quarta-feira, 11 de maio de 2016

Esse impeachment é uma farsa


"Querem efetivamente cancelar o futuro de quem representa o povo neste país. Foi assim com Getúlio Vargas, João Goulart e agora com o mandato popular de Dilma, que é continuidade do projeto inclusivo iniciado por Lula. A elite deste País mais uma vez quer chegar ao poder sem votos", diz a senadora Gleisi Hoffmann, que desmonta os pretextos jurídicos do golpe.

"Falta à elite deste país um projeto de Nação. Por não ter generosidade para elaborar um projeto que contemple o povo e conquiste os votos na urna escolheram o atalho de tomar o poder por via indireta. Falta a seus líderes políticos o mínimo de paciência para respeitar o calendário eleitoral estabelecido de forma consensual e democrática".

quinta-feira, 5 de maio de 2016

O impeachment de Dilma é um jogo de cartas marcadas

O impeachment de Dilma é um jogo de cartas marcadas e o pior, com trapaças durante todo o seu percurso.

Um processo totalmente maculado e que envergonha no Brasil no contexto internacional. Salta aos olhos a que interesses servem esse processo.

A decisão de afastar Cunha também faz parte do script. Primeiro se prepara o ato de afastamento da presidente Dilma e depois, pra dar uma satisfação a sociedade, retira-se o Cunha do cenário. Pra completar, dá-se um jeito e também se atinge o Lula para retira-lo da disputa de 2018.

É preciso desenhar?

Cardoso pedirá a anulação do golpe de Cunha


O advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, afirmou nesta quinta-feira 5 que vai pedir ao Supremo Tribunal Federal a anulação do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff com base na decisão que afastou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

"Nós já estamos pedindo e vou pedir. A decisão do Supremo mostra clarissimamente. Indiscutível. Eduardo Cunha agia em desvio de poder", afirmou Cardozo.

Segundo ele, o afastamento de Cunha é uma prova "muito importante" de que o peemedebista usava o cargo para finalidades estranhas ao interesse da função.

Neste momento, Cardozo apresenta a defesa da presidente no Senado.

Alckmin pedalou. Vão cassá-lo?


Enquanto a presidente Dilma Rousseff vem sendo alvo de um golpe parlamentar sob a acusação de ter usado recursos de bancos oficiais para pagar programas sociais, ressarcindo depois as instituições federais, há um caso muito mais grave em São Paulo.

No principal estado governado pelo PSDB, Geraldo Alckmin usou recursos do Metrô e depois, simplesmente, deu calote de R$ 333 milhões na empresa.

Quem denuncia a "pedalada" é o jornal O Globo.

Até recentemente, Alckmin dizia que a presidente não deveria ser afastada pelo que chamava de "motivo fútil", pois, segundo ele, todos os governadores e prefeitos estariam ameaçados.

Depois, Alckmin mudou de ideia e passou a apoiar o golpe.

A questão é: ele também será cassado?

Cunha caiu. Agora falta derrubar o seu golpe


Com atraso, o Supremo Tribunal Federal decidiu agir em relação ao deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, na condição de presidente da Câmara, levou adiante um pedido de impeachment sem base legal.

Chamado de "delinquente" pelo procurador-geral Rodrigo Janot, Cunha instaurou o processo contra a presidente Dilma Rousseff por vingança, ao ter negados três votos contra a sua cassação no Conselho de Ética.

Esse mesmo Cunha que sabotava o governo Dilma com sua pauta-bomba, que provocou recessão e desemprego, negociava apoio e pedia cargos ao vice-presidente Michel Temer.

A questão, agora, é: se um "delinquente" sequestrou o parlamento, o seu golpe ainda deve ser levado adiante?

Chico Lopes defende anulação de atos ilegais de Eduardo Cunha


Para o deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE), decisão sobre afastamento do presidente da Câmara pode representar uma grande reviravolta contra a tentativa de golpe.

Na avaliação do parlamentar, todos os atos praticados por Eduardo Cunha nesse período devem ser anulados, inclusive a votação do impeachment.

Chico Lopes afirma ainda que o STF deve explicações a todos os brasileiros em função da demora em tomar essa medida, causando graves prejuízos à democracia.

Dilma diz à BBC que, se sair, voltará ao governo


"Eu acho que nós vamos continuar lutando para voltar ao governo. O que nós iremos fazer é resistir, resistir e resistir. E lutar para quê? Para ganhar no mérito e retornar ao governo", disse a presidente Dilma Rousseff, em entrevista concedida à BBC, na qual já antevê uma provável derrota no Senado, no próximo dia 11 de maio.

"O que vem acontecendo na América Latina e não só no Brasil? Vem ocorrendo a substituição de golpes militares, das décadas de 60 e 70, por golpes parlamentares. O que acontece num golpe parlamentar? Na prática, geralmente, são feitos por aqueles que não têm votos suficientes e, portanto, legitimidade suficiente, nem aprovação, nem popularidade suficientes".

Dilma definiu o vice Michel Temer como "usurpador".

Para historiadora da Sorbonne o Brasil comete suicídio político


Para a historiadora Juliette Dumont, do Instituto de Altos Estudos sobre a América Latina (Iheal), da universidade parisiense Sorbonne Nouvelle, o provável afastamento da presidente Dilma Rousseff "vai fragilizar o Brasil e prejudicar, durante muitos anos, a credibilidade do país no cenário internacional".

"O Brasil cometerá um suicídio político", se o Senado aprovar o pedido de impeachment de Dilma, diz.

Cai Eduardo Cunha, réu e condutor do golpe contra a democracia


Presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi afastado por liminar do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal; ele perde não só a presidência da Câmara dos Deputados, mas também o mandato de deputado federal.

Teori atendeu a um pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Citado em diversos escândalos de corrupção e beneficiário de várias contas no exterior, Cunha foi o principal responsável pelo golpe parlamentar contra a presidente Dilma Rousseff, que coloca em risco a democracia brasileira.

Com o afastamento, a era Cunha chega ao fim.

Na peça em que pediu a decisão de Teori, Janot se referiu a Cunha como "delinquente".

Janio: Anastasia não conseguiu nem preservar as aparências


"Antonio Anastasia é do PSDB, que encabeça os partidos pelo impeachment, e associado a Aécio Neves. Em termos políticos e éticos, uma indicação de relator que atendeu apenas à formalidade", ressalta o colunista Janio de Freitas.

"O relatório evidenciou que suas conclusões e preparação ficaram concluídas antes das etapas finais da defesa", diz.

Verissimo denuncia a pantomima do Senado


"No Senado, onde julgam a Dilma, continua o seminário sobre como ser eleito sem precisar de votos. No julgamento, todos os membros do júri já tinham seu veredito pronto antes de começar. O que certamente apressou a pantomima", disse o escritor Fernando Verissimo.

Indicado pelo PSDB para relatar a admissibilidade do impeachment no Senado, o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), braço direito do tucano Aécio Neves, apresentou ontem um parecer sem surpresas a favor do golpe.

Para o Ministro da Justiça o Supremo lavou as mãos


Procurador de carreira, ministro da Justiça, Eugênio Aragão, se diz em "estado de choque" com a PGR, de onde se licenciou em março, que pediu investigação contra a presidente Dilma Rousseff.

"Quem vazou isso teve um objetivo claro: interferir no processo político. Foi criminoso. O momento é muito grave para que as instituições se comportem como moleques", disse, segundo o colunista Bernardo Mello Franco.

Para ele, o STF foi conivente com abusos no processo de impeachment: "O Supremo lavou as mãos. Infringir o processo legal é muito grave, e ele está sendo violado o tempo todo. Mas só quiseram cuidar do aspecto formal".

"O que está sendo feito é um processo vil, um assalto a um governo constitucional. Não tem transição. O que tem, quando muito, é um velório", conclui.

segunda-feira, 2 de maio de 2016

“O Congresso brasileiro devia ser dissolvido”: a atualidade de uma entrevista de 2013 de um sociólogo espanhol


Em julho de 2013, o sociólogo espanhol Manuel Castells, 71, deu uma entrevista à Folha que está mais atual do que nunca.

“O Brasil chegou a um ponto não sustentável na deterioração ecológica e urbana, assim como os níveis de corrupção e arrogância da classe política”, disse ele, repercutindo as manifestações daquele ano.

Castells é um dos mais reconhecidos estudiosos de movimentos em rede e de seus efeitos na política. Ele cantou a pedra:

“A presidenta Dilma Rousseff reagiu como democrata [aos protestos]. Escutou as ruas e tratou de atuar imediatamente, investindo no transporte, na educação e na saúde e propondo uma reforma política por plebiscito para superar o bloqueio da classe política brasileira que em sua maior parte é corrupta, não só pelo dinheiro, mas também pelo poder, porque acreditam que o poder é dela e não dos cidadãos.

O grande problema do Brasil não é econômico, mas político. Os partidos políticos brasileiros representam a si mesmos e se fecham a qualquer reforma real que limite seus privilégios. Esse é o ponto chave. Se não for alterado o sistema político, a esperança de mudança hoje representada pelo movimento se converterá em raiva coletiva e cinismo individual.

O Congresso atual não pode se autorreformar. Deveria ser dissolvido para que se inicie um processo constituinte de reforma da democracia. O Brasil poderia ser um exemplo para o mundo. A presidenta, líderes como Marina Silva e talvez o presidente Lula e o presidente [Fernando Henrique] Cardoso poderiam liderar a mudança com sua autoridade moral. Mas muitos políticos profissionais deveriam se aposentar e montar empresas para criar empregos com o dinheiro que ganharam na política”.

Poucos dias após vencer as eleições em 2014, Dilma anunciou como uma de suas prioridades uma reforma política por meio de um plebiscito.

O PMDB reagiu prontamente: executou a ideia em pleno vôo. A reforma, insistiam os caciques, seria tarefa deles próprios.

Cunha, na ocasião líder do partido na Câmara, jogou a pá de cal: “A presidente quer substituir o Congresso e propor o plebiscito. Mas é bom lembrar que o Congresso foi eleito agora e é tão legítimo para legislar quanto ela é para governar”.

Perrella, dono do helicóptero capturado com pasta base de cocaína, vai julgar Dilma...

Jornalistas Livres despem um dos ferozes aliados do Temer !
Vídeo mortal: e Perrella vai julgar Dilma...

Dos Jornalistas Livres:

QUEM VAI JULGAR DILMA? – A SÉRIE

“Jornalistas Livres” antecipadamente pedem desculpas a seus leitores pela divulgação de conteúdo altamente ofensivo. Pessoas educadas podem se sentir incomodadas pelas palavras de baixo calão.

Acontece que Zezé Perrela foi indicado para compor a comissão especial que vai analisar o impeachment da presidente Dilma no Senado. Zezé Perrella, 60 anos, responde por enriquecimento ilícito e lesão ao erário público durante os anos em que foi deputado estadual em Minas Gerais, 2007 a 2010. Investigações apontam que recebeu mais de R$ 1 milhão e 300 mil em reembolsos por despesas pessoais.

Entre elas, R$ 175 mil referentes a combustível para abastecer de um avião particular. Perrella adora voar! Tanto que ficou arrasado quando seu helicóptero foi capturado pela Polícia Federal, em 2013, numa fazenda, quando descarregava 450 kgs de pasta-base de cocaína. Perrella fica muito nervoso quando é perguntado sobre o caso. Se a pergunta vier de mulher, então…

Ele solta o verbo, diz que não tem o que responder e manda a pessoa “dar o !@#$%$ para a sua galera do PT”. Quem faz qualquer menção à marchinha de Carnaval inspirada no helicoca que diz: “O pó rela no pé, o pé rela no pó” ganha de volta outra musiquinha, que aqui no texto preferimos omitir.

Não dá pra publicar mesmo. Cuidado com o vídeo. Preferencialmente, não o abra no serviço e nem na frente de crianças pequenas. Perrella consegue ultrapassar níveis abissais de grosseria. Ele é um dos homens que vai julgar se a Presidente Dilma deve sofrer o impeachment.

Emenda Dilma só terá chance com o povo na rua


Os defensores do impeachment já chamam de "golpe" a ideia de apresentar uma emenda ao Congresso propondo novas eleições para outubro; como afirma a colunista do 247 Tereza Cruvinel, existem as pesquisas de opinião que convêm e as que não devem ser levadas em conta.

"São a favor de novo pleito 62% dos entrevistados pelo IBOPE e 61% dos que foram ouvidos por Vox Populi. Mas estas pesquisas não valem para o bloco de Temer que vai tomar o poder", diz a jornalista.

"É bom que Dilma mande a emenda, marcando posição e colocando-se em sintonia com a grande maioria da população que, dizem as pesquisas, rejeita um governo ilegítimo e quer nova eleição. Mas para que tenha consequência e não passe de um gesto altivo na saída, Dilma, Lula, PT e aliados teriam que desencadear uma nova campanha pelas diretas. Base social para o arranque existe", avalia.

Como Janot ferrou Aecím e a mãe

E o Dimas Toledo, vai cuspir os feijões?



Em nome do combate ao "lulo-petismo" e da preservação da Moral e dos Bons Costumes, apanágio dos tucanos, o Conversa Afiada reproduz a nota à imprensa da Procuradoria Geral da República:


Pedido tem como base fatos novos trazidos na colaboração de Delcídio do Amaral

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu abertura de inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB) pelos eventuais crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O pedido tem como base fatos novos trazidos na colaboração do também senador Delcídio do Amaral, homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e relacionam-se ao caso de Furnas, empresa subsidiária da Eletrobras. O pedido foi feito por meio de Pet nº 6015/DF e enviado ao ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na Corte.

O doleiro Alberto Youssef, em aditamento de sua colaboração, também homologada pelo STF, apontou que o PSDB possuía influência em uma diretoria de Furnas, juntamente com o Partido Progressista (PP), por meio de José Janene, e havia pagamento de valores a empresas contratadas. Youssef apontou ainda que o senador teria recebido valores mensais, por intermédio de sua irmã, da empresa Bauruense, contratada por Furnas. Esses fatos haviam sido omitidos e, em 2015, por meio de Pet nº 5283/DF, houve arquivamento do caso. Com o novo pedido, a primeira petição seria desarquivada e tramitaria apensada com a Pet nº 6015.

O procurador-geral pede que, em 90 dias, seja feita a oitiva do senador Aécio Neves e de pessoas relacionadas ao caso Furnas, entre elas o ex-diretor de Engenharia Dimas Toledo. Janot solicita ainda que a Polícia Federal colete, entre o material já aprendido e produzido na Lava Jato, evidências que contribuam para o esclarecimento da apuração.

Dimas Toledo – Diante das novas informações trazidas por Delcídio, Janot pediu reavaliação do caso então arquivado. Delcídio relatou um diálogo entre ele e o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva, no qual mencionam Dimas Toledo. O ex-diretor seria o responsável por gerenciar uma espécie de “fundo” de valores ilícitos, que eram recursos disponibilizados a políticos para financiamento de campanhas. Toledo era administrador dos contratos de terceirização de Furnas, dos quais 80% eram do Grupo Bauruense, que, entre 2000 e 2006, recebeu R$ 826 milhões da empresa em contratos de prestação de serviços.

Fundação no exterior – O procurador-geral aponta que, durante a Operação Norbert, no Rio de Janeiro, documentos apreendidos na casa dos doleiros Christiane Puchmann e Norbert Muller revelaram que diversas pessoas criaram mecanismos de interposição de personalidade jurídica, com o objetivo de manter e ocultar valores no exterior, inclusiva na Suíça e no Principado de Liechtenstein, na Europa. A mãe de Aécio Neves, Inês Maria Neves Faria, seria a titular da Fundação Bogart and Taylor.

Delcídio também havia citado que haveria uma fundação no paraíso fiscal de Liechtenstein da qual Aécio Neves seria o beneficiário. “Referidas informações constituem um conjunto harmônico e apontam para a verossimilhança dos fatos descritos”, aponta Janot no pedido ao Supremo. O procurador-geral sustenta que os valores indevidos teriam sido entregues aos destinatários após processos de ocultação e dissimulação dos valores provenientes de crimes contra a Administração.

Em tempo: essa é outra da Moral e dos Bons Costumes que vai enforcar a Dilma no Senado:

Justiça determina bloqueio de bens de Simone Tebet por improbidade administrativa


Primeira decisão foi negada, mas MPF recorreu para bloqueio de mais R$ 51 mil em bens


O Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) determinou o bloqueio de R$ R$ 51.805,89 em bens da senadora Simone Tebet (PMDB-MS) por ato de improbidade administrativa quando era prefeita de Três Lagoas (2005-2010). A suspeita é de irregularidades na contratação de uma empreiteira para obras no balneário da cidade.

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com a ação contra a senadora e a empreiteira, mas a primeira decisão foi apenas para bloquear partes dos bens da empresa, que acabou recorrendo. Em novo recurso, o órgão reforçou o pedido, alegando que havia reconhecimento da necessidade de bloqueio em juízo, tendo assim que a medida se estenda a todos os envolvidos.

(...)

Em tempo2: sobre Romero Jucá, que assumirá o Ministerio do Planejamento do Temer com o carro da policia na porta. Na Fel-lha:
Outra investigação solicitada pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot é contra os senadores do PMDB Romero Jucá (RR), Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e Renan Calheiros (AL), presidente do Senado, sob suspeita do recebimento de propina das obras da hidrelétrica de Belo Monte.

Neste caso, a PGR pediu que os fatos relativos a Belo Monte sejam distribuídos nos inquéritos já existentes contra esses senadores, sem a abertura de um procedimento específico sobre o caso

(...).
Fonte: PHA, 02/05/16

Juristas pró-impeachment agem com motivação política

O processo de impeachment é movido a uma decisão muito mais política do que técnica.

A constatação foi feita de forma oficial, nesta segunda (2), durante audiência pública, no Senado, com juristas favoráveis ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Eles apresentaram argumentos nos quais confirmam que a questão está sendo vista do ponto de vista político e alegaram que na votação deve ser avaliado o que chamam de “conjunto da obra”, em relação aos decretos assinados pelo Executivo.

Os juristas Fábio Medina Osório e José Maurício Conti e o procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira fizeram discursos genéricos, sem conseguir provar o crime de responsabilidade.

Oliveira, inclusive, confessou não conhecer detalhes sobre a questão das pedaladas.

quarta-feira, 20 de abril de 2016

Dilma cogita denunciar golpe à tribuna da ONU

Presidente Dilma Rousseff deve confirmar sua ida a Nova York, nesta quinta-feira, para participar da Cerimônia de Assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima, na Organização das Nações Unidas (ONU), e pode usar a tribuna internacional para denunciar o golpe contra ela em curso no Senado.

A votação da abertura de impeachment na Câmara, comandada por Eduardo Cunha (PMDB), virou um fiasco global e foi ironizada pelos principais jornais do mundo.

Em caso da viagem, quem assume a Presidência é o seu vice-presidente Michel Temer, acusado por Dilma de "golpista e conspirador".

Ontem, em entrevista a jornalistas estrangeiros, com emissão para 56 países, Dilma reforçou que esse processo é a tentativa de eleição indireta: ‘É o golpe em que se usa de uma aparência de processo legal e democrático para perpetrar um crime que é a injustiça. Praticam comigo o jogo do “quanto pior, melhor”. Este meu segundo mandato, há 15 meses, tem o signo da desestabilização política'.

Golpistas já brigam pelo comando da era Temer

Senadores do PSDB já fazem exigências para aderir a um eventual governo de Michel Temer (PMDB); afirmaram à colunista Mônica Bergamo que a condição é a nomeação de José Serra para o Ministério da Fazenda.

"Não participaremos em papel periférico", dizem; Serra defende apoio em qualquer circunstância.

Já o presidente da sigla, Aécio Neves, reclama da falta de legitimidade do mandato de Temer.

Em almoço com o economista Marcos Lisboa, presidente do Insper, também cotado para Fazenda, ouviu dele que só um governo "respaldado pelo voto" teria força para aprovar as medidas drásticas que consertariam a economia do país.

Em seu discurso de posse ‘ensaiado’, Temer prometeu unificar o país, mas não une nem seus aliados do PSDB.

STF decide se Lula pode ser ministro

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta nesta quarta-feira, 20, a partir das 14 horas, o mandado de segurança do PPS e PSDB que suspendeu a posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no cargo de ministro-chefe da Casa Civil do governo da presidente da Dilma Rousseff.

A nomeação foi suspensa no dia 18 de março peloo ministro Gilmar Mendes, alegando que a nomeação para o cargo teve o objetivo de retirar a competência do juiz federal Sérgio Moro para julgá-lo.

Já a AGU alegou que a avaliação do ministro é equivocada, porque parte da premissa de que o Supremo é um lugar para proteção contra impunidade, o que não é verdade.