sexta-feira, 28 de agosto de 2015

'Que se investigue as contas, não vai dar em nada'


Vice-presidente Michel Temer reafirmou que não há nada irregular na campanha pela reeleição da presidente Dilma Rousseff, ao comentar a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de reabrir ação para apurar as contas da chapa: “Que se investigue. Não vão achar nada”, disse.

MP negocia acordo com Alstom no cartel do Metrô


Investigada por formação de cartel em contratos do Metrô em governos tucanos, a francesa Alstom negocia ressarcir a estatal para não ser declarada inidônea; acerto não prevê confissão de culpa nem delação de outras envolvidas, segundo a colunista Mônica Bergamo.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Petrobras e Vale disparam e levam Bolsa à maior alta em nove meses


Ações de grandes produtores de matérias-primas como Vale e Petrobras dispararam nesta quinta-feira (27) e impulsionaram o principal índice da Bolsa brasileira, que fechou no azul pelo terceiro dia, no maior nível em nove meses. 

O Ibovespa avançou 3,64%, a 47.715 pontos. Foi a maior valorização diária desde 21 de novembro de 2014, quando havia subido 5,02%. As ações preferenciais (sem direito a voto) de Petrobras e Vale avançaram 9,62% e 8,63%, respectivamente, para R$ 8,89 e R$ 13,72. Já os papéis ordinários dessas companhias, com direito a voto, ganharam 11,3% cada um. 

"Há um rumor de que o governo chinês está se desfazendo dos títulos do Tesouro americano para financiar os programas de intervenção na China e se capitalizar. É uma maneira de tentar estimular e injetar dinheiro na economia", disse Ana Júlia Dias, executiva da equipe de análises da UM Investimentos. 

Esta possibilidade motivou uma retomada nos preços das commodities, segundo Ana, o que beneficiou principalmente as ações de grandes produtoras globais de matérias-primas no dia. Assim, os principais mercados internacionais fecharam no azul: em Nova York, os índices acionários subiram mais de 2%, assim como na Europa. 

Também animou os investidores a revisão para cima da segunda estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA para um crescimento de 3,7% no segundo trimestre do ano, em vez dos 2,3% anteriormente previstos. 

"O primeiro trimestre havia registrado desempenho fraco em função do clima adverso nos EUA. A economia americana segue em um bom ritmo de crescimento, por isso o indicador foi bem-recebido, mas ainda é preciso cautela com alguns setores", afirmou Julio Hegedus, economista-chefe da Lopes Filho. 

Para o economista, o bom humor externo foi amenizado pela crise no cena política brasileira. As atenções se voltaram à possibilidade de o governo recriar a CPMF, o chamado "imposto do cheque". A medida foi incluída na proposta orçamentária, que aguarda aprovação da presidente Dilma Rousseff. 

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade, disse à reportagem ser "absurdo" ressuscitar a taxa. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou na véspera, em entrevista ao canal de TV "GloboNews", que o governo pode recorrer à elevação de impostos para conseguir fechar suas contas. 

Ainda no Brasil, o mercado digeriu com cautela a notícia de que o governo federal fechou o mês de julho com um deficit de R$ 7,2 bilhões em suas contas. 

MATÉRIAS-PRIMAS E BANCOS 

A siderúrgica Gerdau avançou 10,88%, para R$ 5,40. O ganho impulsionou os papéis de sua controladora, a Metalúrgica Gerdau, que subiu 17,67% -a maior alta do Ibovespa. A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) e a ação preferencial da Usiminas mostraram valorizações de 9,87% e 5,88%, nesta ordem. 

As ações de bancos continuaram nesta quinta-feira a refletir positivamente a aprovação pela comissão do Congresso, na última sessão, da alíquota menor de tributo que incide sobre o lucro das instituições financeiras. 

O Banco do Brasil subiu 3,55%, enquanto o Itaú registrou valorização de 3,54% e o papel preferencial do Bradesco mostrou alta de 2,45%. Já o Santander Brasil teve ganho um pouco mais modesto, de 2,36%. O setor bancário é o segmento com maior peso dentro do Ibovespa. 

Das 66 ações que compõem o índice, apenas quatro fecharam o dia no vermelho: a Smiles perdeu 0,86%, seguida por Embraer (-0,43%), a varejista Hering (-0,29%) e pela produtora de celulose Suzano (-0,12%). 

DÓLAR EM QUEDA 

No mercado cambial, a expectativa de que o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) possa demorar um pouco mais para começar a subir a taxa de juros americana trouxe alívio nesta quinta-feira e derrubou o dólar depois de a moeda ter ultrapassado os R$ 3,60 no início da semana. A cotação do dólar à vista, referência no mercado financeiro, ficou em R$ 3,545 na venda -uma queda de 2,60%. Já o dólar comercial, utilizado no comércio exterior, recuou 1,33%, também para R$ 3,552. 

Fonte: FOLHAPRESS, 27/08/2015

Sarkozy, ex-presidente da França, disse a Dilma e Temer: “não recuem nunca”


Durante encontro com o vice-presidente da República, Michel Temer, em São Paulo, o ex-presidente francês Nicolas Sarkozy citou exemplos que ele próprio passou durante seu governo e aconselhou a presidente Dilma Rousseff e o vice para que não recuem das medidas que pretendem tomar contra a crise no País.

"Ele contou experiências mais ou menos semelhantes que teve na França e tomou a liberdade de dizer: 'Não recuem nunca, vocês têm que ir a diante, enfrentar toda e qualquer crise porque crise é sempre passageira'", contou Temer após o encontro.

Legalidade e golpe separam Alckim de Aécio


"O PSDB vive em dois universos. No oficial, os líderes tucanos jamais discutem. No paralelo, eles quase nem se falam. Quando conversam, se desentendem falando o mesmo idioma", escreveu, nesta quinta-feira, o colunista Josias de Souza, ao comentar o crescente distanciamento entre o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador paulista Geraldo Alckmin.

O que os separa, na realidade, são os interesses pessoais. Enquanto Alckmin defende parcerias com o governo federal e dá apoio à presidente Dilma Rousseff, com quem esteve e a quem emprestou um guarda-chuva nesta semana, Aécio age, nos bastidores, pela interrupção precoce do mandato presidencial. A ruptura pelo TSE criaria espaço para eleições antecipadas, o que deixa os tucanos em pé de guerra.

Janot está livre para bater em Chico e em Francisco




Novo artigo do jornalista Hélio Doyle aponta que agora, após ser aprovado pelo Senado, o procurador-geral da República "mais do que antes, está livre para exercer plenamente suas funções e bater em Chico e em Francisco. Não depende mais dos políticos para se manter na Procuradoria e a autoridade de sua função lhe permite agir com isenção e imparcialidade nas investigações que conduz".

"Não que não pudesse fazer isso antes, mas sempre fica no ar a dúvida", comenta o colunista do 247. Durante a sabatina de Rodrigo Janot, senadores do PT cobraram do representante do Ministério Público que investigações, vazamentos e decisões batam em Chico, mas também em Francisco, em alusão a um favorecimento ao PSDB.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Na sabatina de Janot teve voto não contabilizado e xingamentos de Collor

Nao existe mais o decoro parlamentar?

26/08/2015

O voto do senador e ex-presidente da República, Fernando Collor (PTB-AL), sobre a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao cargo não foi contabilizado. Principal crítico de Janot, Collor foi denunciado pelo chefe do Ministério Público acusado de ter recebido R$ 26 milhões em propina no esquema de corrupção na Petrobras.

Collor havia se credenciado como suplente da Comissão desde a semana passada, numa manobra para participar da sessão de sabatina. Ele chegou a votar, mas sua opinião não foi computada, já que os demais titulares do bloco do qual faz parte decidiram votar. Os senadores Eduardo Amorim (PSC-SE), Marcelo Crivella (PRB-RJ) e Magno Malta (PR-ES) são os titulares do bloco União e Força, do qual o próprio Collor é líder.

Na sabatina, Collor chegou a murmurar xingamentos a Janot enquanto o procurador-geral da República respondia os questionamentos do parlamentar. O petebista já chamou, em outras ocasiões, Janot de "fascista da pior extração" e de "filho da p...". Hoje, sussurrava "calhorda" e, novamente, "filho da p...", ao procurador-geral da República.

Janot foi aprovado pela CCJ para permanecer mais dois anos no cargo por 26 votos favoráveis e um contrário. Agora, o plenário do Senado precisa aprovar a recondução do chefe do Ministério Público em votação secreta.

Blindagem a Aécio Neves na mídia lidera críticas nas redes


Hashtag #PodemosTirarSeAcharMelhor foi o tema mais comentado no Twitter desde ontem, quando o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef reafirmam na CPI da Petrobras, na Câmara, que o senador tucano recebeu propina de Furnas.

O portal UOL alterou sua manchete principal para ocultar o nome de Aécio Neves. O jornalista Fernando Brito, do blog Tijolaço, aponta "silêncio sepulcral" da mídia em relação ao caso e questiona: "Os jornais não vão buscar mais detalhes: quem pagava, como pagava, quem levava, quem recebia – a bufunfa? Vamos ficar no 'não vem ao caso'? Ninguém quer tomar a palavra de um bandido da cepa de Youssef como verdade, mas – ao contrário de tudo o mais que ele falou – não se vai investigar?".

Termo 'Podemos tirar, se achar melhor' teve origem em março, quando a agência Reuters vazou essa orientação em uma reportagem que citava FHC.

Fonte: Brasil 247, 26/08/2015

TSE mantém espada apontada contra Dilma


"Quando a tese do impeachment começa a fazer água, mesmo antes da apresentação do parecer do TCU sobre as contas do governo Dilma em 2014, o TSE levanta outra espada sobre seu mandato. E esta transitará na esfera exclusivamente jurídica, sobre a qual o governo não terá qualquer possibilidade de ação política, e nem mesmo a elite econômica poderá se manifestar contrariamente, com fez em relação ao impeachment", diz a jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247.

Ela lembra ainda que, ao votar, o ministro Gilmar Mendes falou em "ação de impugnação de mandato eletivo"; Tereza lembra que o julgamento foi suspenso pelo pedido de vista da ministra Luciana Lóssio e que, após a devolução, Dilma e Temer terão que apresentar suas defesas.

Fonte: Brasil 247, 26/08/2015

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Sem consenso, oposição adia pedido de impeachment de Dilma

A turma do quanto pior, melhor tem que cantar em outra freguesia

Sem consenso sobre o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff, a oposição recuou e decidiu aguardar novos fatos no cenário político para alinhar um discurso.

A reunião agendada para esta terça (25) foi adiada indefinidamente à espera do "momento adequado".

"Para respaldo ainda maior, é necessária a integração desses movimentos de rua que geraram novo e importante movimento, respaldado por juristas de renome, que podem dizer da substância jurídica desse pedido de impeachment. Envolve aspectos jurídicos e políticos. Temos que aguardar o momento adequado", disse o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho.

Fonte: Brasil 247, 25/08/2015