domingo, 1 de março de 2015

Um país conflagrado

Caldeirão social fervilha em meio a brigas de militantes nas ruas, paralisações de rodovias por caminhoneiros, greves de professores e metalúrgicos e uma população cada vez mais revoltada com o aumento do desemprego e do custo de vida. Aonde vamos parar?


AMBIENTE INFLAMÁVEL

Na tarde da terça-feira 24, militantes se digladiaram em frente à ABI, durante ato em defesa da Petrobras. Do lado de dentro da associação, Lula conclamou a militância à luta. Nessa atmosfera conturbada, caminhoneiros paralisaram as principais rodovias do País e sindicalistas vestidos de leões protestaram contra a deterioração dos salários.

A confusão da ABI simboliza o ambiente conturbado e perigoso vivido pelo Brasil, dois meses depois de iniciado o segundo mandato da presidente Dilma. O caldeirão social fervilha em meio a paralisações de rodovias por caminhoneiros, greves de professores e metalúrgicos em Estados importantes do País e uma população cada vez mais insatisfeita com o aumento do desemprego e do custo de vida.  “Estamos vivendo um acirramento do debate político, o processo eleitoral parece continuar e existe um preocupante estado de animosidade”, alerta Marco Antonio Teixeira, professor da FGV, doutor em ciências sociais.

Embalados pelo desgaste crescente do governo, diversos segmentos se mobilizam. Pelas redes sociais, convoca-se para o dia 15 de março uma grande manifestação em todo o País pelo impeachment da presidente Dilma. Se depender da vontade dos mais empolgados, um milhão de pessoas sairão às ruas. Essa empreitada une no mesmo pacote os núcleos mais radicalizados da oposição, antipetistas – com ou sem filiação partidária – insatisfeitos de modo geral com os rumos do Brasil e setores ligados a militares da reserva defensores da ditadura – esses últimos, tradicionais adversários de agremiações de esquerda, como o PT, e da democracia.

GREVES ESTADUAIS
No Paraná e no Distrito Federal, professores protestam contra os baixos salários. A paralisação adiou o início do ano letivo, que até a sexta-feira 27 não havia começado


O País saiu dividido das urnas. O clima de ebulição social, no entanto, ficou mais escancarado nas últimas semanas, quando vários focos de insatisfação engrossaram os protestos contra os governantes. Metalúrgicos da região do ABC fizeram uma greve de seis dias contra ameaças de demissão nas montadoras, uma das consequências do desarranjo da economia nacional. Professores da rede pública do Paraná, Estado governado pelo tucano Beto Richa, e do Distrito Federal, sob a administração de Rodrigo Rollemberg, do PSB, organizaram paralisações contra salários atrasados e más condições de ensino. Nas duas unidades da federação, até a sexta-feira 27 o ano letivo ainda não havia começado.
As principais rodovias do País foram bloqueadas por caminhoneiros que reclamaram dos preços do óleo diesel e apresentaram uma pauta de reivindicações que inclui aumento no valor dos fretes, refinanciamento das dívidas e sanção da Lei dos Caminhoneiros, aprovada no dia 11 de fevereiro pela Câmara. 

Os protestos dos caminhoneiros bagunçou a rotina de cidadãos de todas as classes sociais e, em algumas regiões, atrapalhou o abastecimento, principalmente, de alimentos e combustíveis. No interior do Paraná e de Santa Catarina, supermercados ficaram fechados por falta de mantimentos e na sexta-feira 27 havia aeroportos sem operar por falta de combustível.

O Palácio do Planalto reuniu com os representantes dos caminhoneiros, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, afirmou que o governo se compromete a não aumentar o preço do diesel por seis meses e a conceder carência de um ano para os financiamentos. Se confirmada, a maior conquista do setor será o estabelecimento de uma planilha de preços para o frete. O acerto só terão validade com o fim dos protestos nas estradas.

No Paraná, do governador Beto Richa, população faz enterro simbólico da Educação

Com tantas más notícias, o Brasil virou tema de destaque da revista inglesa “The Economist”. A mais recente edição do semanário mostra uma passista de escola de samba atolada em uma gosma verde debaixo do título “O atoleiro do Brasil”. Essa é uma percepção do País muito diferente da de uma capa da revista em setembro de 2009, auge da reação da economia brasileira à crise internacional. Na ocasião, a manchete foi “O Brasil decola”. Como se vê, muita coisa mudou nos últimos cinco anos. Para muito pior.

Fonte: Isto É, 01/03/15

CPI com cheiro de pizza

Parlamentares que receberam doações de empreiteiras envolvidas na Lava Jato são indicados para o comando da CPI do Petrolão e comprometem as investigações antes mesmo de elas começarem 

A Comissão Parlamentar de Inquérito encarregada de investigar as denúncias de corrupção na Petrobras foi instalada na tarde de quinta-feira 26 na Câmara sob o signo da suspeição. Mais da metade dos 27 deputados que compõem a CPI se elegeram em 2014 graças a doações feitas pelas empreiteiras acusadas de integrar o esquema de desvios de recursos na estatal. O dinheiro de sete empresas investigadas por prática de cartel e pagamento de propina foi para o caixa de campanha de 14 deputados. O montante envolvido é de pelo menos R$ 3,3 milhões. 

Entre os parlamentares beneficiados pelas empreiteiras que deverão ser investigadas pela CPI estão o próprio presidente da comissão, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), e o relator, Luiz Sérgio (PT-RJ). Motta recebeu R$ 255 mil da Andrade Gutierrez e R$ 200 mil da Odebrecht na campanha de 2014 e Luiz Sérgio foi contemplado com quase R$ 1 milhão em recursos – R$ 50 mil da Toyo Setal, R$ 200 mil da UTC Engenharia, R$ 332,5 mil da Queiroz Galvão e R$ 380 mil da OAS.

A CPI, considerada uma das trincheiras de batalha de oposição no Congresso, começa a exalar um forte cheiro de pizza. As investigações da Câmara já nascem contaminadas. Afinal, sempre irá pairar a dúvida sobre de que lado os parlamentares ficarão. Se no lado onde se encontram os financiadores de campanhas ou naquele em que estão seus eleitores. 

Trata-se de um péssimo sinal emitido pelos congressistas às vésperas da divulgação da temida lista de políticos envolvidos no Petrolão pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. No final da última semana, a expectativa era de que a lista tivesse pelo menos 40 nomes, podendo chegar a 80, o que criará de imediato no Congresso uma espécie de “bancada dos zumbis” composta por parlamentares denunciados que vagarão pelo Parlamento até terem seu futuro definido pelo Conselho de Ética. A questão é: se na CPI o clima já é de camaradagem, como se comportarão os deputados quando tiverem de julgar os próprios colegas? – e ao que tudo indica, não serão poucos.

O cronograma de trabalhos da CPI será apresentado na próxima semana. Apesar de a escolha do presidente e do relator ter sido costurada pelos partidos, espera-se que as legendas adotem estratégias diferentes ao apresentar pedidos de convocação. O PT pretende chamar representantes das empreiteiras para depor, apostando que as empresas vão aliviar as responsabilidades do governo. Em contrapartida, o deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA) afirmou que o partido vai sugerir a criação de sub-relatorias para tratar dos amplos temas que envolvem o esquema de corrupção na Petrobras. A medida pretende tirar parte do poder de Luiz Sérgio como relator da comissão.

Vereadores visitam frigorífico Friara

Vereadores visitaram as dependências do Frigorífico Friara
Na manhã de hoje, os vereadores João Paulo, Isaac Dias, Iamax Prado, Dadinho Caminhoneiro, Orismar Pereira Gomes e Wescley Aguiar estiveram visitando as dependências do Frigorifico FRIARA, localizado na Rodovia Transamazônica, margem direita, altura do Km 20, trecho Itaituba-Jacareacanga. Foram recebidos pelo proprietário João Altevi do Prado, que mostrou todas as dependências do frigorifico.

Em entrevista ao Blog do Peninha, João Altevi disse as despesas com a instalação de seu frigorifico, quando estiver pronto, vão ficar em torno de R$ 10 milhões de reais. Disse também que não está abrindo seu frigorifico para fechar o outro, pois há clientela que permita o funcionando dos dois frigoríficos e isso só vai melhorar o atendimento da população, ressaltou o empresário.

Equipamentos necessários ao bom funcionamento do frigorífico já estão instalados
O empresário disse que hoje tem condições de cada um dos frigoríficos abaterem 50 cabeças de boi. A diferença do nosso frigorifico para o outro, é que nós vamos entregar tudo do boi para o dono que pelo abate vai pagar apenas R$ 50,00 por cabeça.

Hoje a carne está mais cara porque no abate, o frigorifico fica com parte do boi, ai se o boi tem 200 quilos, o dono do boi recebe menos do peso, por conta de que parte do boi é fica ali, partes como o bucho, fígado, coração e etc.

Este fato determinou o fechamento de cerca de 15 açougues na cidade, devido o preço da carne entregue pelo marchante. Isto fez aumentar o preço da carne na cidade e hoje o que estamos vendo é a população comendo mais galeto, peixe do que carne bovina. Para se ter uma ideia, o outro frigorifico está abatendo em torno de 35 cabeças de boi por dia, num município como Itaituba, que outrora abatia mais de 100 cabeças, lembrou Altevi do Prado.

A partir do funcionamento do nosso frigorifico, espero que o preço da carne baixe, ou pelo menos não aumente como vem acontecendo, revelou Altevi.

João Altevi, fala aos edis sobre sua expectativa de funcionamento da empresa
O funcionamento do Frigorifico Friara está dependendo agora da Secretaria Municipal de Agricultura do Município, que precisa dar o aval. A estrutura parece ter respeitado as normas exigidas pelos órgãos. Com este novo empreendimento, quem vai ganhar é Itaituba, porque, além de comer uma carne saudável, o frigorifico vai gerar em torno de 55 empregos diretos.

Fonte: Blog do Peninha, 01/03/15

O caso HSBC é só a ponta do iceberg’

“A Suíça é o principal local de lavagem de dinheiro do nosso planeta, o local de reciclagem dos lucros da morte.” O alerta bem que poderia ter sido feito pelas fontes que revelaram os segredos das 100 mil contas do banco HSBC na Suíça, o que criou um terremoto mundial. Mas, na verdade, a frase já foi dita há 25 anos na primeira página de um livro que já revelava tudo o que se vê agora.

Em A Suíça Lava Mais Branco, o suíço Jean Ziegler escancarava um cenário muito diferente da imagem que o país tentava transmitir ao mundo. Hoje, diante das provas do que ele mesmo já dizia, seu sentimento é de que o “tempo lhe garantiu justiça”. Mas, ele mesmo avisa: o HSBC é apenas a ponta do iceberg de um sistema inteiro de fraude. Provocador, Ziegler questiona como um país sem recursos naturais como a Suíça se transformou em um dos mais ricos do mundo. “Aqui, a matéria-prima se chama dinheiro estrangeiro”, disse. 

Em 1990, quando o livro saiu, Ziegler era membro do Parlamento Suíço. Em menos de um ano, seu livro foi alvo de nove processos legais e até hoje ele paga a multa de US$ 6 milhões que recebeu. Ziegler, hoje com 80 anos, O escritor foi acusado como “traidor” pelos demais políticos, sua imunidade parlamentar foi retirada, perdeu sua casa, foi atacado pela imprensa e diz ter sido até ameaçado de morte. A poderosa Associação dos Bancos Suíços rejeitou as acusações na época e garantiu que o sigilo bancário “não protegia criminosos”. A seguir, os principais trechos da entrevista: 

Um quarto de século depois que o sr. denunciou como os bancos suíços operavam, o HSBC está hoje no centro das atenções mundiais. Isso o surpreende?

Não. A história que estamos escutando é, no fundo, a normalidade helvética mais banal. Essa é apenas a normalidade banal e cotidiana da Suíça e a ponta do iceberg. E o pior é que vai continuar. 

Como assim?

Existe uma corrupção institucional na Suíça. Na maioria dos países, o órgão que regula os bancos é uma entidade estatal. Na Suíça, trata-se de uma empresa semi-privada e que é paga pelos bancos. Uma agência que regula bancos bancada pelos bancos. Há ainda um segundo aspecto. A lista de pessoas com contas no HSBC já era de conhecimento das autoridades suíças desde 2012, quando a relação de contas circulou entre os governos. Berna sabia que o dinheiro vinha das drogas colombianas, da máfia, do terrorismo e da lavagem de dinheiro. Mas até hoje nenhum processo foi aberto. 

Como um país que se apresenta como uma democracia perfeita vive uma situação dessas com seus bancos?

Já em 1990 eu citei uma frase de Jean-Jacques Rousseau no meu livro: os ricos andam com a lei sempre dentro de seus bolsos. Mas a realidade é que existe uma explicação mais complexa. A Suíça é uma democracia onde não existe a ideia da incompatibilidade de funções no Parlamento. Ou seja, um deputado não ganha um salário para ser deputado. Apenas uma ajuda de custo e precisa manter seu emprego. E quem são os deputados suíços? Pequenos comerciantes, agricultores, profissionais liberais e até donas de casa. De repente, essas pessoas passaram a ser convidadas a fazer parte do conselho de empresas. Isso fez com que o Parlamento fosse colonizado por multinacionais e bancos. No Parlamento, quem sempre tem maioria são os bancos. 

E como isso dificulta qualquer tipo de ação de regulação?

No caso dos bancos, isso significa que as reformas do sistema financeiro praticamente não existem como iniciativas internas da Suíça. Dou um exemplo. Na crise financeira, o governo resgatou o UBS com US$ 61 bilhões. Agora, a ideia era de que o banco fosse reformado. Mas nada disso ocorreu. No Parlamento, foi impossível aprovar qualquer coisa que não seja antes aprovada pelos bancos. 

De onde vem esse poder dos bancos na Suíça?

A raiz disso é ainda o papel que tivemos na Segunda Guerra e a cumplicidade com o regime de Hitler. Desde então, temos as maiores fortunas do mundo. Hoje, 27% da riqueza global está na Suíça. Mas como é que podemos estar entre os dez maiores PIBs do mundo em termos per capita e viver num país sem recursos naturais? Aqui, a matéria-prima se chama dinheiro estrangeiro, que vem de fraudadores internacionais, dinheiro do crime ou dinheiro do sangue, que é como eu chamo o dinheiro das ditaduras. 

Mas os bancos tiveram de mudar recentemente, com novos controles.

O único golpe, ironicamente, veio dos EUA, que os ameaçou. Os bancos foram alertados que ou pagavam multas e mudavam suas práticas ou simplesmente Wall Street se fecharia a eles, o que significaria sua falência.

Diante da pressão americana, o segredo bancário vai sobreviver?

Essa é talvez a maior mentira de todas, a de que o segredo bancário está acabando. A Suíça foi obrigada a assinar um acordo internacional pelo qual está de acordo em trocar informações sobre correntistas a partir de 2018. Mas partidos já iniciaram uma campanha para realizar um referendo contra o acordo e não há qualquer garantia de que essa troca de informação vá ocorrer. Pior que isso, mesmo que a troca de informações ocorra, não será nada fácil saber quem está por trás de uma offshore com contas em Genebra e sede no Panamá. 

Como se sentem as autoridades suíças hoje, diante da pressão mundial?

Os suíços estão sofrendo muito. Para os calvinistas, ser criticado em público é um grande trauma. A reputação é tudo e se cultivou por décadas que eles faziam tudo sempre bem. De repente, agora se sabe que não e, por isso, eles sofrem psicologicamente. 

Qual foi a reação local quando o seu livro saiu?

Bom, fui alvo de nove processos e de uma campanha da imprensa contra a minha pessoa. Pela primeira vez desde 1939, o Parlamento retirou a imunidade de um deputado. 

O sr. foi ameaçado?

Sim. Mas não saberia dizer por quem. Meu filho era pequeno e tínhamos de caminhar com escolta até a escola. Meu carro foi sabotado na estrada entre Lyon e Genebra. Sofri outros dois ataques. Perdi uma casa e, até hoje, a conta que recebe o dinheiro da renda do livro está bloqueada.

Um brinde a sociedade corrupta que reclama da corrupção

Quando a população se sente uma vítima inocente da corrupção e descaso egoísta, e ignora sua colaboração direta para a proliferação dos mesmos. Ninguém é inocente. E os políticos são um reflexo da sociedade que eles representam.

O assunto político tem tomado grandes proporções ultimamente. As mídias sociais estão repletas de revoltas contra os políticos em geral e afirmações extremas sobre os mesmos, o ódio contra a corrupção que afeta a população é mais do que aceitável, é necessário. 

As páginas no facebook pedindo impeachment (mesmo que escrito errado) da presidente e esbravejando contra a corrupção dos poderosos ganham milhares e milhares de seguidores todos os dias e defensores mais que calorosos. 

Pessoas que votaram em um candidato se sentem superiores e adoram gritar aos quatro ventos que não colaboraram com o caos regrado à corrupção que temos vivido atualmente. Será?

Quando nos perguntamos o porquê de ser praticamente impossível encontrar um candidato com a ficha limpa bem posicionado no Brasil, dificilmente obtemos respostas. O problema em geral está na população. É isso aí, somos nós mesmos, que não apenas tememos o desconhecido como colaboramos diretamente para a corrupção geral.

Sabe aquele dinheiro que você, mesmo vendo o rapaz derrubar, botou no bolso correndo antes que ele percebesse que caiu? Aquele dinheiro que, ao dar o troco, o atendente do supermercado te passou sobrando e você manteve silêncio e se sentiu satisfeito, sortudo? Àquele produto que você comprou baratinho mesmo desconfiando que era roubado, àquela prestação que você espera “caducar” no sistema de proteção de crédito e não pretende pagar nunca? E aquele dia que você fingiu estar dormindo no banco colorido do ônibus para não precisar ceder o lugar para a gestante ou o idoso que entrou? Você entrou pelas portas traseiras do ônibus se sentindo o maioral e ainda é cheio de desculpas? 

Pois é. Sabia que os políticos corruptos também inventam um monte de desculpas para justificar seus atos? Você é tão corrupto e egoísta quanto os odiosos políticos que você acusa com tanto ardor.


Você sai por ai, esbravejando contra todos e se sentindo vítima da corrupção que você mesmo alimenta, mas está sempre tentando levar vantagem em tudo. 

A diferença entre você e os nossos políticos é que você tem menos poder. Do contrário, seria mais um se divertindo com o dinheiro público. Se você aproveita todas as oportunidades, mesmo que incorretas, para se dar bem nas situações, comece a pensar em suas atitudes antes de sair acusando por aí. 

Vamos aprimorar nosso próprio caráter para garantir melhores pessoas no poder futuramente, a começar por nós mesmos?

sábado, 28 de fevereiro de 2015

O Juiz e a Cidadania, o livro


- Tu é o Juiz?
Sim, respondi.
- Parece não, retrucou a criança.
Este breve diálogo aconteceu entre o autor desta obra e a filha de uma servidora do poder judiciário durante a confraternização de final de ano.

O que busca o autor com este pequeno texto é discutir exatamente isto, ou seja, que Juiz não é Deus e que seu papel fundamental é garantir direitos, em busca da construção de uma sociedade livre, justa e solidária, fundada nos princípios da cidadania e dignidade da pessoa humana, assim estabelecido na CF de 1988.

Neste sentido, impõe a Constituição que cabe ao juiz desenvolver um sentimento profundo de alteridade e sentir-se no lugar de todos que lhe procuram com fome e sede de justiça. Encarnar-se e sentir-se na pele do mendigo que bate à sua porta pedindo água ou pão; da mãe do jovem preso acusado de ser traficante de drogas; da mãe aflita pelos alimentos devidos pelo pai de seu filho; do sem-teto ou sem-terra em vias de ser despejado; do jovem sonhador, protestando nas ruas por um mundo melhor; do consumidor lesado e extorquido pelos juros exorbitantes cobrados pelo sistema financeiro em contratos de adesão; do dependente químico em busca de apoio e um ombro amigo, dignidade e cidadania; dos doentes mentais que querem ser sujeitos de direitos e que os normais compreendam sua loucura...

Afinal, decidir rima com garantir os direitos conquistados na luta histórica da humanidade pela liberdade, pão, terra e direito de ser feliz.


Boa leitura!

Fonte: Blog do Gerivaldo Neiva, 27/02/15

Aécio, Serra, Dias e Nunes não assinam pedido de CPI do HSBC

Os tucanos estão com medo?


Revista Portal Forum, 27/02/15



Nenhum parlamentar do PSDB assinou o pedido de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks-HSBC no Senado Federal. O requerimento foi protocolado e anunciado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL) na quinta-feira (26).

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB) decidiu, ainda na quinta, acatar o pedido de instalação da CPI. De acordo com a assessoria do gabinete do senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, o requerimento tem apoio da bancada de 14 parlamentares petistas na Casa.

“Esta Comissão Parlamentar de Inquérito será extremamente importante para elucidar fatos que, até agora, têm sido colocados em segundo plano no Brasil, até mesmo pela mídia”, disse Humberto Costa.

“Nós podemos dar uma grande contribuição, esclarecendo a dimensão efetiva que esse esquema de sonegação tem no Brasil”, completou o líder.

Ao apresentar o requerimento no plenário, Randolfe afirmou ter conseguido, até aquele momento, apoio de 31 senadores para a criação da CPI.

O caso do HSBC, também conhecido como “Suiçalão”, veio à tona após jornalistas localizarem contas secretas mantidas por sonegadores com movimentação superior a US$100 bilhões. Mais de 6 mil contas atendem a 8,6 mil clientes brasileiros, com movimentação superior a US$7 bilhões. Dentre elas, 11 têm como titulares pessoas envolvidas na Operação Lava Jato.

A comissão investigará suspeitas de sonegação e evasão fiscal por meio de contas de brasileiros na filial do HSBC em Genebra, na Suíça. Para instaurar a comissão, seria necessário, no mínimo, 27 assinaturas.

Com a decisão de Renan, os senadores deverão incluir ou retirar as assinaturas de apoio à CPI até a meia-noite desta sexta-feira (27). Se o mínimo de assinaturas for mantido, o requerimento será lido em plenário. Depois, os partidos poderão ser convidados a indicar os membros para a comissão e instaurar a CPI.

SINTEPP decidiu grevar e a educação municipal deve parar na quinta-feira

Com um comportamento frio, distante e desrespeitoso, até parece que a prefeita queria que a categoria da educação decidisse grevar
Professores votando a favor da greve na tarde de sexta-feira, no SINTEPP
Em nova Assembleia geral ocorrida na tarde desta sexta feira dia 27, O Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Pará, subsede Itaituba (SINTEPP) decidiu deflagrar greve na rede municipal de ensino.

A decisão saiu após a Coordenação da entidade de classe fazer um amplo relato sobre a ultima tentativa de negociação, ocorrida na manhã de quinta-feira, 26/02, entre a categoria e a prefeita Eliene Nunes que pela terceira vez, novamente, não apresentou nenhuma proposta aos professores. 

Na reunião de Assembléia Geral, Suely Souza explicou que a prefeita havia proposto que o Sintepp fizesse antes análise e avaliação do aspecto financeiro da Prefeitura de Itaituba, repasses do Fundeb e arrecadação própria para continuar o diálogo que possibilite a concessão de aumento a categoria, que em sua pauta de negociação pede 25% de reajuste salarial além e outras melhorias no setor educacional.

Negociação com a prefeita não deu em nada 
Antes da votação pela Assembleia que optaria em abrir nova rodada de negociações  ou entrar em greve, vários professores se inscreveram e falaram durante três minutos, apresentando suas propostas e opiniões sobre o tema. 

O professor Rosivaldo Fernandes foi contundente e propôs greve por entender que o governo está empurrando com a barriga para enfraquecer a luta do Sintepp. Ana Cativo, mais branda propôs uma nova rodada de negociações com avaliação das contas do município a ser feita pelo Sintepp. 

Protesto bem humorado caricaturizando Eliene Nunes

Ao final do encontro a maioria decidiu por deflagrar greve por entender que a administração municipal está apenas enrolando a categoria. Como a lei exige que o Sindicato faça comunicações e respeite o prazo de 72 horas para iniciação a paralisação, somente na quinta-feira é que começa efetivamente o movimento paredista nas escolas.

Auditório fo SINTEPP lotado no momento da decisão em favor da greve
Para se respaldar suas ações a Coordenação do Sintepp enviará a justiça local um documento pedindo uma audiência com as presenças de membros do Ministério Público, Juiz e Prefeita do Município. 

Os educadores não estão economizando adjetivos e afirmam que a gestão do Município de Itaituba é desorganizada, sem planejamento, fraca e sem rumo já que não tem conhecimento do que arrecada e gasta.

Fonte: Blog Tribuna Tapajônica, 27/02/15

Deus é perfeito!



quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

SINTEPP suspendeu greve e aguarda proposta da prefeitura de Itaituba

Na tarde de ontem, foi realizada uma Assembléia Geral na sede do SINTEPP para decidir sobre a grave dos professores, que foi considerada abusiva pela Justiça de Itaituba

Diante da greve iniciada pelo pessoal da rede municipal de educação, a Procuradoria do Município de Itaituba pediu à Justiça a sua ilegalidade. A decisão do Juiz Clayton Passos, favorável à Prefeitura, foi dada no ultimo domingo. O magistrado considerou a greve abusiva e mandou que os professores voltassem à sala de aula no prazo de 24 horas. Caso houvesse desobediência, o sindicato da categoria seria multado diariamente em dez mil reais.

Dois motivos levaram a categoria suspender a greve, a sentença do citado juiz considerando a greve abusiva e o convite da prefeita, para que uma comissão de negociação do SINTEPP esteja, nesta quinta-feira as 10h, em seu gabinete. Como o ofício é lacônico é preciso esperar a reunião para se ter conhecimento do fato.

Nova assembléia geral está marcada para as 16h de sexta-feira, momento em que o pessoal da Educação tomará conhecimento dos assuntos tratados com a gestora. Com isso, a categoria suspendeu a greve. 

Quem também esteve presente na assembléia foi o vereador Isaac Dias que chegou de bermuda ao local e foi bastante vaiado pelos presentes. Houve momentos tensos com discussões acaloradas, mas os ânimos se acalmaram. 

A categoria diz que o ex-coordenador do sindicato esta contra a categoria e defendendo a prefeita. Em entrevista a este repórter o vereador disse que o sindicato esta sendo usado politicamente.

Ocorreram discussões acaloradas

A não apresentação de proposta de reajuste salarial para a educação está incomodando

Fonte: Junior Ribeiro



Ezequiel Castanha: quem é e como agia o maior grileiro da BR-163

Em sua cidade, a paraense Novo Progresso, diz-se que Ezequiel Antônio Castanha mandava mais do que o prefeito. Empresário da região incrustada na Amazônia, ele era dono de supermercado, concessionária de automóveis, hotel e empresas de outros ramos. E, apesar de despertar suspeitas, o silêncio sobre seus negócios ilícitos imperava entre moradores.

Castanha, considerado o maior desmatador da Amazônia, foi preso no sábado (21/02) após uma operação da Polícia Federal e do Ibama na cidade de Itaituba, onde estava a negócios. A prisão do grileiro desarticulou a maior organização criminosa da região, que chegou a vender lotes de terra ilegalmente por até 20 milhões de reais.

“Nessa região, alguns cidadãos como ele, que possuem várias empresas, não são pessoas acima de qualquer suspeita”, diz Everaldo Eguchi, chefe da delegacia de repreensão a crimes contra o meio ambiente da Polícia Federal, em Belém. “Mesmo assim, os moradores não comentavam nada. Praticamente ele era o dono da cidade.”
Castanha sendo levado à prisão. Foto: Juliano Simionato

Ele e suas empresas – muitas delas de fachada, segundo a polícia – são as principais fontes de emprego da região. Economicamente, Castanha dominava Novo Progresso, cidade de cerca de 25 mil habitantes. Por isso, parte da população preferia não denunciá-lo.

“A lei do silêncio imperava. Ele não era acima de qualquer suspeita. Quando ocorre esse tipo de crime, todos da região sabem quem está por trás. É um crime lucrativo que tem um retorno rápido para a pessoa. Ele investia em fazendas esse dinheiro obtido de forma irregular”, afirmou uma fonte do Ibama.

Empregados em condições de escravidão

Castanha e sua quadrilha são considerados responsáveis por cerca de 20% de todo o desmatamento registrado às margens da BR-163 (rodovia que liga Santarém a Cuiabá), entre os municípios paraenses de Novo Progresso, Itaituba e Altamira. A região é onde o Ibama vem detectando os maiores focos de desmatamento ilegal na Amazônia. O prejuízo ambiental seria de pelo menos 540 milhões de reais.

Só no ano passado, a quadrilha teria invadido florestas, reservas indígenas, assentamentos e desmatado uma área equivalente a 15 mil campos de futebol. Pelo fato de os grileiros estarem na região há mais de dez anos, é possível que a área devastada seja muito maior. O grupo, segundo as investigações, invadia terras públicas, desmatava e incendiava as áreas para formação de pastos, e depois vendia as terras como fazenda.

Na região, a falta de organização e fiscalização dos órgãos públicos facilita a vida de quadrilhas como a de Castanha. Na Amazônia, a maioria das terras não tem registro em órgão público, e não há procedimento para legalização de um terreno.

Pelo menos 15,5 mil hectares teriam sido desmatados pela quadrilha. Todas as áreas invadidas ficarão bloqueadas e não serão objeto de regularização fundiária. O esquema desmontado pela Polícia Federal envolvia intermediários, que faziam a negociação das terras invadidas junto a pecuaristas da região amazônica, além de Sul e Sudeste do país.

“Pelo menos desde 2006, ele tinha essa conduta. Ele aliciava trabalhadores com condições análogas à escravidão e os colocava acampados nas áreas escolhidas. O objetivo era ‘abrir’ a floresta o mais rápido possível”, afirma Daniel Azeredo, procurador da República, em entrevista à DW. “Dois ou três anos depois, com a área já pronta, ele usava os corretores para comercializarem as áreas.”

46 anos de prisão

O esquema desviou ao menos 100 milhões de reais em sonegação de impostos e lavagem de dinheiro. Só de multas, o núcleo familiar de Castanha deve quase 50 milhões de reais ao Ibama, sem contar os autos de infração em nome dos demais membros da quadrilha.

Castanha foi preso seis meses depois do fim da Operação Castanheira, quando outras seis pessoas foram detidas. Integrante da quadrilha, Edivaldo Dalla Riva, conhecido como “Paraguaio”, também está na cadeia. Já Giovani Marcelino Pascoal, o “Giovani do Hotel Miranda”, que também teve a prisão decretada, segue foragido.

Em declaração à TV Globo, o advogado de Castanha, Alberto Vila Cabano, disse que o empresário está sendo vítima de acusações infundadas e que vai provar a inocência no decorrer do processo.

O “rei do desmatamento” será julgado pela Justiça Federal e poderá receber pena de mais de 46 anos de prisão pelos crimes dos quais é acusado, como devastação ilegal de mata, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e uso de documentos falsos.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Na mosca

Charles Alcântara*

Corrupção não se combate com bravata, demagogia e falso moralismo, mas com política.

O financiamento empresarial de campanhas eleitorais e partidos é a principal causa e fonte da corrupção no Brasil.

Quem vive por aí a vociferar contra a corrupção e os corruptos, mas defende a continuidade desse modelo de financiamento, não passa de um tonto, ingênuo ou um cínico mesmo.

No fundo, o que querem esses arautos da cruzada moral a que assistimos? 

Respondo: querem a volta ou a ascensão dos corruptos de sua predileção”.

*auditor da Fazenda , ex-presidente do Sindifisco do Pará

Sob ameaça de um novo golpe, o Brasil ferve, em seu mais longo período democrático.

Como nos anos 50, nunca uma frase foi tão atual: O Petróleo é Nosso!

“Lula põe o bloco na rua: “Quero paz e Democracia, mas se eles não querem nós sabemos brigar também” 

“A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma.” 

Reproduzo acima o segundo parágrafo da Carta Testamento de Vargas. E aí está: a Petrobrás citada de forma direta pelo presidente que foi levado ao suicídio em agosto de 1954. 

A luta pelo Petróleo estava no centro do debate político dos anos 50. E segue central agora. 

Os Marinho e os udenistas (que eram os tucanos dos anos 50) queriam a derrota de Vargas e do projeto de um Brasil independente. Diziam que Vargas e o trabalhismo eram um “mar de lama”. Eles eram limpos? Sabemos… São os mesmos: agripinos, mervais, civitas, aécios e seus aeroportos, família marinho e seus golpes. 

Neste dia 24 de fevereiro de 2015, em que se lançou no Rio a campanha pela salvação da Petrobrás (com um belíssimo ato na ABI, precedido na rua por pancadaria de fascistas que tentaram impedir a manifestação), neste mesmo dia, o jornal da família Marinho publicou editorial em que afirma que defender a maior empresa brasileira é “voltar aos anos 50”. 

Exatamente! 

A Globo não quer que se lembre dos anos 50. 

Relembremos, pois. 

Vargas foi levado ao suicídio por sacripantas (alô, Miguel do Rosário, essa é pra você, que enfrenta – de cabeça erguida – a Globo e seus capatazes). No dia seguinte, 25 de agosto de 1954, caminhões de O Globo foram queimados. O jornal foi invadido. 

A Globo teve que esperar 10 anos para dar o golpe, em 64. 

Por isso, a família Marinho não quer que o debate volte aos anos 50. Porque a brincadeira termina mal para a turma deles. 

A família Marinho (aliada aos tucanos, e entregue a articulações com representantes dos EUA) quer a Petrobras destruída. 

Mas para isso, os sacripantas terão que enfrentar o outro lado – que começou a se mobilizar no Rio, neste dia 24 de fevereiro. Não vão dar o passeio que estão imaginando. 

Por isso, o ato na ABI foi tão importante. 

Ao microfone, Pinguelli Rosa, professor da UFRJ, lembrou: “punam-se os culpados, mas deixem a Petrobras em paz”.

Luis Nassif, blogueiro e jornalista, lembrou que o ato lembrava as grandes manifestações do “Petroleo é Nosso”. 

Eric Nepomuceno, também jornalista, disse que alguém havia perguntado a ele “se não haveria por trás dessa campanha contra a Petrobras algo estranho”. E Nepomuceno disse: “não há nada por trás, é uma campanha escancarada mesmo”. 

As cartas estão na mesa. 

João Pedro Stedile, do MST, lembrou que o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) já apresentou projeto no Congresso para entregar o Pré-Sal às petroleiras internacionais. “Ganhamos nas urnas, mas perdemos no Congresso e na mídia; só tem uma forma de derrotá-los de novo – ir pra rua”, arrematou Stedile. 

FHC queria transformar a Petrobrás em Petrobrax, para privatizá-la, lembrou o presidente da CUT, Wagner Freitas, que afirmou também: “a mídia golpista hoje age da mesma forma que na época de Lacerda contra Vargas”. 

Durante o ato, os sindicalistas convocaram o povo para as ruas no dia 13 de março – em defesa da Petrobras. Será dois dias antes da manifestação golpista de 15 de março. 

Lula participou da manifestação no Rio – sinalizando que vai comandar o movimento de botar o bloco popular na rua. 

Não há outra saída. Não se trata de defender Dilma do impeachment. É hora de defender o projeto de Nação iniciado por Vargas, retomado por Jango e Lula. 

Lula percebeu o tamanho do desafio, e lembrou no discurso a história de Vargas: “pra saber o que está acontecendo agora no Brasil, é preciso entender o que aconteceu com JK, com Getúlio, com Jango e o que tentaram fazer comigo na presidência.” 

Lula lembrou: “eles esta fazendo agora o que sempre fizeram a vida toda; a ideia básica é criminalizar, pela imprensa, porque aí já começa o processo pela sentença”. 

“Toda vez que na historia da humanidade se tentou criminalizar a política, o resultado foi sempre pior. Veja a Operação mãos Limpas na Itália! O resultado foi Berlusconi”, disse Lula. 

O ex-presidente relembrou também que os EUA relançaram a Quarta Frota depois que a Petrobras descobriu o Pré-Sal. O que está em jogo é a correlação de forças na América do Sul, portanto. 

Lula falou diretamente para Dilma: “A nossa querida Dilma tem que deixar as investigações pra PF ou Justiça. Ela tem é que levantar a cabeça e dizer ‘ganhei as eleições’. Gente, eles [tucanos e mídia] perderam as eleições e estão todos pomposos. Eles estão desaforados, viu. Em vez de ficar chorando, vamos defender o que é nosso. Defender a Petrobrás, defender a Democracia.” 

Lula ainda atirou contra a mídia : “quero lembrar à imprensa que cheguei duas vezes à presidência sem apoio da mídia.” 

Sinalizou, portanto, que é preciso definir bem as coisas: as famílias que dominam a mídia estão no centro do golpe. Igual a 1954. A diferença é que agora ninguém pensa em suicídio. Lula avisou: “vou pra rua em 13 de março. Ninguém me fará baixar a cabeça nesse país”. 

E finalizou: “Quero paz e Democracia. Mas se eles não querem, nós sabemos brigar também.”


Desconfiado de traição no WhatsApp, homem mata mulher com facão

Segundo a polícia, servente foi preso em flagrante após ser denunciado pela mãe

Um servente de 34 anos é suspeito de matar a mulher com um facão e enterrar o corpo no quintal da casa onde o casal vivia, em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. O caso aconteceu na manhã de quinta-feira (18). Ele foi preso em flagrante. 

Mulher foi morta a golpes de facão por ciúmes
Reprodução/Facebook
Segundo a Polícia Civil, ele confessou o assassinato e disse que sentia ciúmes da vítima que tinha 25 anos. O suspeito contou ainda que a mulher trocava mensagens com outro homem por WhatsApp e Facebook. O casal estava junto havia dois anos. 

Após matar a mulher, o companheiro teria tentado enterrar o corpo no quintal, mas a mãe dele chegou na casa e viu a faca suja de sangue. Ela ficou ferida ao tentar tirar a arma do filho. Mesmo machucada, ela foi até a base da PM (Polícia Militar) e denunciou o crime.

O caso foi registrado no 4º Distrito de Mogi das Cruzes (Jundiapeba). O suspeito foi levado, ainda na quinta-feira, à Cadeia Pública da cidade e deve ser transferido nesta sexta-feira (19) ao Centro de Detenção Provisória de Taboão da Serra.

Fonte: NoticiasR7.com

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Sintepp denuncia o governo Jatene ao MP e prepara greve estadual

A Coordenação Estadual do Sintepp prepara uma caravana que visitará o Ministério Público Estadual nesta quarta-feira (25) a partir das 9h e formalizará denúncia contra o governador do Estado, Simão Jatene (PSDB) que até o momento não apresentou nenhuma perspectiva para o pagamento do piso nacional dos profissionais da educação estabelecido desde 06 de janeiro.

Entre as denúncias também está a ausência de reformas nas escolas que vem precarizando ainda mais o trabalho docente e prejudica o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes paraenses.

Os trabalhadores estão descontentes com a chamada nova-velha política de Jatene para a educação. “O Sintepp ouviu da Secretária de Administração, Alice Viana, e do Secretário de Educação, Helenilson Pontes, em audiência no final de janeiro que não existem recursos disponíveis para o cumprimento da lei do piso que passou de R$ 1.697,00 no ano passado para R$ 1.917,78 em 2015. A notícia desagradou veementemente os educadores”, antecipa Mateus Ferreira, Coordenador Geral do Sintepp.

A categoria, reunida em assembleia geral, deliberou por uma marcha em defesa da educação com paralisação para o próximo dia 19.03 e no dia seguinte (20) realizará nova assembleia, onde será avaliado o indicativo de greve.

Fonte: Sintepp, 24/02/14

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Entidades denunciam Valmir Climaco ex-prefeito de Itaituba



Entidades e movimentos sociais de Itaituba, no oeste do Pará, irão apresentar esta semana no Ministério Público um dossiê apontado várias irregularidades praticadas pelo ex-prefeito de Itaituba, Valmir Climaco de Aguiar. De acordo com as denúncias, entre os anos de 2010 e 2012, o então prefeito Valmir Climaco autorizou a realização de procedimento para a compra da escola Aguia do Saber, que já pertencia a municipalidade. A escola foi inaugurada em 1993, na administração do então prefeito Wirland Freire.

Segundo a denúncia que será apresentada ao MP, mesmo sabendo que a escola já era patrimônio do município, o ex-prefeito Valmir Climaco autorizou o pagamento de R$ 529 mil reais para a compra da unidade de ensino. Além disso, o prefeito é acusado de autorizar o pagamento de R$ 147.947,70, para reformar a escola, sendo que a obra nunca teria sido realizada. O dinheiro foi repassado a construtora Terplan Ltda – ME, que nunca executou o serviço de reforma.

Além disso, Valmir Climaco é acusado de efetuar um pagamento no valor de R$ 650 mil reais pela reforma do Centro de Educação Infantil de Moraes de Almeida, distrito localizado a cerca de 300 Km de Itaituba, sendo que a obra nunca foi executada. De acordo com a denúncia, os pagamentos foram realizados em duas parcelas, sendo R$ 289,200,00 no dia 18 de dezembro, e R$ 360,800,00 pagos no dia 28 de dezembro de 2012. Ainda no final de 2012, o prefeito teria autorizado o pagamento de R$ 241.206, 27 á Terplan Construtora Ltda, a título de pagamento pela reforma de uma escola situada no distrito de Água Branca, sendo que a obra nunca foi executada. Procurados pela reportagem de O Liberal, o ex-prefeito Valmir Climaco e a empresa Terplan Construtora não quiseram se pronunciar sobre o assunto.

Fonte: O Liberal/Blog do Evandro Corrêa

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O Pará é um estado rico. Vê-se pelos salários dos seus juízes

Um trabalhador no rés do chão ganha hoje um mínimo de R$ 788,00. Um professor de escola fundamental tem um piso (muitos municípios nem isso pagam) de R$ 1.917,78. Nas universidades federais, um cientista, titular (professor, pesquisador) com cerca de 20 anos de atividade e já no topo da carreira, percebe R$ 17.057,74.

Já o professor-doutor iniciante recebe R$ 10.007,24. Na magistratura paraense os juízes do Estado entraram o ano de 2015 com um novo salário que vai de R$ 30.471,11 (desembargador) até R$ 21.198,40 (pretor do interior). 

Nada mal que um juiz seja bem remunerado, dadas as suas grandes responsabilidades. O que intriga é a diferença, a desigualdade que não é privilégio do Pará, é uma realidade nacional, que estarrece observadores de países ditos desenvolvidos.

Acima, tabela dos novos vencimentos dos juízes do Estado do Pará


Abaixo, tabela 2012/2015 dos cientistas e docentes das
universidades federais




A seguir, a Resolução n. 001/2015-GP do TJE-PA, que reajustou os salários




Fonte: Blog do Jota Parente, 22/02/14