segunda-feira, 6 de julho de 2015

Diretor da Polícia Federal ao Estadão: Estamos prontos para o golpe

O Fernando Brito, do Tijolaço, escreveu há pouco sobre a entrevista do diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello, ao Estadão

Eu vou pegar o raciocínio de Brito e radicalizá-lo.

Miguel do Rosário, articulista 
A entrevista de Daiello é típica da conjuntura atual, em que todas forças políticas de oposição, aí incluindo um setor aparentemente já hegemônico dentro da Polícia Federal, trabalham em harmonia para derrubar o governo.

Em resumo, Daiello disse o seguinte: "Estamos prontos para o golpe, e o ministro da Justiça não vai poder fazer nada".

E dá sinal verde para os delegados federais da seção Paraná desempenharem a sua parte no teatro da Lava Jato.

Sintomático que a entrevista se dê imediatamente após ao processo de auto-fritagem que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, protagonizou semana passada.

Cardozo deu entrevista, aos órgãos do golpe, em que fazia acusações a seu próprio campo político. Ou seja, colaborou para o processo de criminalização do PT. E isso no auge da maior crise de imagem já vivida pelo partido. Cardozo foi leviano, irresponsável e, sobretudo, traidor.

As críticas à maneira como a Lava Jato vem sendo conduzida não são apenas do PT. Eu não sou do PT, por exemplo, e a critico.  A OAB não é petista e critica. A comunidade jurídica não é petista e critica.

Um dos maiores penalistas do mundo, ex-ministro da suprema corte da Argentina, Raul Zaffaroni, não é petista e chamou a Lava Jato de golpe de Estado. Como a entrevista não foi publicada na Veja, nem no Globo, e sim na Carta Maior e no Cafezinho, o ministro da Justiça não deu bola.

Se um zé ruela acusar o ministro no Estadão, ele responde na hora, talvez com uma entrevista à TV Veja. Se o ex-ministro da suprema corte argentina e um dos maiores penalistas do mundo dá entrevista à mídia alternativa, Cardozo finge ignorar.

Até mesmo alguns setores da direita, que prefiro nem citar aqui, estão criticando o fascismo judicial por trás da Lava Jato.

Sergio Moro e os procuradores praticam chantagem e ameaça judicial, envolvendo até mesmo a família dos réus, para forçar delações premiadas, as quais são tratadas como provas e vazadas seletiva e ilegalmente à imprensa.

Réus são presos e depois a PF vai atrás de provas para incriminá-los. Qualquer coisa serve.

O ministro da Justiça lavou as mãos. E fez questão de fazê-lo na frente de todos. É como se Cardozo não tivesse sequer o pudor de afirmar ao mundo: sou covarde mesmo, e daí?

O ministro da Justiça é mostrado como fraco, sem apoio no próprio partido (e o partido é mostrado como vilão, pelo próprio ministro), e covarde, com medo de apupos de algum zumbi midiático.

Em seguida, o diretor da Polícia Federal é mostrado como forte, o que significa mais um passo na direção de um golpe branco, preparado nos mínimos detalhes, e com várias frentes de ataque.

TCU, TSE, PF, Procuradoria, grande imprensa, houve um recrudescimento brutal dos ataques golpistas nas últimas semanas. Estão cercando o governo por todos os lados, tentando asfixiá-lo com objetivo de violar a soberania do voto. Estão tentando fazer rigorosamente o mesmo que Eduardo Cunha: não aceitando a derrota eleitoral e dispostos a dar um golpe parlamentar.

O governo permanece mudo, amedrontado, cumprindo apenas agendas conservadoras, afastando, com isso, as forças que poderiam lhe apoiar, como os movimentos sociais, sindicatos, militância de esquerda e o povão.

Também não cria uma agenda criativa e inteligente voltada à classe média, tratada estupidamente como um capital "já perdido". O resultado é a erosão do capital político do governo junto às suas próprias bases.

O Brasil deve ser o único país do mundo onde a polícia política conspira e trabalha contra o próprio governo. Enquanto isso, todas as grandes investigações da PF, notadamente aquelas ligadas à sonegação, sumiram do noticiário.

Fonte: Brasil247, 06/07/2015

Vice-Presidente da República, Michel Temer, diz que impeachment para Dilma é "algo impensável"!



Vice-presidente, Michel Temer disse nesta segunda-feira, 6, que a presidente Dilma Rousseff está "tranquila" com as movimentações da oposição sobre um possível impeachment, e que considera isso "algo impensável".

Temer disse que continua na articulação política do governo e rebateu a declaração do senador Aécio Neves (PSDB-MG), que afirmou na convenção do PSDB nesse domingo, 5, que o governo da presidente Dilma poderia chegar ao fim "talvez mais breve do que imaginam".

"Todos nós esperamos que seja só daqui a três anos e meio [o fim do governo], quando haverá novas eleições", afirmou. 

O vice-presidente disse também que o governo federal tem apoio do Congresso Nacional. "Não temos crise política, porque significaria o fato de o governo não ter apoio do Congresso Nacional. Vocês veem que temos tido apoio do Congresso", disse.

Fonte: Brasil247, 06/07/2015

Comer couve todo dia deixa cérebro 11 anos mais jovem, diz pesquisa



Que vegetais são bons para a saúde você provavelmente já sabe, mas uma nova pesquisa mostra que os benefícios vão ainda além.

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Benefícios dos vegetais verdes escuros 

De acordo com um estudo realizado na Universidade Rush, nos Estados Unidos, uma única porção de folhas verdes escuras por dia pode rejuvenescer o cérebro.
Suco verde é uma boa forma de consumir couve
Suco verde é uma boa forma de consumir couve.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores avaliaram a dieta e a habilidade mental de 950 idosos durante 10 anos. Nesse período, foram feitos testes para detectar a função mental, além da identificação dos alimentos que fazem da dieta deles.

Aqueles que consumiam vegetais verdes folhosos, como espinafre e couve, uma ou duas vezes por dia tiveram declínio cognitivo significantemente menor que os outros participantes, mesmo levando em conta outros fatores como nível de escolaridade, prática de exercícios físicos e histórico familiar de demência.

Em média, os participantes que comeram com frequência os vegetais verdes escurosfolhosos tiveram declínio mental 11 anos mais tarde que quem dispensava esses alimentos.
A vitamina E das folhas verdes é importante para o cérebro

Saúde do cérebro 

A nutricionista Talitta Maciel, do Espaço Reeducação Alimentar, explica que as verduras verdes funcionam como protetores naturais do cérebro. “Todas as folhas de cor verde escura, como as couves (manteiga, brócolis, flor), espinafre e a folha da beterraba possuem vitamina E, antioxidante e neutralizador dos radicais livres, propriedade importantíssima na prevenção de doenças e envelhecimento precoce”, afirma.

O consumo das folhas verdes previne arteriosclerose, já que é rico em betacaroteno e vitamina C, conhecidos antioxidantes que impedem a fixação de colesterol ruim nas artérias e veias. Por fim, o ácido fólico evita a ocorrência de infarto e acidente vascular cerebral.

PSDB não tem moral para defender a alternância de poder



Vice-presidente Nacional do PT e coordenador de mídias sociais do partido, Alberto Cantalice rechaçou as acusações feitas pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de que o PT “gosta do poder a qualquer preço”; “O PSDB é que não gosta de alternância de governo. Minas 12 anos, São Paulo 21 anos e FHC ainda “criou” o instituto da reeleição. Descarados!”, publicou no Twitter.

"Doa a quem doer" vale para os grampos ilegais da Polícia Federal?


Em artigo especial para o 247, o professor de Direito Constitucional Luiz Moreira, ex-Conselheiro Nacional do MP, critica a existência de escutas ambientais ilegais da Polícia Federal, conforme revelaram um agente e um delegado da entidade; de acordo com eles, as escutas teriam como objetivo monitorar presos da operação Lava Jato, na sede da PF, em Curitiba; o jurista rebate o diretor geral da PF, Leandro Daille, segundo o qual "ninguém vai aceitar ingerência política" na polícia; "A PF é uma instituição subordinada à Presidência da República, detendo apenas autonomia operacional, o que não se confunde com autonomia política", diz Moreira; ele afirma que "provas obtidas de forma ilegal tornam nulos depoimentos e eventuais acordos de delação delas decorrentes"; "Por que a demora na investigação do caso pela Corregedoria?", questiona.

Movimentos populares se levantam contra possível golpe contra Dilma


Em manifesto, militantes de movimentos populares, sindicais, pastorais e partidos políticos reagem ao golpismo da oposição contra a presidente Dilma Rousseff: “consideramos inaceitável e nos insurgimos contra as reiteradas tentativas de setores da oposição e do oligopólio da mídia, que buscam criar, através de procedimentos ilegais, pretextos artificiais para a interrupção da legalidade democrática”.

O grupo também denuncia ‘justiceiros’ do Judiciário, em referência à condução da Lava Jato pelo juiz Sérgio Moro e pela força-tarefa do MP: “mais grave, contudo, é a disposição que setores do Judiciário e do Ministério Público vem crescentemente demonstrando, de querer substituir o papel dos outros poderes, assumir papel de Polícia e desrespeitar a Constituição. 

Convocamos todos os setores democráticos a reafirmar as liberdades constitucionais básicas, entre as quais a de que ninguém será considerado culpado sem devido julgamento: justiça sim, justiceiros não!”.


Fonte: Brasil247, 06/07/2015

O governo Dilma está na direção certa ao promover os ajustes na economia, segundo Rubens Ometto


Rubens Ometto, presidente do conselho de administração da Cosan, maior produtora de etanol do mundo, afirma que a presidente Dilma Rousseff está caminhando no rumo certo neste segundo mantado.

O empresário, que no 1° mandato de Dilma disparou duras críticas ao governo, agora se diz otimista.

‘Acho que o governo está na direção certa. Sou capitalista, estou gostando de ver o direcionamento que ela está fazendo no segundo mandato. A melhor maneira de você melhorar a eficiência e diminuir a inflação é por meio da concorrência’, disse ele em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’.

Apesar de prever impacto da crise até o primeiro semestre de 2016, ele afirma que o ajuste fiscal de Joaquim Levy é necessário e que o empresariado precisa "segurar sua ansiedade" por resultados concretos. “É bom às vezes ter seis meses ou um ano sem poder crescer tanto, para então voltar. O difícil é entrar no negócio de areia movediça, em que você não sabe a profundidade. Por isso, tem que fazer o ajuste. Estamos abaixando para ter energia para pular”, acrescenta.

Fonte: Brasil247, 06/07/2015

Rapidinhas

Agora vai Valmir Climaco e seus mensageiros estão divulgando que já está livre e desimpedido para concorrer a eleição para prefeito de Itaituba, em 2016. Será?

Tendências no PSDB? A convenção do PSDB evidenciou que, apesar de comungarem da avaliação de que a permanência de Dilma Rousseff caminha para se tornar insustentável, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra divergem sobre o caminho que o partido deve seguir. Enquanto o senador mineiro e seu grupo defendem que a melhor alternativa seria a cassação da presidente e de seu vice, Michel Temer, pela Justiça Eleitoral, os paulistas preferem a saída em que o peemedebista assuma o Planalto.

Cautela Apesar do tom duríssimo adotado por Alckmin em seu discurso, o governador considera, segundo aliados, que a hipótese de cassação da presidente pelo TSE cheira a golpismo.

Caminhos Além disso, uma nova eleição, na qual Aécio largaria na frente pelo recall de 2014, não agrada ao governador, virtual pré-candidato da sigla em 2018.

Sou eu 1 O tom da fala de Alckmin, com críticas “estruturais” ao PT, foi traduzido por aliados como um movimento para se posicionar como ator nacional, com uma visão além de São Paulo.

Sou eu 2 O discurso de Serra em defesa do parlamentarismo foi lido por tucanos como um sinal de que o senador já acredita em um governo Temer e pensa em ser um ministro forte da nova coalizão.

PT na frente A convenção tucana foi a estreia do partido no Periscope, a ferramenta do Twitter para transmitir vídeos ao vivo. A fala de Aécio recebeu 15 mil curtidas. A estreia de Dilma, no congresso do PT, teve 21 mil.

Telinha O programa que Fernando Henrique Cardoso terá no Canal Brasil vai abordar a vida e a obra de pensadores do Brasil. O ex-presidente já está gravando os episódios. Serão 13, e o primeiro será sobre dom Pedro 2°.

Gatilho 1 A Câmara prepara a votação —nas próximas semanas ou no retorno do recesso parlamentar, em agosto— de outras duas “bombas” que podem afetar ainda mais as contas do governo e sepultar sua capacidade de articulação política.

Gatilho 2 Um dos projetos obriga a União a garantir as verbas necessárias a Estados e municípios quando delegar serviços a eles. O outro é o texto que altera o índice de reajuste do FGTS.

Arrepio A prisão de Jorge Zelada na quinta-feira deixou “meio Congresso de cabelo em pé”, segundo um peemedebista. Deputados que tinham relações com o ex-diretor da Petrobras temem que surjam gravações e registros que arrastem a bancada do PMDB para a crise.

Deixa… A Petrobras sabia desde 2013 que Zelada havia participado de irregularidades na contratação do navio-sonda da empresa Vantage.

… comigo Auditoria daquele ano descobriu que o então diretor recebia em seu e-mail pessoal as propostas comerciais, apesar de haver uma comissão de negociação.

Faz-tudo A empresa dizia que Zelada não submeteu as negociações à diretoria-executiva da estatal e criou “ambiente favorável para que os negócios celebrados tivessem não conformidades”.

Tudo azul No comando da holding do grupo Odebrecht, Newton de Souza foi a Nova York na última semana passar uma mensagem de otimismo a investidores.

Vai passar Em périplo por bancos ao lado da vice-presidente de finanças, Marcela Drehmer, disse que os negócios estão sob controle, apesar da prisão de Marcelo Odebrecht. A ordem é mostrar que a dinâmica da empresa está sendo afetada o mínimo possível pela Lava Jato.

Quem é que não gosta de pobre? O Alckmin cortou o leite de 37 mil crianças carentes. O PT tirou 36 milhões de pessoas da miséria.

domingo, 5 de julho de 2015

Socorro para prefeita! kkkkkk

Fernando Henrique critica populismo tucano, mas sinaliza golpe


Em seu artigo mensal, publicado neste domingo, data da convenção nacional do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, principal ideólogo da oposição brasileira, faz uma crítica interna aos tucanos; "Nada justifica arruinar ainda mais o futuro, votando pela derrubada do fator previdenciário. Nada explica apoiar aumentos de gasto que no futuro serão pagos com mais impostos, mais inflação e mais ajustes".

Criticando o voto de parlamentares do PSDB ao fim do fator, criado em seu governo, e ao aumento do Judiciário; no mesmo artigo, ele deixa a porta entreaberta para a derrubada da presidente Dilma; "espera-se (das oposições) que reiterem não ter o propósito antidemocrático de derrubar governos, mas tampouco o temor de cumprir seus deveres constitucionais, se os fatos e a lei assim o impuserem.

'Não imagino que todas as delações sejam espontâneas'


Ministro Marco Aurélio Melo, do Supremo Tribunal Federal, rebateu neste domingo, 5, a declaração do juiz Sérgio Moro, que comanda a Operação Lava Jato, de que não prende para forçar delações; "Alguma coisa está errada, porque está na Constituição o princípio da não culpabilidade", afirmou Mello.

"Se está generalizando a prisão. Qual é a ordem natural? Apurar para, selada a culpa, prender-se em execução da pena", ensina o magistrado. Ministro disse que duvida que todas as confissões sejam voluntárias e, como o colega Luiz Fachin, vê fragilidade em considerar a palavra do delator como prova. 

"Não posso imaginar que todas essas delações, principalmente delação que parte de alguém que está entre quatro paredes, sejam espontâneas"; "A palavra do corréu não serve para respaldar a condenação".

Supremo precisa cumprir seu papel constitucional


O jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, avalia que o Supremo Tribunal Federal, presidido por Ricardo Lewandowski, terá a oportunidade de contar eventuais abusos cometidos na Operação Lava Jato, conduzida pelo juiz Sergio Moro.

"A questão é perguntar se as prisões preventivas obedecem — ou não — aquilo que diz a legislação. Ou se têm sido efetuadas por uma visão que, como disse a sentença de 28 de abril, é mais coerente com as masmorras onde os cidadãos sem defesa e sem direitos eram jogados naquele longo período de treva jurídica que antecede o reconhecimento dos direitos humanos pelas sociedades ocidentais", diz ele.

"Os pedidos de habeas corpus representam uma oportunidade para o STF reagir. Não há duvida de que deve aproveitá-la".

Não serei instrumento de prejuízo ao País, diz Vice-Presidente da República


Ao contrário do especulado pelos grandes jornais, o vice-presidente Michel Temer não avalia deixar a articulação política do governo da presidente Dilma Rousseff; numa resposta ao pedido do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e de peemedebistas como o deputado Lúcio Vieira Lima, Temer classificou a medida extrema como uma "deslealdade".

"Tenho compromisso com o Brasil. Vou continuar trabalhando pela harmonia entre os poderes, para a retomada do crescimento e para a estabilidade institucional do País", disse Temer. "Portanto, não serei instrumento de interesses políticos que hoje querem causar prejuízo à nação brasileira", completou o vice-presidente.

Temer se reuniu nessa sexta-feira, 3, com a presidente Dilma, para discutir a indicação de cargos para a base aliada e teria recebido aval da presidente para atender os pedidos dos aliados

sábado, 4 de julho de 2015

Hasta la vista, constitución

Um espaço nascido no seio da democracia brasileira se tornou alvo do "custe o que custar". A máquina do tempo "inventada" pelo nosso Parlamento exterminará o futuro de milhões de brasileiros. Arnold Schwarzenegger fez escola

Rufem os tambores, o Brasil deu um salto tecnológico gigantesco e o mundo inteiro precisa saber. Num piscar de olhos, inventou-se a famigerada máquina do tempo. É com ela que a Câmara dos Deputados vota quantas vezes quiser o mesmo assunto. Basta as pautas conservadoras serem rejeitadas regimentalmente que "volta-se no tempo" e vota de novo. E de novo. Até ganhar. Um perfeito e certeiro tiro na democracia.

Se o Parlamento acionará mais vezes a máquina do tempo, esquecendo a tradição da Casa em respeito às minorias e decisões votadas em Plenário, só o futuro dirá. Aliás, resta saber qual futuro.
Jandira Feghali
articulista
Para quem tem dúvida, lá vai: na terça-feira (30), a PEC 171, que trata da redução da maioridade penal, foi rejeitada por não conseguir o quórum qualificado de 308 votos a favor. Mas isso não foi problema para o grupo político que volta no tempo. Acionaram uma emenda aglutinativa inconstitucional e voi lá, puseram em votação de novo.

Diz nossa Carta Magna, em seu artigo 60, parágrafo quinto, que "a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa". Ou seja, rasgaram a Constituição de forma natural e insensível. A lucidez do ministro Marco Aurélio Mello, do STF, apontou essa inconstitucionalidade. "Matéria rejeitada, declarada prejudicada, só pode ser apresentada em sessão legislativa seguinte. Nessas 48 horas nós não tivemos duas sessões", disse ele.

Mas engana-se quem pensa que a conquista da redução da imputabilidade penal foi a primeira viagem no tempo da Câmara. A tal máquina já foi acionada lá atrás, durante a PEC da reforma política. Bastou o financiamento empresarial ser derrotado pela maioria dos parlamentares para que a "inovação regimental" entrasse em ação. Bastou ligar a "máquina" para aprovar mais um descalabro. Os Jetsons de Hanna Barbera teriam inveja!

Em seis mandatos como deputada federal jamais presenciei um desrespeito tão grande à decisão do Plenário para favorecer os derrotados na véspera. De uma madrugada a outra, em apenas 12 horas, o Brasil viu seu Parlamento pisotear uma votação democrática e dar um passo em direção ao que é mais retrógrado no atual debate.

Alguns parlamentares, alinhados a setores da Grande Mídia sensacionalista – outra máquina de vender ódio – criou uma opinião pública moldada ao medo e ao terror. Só que a redução que querem impor ao país não saciará essa fome por vingança, que beira mais de 90%. A criminalidade não diminuirá e toda uma geração será posta em risco, seus sonhos e potencialidades deixarão de existir.

Além disso, os filhos da classe média se tornarão os principais alvos da indústria da bebida e do fumo, a exploração sexual de adolescentes crescerá, o trabalho infantil será uma ameaça maior ainda e os presídios serão um rombo sustentado por governos futuros.

Um espaço nascido no seio da democracia brasileira se tornou alvo do "custe o que custar". A máquina do tempo "inventada" pelo nosso Parlamento exterminará o futuro de milhões de brasileiros. Arnold Schwarzenegger fez escola.

Fonte: Brasil247, 02/07/2015

Ricardo Pessoa delata PSDB, que quer usá-lo para o golpe. Pode?


A estratégia delineada pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) para derrubar à força a presidente Dilma Rousseff agora tem um complicador: os depoimentos de Ricardo Pessoa, dono da UTC/Constran, em sua delação premiada são bem mais amplos do que se imaginava.

Pessoa implicou nada menos que 15 partidos ao falar de suas doações com recursos ilícitos, incluindo o PSDB, presidido por Aécio, e o DEM, de artífices do golpe, como os senadores Ronaldo Caiado (DEM/GO), denunciado por caixa dois pelo ex-companheiro Demóstenes Torres, e Agripino Maia (DEM/RN), investigado no Supremo Tribunal Federal pelo recebimento de propinas; para o PSDB, no entanto, apenas os trechos da delação que citam a campanha da presidente Dilma Rousseff merecem fé pública?; será que cola?

Aécio assume golpismo e sugere eleições em breve

Querem passar por cima da lei


Em entrevista ao Globo, o presidente do PSDB assumiu pela primeira vez o discurso de antecipação do calendário eleitoral e deixa mais explícita a intenção de abreviar o mandato da presidente Dilma Rousseff; "Ou ela tem a capacidade de retomar o posto, de reassumir o comando do país — e eu tenho dúvida se ela terá — ou temos que estar abertos a novas opções", afirmou.

Aécio pretende usar a delação de Ricardo Pessoa, mas há um complicador: o dono da UTC delatou doações ao PSDB e a seu vice Aloysio Nunes. Outra hipótese de Aécio é usar a delação de Alberto Youssef. Neste caso, fica ainda mais complicado uma vez que o doleiro o acusou de ser dono de uma diretoria em Furnas que pagava mensalão a parlamentares

A revista ÉPOCA exalta o juiz Sérgio Moro, "prende" José Dirceu e mira Lula



Revista semanal ÉPOCA, pertencente as Organizações Globo, premiou o juiz Sergio Moro como o brasileiro que 'faz diferença', garante saber todos os próximos passos da Operação Lava Jato.

Segundo a revista, o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, será preso nos próximos dias; além disso, o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró fará uma delação premiada contra o ex-presidente Lula, a quem a revista chama de 'Brahma.

A publicação também exalta o juiz paranaense em sua capa e afirma que nada será capaz de detê-lo; alvo de queixas crescentes de criminalistas, de ministros do Supremo Tribunal Federal e até de colunistas da extrema direita na imprensa brasileira, Moro tem apoio total e irrestrito da Globo para seguir adiante em sua caçada ao PT e ao ex-presidente Lula.

Mais uma mentira de VEJA contra Lula


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva denunciou neste sábado, 4, mais uma mentira operada contra ele pela revista Veja, do grupo Abril; Lula rebate, em sua conta no Facebook, nota do colunista Lauro Jardim, que afirma que ele teria viajado para o México em 19 de setembro de 2012 em um avião pago pela Odebrecht.

"É mentira, a viagem não foi paga pela Odebrecht", afirma; "No dia 20 de setembro de 2012 Lula foi para o México participar do evento "México século XXI", e lá falou para mais de 8 mil estudantes, junto com Tony Blair e Pepe Guardiola", diz; foi a primeira palestra do ex-presidente após se recuperar do câncer.

"Isso tudo foi informado para a imprensa na época. Qual o problema?", questiona; Veja é reincidente em mentiras contra Lula; em fevereiro, a edição de São Paulo inventou que o ex-presidente teria custeado festa de aniversário de R$ 220 mil para um suposto sobrinho. Desmascarada, Veja pediu desculpas; mas e desta vez?

Estou na estrada


Itaituba suspende contratos com fraudes do Minha Casa Minha Vida

Investigação também vai analisar outras possíveis fraudes. As denúncias já foram encaminhada para o Ministério Público Federal
(Foto: Reprodução/TV Liberal)

Segundo levantamento feito pela Companhia de Habitação do município e encaminhado para a Superintendência da Caixa Econômica Federal, de quase 1.430 casas entregues e dois residenciais: 19 foram alugadas, 67 estavam fechadas e sem moradores, 84 estavam cedidas para terceiros e 5 já haviam sido vendidas.

Depois que a prefeitura do município divulgou a lista com o nome dos contemplados começaram a surgir denúncias de fraude. Uma delas feita por um grupo de mulheres que prefere não se identificar. “Se a gente ganhasse uma casa pagava por 1 ou 2 anos depois parava de pagar e ficava com a casa e poderia até vender”, explica uma delas, que chegou a fazer parte do esquema de beneficiamento, que envolvia compra e venda da cadastro.

Do grupo de mulheres nenhuma foi selecionada. A Coordenadora Municipal de Habitação, Fátima Rosa diz que todas as denúncias que chegaram serão apuradas e as pessoas denunciadas automaticamente. “O cadastro e a vistoria ficam suspensos”, pontuou.

Até o momento pelo menos três casos recentes de fraudes já foram confirmados pela prefeitura de Itaituba antes dos novos contratos.

O procurador municipal de Itaituba Ricardo Moraes diz que quem firma o contrato é a Caixa Econômica Federal e é ela que mantem o contrato com o beneficiário. “Nesse caso é a caixa que tem que fazer o procedimento caso constate que as informações são verídicas”, ressalta.

Espera

Enquanto algumas fraudes são confirmadas, Marilene Rodrigues, que é mãe de três filhos, sendo um deles portador de deficiência, se inscreveu pela primeira vez no programa em 2010, mas não foi selecionada. “Disseram que iam fazer os cadastros e eu preciso muito. Essa é a terceira vez que eu faço, mas até agora nada”, afirma.

Programa

O “Minha Casa, Minha Vida” foi lançado em março de 2009. Até 2013, 4.968 pessoas estavam inscritas em Itaituba, desse total 1.300 cadastros foram enviados para avaliação da Caixa Econômica Federal.

O gerente da caixa, Jorge Luiz explica que a prefeitura tem a obrigação de encaminhar para a relação para a Caixa. “Dos mil, acrescido de 30%, a Caixa devolve os mil beneficiários aptos para que seja feita a celebração do contrato”, conclui.

Fonte: G1 Pará/Blog do Damião Cavalcante, 04/07/2015

Cresceu o número de reacionários e ignorantes políticos no Brasil

O alerta é do professor brasileiro da faculdade em que Dilma foi insultada nos EUA

Michelle Obama, primeira dama dos EUA, com a presidente Dilma

Por Redação

Do professor brasileiro Paulo Blikstein, no Facebook, sobre os insultos a Dilma em Stanford, onde ele leciona

Carta enviada ao Painel do Leitor da Folha, sobre um “protesto” durante a visita de Dilma à Stanford.

Durante a visita de Dilma aos EUA, professores e alunos do Lemann Center, um centro que estuda educação brasileira na Universidade de Stanford, se organizaram para falar com a presidenta.

Nossa reunião foi frustrada porque dois jovens brasileiros furaram a segurança de Stanford, entraram no prédio, e dirigiram ofensas lamentáveis à presidenta, no mesmo recinto onde estavam convidados como Mark Zuckerberg e o chairman do Google, Eric Schmidt. O direito de protestar é um pilar da democracia.

Mesmo entre os alunos brasileiros de Stanford, há aqueles que são partidários do governo e os que estão na oposição. Mas o tipo de ataque desses dois jovens (que têm fotos com Jair Bolsonaro no Facebook), lembra a virulência de grupos políticos fascistas que infelizmente proliferam pelo mundo.

Entre erros e acertos do governo e da oposição, há um erro que ambos devem evitar a todo custo: ignorar o perigo do crescimento desse tipo de ideologia violenta e fascista, normalmente acompanhada de homofobia e racismo. Há oposição construtiva e inteligente no país, e ela não deve jamais se deixar confundir ou se aliar a esses grupos.

O governo, por sua vez, não deve também confundir a oposição responsável com esses grupos que sempre acabam do lado errado da história. Os recentes acontecimentos em Charleston, nos EUA, mostram o trágico resultado de dar energia e exposição para esse tipo de imbecil.

Confira o artigo original no Portal Metrópole: 

FHC foi o presidente que menos combateu a corrupção nos últimos vinte anos, diz pesquisa da Vox Populi


Entre os três últimos presidentes brasileiros das últimas duas décadas, Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, foi o que menos combateu a corrupção no Brasil. Ficou, assim, atrás da presidenta Dilma Rousseff e do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.

Pesquisa realizada pelo instituto de opinião Vox Populi coloca Lula como líder do ranking no quesito “presidente que mais combateu a corrupção”, com 31% das manifestações favoráveis. Dilma vem em segundo, com 29%.

Na lanterna, ficou FHC, com apenas 11% dos votos. O resultado corrobora a impressão geral de que, durante os mandatos do tucano (1995-2002), a corrupção foi colocada para debaixo do tapete, em boa medida por conta do então procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro.

Nomeado por FHC e por ele mantido no cargo por oito anos, Brindeiro ganhou o apelido de “engavetador-geral da República”, justamente, por não investigar nada contra os tucanos.

Para Coimbra, a mídia evita fazer pesquisas sobre a crise de corrupção na Petrobras. A única conhecida foi realizada pelo instituto Datafolha, no início deste mês, e mereceu do jornal “Folha de S. Paulo” leitura no mínimo “extravagante”, de acordo com o pesquisador. A manchete do jornal foi: “Brasileiro responsabiliza Dilma por caso Petrobras”. No mesmo levantamento, contudo, o dado mais importante era exatamente o ranking de luta contra a corrupção, no qual FHC aparecia por último, atrás de Dilma e Lula.

“Nenhum outro levantamento foi encomendado, como se aquele resolvesse a questão e o resultado bastasse; como se não fosse tão questionável que até a ombudsman do jornal criticaria a despropositada matemática usada pelos editores ao noticiá-la”, estranha Coimbra.

“Feitas as contas, 60% escolheram um governante do PT, enquanto FHC nem sequer atinge um quarto do eleitorado que votou no PSDB, em outubro”, avalia. Aécio Neves teve menos de 51 milhões de votos e a quarta parte disso significa pouco mais de 12,5 milhões de eleitores.

Em contrapartida, a pesquisa indica haver na população a crença de que o maior número de denúncias de corrupção nos governos petistas se deve à autonomia concedida pelos governantes às instâncias de fiscalização do Estado. Tal cenário permitiu que os esquemas fossem descobertos, os integrantes identificados e presos.

A pesquisa ouviu 2,5 mil pessoas entre os dias 5 e 8 de dezembro, em 178 municípios e procurou saber, também, o grau de conhecimento da população sobre o caso de corrupção na Petrobras, revelado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal. Os dados indicam que apenas 13% dos entrevistados não tinham ouvido falar das denúncias de irregularidades na empresa.

Ou seja, 86% da população as conhecia, sem variações significativas, segundo os níveis de escolaridade, na análise do Vox Populi. Dos que disseram ter ouvido falar no assunto, 69% acreditam que as irregularidades na Petrobras vêm de antes do PT chegar ao governo federal.



Por que o PSDB apoiou em peso a redução da maioridade penal na Câmara?

Nomes da fundação do partido, como FHC, afirmaram ser contra redução que nova geração do PSDB aprova


"Impressionante. Que país é esse aqui que, para reduzir a criminalidade, tem que reduzir a idade? Nós só queremos fazer adultos criminosos? Que bobagem é essa? Eu sou rigorosamente contra. Não vejo nenhuma razão que, para você resolver o problema da criança infratora, você tenha que diminuir a idade da pena, de 18 anos passa a ser 16 anos."

Essa foi a resposta do então governador do São Paulo Mário Covas, um dos fundadores do PSDB, ao ser questionado sobre a redução da maioridade penal no programa Roda Viva, da TV Cultura, em 1999. Um vídeo com declarações dele sobre o tema passou a circular nas redes sociais depois que a Câmara dos Deputados aprovou nesta semana, ainda em primeiro turno, a redução da idade mínima para que um jovem possa ser julgado como adulto de 18 para 16 anos, no caso de alguns crimes graves.

A bancada do PSDB na Câmara apoiou em peso a proposta e foi fundamental para a aprovação, que passou com margem de 15 votos – foram a favor da mudança 49 dos 52 tucanos presentes na sessão (são 53 no total). Entre os que votaram "sim", estava Bruno Covas, neto do ex-governador paulista.


Segundo ele, hoje os jovens de 16 e 17 anos têm condições de saber o que é "certo e errado" e responder por seus atos. "O mundo mudou. Quando o partido foi criado, em 1988, ainda existia muro de Berlim. O muro caiu, você tem a globalização, internet, as redes sociais, uma outra juventude, com mais acesso à informação", disse à BBC Brasil.

"Nesse momento, votamos ao lado de 90% da população. Em outros momentos, pensando no futuro do país, o partido apoiou medidas impopulares, mas necessárias", acrescentou.
Histórico

O resultado indica como o partido, nascido da vertente mais progressista do PMDB ao final da ditadura militar, pode ter caminhado nos últimos anos para o espectro mais à direita da política brasileira.

Figura mais importante da história do partido, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sempre se opôs à medida e voltou a criticá-la em abril deste ano em entrevista ao jornal O Globo.

Durante a administração dele, de 1995 a 2002, o governo federal se opôs à redução da maioridade penal. Ao comentar o assunto na Folha de S. Paulo, em dezembro de 2001, FHC afirmou: "Não podemos, por causa da violência, nos envolver pela insensatez e buscarmos bodes expiatórios. Esse seria o caminho mais fácil. Daria uma sensação de que a sociedade estaria sendo dura, quando, na verdade, seria um simples escapismo".

Na época, o Ministro da Justiça era o atual senador Aloysio Nunes, que hoje defende a redução da maioridade, embora em termos mais brandos do que o texto aprovado pela Câmara. A proposta dele é de que a idade penal seja reduzida para crimes graves, mas não seria automática – em cada caso, o promotor e o juiz avaliariam se o acusado deveria ou não ser julgado como adulto, a depender da sua periculosidade e do grau de consciência sobre seus atos.

Para José Gregori, que antecedeu Aloysio Nunes no Ministério da Justiça no governo FHC e foi também ministro dos Direitos Humanos, a posição da atual bancada do partido na Câmara foi "sem dúvida, um afastamento da posição histórica do PSDB". Na opinião dele, o papel dos políticos que fundaram o partido em 1988 foi importante para que a maioridade penal fosse fixada em 18 anos na Constituição Federal.


"É possível que, historicamente, essa fixação da idade tenha sido uma conquista nossa, muito mais da corrente do PSDB (quando ainda fazia parte do PMDB). Todos que são do PSDB, que defendem direitos humanos há muitos anos, defendem essa posição. Todos os Ministros da Justiça (do governo tucano) foram contra a redução da maioridade, o presidente Fernando Henrique sempre foi contra. Quando o Aloysio era ministro, ele era contra", afirmou.

Aloysio Nunes, porém, contesta essa visão, argumentando que nunca houve um posicionamento oficial, cristalizado no programa do partido. "Eu não me lembro disso, sinceramente. Não é uma posição histórica do PSDB. Essa é uma matéria controvertida. Tem gente que é a favor, tem gente que é contra", afirmou à BBC Brasil.

"Gregori pode ter a opinião dele. Naquela época, eu nem sei o que eu pensava a respeito. Era um assunto que não estava na ordem do dia, na agenda do Congresso. Não havia uma posição do governo sobre isso."

Por que mudou?

Com todo esse histórico, o que levou os deputados do PSDB a votarem em peso a favor da redução da maioridade?

Para o cientista político da USP José Álvaro Moisés, os tucanos entraram na discussão "sem maior cuidado, sem um debate mais crítico", com objetivo de impor uma derrota ao governo petista.

"Talvez com o objetivo de derrotar o governo, porque o governo Dilma e o PT são contra a redução, o PSDB se associou com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e com o PMDB e aprovou a redução da maioridade. Eu considero isso um equívoco total", disse.

Gregori, por sua vez, acredita que o partido se deixou influenciar pela opinião pública. Na avaliação dele, hoje há muito mais informação sobre crimes, devido ao avanço da democracia e da liberdade de expressão.

"Eu acho que ela (a bancada tucana) embarcou na questão da pressão social. Quer dizer, não estudou com profundidade a questão", afirmou o ex-ministro de FHC.

Leia mais: Menores ex-internos relatam experiências e opinam sobre redução da maioridade penal

A visão, no entanto, é rechaçada por membros da bancada. Deputado federal mais votado de Goiás, o delegado Waldir personifica o lado mais conservador do PSDB de hoje. Ele é um dos maiores entusiastas da redução da maioridade.

"É uma bancada (de deputados) diferente, é uma bancada conservadora. Mas as bancadas se renovam. A bancada da época do FHC era uma, essa bancada foi eleita com o Aécio Neves (na campanha de 2014, quando disputou a presidência com Dilma), que defendia a redução da maioridade penal", observa Waldir.

"O PSDB, ao longo da sua história, foi muito criticado por ficar em cima do muro, por não ter posições populares, com o povo. Com essa mudança agora, nós estamos ao lado do povo", acrescentou o deputado goiano.

Entre políticos, há uma leitura de que, hoje, o PSDB da Câmara está à direita do PSDB do Senado. Por esta razão, acredita-se que será mais difícil ver aprovada a redução da maioridade penal pelos senadores – para uma Proposta de Emenda à Constituição passar no Congresso, é preciso que ela seja aprovada, sem qualquer alteração de texto, por 60% da Câmara e do Senado, em duas votações em cada casa.

As lideranças mais antigas do PSDB, como o senador José Serra, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e o ex-presidente FHC vêm defendendo a reforma do Estatuto da Criança e do Adolescente, com objetivo de elevar o tempo máximo de internação dos jovens e ampliar a pena de adultos que cooptarem menores para o crime. A proposta ganhou apoio do governo Dilma Rousseff, como alternativa à redução da maioridade.

"Tenho informações de que no Senado não passa (a redução da maioridade)", afirma Betinho Gomes, um dos três deputados federais tucanos que votaram contra a proposta aprovada na Câmara.

"O debate com a bancada foi fraterno. Mas fui atacado de toda forma no Twitter e no Facebook por causa do meu voto. O elogio mais generoso que recebi foi de assassino", relatou.

Fonte: Msn, 04/07/2015

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Folha de São Paulo forja suspeitos e distorce fatos, segundo o Ministro Edinho Silva


O ministro da Secretaria de Comunicação Social Edinho Silva rebateu a manchete desta sexta (3), da Folha de S. Paulo, que afirma que o doleiro Alberto Youssef foi procurado por um emissário da campanha da presidente Dilma Rousseff no ano passado para trazer de volta ao Brasil cerca de R$ 20 milhões depositados no exterior.

Segundo Edinho, a manchete da Folha "é um equívoco, resultado de reportagem que interfere na verdade factual para forjar suspeitas e insinuações contra a campanha da reeleição".

"Exclusões e omissões de palavras e alterações dos fatos fazem parte de um método que consiste em construir uma denúncia sem vínculo sólido com a realidade. A Folha chancela especulações que nem mesmo o delator premiado se dispôs a confirmar. Ao ser interrogado sobre o suposto encontro, o doleiro disse que nunca tinha visto o seu interlocutor, não sabe direito quem o apresentou e nem sequer lembra exatamente o seu nome", afirma.

Fonte: Brasil247, 03/07/2015

O Brasil virou a casa da mãe Joana

Manda a mídia, manda o juiz Sergio Moro, manda o procurador Fernando Lima, manda a Policia Federal, manda o deputado Eduardo Cunha, manda o senador Renan Calheiros. Quem menos manda é a presidenta Dilma

Ribamar Fonseca,
articulista
O Brasil foi transformado na casa da mãe Joana, onde todo mundo manda. Manda a mídia, manda o juiz Sergio Moro, manda o procurador Fernando Lima, manda a Policia Federal, manda o deputado Eduardo Cunha, manda o senador Renan Calheiros. Quem menos manda é a presidenta Dilma Rousseff, o Supremo Tribunal Federal, o ministro José Eduardo Cardozo. Todo mundo faz o que bem entende, ameaça de morte quem não pensa como a oposição, agride ex-integrantes do governo em hospitais e restaurantes e insulta a presidenta da República nas redes sociais e até em adesivos colados em automóveis. E ninguém sofre qualquer punição. As arbitrariedades e a impunidade generalizada transformaram a democracia vigente no país em uma anarquia mascarada.

O procurador Fernando Lima, por exemplo, um dos principais integrantes da força-tarefa da Operação Lava-Jato, certamente sentindo-se fortalecido diante do silêncio e da inércia do STF e da autoridade maior do Ministério Público, chega a debochar publicamente da presidenta da República. Em resposta a uma crítica da presidenta Dilma Rousseff, sobre as delações premiadas, disse à "Folha de S.Paulo" que "como não há [entre delatados da Lava Jato] nem Jesus Cristo nem Tiradentes, não há entre os delatores nem Judas nem Silvério. Porque não vivemos nem na Roma imperial nem nos tempos de Maria Louca (??). Vivemos na democracia".

Ele esqueceu de dizer que se vivemos hoje numa democracia devemos, entre outras pessoas, à própria Dilma, que lutou contra a ditadura, chegando inclusive a ser presa. E ele? Qual a sua contribuição à democracia? Na verdade, se houvesse mesmo democracia em nosso país o procurador Fernando Lima não teria a ousadia de debochar da chefe da Nação, pois as instituições estariam funcionando perfeitamente, sem medo da mídia, e ele, como funcionário público, seria punido pelos seus superiores. Como, no entanto, vivemos mesmo numa anarquia, ninguém mais respeita ninguém. A própria Presidenta não reage aos insultos de que tem sido vítima.

Como uma das consequências da apatia do governo e do Supremo Tribunal Federal, aparentemente amedrontados diante das pressões diárias da grande mídia, o juiz Sergio Moro se transformou no homem mais poderoso do país, promovendo um festival de prisões e estimulando a delação premiada para obter resultados políticos. Todo o mundo jurídico critica os seus métodos arbitrários, até o ministro Marco Aurélio Melo, do STF, mas como até hoje não houve uma posição formal do Supremo ele continua fazendo o que bem entende, acolitado entre outros pelo procurador Fernando Lima, ignorando solenemente todos os que discordam dele. E não está preocupado porque tem a mídia, que até já o premiou, do seu lado.

Enquanto isso o senador Aécio Neves, ainda inconformado com a sua derrota nas eleições presidenciais do ano passado, continua buscando algo para perturbar a presidenta Dilma Rousseff. Até hoje ninguém tomou conhecimento de qualquer projeto da sua autoria destinado a melhorar alguma coisa no Brasil. Na verdade, ele não faz outra coisa a não ser agredir o governo e procurar motivos para derrubar a Presidenta. Certamente por isso está perdendo espaço para o governador Geraldo Alkmin, de São Paulo, que se mostra mais maduro e muito mais equilibrado para concorrer à Presidência da República em 2018. Aliás, na propaganda partidária na TV Alckmin fez questão de separar o PSDB de São Paulo do PSDB de Aécio.

Por sua vez o deputado Eduardo Cunha, hoje o segundo homem mais poderoso do país depois do juiz Moro, deita e rola na Câmara dos Deputados, atropelando tudo para fazer valer a sua vontade. E conseguiu aprovar a redução da maioridade penal no mesmo dia em que a proposta foi rejeitada, contando para isso com os votos até de parlamentares da base aliada. Cunha, pelo visto, tem a Câmara nas mãos, pois também faz o que bem entende diante da submissão da maioria dos parlamentares. Sua diferença para o juiz Moro é que ele é chefe de um poder e não tem ninguém acima dele, a não ser o plenário da Casa que, no entanto, vem homologando todas as suas decisões. Talvez por isso ele também defenda o Parlamentarismo.

O fato é que alguém precisa fazer alguma coisa para mudar essa situação de insegurança em que o país está vivendo. Além das prisões indiscriminadas, ao sabor dos humores do juiz Moro, o ódio disseminado pela grande mídia e redes sociais ameaça fazer uma vítima a qualquer momento, pois as agressões verbais a ex-integrantes do governo e a quem não reza pela cartilha da Direita estão se intensificando sem nenhuma medida punitiva. Se nada for feito um dos muitos desequilibrados que pululam por aí, especialmente nos locais frequentados pela elite paulista, poderá cometer um desatino de consequências trágicas. Afinal, depois que um imbecil pregou a morte de Jô Soares, só porque entrevistou a presidenta Dilma Rousseff, tudo é possível.

Fonte: Brasil247, 02/07/2015

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Supremo determina pagamento dos dias parados dos professores de São Paulo


Professores da rede estadual de SP grevaram durante 89 dias 

Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou nesta quinta-feira, 02, o pedido da Apeoesp, sindicato dos professores da rede estadual de São Paulo, e determinou que o governo do Estado terá que pagar os dias descontados dos docentes em greve. O ministro Ricardo Lewandowski deferiu o pedido de liminar da entidade, mas ainda cabe recurso.

A greve mais longa da história, com 89 dias parados, terminou no último dia 12 de junho, após os professores terem quase um mês e meio de dias descontado dos salários. A categoria entrou em greve no dia 16 de março e reivindicava reajuste de 75% no salário.

O governo do Estado ainda não apresentou uma proposta de reajuste salarial para este ano. A promessa era de que a discussão seria feita em julho.

De acordo com a decisão do ministro, a constituição trabalhista assegura o pagamento dos salários pela administração pública, especialmente, em situações em que o serviço poderá ser prestado futuramente. No caso dos professores, por meio da reposição das aulas.
Fonte: Uol, 02/07/2015

Com “pedalada regimental”, onda conservadora vence


Jornalista Tereza Cruvinel, colunista do 247, relata a noite de ontem, em que foi aprovada a redução da maioridade penal depois da "pedalada regimental" do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), como uma sessão "marcada pelo confronto, a tensão, as agressões verbais e a guerrilha regimental", como há tempos não acontecia.

"Desde a manhã, o ódio se instalou no plenário, com os derrotados da véspera desferindo pesadas acusações contra os que haviam frustrado a aprovação da emenda original, que deixou de ser aprovada pela falta de cinco votos" na madrugada de quarta; ontem, porém, Cunha articulou uma emenda aglutinativa para votar e medida novamente, como fez com o financiamento privado.

O deputado alongou a sessão o quanto quis, reuniu seus aliados, "manteve o rolo compressor ligado, impassível", descreve Tereza; "A onda conservadora venceu", conclui.

Mercadante elogia desenvoltura de Temer e aposta no ajuste


Ministro-chefe da Casa Civil sai em defesa do vice-presidente no papel de articulador político, depois de crítica feita mais cedo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de que Michel Temer estaria sendo "sabotado"

"A presença do vice-presidente da República, Michel Temer, na articulação política do governo representa não apenas um gesto de desprendimento e sacrifício pessoal, como vem trazendo grandes resultados na relação com o Congresso Nacional", disse em nota; Mercadante lembrou também que "as principais medidas do ajuste fiscal já foram aprovadas" e que haverá negociação sobre o reajuste aprovado para o Judiciário, para o qual "não há espaço" no momento.

"A larga experiência do vice-presidente só tem contribuído para a boa gestão das finanças públicas e para superar episódios com diálogo e busca de entendimento", conclui o ministro.