada: o segundo testemunho de acusação, o auditor do TCU Antonio Carlos D´Ávila, confessou ter ajudado o 'técnico do TCU' na montagem da farsa".

Lula: relatório da PF é “peça de ficção”

 

Em nota, os advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira, que defendem o ex-presidente Lula e sua esposa, Marisa Letícia Lula da Silva, "repudiam veementemente o indiciamento de seus clientes a partir das apressadas conclusões" do relatório da Polícia Federal.
 
Para a defesa, documento "tem caráter e conotação políticos e é, de fato, peça de ficção". "Lula e D. Marisa não cometeram crimes de corrupção passiva, falsidade ideológica ou lavagem de capitais", reforçam ainda, rebatendo passo a passo as acusações relacionadas ao apartamento no Guarujá, litoral paulista.

Veja acusa Janot de engavetar OAS para salvar Lula, Dilma, Aécio e Serra



Colocada contra a parede depois da acusação vazia contra o ministro Dias Toffoli na semana passada, lida por setores do Ministério Público como uma armação para enterrar a Lava Jato após o golpe em parceria com o ministro Gilmar Mendes, a revista Veja agora acusa o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de ter se tornado um "engavetador-geral".
 
Segundo a publicação, Janot mandou triturar uma delação que aponta 3% de propina para um operador de Aécio Neves (PSDB-MG), a propina em espécie de José Serra, o caixa dois de Dilma Rousseff e uma conta clandestina do ex-presidente Lula.
 
E agora: o que fará Janot?