domingo, 28 de agosto de 2016

Com Lula, Dilma se prepara para a batalha final



Presidente eleita Dilma Rousseff se reuniu na noite deste domingo com o ex-presidente Lula e acertou o tom do discurso que fará, nesta segunda-feira, no Senado Federal.
 
Ela destacará que a batalha democrática é um compromisso seu desde jovem e que o golpe de 2016, que ainda pode ser revertido, na avaliação do Palácio da Alvorada, foi inflado pela mídia.
 
Dilma também dirá que mantém o compromisso de propor uma consulta pública sobre eleições gerais.
 
Entre os golpistas, o ambiente é ruim.
 
Além das críticas de tucanos e democratas à gastança de Temer, documentários registram o golpe para a História e os dois principais jornais do mundo – Le Monde e New York Times – demonstram espanto pelo fato de Dilma estar sendo vítima de uma farsa e julgada por parlamentares corrupto.

PF usa o relógio do Golpe

Lava Jato não tem nada contra Lula a não ser o desespero! 
 
Fonte: Conversa Afiada, 27/08/2016

Do NY Times em homenagem à equipe do Temer e seus arautos no PiG

O Conversa Afiada reproduz nota do site Lula.com.br:
Relatório-ficção comprova desespero da Lava Jato: não têm nada para acusar Lula
Operadores não têm como entregar a mercadoria prometida à imprensa, pois não há provas contra Lula, e produzem novo factoide

O relatório do delegado Marcio Anselmo sobre o Edifício Solaris, divulgado hoje (26/08), é a prova cabal de que, após dois anos de investigações marcadas por abusos e ilegalidades, os operadores da Lava Jato não encontraram nenhuma prova ou indício de envolvimento do ex-presidente Lula nos desvios da Petrobrás.

Não encontraram porque este envolvimento nunca existiu, como bem sabe a Lava Jato. Mas seus operadores não podem admitir, publicamente, que erraram ao divulgar, por tanto tempo e com tanto estardalhaço, falsas hipóteses e ilações. Por isso, comportam-se de forma desesperada, criando factoides para manter o assunto na mídia. O relatório do delegado Anselmo é "uma peça de ficção", de acordo com a defesa de Lula.

Lula não é e nunca foi dono do apartamento 164-A do Solaris nem de qualquer imóvel além dos que declara no Imposto de Renda. O relatório do delegado Anselmo não acrescenta nada aos fatos já conhecidos. É uma caricatura jurídica; um factoide dentre tantos criados com a intenção de levar Lula a um julgamento pela mídia, sem provas e sem direito de defesa.

É simplesmente inadmissível indiciar um ex-presidente por suposta (e inexistente) corrupção passiva, a partir de episódios transcorridos em 2014, quatro anos depois de encerrado seu governo. É igualmente inadmissível indiciar pelo mesmo suposto crime o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, que também não é servidor público.

Mais grave, injusto e repugnante, no entanto, é o indiciamento de Marisa Letícia Lula da Silva. Trata-se de mesquinha vingança do delegado e de seus parceiros na Lava Jato, a cada dia mais expostos perante a opinião pública nacional e internacional, pelos abusos sistematicamente cometidos.

Esta mais recente violência da Lava Jato contra Lula e sua família só pode ser entendida por 3 razões:

1. O desespero dos operadores da Lava Jato, que não conseguiram entregar para a imprensa a mercadoria prometida, ou seja: provas contra Lula nos desvios da Petrobras.
 
2. Trata-se de mais uma retaliação contra o ex-presidente por ter denunciado os abusos da Lava Jato à Corte Internacional de Direitos Humanos da ONU;
 
3. É mais um exemplo da sistemática sintonia entre o calendário da Lava jato e a agenda do golpe, tentando criar um “fato novo” na etapa final do processo de impeachment.

O povo brasileiro reconhece Lula como o melhor presidente que o país já teve, o que está claro nas pesquisas sobre as eleições de 2018. O povo está percebendo, a cada dia com mais clareza, os movimentos da mídia, dos partidos adversários do PT e de agentes do estado, que não atuam de forma republicana, para afastar Lula do processo político, por vias tortuosas e autoritárias.

Têm medo de Lula e têm pavor da força do povo no processo democrático.

Golpe lançará o Brasil num abismo


"O golpe não representa o fim da crise, nem econômica, menos ainda social e política, mas sua passagem a um nível mais profundo, mais crítico, mais violento e mais regressivo. Tudo o que o Brasil construiu de positivo neste século não pode ser jogado fora por um golpe", diz o colunista Emir Sader, prevendo que a eventual aprovação do impeachment não será boa nem para o interino Michel Temer.
 
"O presidente golpista será personagem execrado por onde vá", afirma.

Verissimo: brasileiros foram feitos de palhaços



"Depois da provável cassação da Dilma pelo Senado, ainda falta um ato para que se possa dizer que la commedia è finita: a absolvição do Eduardo Cunha", diz o escritor Luis Fernando Verissimo, um dos maiores intelectuais brasileiros.
 
"Pela lógica destes dias, depois da cassação da Dilma, o passo seguinte óbvio seria condecorarem o Eduardo Cunha. Manifestantes: às ruas para pedir justiça para Eduardo Cunha!".
 
Neste fim se semana, Le Monde e New York Times ridicularizam o Brasil. No jornal francês, o impeachment foi chamado de golpe ou farsa. No NYT, Dilma é devorada por ratos. 
 
Verissimo faz ainda um lembrete: "evite olhar-se no espelho e descobrir que, nesta ópera, o palhaço somos nós".

Filme censurado por Temer é eleito o melhor em Amsterdam



Aquarius foi o vencedor do prêmio de melhor filme segundo o júri do World Cinema Amsterdam; a película, que estreia no circuito nacional no dia 1º de setembro, é vítima de uma tentativa de boicote pilotada pelo Palácio do Jaburu depois que o elenco e diretores denunciaram a tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff durante o Fesrival de Cannes, na França.

Golpistas agora tentam fugir do golpe que criaram



Tucanos e democratas no Senado agora criticam o presidente que incensaram; teriam percebido que o golpe deu errado; com a inflação ainda em alta e desemprego recorde, a economia não reage.
 
DEM e PSDB querem ser sócios apenas no sucesso e ensaiam afastamento do governo provisório de Michel Temer, que vive a iminência do fracasso.
 
Aécio Neves, Tasso Jereissati e Ronaldo Caiado vocalizam uma suposta preocupação com o rigor fiscal, alegando que a frouxidão da equipe econômica do governo interino indica que o ministro Henrique Meirelles (Fazenda) ambiciona disputar a Presidência da República em 2018.

Batochio: MP definiu Lula como culpado para depois buscar os fatos

 

O advogado José Roberto Batochio, que se juntou à defesa do ex-presidente Lula, afirma, em entrevista ao portal Conjur, que o Ministério Público inverteu a lógica das investigações criminais neste caso: primeiro definiu Lula como culpado, para depois buscar fatos que o incriminassem; “É uma perseguição com conotação política, na qual não se investiga determinado ato atribuído ao Lula. O que se investiga é a pessoa dele, procurando atos para incriminá-lo. Isto não é legítimo”, avalia.

Carlos Araújo: Dilma é julgada por ladrões e vigaristas

Ex-marido de Dilma Rousseff (PT) diz que seu principal sentimento diante do processo de impeachment da ex-companheira de lutas contra a ditadura é de indignação: “Não tem nada contra ela, é julgada por um bando de ladrões, vigaristas e pessoas sem escrúpulos. Essa é a inversão dos fatores, uma coisa inacreditável. O New York Times publicou uma matéria longa dizendo exatamente isso, é inconcebível. A história vai marcar isso e pode ser ainda na nossa era.”.
 
Ele afirma também que o PT nunca suportou Dilma e quer se ver livre para atribuir a ela todos os problemas que enfrenta.

Requião garante: “Já viramos e vamos vencer essa parada”



“Já viramos e vamos vencer essa parada”, comemora o senador, que contabiliza 31 votos contrários ao impeachment; Requião acredita que após a ida de Dilma ao Senado a vantagem poderá ser ampliada para 40 votos.

Sonia Braga: nunca é suficiente repetir que é golpe



"Nunca é suficiente repetir que é golpe. Ter criado esse precedente foi um crime", disse a atriz Sonia Braga sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff, na noite de ontem, em Gramado (RS).
 
No início deste ano, Sonia participou dos protestos em Cannes contra o golpe de 2016 no Brasil, o que levou o governo interino de Michel Temer a praticamente censurar o filme, com uma classificação indicativa de 18 anos.
 
"A democracia ainda é a melhor forma de sociedade", diz o diretor Kleber Mendonça Filho.