Jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirmou que após o colunista Elio Gaspari, dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo, admitir que o processo de impeachment é um golpe, "é porque não há mais como defender qualquer outra coisa"; para ele, "em termos de mídia, depois da confissão de Elio Gaspari, o próximo passo seria um editorial da Folha nos mesmos termos. Mas aí já seria esperar demais da família Frias"
Política Economia Meio Ambiente Turismo Educação Comportamento Humor Sociedade Estado do Tapajós
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Dilma pergunta: !Impedido de ir à Câmara pode ir ao Jaburu no domingo à noite?"
Com ironia, a presidente eleita Dilma Rousseff voltou a questionar nesta quarta-feira 29, em entrevista à rádio Panorâmica, da Paraíba, o encontro ocorrido no último domingo, na residência oficial da vice-presidência, entre o interino Michel Temer e o deputado afastado Eduardo Cunha.
"Fica visível que o vice-presidente é capturado pelo Cunha, que tem duas denúncias do STF, acusações de lavagem de dinheiro, contas no exterior...", destacou Dilma, lembrando que o Supremo "proibiu este senhor de ir à Câmara dos Deputados".
Ela revelou ainda uma "desilusão" com "alguns ex-ministros", que votaram a favor do impeachment, a quem chamou de traidores; e reafirmou que a perícia do Senado comprova que "não há crime" cometido por ela e que, portanto, o que acontece é um golpe.
Por que o Ministério Público rejeita a delação de Eduardo Cunha
Membros do Ministério Público, comandado por Rodrigo Janot, mandaram recado pelo colunista Lauro Jardim, do Globo: o de que são grandes as chances de uma delação premiada de Eduardo Cunha não ser aceita; um dos motivos é que o deputado afastado pode ser um troféu dos procuradores, e com a delação, ele poderia se livrar da prisão.
O outro é de que, a essa altura, Cunha teria capacidade reduzida de entregar peixes grandes. "De que adianta ele delatar 80 deputados do baixo claro?", teriam questionado.
O jornalista Fernando Brito, do Tijolaço, pergunta: "Estranha lógica a dos 'fiscais da lei': 'só' oitenta cidadãos que têm o direito de decidir, com seu voto, como serão as leis do país, os direitos do povo e o destino dos dinheiros públicos? Ou será que suas excelências se preocupam que Cunha, delatando, fale dos peixes grandes com os quais conversava como chefe do cardume?"
Boulos: onde está o “rombo” da Previdência?
Coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos, diz que o governo intensifica a "mistificação" da opinião pública, de que o ataque às aposentadorias é uma preocupação com o futuro e que, sem ele, o país caminharia à bancarrota.
"Meirelles e sua turma têm um lado bem definido nesta disputa. Com os argumentos falaciosos do 'rombo' e das 'distorções', querem na verdade retirar direitos adquiridos, penalizando os setores mais vulneráveis", diz.
"Aliás, não os vemos questionar o pagamento de pensões vitalícias a familiares de militares nem o acúmulo de benefícios pelos ministros do Superior Tribunal Militar".
Contra Temer, movimentos fazem ‘trancaço’ no MEC
Ato que reúne profissionais da educação e integrantes de movimentos sociais denuncia o desmanche do Conselho Nacional de Educação, cujos titulares tinham mandato de quatro anos, pelo interino Michel Temer; desde as primeiras horas desta quarta-feira 29, grupo faz um 'trancaço' na sede do ministério.
Cerca de 80 pessoas estão dentro do prédio e outras 500 bloqueiam a entrada. O ministro interino, Mendonça Filho, e seus assessores foram impedidos de entrar no órgão.
Objetivo é protestar em defesa da educação pública e alertar o povo sobre os ataques do governo interino contra a educação com políticas de arrocho e sucateamento.
Segundo a CUT, durante o ato trabalhadores foram detidos e agredidos por seguranças e um está desaparecido; o MEC não era ocupado desde 2002.
Equador deve rever relações com o Brasil se impeachment for confirmado
O governo do Equador pode rever as relações diplomáticas com o Brasil se o impeachment da presidente Dilma for efetivado pelo Senado.
"Revisaremos a situação se Rousseff for impugnada", disse o ministro das Relações Exteriores e assuntos de mobilidade humana do país, Guillaume Long.
"Dilma Rousseff não foi acusada de corrupção... muitas acusações contra ela têm a ver com infrações administrativas. Nãos sei de exemplos em que o impeachment seja relacionado com infrações administrativas. Isso é uma preocupação para o governo do Equador", denunciou.
Testemunha inocenta Dilma em atrasos do Plano Safra
Diretor do Departamento de Financiamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário, João Luiz Guadagnin, negou a participação da presidente eleita Dilma Rousseff no estabelecimento de regras de pagamentos feitos pelo governo no âmbito do Plano Safra.
"Nós não tivemos em nenhum momento nenhum contato, nem com o presidente Lula, nem com a presidenta Dilma em relação ao Plano Safra", disse Guadagnin.
"Não há nenhuma responsabilidade da presidenta [Dilma] nesse processo".
Bresser: “Perícia confirma farsa jurídica e golpe parlamentar”
O ex-ministro dos governos Sarney e FHC, Luiz Carlos Bresser Pereira, afirmou que a perícia de técnicos do Senado que não encontrou as famosas "pedaladas fiscais" da presidente eleita Dilma Rousseff deixa claro que o impeachment, do ponto de vista jurídico, é uma farsa.
"E, portanto, confirma-se que estamos diante de um golpe parlamentar", atesta.
"O impeachment está ocorrendo porque o quadro econômico internacional agravou-se para os países da América Latina exportadores de commodities em 2014, o governo de esquerda cometeu erros, a recessão foi muito forte, e a direita se aproveitou disto para dar o golpe", afirmou.
terça-feira, 28 de junho de 2016
Requião: só com eleição Dilma dobra o Senado!
Sobre a Janaina: mal feito e mal pago!
Fonte: Conversa Afiada, 28/06/2016
Com o reforço da pericia do Senado, que não achou pedalada nenhuma, o senador Roberto Requião acusa a "assessoria" da Dilma - deve se referir ao zé Cardozo - de levá-la à indecisão:
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) alertou nesta terça-feira (28) que o golpe no Senado só será barrado com a convocação de um plebiscito para antecipar a eleição presidencial.
O parlamentar mostrou-se irritado com a indecisão dos assessores da presidente eleita Dilma Rousseff, que, segundo ele, não toma posição.
“Dilma vacila na posição que deve tomar. Mal assessorada?”, questionou o senador, que avalia impossível barrar o golpe sem a proposta de plebiscito e sinalização com mudanças na economia.
“É preciso entender que não se trata de questão jurídica, mas de rejeição econômica, política e pessoal”, opinou Requião.
O senador do PMDB aproveitou para dar uma sabugada na advogada Janaina Paschoal. Segundo ele, o impeachment encomendado a ela, por R$ 45 mil, “tinha que ser muito ruim” por que foi “mal feito e mal pago”. Requião se referiu ao parecer da perícia do Senado que rejeitou a tese de “pedalada fiscal” — único argumento para afastar a presidente Dilma.
Marco Aurélio critica prisões para se obter delações
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, criticou, nesta terça (28) a forma como as delações premiadas estão sendo feitas no Brasil.
Segundo ele, é um retrocesso prender preventivamente uma pessoa para fragilizá-la e conseguir que colabore com a Justiça, numa referência clara a Operação Lava-Jato.
"Enquanto não delata, não é libertado, se recorre sucessivamente e fica por isso mesmo. Avança-se culturalmente assim? Não, é retrocesso. É retrocesso quanto a garantias e franquias constitucionais. Adentra-se um campo muito perigoso quando se coloca até mesmo em segundo plano o princípio da não culpabilidade" disse.
Outro agosto
Cientista social Emir Sader avalia que "o que se decide em agosto no Senado" é: "Quem está a favor da retomada do desenvolvimento com distribuição de renda e quem é favorável à brutal expropriação de direitos da grande maioria, à alienação de patrimônio público pela privatização, aos gigantescos cortes dos recursos para as políticas sociais. Quem está a favor de um governo entregue nas mãos dos banqueiros e dos políticos mais corruptos".
Depois de citar o agosto de 1954, quando Getúlio Vargas "se imolou para impedir o golpe, conseguindo adiá-lo por 10 anos", e o agosto de 1961, quando houve a "renúncia de um salvador da pátria, um blefe da direita para tirar a esquerda do governo", em referência a Jânio Quadros, o "agosto de 2016 será a confirmação do vigor e da resistência da democracia, do respeito à vontade da maioria, ou será a fatídica data de um novo golpe, que se somará ao de primeiro de abril de 1964".
A falta de pudor de Temer
Em nova coluna, a jornalista Tereza Cruvinel comenta o desmanche do Conselho Nacional de Educação, cujos titulares tinham mandato de quatro anos, pelo interino Michel Temer.
"A independência dos 24 conselheiros do CNE é garantida por mandatos de quatro anos. Em abril, ainda ministro, Mercadante publicou a lista das 39 entidades civis de educação que haviam feito indicações.
Dilma fez as nomeações a partir da lista de indicados, embora pudesse sacar do bolso metade dos conselheiros. Por terem sido nomeados por ela, estão sendo todos exonerados, apesar do mandato. Dane-se o regimento do CNE", diz Tereza.
A ação de Temer contra mandatos já está virando rotina: ele fez o mesmo contra o presidente da EBC e contra o presidente da Anater.
Senador Requião diz que que impeachment encomendado por R$ 45 mil tinha que ser muito ruim
Senador Roberto Requião (PMDB) detona o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff feito pela advogada Janaina Paschoal: “Um impeachment encomendado a Janaina por R$ 45 mil tinha mesmo que ser muito ruim. Mal feito e mal pago”, postou ele no Twitter.
A jurista admitiu ter recebido a soma do PSDB para, junto com Miguel Reale Júnior, elaborar um parecer sobre o afastamento da presidente.
Um laudo assinado por três técnicos do Senado e entregue nesta segunda-feira à comissão do impeachment, a pedido da defesa da presidente, rebate denúncia de que ela praticou "pedalada fiscal”.
“É preciso entender que não se trata de questão jurídica, mas de rejeição econômica, política e pessoal. Simples assim!”, acrescentou Requião.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Perícia do Senado não consegue esconder verdades
"Cheio de sofismas, o parecer da perícia feita no Senado sobre as acusações de descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal não consegue esconder várias verdades que mostram que o processo de impeachment de Dilma Roussef não tem a menor base legal", escreve o jornalista Fernando Brito, do Tijolaço.
"A história dos decretos estarem em desacordo com as metas se desmancha no reconhecimento da própria comissão de perito de que 'o Poder Executivo cumpriu a meta estabelecida'", destaca ele, depois de dizer que Dilma não atuou nos repasses para o Plano Safra.
Temer está administrando Cunha pessoalmente
A jornalista Helena Chagas, do site "Os Divergentes", afirma que o presidente interino Michel Temer atua para "tentar acalmar" o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha.
Segundo ela, "Michel vai ter que se equilibrar entre a cruz de uma delação detonadora de Cunha e a caldeirinha que transformará em carvão todo aquele que tentar salvá-lo no plenário da Câmara".
"Ou seja, vai ter que receber, conversar e tentar acalmar o companheiro peemedebista. Este é o verdadeiro desafio a colocar em prova o decantado talento político do presidente interino", ressalta.
Requião: Temer quer comprar o Senado
Sem os votos necessários para consolidar o impeachment, o interino Michel Temer vem reforçando o assédio sobre senadores indecisos quanto à condenação da presidente Dilma Rousseff.
“O Temer está comprando a bancada. É uma compra explícita de apoio”, denuncia o senador Roberto Requião (PMDB-PR).
Na luta para conseguir votos, Temer já nomeou o filho de Zezé Perrella (PTB-MG), dono de um helicóptero apreendido com 450 quilos de cocaína, prometeu uma secretaria a Romário (PSB-RJ) e negocia apoios a parlamentares em disputas municipais, como é o caso de Omar Aziz (PSD-AM).
Ele também recebeu pedidos inusitados, como o de Hélio José (PMDB-DF), que queria a presidência de Itaipu e dos Correios.
Janot pede virada histórica e nova representação politica
No mais político discurso de sua carreira, o procurador-geral Rodrigo Janot bradou contra praticamente toda a elite política brasileira, nesta segunda-feira (27), durante a abertura de um seminário que vai discutir os grandes casos criminais do Brasil e da Itália.
Ele disse que movimentações de políticos tentam frear as investigações da Lava Jato e afirmou que o Ministério Público "não se sujeitará à condescendência criminosa" em favor de uma" pseudo estabilidade destinada a poucos".
Para Janot, a operação revelou que políticos e empresários transformaram "o Estado em um clube para desfrute de poucos".
"Chegou a hora de quebrarmos também os grilhões do patrimonialismo, de nos libertarmos de um modo de ser que não nos pertence, daquele malfadado jeitinho associado à corrupção da lei que não traduz nossa verdadeira natureza. É hora de nos desvencilharmos da cultura de espoliação e do egoísmo. O país fartou-se desse modelo político", disse.
Glesi: ação da PF foi tentativa de afetar processo do impeachment
Em sua primeira fala após a prisão do marido, Paulo Bernardo, na última quinta-feira, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) discursou em plenário nesta segunda, quando classificou a Operação Custo Brasil como "surreal", pelo uso "desnecessário" de "helicóptero, força policial armada e muitos carros" e a prisão do ex-ministro de "abusiva" e fomentada para intimidar a atuação dos senadores contrários ao impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A senadora também procurou relacionar o juiz que determinou a prisão, Paulo Bueno de Azevedo, com a advogada Janaína Paschoal, que conduz os trabalhos da acusação na Comissão Processante do Impeachment no Senado.
"O que aconteceu com a isenção que exige-se da Justiça?", questionou, criticando a "pré-condenação em praça pública antes de julgamento".
Temer te encontro secreto com Cunha
Poucos dias depois da sessão do STF, que, por 11 a zero, transformou Eduardo Cunha réu em um segundo processo na corte, o interino Michel Temer decidiu recebê-lo no Palácio do Jaburu para "avaliar o quadro político atual".
Cunha não confirmou o encontro, que acabou sendo confirmado por assessores de Temer; com a filha e a esposa nas mãos do juiz Sergio Moro e prestes a ser cassado na Câmara, Cunha, que foi o responsável principal pelo impeachment sem crime de responsabilidade, apela a Temer para tentar sobreviver.
Assinar:
Postagens (Atom)