terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Dilma convoca reunião para otimizar ações do governo

A presidente Dilma quer se antecipar aos fatos 
Abalada pela abrupta queda na popularidade, somada aos demais problemas enfrentados neste início de segundo mandato, a presidente Dilma Rousseff convocou uma nova reunião do Conselho Político do governo — a terceira nos últimos cinco dias, a segunda em caráter emergencial. Dilma e os ministros mais próximos estão preocupados com os desdobramentos da crise política, o avanço das investigações da Operação Lava-Jato e a falta de interlocução com a base aliada, o que abre espaço para traições em futuras votações que interessam ao governo e aumenta os riscos de perda do controle nas CPIs sobre a Petrobras — a primeira, já instalada na Câmara e outra em vias de ser criada por senadores.

A desgastada relação, justamente com aqueles escolhidos para dar apoio no Congresso, tira o sono do núcleo político palaciano. “Todas as pedradas que o governo tem tomado vêm de dentro (da própria base). A oposição está tomando sol, sem protetor solar, na praia, rindo da nossa crise”, ironizou uma pessoa próxima da presidente.

Internamente, há quem defenda uma reação mais incisiva para que o governo saia das cordas. Não está descartada a possibilidade de um pronunciamento em cadeia de rádio e televisão após o carnaval, embora, oficialmente, o Palácio do Planalto negue a informação.

Fonte: Correio Braziliense, 10/02/14

"Não fazemos o toma lá, dá cá" diz Rui Falcão, presidente nacional do PT


Rui Falcão, presidente nacional do PT
Três dias após a festa de 35 anos do PT, o presidente da legenda, Rui Falcão, reuniu-se nesta tarde (9/2) com o ministro-chefe das Relações Institucionais, Pepe Vargas. Segundo Falcão, a relatoria da CPI da Petrobras aberta na Câmara ficará com o PT. A reunião com Pepe, no entanto, não foi para tratar da comissão, nem sobre as dificuldades que o governo tem enfrentado, mas para falar sobre a definição de cargos do segundo escalão. A ideia é iniciar as trocas até o fim deste mês.

"Você começa de cima para baixo. Tem os bancos, tem as estatais e os demais cargos, em seguida", disse Falcão.

A tendência é de continuidade dos nomes do PT nos postos em que estão. Para a Caixa Econômica, está praticamente acertada a ida da ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior. Sobre concessões para agradar a outros partidos ou revanches por falta de apoio durante a eleição para presidente da Câmara, Rui afirmou: "Nós não fazemos toma lá dá cá". Ao ser indagado se os demais fazem, Rui riu e respondeu: "Só posso falar pelo PT".

Fonte: Correio Braziliense, 10/02/14

Impeachment ou alternância de poder?

Por Airton Faleiro (*)
Tenho observado, nas mídias sociais, manifestações favoráveis e contrárias ao movimento que tenta convencer a sociedade buscando apoio político para pautar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Congresso Nacional.

Quero manifestar então minha opinião sobre o assunto:

Primeiro. Penso que, em que pese os problemas do nosso país, problemas esses de responsabilidade de quem está governando nesses últimos 12 anos e, da mesma forma de quem já governou, antecedendo nesse curto período, nosso Brasil caminha para a consolidação de uma democracia política e, até onde este sistema tem se mostrado melhor que os regimes autoritários e outra modalidades existentes em outros países.

Portanto, assegurarmos a democracia se faz prudente e necessário;

Segundo. É verdade que nossa democracia tem permitido polarizações e embates políticos e eleitorais acirrados, proporcionando revezamento (alternância) de poder em todas as esferas da federação (municípios, estados e em nível federal) – o que considero salutar, pois permite que a população experimente mais que um projeto político e de governo e assim posso melhor comparar os projeto que disputam entre si.

Terceiro. Na minha opinião, o que está em jogo, neste momento é uma tentativa de tirar Dilma do comando do governo por motivação política, tendo o impeachment ferramenta para isso.

Sou radicalmente favorável ao revezamento de poder, no entanto, para isso é preciso que se ganhe democraticamente as eleições. Caso contrário, que se faça oposição e disputa, no próximo pleito o apoio popular, para obter a maioria dos votos e de forma democrática se chegue ao poder.

Esse pensamento me dá base e impulso para radicalizar contra esse movimento que tenta em não aceitar o resultado das eleições em nosso país.

Por fim, devo dizer que nosso país se diferencia de tantos outros por defender e praticar a paz, sendo contra as guerras externas e internas.

Portanto, apoiar movimentos como esse é contribuir para levar a um confronto político e, em especial, incentivar uma guerra entre civis, já que a polarização política entre os projetos em disputa vive um equilíbrio enormemente forte.

Da mesma forma, sou radicalmente contra alguns setores da mídia que deixam de exercerem seu real papel de informar a população e passam a se comportar como partidos de oposição, instigando o povo ao confronto e ao impeachment.

– – – – – – – – – – – – – – –

* É deputado estadual pelo PT no Pará. Reside em Santarém.

Começam a surgir os nomes de pretensos candidatos a prefeito de Itaituba

Valmir Climaco, é pré-candidato a prefeito de Itaituba
A movimentação para as eleições de 2016 em Itaituba já começou, surgindo assim os primeiros nomes de pretensos candidatos à prefeitura de Itaituba. 

No PMDB, um partido considerado forte, há indicativos de que haverá uma disputa interna para se chegar ao nome do candidato majoritário.

Margarete Soares, esposa do ex-prefeito Roselito 
Soares também é pretensa candidata a prefeita pelo PMDB
De um lado, Valmir Climaco que preside a sigla e de outro, o ex-prefeito Roselito Soares e uma das maiores lideranças políticas da cidade. Valmir Clímaco alimenta o sonho de ser prefeito de Itaituba através do voto popular e Roselito Soares, pretende lançar sua esposa Margarete Soares como candidata do partido. 

Haverá uma disputa interna pela candidatura ou um dos pretensos candidatos do PMDB vai deixar o partido a tempo de ser candidato por outra sigla?

Eliene Nunes, prefeita em busca da reeleição
No PSD, de Eliene Nunes, atual prefeita de Itaituba, é dada como certa a sua candidatura para a reeleição, uma vez que sua fala tem a manifestação dessa vontade.

Embora a avaliação positiva da prefeita Eliene Nunes seja baixa, hipoteticamente ela tem condições reais de ganhar a eleição e continuar gerindo o município por mais quatro anos.

Davi Menezes está sendo sondado para ser
candidato a prefeito
Por sua vez, mesmo sem partido, Davi Menezes também está sendo sondado para apresentar-se ao eleitorado Itaitubense como uma alternativa real de poder. 

Como integrante do Fórum de Entidades, que promoveu lutas importantes, Davi Menezes ganhou projeção e, se quiser, tem condições de disputar a prefeitura.

Dr. Botelho, ex-prefeito de Itaituba,
cogitado a voltar












Resta saber como ele vai se comportar diante da possibilidade de ser candidato a prefeito.

Há também quem fale na possibilidade de Dr. Botelho vir a ser candidato. Ele é médico e foi prefeito de Itaituba, entre 1997 e 2000 e suas obras físicas padronizadas para a Saúde e Educação marcaram época e são lembradas até hoje.

Hilton Aguiar está de olho na Prefeitura

Outro nome que também se comenta nos bastidores da política itaitubense é o de Hilton Aguiar, deputado estadual no segundo mandato que pode ter o apoio do irmão Chapadinha, que é deputado federal e do próprio governador Simão Jatene, que lhe deve gratidão por conta da vitória no pleito passado.

Hilton é bem articulado e tem pretensão de ser prefeito de Itaituba.


Paulo Gilson quer ser prefeito
Outro pretenso candidato é Paulo Gilson Pontes, que foi a Belém e retornou bastante otimista. Na capital do estado ele reuniu-se com líderes políticos, como José Megale, homem forte do PSDB no Estado e o secretário de Educação Helenilson Pontes, do PSD.

Ele já se desfiliou do PSD, partido da prefeita Eliene Nunes. Portanto, saiu do barco. Já definiu o partido e tem o apoio da família. Disse que sabe das dificuldades, mas está determinado a ir até o fim.

O empresário deixou bem claro, que se por algum motivo não conseguir emplacar seu nome, ele não fará campanha outro candidato a prefeito, pois quer mesmo encabeçar uma chapa para ganhar a eleição e administrar Itaituba. 


Outro empresário que está se articulando bastante e com a pré-candidatura com sinais evidentes de crescimento é Ivan D'Almeida, o "Danado", cearense radicado em Itaituba há muitos anos, onde prosperou bastante e agora também, além de desembarcar do grupo político de Eliene, coloca seu nome a disposição do eleitorado itaitubense.

Pelo visto teremos uma luta de titans. 

Resta saber se não é só fogo de palha. Se for pra valer, o eleitorado de Itaituba terá muitas alternativas.

Outros também são lembrados. Como os interessados ainda tem um tempinho para decidir os partidos aos quais pretendem se filiar e outras ações vinculadas, só nos resta especular e esperar mais um pouquinho para saber como mexer as figuras do tabuleiro.

Outro dado importante é que se todos eles tiverem suas candidaturas oficializadas, teremos um grande número de candidatos a vereador, uma vez que possivelmente não haverá coligação para proporcional.








segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Limão: conheça os benefícios dessa fruta milagrosa



Não importa a variedade (galego, cravo, taiti ou siciliano), o limão é extremamente benéfico à saúde. Nessa fruta de sabor ácido e aparência comum, escondem-se inúmeras vitaminas. A mais conhecida é a vitamina C, encontrada também em frutas como laranja, kiwi, acerola e goiaba; e ainda nos vegetais de cor verde-escura. O ácido cítrico e os bioflavonóides também podem ser encontrados no limão.


Segundo a nutricionista Camila Zago, do Hospital e Maternidade São Camilo Ipiranga, o suco do limão pode ser ingerido à vontade. ‘Não há toxicidade no consumo dele, pois o excesso de vitamina C é excretado pela urina’, explica. 

Propriedades medicinais

O consumo de limão ajuda a prevenir as seguintes doenças: escorbuto (que é a falta de vitamina C no organismo) alergias, estresse, fadiga (cansaço muscular), gripe, dor de cabeça, congestão, processos lentos de cicatrização, sangue ácido, anemia, hemorróidas, sinusite, azia e acne. 

De acordo com Camila, a substância D-limoneno - princípio ativo presente na casca do limão - ajuda a combater a ansiedade, depressão e o câncer. ‘Em alguns casos ajuda a dissolver cálculos renais e melhora o fluxo de sangue nas artérias’, revela. 

O limão possui ainda outras propriedades: ele é adstringente, bactericida, fungicida, antibiótico, clareador e redutor da oleosidade da pele e do couro cabeludo. ‘Também ajuda no tratamento de celulites e varizes, pois ativa a circulação periférica. Muitos estudos revelam que o limão ajuda no processo de perda de peso, controle do colesterol, desintoxica o sangue e ativa o sistema imunológico’, diz a nutricionista.

Quantidade

A nutricionista Juliana Zanetti, explica que do ponto de vista de necessidades diárias de vitamina C, o recomendado para adultos são 60 mg diárias. ‘Para se ter uma idéia o suco de um limão grande em 400 ml de água o correspondente a 17,46 mg de vitamina C. O restante pode ser complementado com o consumo do próprio limão ou de outras fontes da vitamina como laranja, kiwi, acerola, goiaba e vegetais verdes escuros’. 

Na culinária

De acordo com Juliana, o limão perde suas propriedades nutricionais quando levado ao fogo. ‘Ele deve ser ingerido ‘in natura’, pois o calor provoca a perda da vitamina C, que se oxida. O contato do limão com o oxigênio desencadeia o processo de oxidação, portanto, o consumo deve ser imediato à manipulação’.

Crianças

Segundo a nutricionista, a partir do sexto mês de vida, o limão pode ser introduzido na alimentação em sucos e temperos. ‘Em relação à quantidade, se for na forma de suco, deverá ser introduzida de acordo com o hábito alimentar da criança, como qualquer outro tipo de suco, uma a duas vezes ao dia’, avisa.

Fonte: Blog do Valter Tertulino, 09/02/14

Receita Federal alerta sobre prazo para entrega de Alvará e Habite-se

Valor da multa sobe e prazo de entrega encerra amanhã

Agência da Receita Federal em Santarém
Encerra nesta terça-feira, 10, o prazo para a apresentação à Receita Federal do Brasil das informações relacionadas a todos os alvarás para a construção civil e documentos de habite-se concedidos pelos municípios em janeiro de 2015.

TRANSMISSÃO
A obrigatoriedade é mensal e as prefeituras devem transmitir essas informações em arquivo digital, por meio do aplicativo disponibilizado, sem ônus, pela própria Receita Federal, na sua página (www.receita.fazenda.gov.br), sistema SISOBRANET, no caminho Download > Programas para sua empresa > link Sisobra-Pref – Sistema de Gerenciamento de Obras (Módulo Prefeitura).

A Receita Federal na 2ª Região Fiscal lembra que o órgão municipal que não possuir acesso à internet poderá solicitar a transmissão do relatório na Unidade de Atendimento da Receita Federal que jurisdiciona o município.

MULTA

De acordo com a Portaria Interministerial de 09 de janeiro de 2015, o valor da multa foi reajustado em 6,23%. Sendo assim, a não apresentação sujeitará o dirigente do órgão municipal a uma multa que varia de R$ 1.925,81 a R$ 192.578,66.

Fonte: RG 15/O Impacto e Jairo Silva Oliveira

Americana denuncia marido ao flagrá-lo fazendo sexo com cão


Uma americana ligou para a polícia e denunciou o próprio marido, após flagrá-lo fazendo sexo com o cachorro da família. Câmeras instaladas na sua casa também filmaram o homem abusando do animal.

Manuel Ramon Gonzalez, 61, admitiu que tinha mantinha relações sexuais com o Chihuahua e foi considerado culpado de crueldade contra animais. A Justiça, contudo, determinou apenas que ele permanecesse um ano em liberdade assistida. A esposa do agressor pediu o divórcio.

"Nós vimos muito isso. Mutas vezes gostaríamos que houvesse mais o que pudéssemos fazer. Gostaríamos que as leis fossem mais severas e que as pessoas fossem imediatamente para a cadeia", lamentou o capitão Dave Walesky.

Autoridades disseram ao Daily Mirror que o Centro de Cuidados e Controle de Animais do condado de Palm Beach recebe até 30 mil ligações por dia, sendo a metade delas relacionadas a casos de abuso animal.

O website Pet-Abuse. Confirma que a Flórida é o estado-americano número um em crimes cometidos contra animais.

FONTE: Terra

domingo, 8 de fevereiro de 2015

HSBC abrigou dinheiro obscuro ligado a ditadores e traficantes de armas

Equipe de jornalistas de 45 países revela contas bancárias secretas mantidas por criminosos, traficantes, sonegadores fiscais, políticos e celebridades


Por Gerard Ryle, Will Fitzgibbon, Mar Cabra, Rigoberto Carvajal, Marina Walker Guevara, Martha M. Hamilton and Tom Stites


Documentos secretos revelam que o banco HSBC lucrou fazendo negócios com traficantes de armas que entregaram morteiros para soldados infantis na África, homens que levam dinheiro de ditadores do Terceiro Mundo, traficantes de diamantes e outros criminosos internacionais.

Os arquivos vazados, oriundos da filial suíça do HSBC, estão relacionados a contas com mais de U$ 100 bilhões em depósitos. Oferecem um olhar raro dentro do supersecreto sistema bancário suíço.

Os documentos, obtidos pelo ICIJ (The International Consortium of Investigative Journalists) por meio do jornal francês “Le Monde”, mostram o banco tratando com clientes envolvidos em um amplo espectro de atividades ilegais, especialmente em esconder centenas de milhões de dólares de autoridades fiscais.

Os arquivos também revelam registros privados de jogadores famosos de futebol e tênis, estrelas do rock, atores de Hollywood, realeza, políticos e executivos.

As revelações iluminam a intersecção entre o crime internacional e negócios legítimos. Ampliam dramaticamente o que é conhecido sobre comportamento potencialmente ilegal ou antiético no HSBC, um dos maiores bancos do mundo.

Os registros de contas vazados mostram alguns clientes viajando a Genebra para sacar grandes quantias de dinheiro vivo. Também documentam grandes somas controladas por vendedores de diamantes conhecidos por atuar em zonas de guerra e vender pedras preciosas para financiar insurgentes que provocaram inúmeras mortes.

O HSBC, sediado em Londres e com filiais em 74 países e territórios, inicialmente insistiu que o ICIJ destruísse os arquivos. No Brasil, o banco ofereceu resposta parecida. Leia o post “Clientes do Brasil tinham US$ 7 bilhões em 5.549 contas secretas“.

Leia toda matéria acessando o link

Fonte: Uol, 07/02/14

Cunha, Moro, Gilmar FHC e Globo querem a queda de Dilma, o fim do PT e jamais preservar a Petrobras

A verdade é que a direita quer engessar, paralisar o Governo, de forma que ele não consiga administrar as demandas do País e, por sua vez, chegue enfraquecido para a disputa das eleições de 2018. A casa grande aposta no impeachment

O Partido dos Trabalhadores (PT) está na situação de um boxeador, que, em certo momento, desloca-se estrategicamente para o córner do ringue à espera do soar do gongo, porque sua intenção é tentar respirar e se defender dos socos de seu adversário, que está prestes a conquistar a vitória, se possível por intermédio de um nocaute contundente — inapelável.

Contudo, o partido que venceu as eleições presidenciais de 2014 é exatamente o PT, que deveria colocar as cartas na mesa, mas desaprendeu a revidar os "socos" ou a se defender, de maneira clara, objetiva e sistemática, porque, mesmo vitorioso nas urnas, perdeu a presidência da Câmara e vai ter de enfrentar mais uma CPI da Petrobras, organizada pela oposição conservadora, capitaneada pelo PSDB e seus aliados, a exemplo do DEM, PPS e parcela dissidente do PMDB, que tem em suas fileiras políticos de almas tucanas e que detestam ver os trabalhistas no poder.

É inacreditável e até mesmo surreal o governo popular de Dilma Rousseff não conseguir se mobilizar de modo que seus interesses políticos e partidários sejam resguardados, principalmente na Câmara dos Deputados, a ter como finalidade a aprovação de projetos e de programas que interessam à Presidência da República e a seus ministérios, que são responsáveis por milhares de obras e projetos de interesses nacionais, que contrariam o sistema de capitais controlado pelo mercado financeiro internacional.

Leia integralmente a matéria acessando o link 
 
Fonte: Brasil 247, 07/02/14

A história prova que o PSDB entrega o patrimônio público

No modelo tucano, a propriedade do povo é entregue na "bacia das almas". No do PT, o Estado planeja os serviços, faz obras, define o que é investimento privado e concede sob controle público parte dos serviços

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) — fiel discípulo de Fernando Henrique Cardoso, em cujo governo, entre 1995 e 2002, o patrimônio público brasileiro foi entregue a preço de banana a grandes grupos nacionais e estrangeiros — agora diz que "precisamos devolver as empresas públicas ao seu verdadeiro dono – o povo brasileiro". O que será que ele quer dizer?

Será que ele pretende pedir a devolução da Companhia Vale do Rio Doce, vendida a preços irrisórios pelo governo do PSDB? Será que vai pedir de volta as teles e as ferrovias ou vai mostrar onde o governo tucano aplicou o dinheiro da ''venda'' das estatais, bilhões que até hoje não se sabe onde foram parar ?

É inacreditável, mas, como faz todas as segundas-feiras, na Folha de São Paulo, o tucano Neves publicou um artigo que veio com o singelo título "Público e privado". Num parágrafo ele acusa o PT de fazer o governo mais estatizante depois do regime militar. Ou seja, manda um recado, com sua ótica neoliberal e privatizante, aos chamados mercados. Noutro, reclama da gestão supostamente privatista dessas mesmas estatais.

PRIVATIZAÇÃO - Vamos rememorar. Como líder do PSDB na Câmara dos Deputados (1997 a 2000) e depois como presidente da Câmara dos Deputados (2001/2002), ele foi o mais atuante serviçal de FHC, trabalhando decisivamente para privatizar as estatais brasileiras.

Quem, em Minas Gerais, "reprivatizou" a Cemig, que havia sido resgatada para o setor público por Itamar Franco, não reúne autoridade política para passar sermões em quem quer que seja.

Lembremo-nos: em 1999, depois de árdua batalha judicial, o Tribunal de Justiça suspendeu um estranho "acordo de acionistas", celebrado entre o sócio majoritário da Cemig (o estado de Minas Gerais), a American Eletric Southern (AES) e o Opportunity (Daniel Dantas). Esse acordo foi celebrado pelo então governador tucano Eduardo Azeredo, sob supervisão de FHC. No tal acordo, a AES, mesmo tendo apenas 32,96% das ações da estatal, detinha poder de veto nas assembleias de acionistas!

Na época, o desembargador Garcia Leão foi enfático em seu despacho: "não há como admitir-se o acordo de acionistas, principalmente quando deste, com evidente ilegalidade, consta a perda de mando do sócio majoritário (Estado), dando-se ao sócio minoritário o esdrúxulo poder de veto."

A partir disso, a AES, alegando quebra de contrato imposto pela Justiça mineira, deixa de pagar o empréstimo que obteve do BNDES, à época de FHC! Isso gera uma crise que seria resolvida mais tarde, por uma "maracutaia" supervisionada pelo então governador Aécio Neves.

A Andrade Gutierrez (Eletricidade) – AGE – assume a dívida de R$ 500 milhões da AES junto ao BNDES e com os mesmos 32,96% faz um "acordaço" de acionistas, restabelecendo não apenas as prerrogativas do sócio minoritário do passado, mas ampliando suas prerrogativas e ganhos atuais.

Além de indicar a Diretoria de Novos Negócios, cuja autonomia é ampla, a distribuição de dividendos aos acionistas passa a ser a prioridade da empresa, em desfavor da prestação de serviços no fornecimento de energia elétrica aos consumidores. Ou seja, com todas essas benesses, a AGE pagaria o empréstimo ao BNDES, não com dinheiro próprio de seu caixa, mas com a arrecadação dos dividendos exorbitantes que receberia nos 10 anos seguintes ao novo acordo.

É por isso que a Cemig hoje só trabalha para pagar dividendos, comprometendo os investimentos que deveria fazer para garantir o futuro dos mineiros.

Para completar, a Cemig conduz à sua vice-presidência o ex-senador mineiro Arlindo Porto, um criador de gado e ex-ministro da agricultura, que nunca atuou na área de geração de energia, para completar o aparelhamento do grupo de Aécio dentro da maior estatal de Minas. O resultado, embora se tente esconder, é que a Cemig enfrenta hoje uma grande desvalorização na Bolsa de Valores, muito maior do que a da Petrobrás.

PETROBRAS - Com relação à Petrobras, vale também citar a retomada dos investimentos, que antes dos governos do PT, não chegavam a U$ 5 bilhões [dólares], por ano, entre 1992 e 2002. Logo em 2005, o presidente Lula alavancou para U$ 10 bilhões. Agora, com o Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, há um total de U$ 220,6 bilhões para o período, o que equivale a U$ 44 bilhões por ano, em média, ou seja, praticamente multiplicou por dez os investimentos em relação ao período anterior a 2003, do governo FHC.

O expressivo aumento de investimentos da Petrobras levou à descoberta do Pré-sal, no qual a estatal, com o Novo Marco Legal para o Petróleo (regime de partilha), é a operadora única com, no mínimo, 30% de participação nos consórcios. Mesmo com todos estes investimentos, ainda conseguimos aumentar o lucro, atingindo R$ 23,6 bilhões em 2013, alta de 11% em relação aos R$ 21,2 bilhões alcançados em 2012.

Em vários pontos de seu discurso impresso no jornal paulista todas as segundas-feiras, o pré-candidato tucano tenta confundir a opinião pública, sob o argumento de que o PT não é competente na gestão pública.

Abordando o caso dos transportes, podemos exemplificar as diferenças que demonstram o nosso nível de compromisso com os avanços na gestão do setor. No início dos anos 90 o governo federal, pautado pelo Consenso de Washington, iniciou o desmonte da gestão dos transportes no Brasil. Em 2002, no último ano do governo FHC, ainda sem a definição do marco regulatório do setor de transportes, os tucanos extinguiram o Geipot, o Dner e a RFFSA.

Nos Governos Lula e Dilma, retomam-se o planejamento e as ações. Criam-se a Secretaria de Portos, a SAC - Secretaria da Aviação Civil, reformula-se o papel da Valec - estatal sobrevivente do processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce – e cria-se a EPL – Empresa de Planejamento e Logística S/A, dando ao Estado brasileiro novamente seu papel de articulação, de planejamento, de formulação de políticas e de efetiva gestão dos assuntos de transportes.

A concessão de aeroportos e estradas passam a ser explorados pela iniciativa privada durante 25 ou 30 anos, mas continuam sendo propriedade do governo federal e patrimônio do povo brasileiro.

No modelo tucano, a propriedade do povo é entregue na "bacia das almas", como diz o próprio povo. No novo modelo implantado pelo PT e aliados, nos Governos Lula e Dilma, o Estado planeja os serviços, faz obras, define o que é investimento privado e concede sob controle público parte dos serviços.

O certo é que o Aécio e o PSDB fazem exatamente aquilo que acusam, sem nenhum nexo com a realidade, o PT de fazer: sob o manto de "Gerencialismo" e "Choque de Gestão", quebraram o Brasil e depois Minas Gerais. Em São Paulo já falta até mesmo o básico, como a água para seu povo. 

A vontade do PSDB é continuar a desintegrar o Brasil e vender o BNDES, a Petrobrás, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal. Justamente as instituições que mais contribuíram para que o Brasil não fosse para o buraco, durante a atual crise mundial.

Mas o País, além de exigir competência, cobra também mudanças, transparência e ética na condução dos negócios públicos. Algo que Aécio e os tucanos não têm para oferecer e que os brasileiros já identificaram por três vezes nos últimos anos, nos Governos Lula e Dilma.

Lula vence quesito 'melhor presidente' no Datafolha

Comemoração do aniversário do PT
Pesquisa do Datafolha apurou que 56% dos entrevistados escolheram Lula no quesito 'o melhor presidente do Brasil em todos os tempos'; segundo lugar, longe, ficou para Fernando Henrique, com 13%, seguido por Getúlio Vargas, com 6%; questão principal do levantamento mostrou que presidente Dilma Rousseff, governador Geraldo Alckmin e prefeito Fernando Haddad estão em baixa; mesmo assim, PT detém a maior perspectiva de poder para 2018

A Vale foi privatizada a preço de banana e com dinheiro público

Jazidas exploradas pela Vale na região de Marabá, no Pará e outras podem ser trabalhadas por 400 anos e ficaram com valor zero como patrimônio
A Vale foi privatizada no dia 6 de maio de 1997 - durante o governo de Fernando Henrique Cardoso - com financiamento subsidiado, disponibilizado aos compradores pelo BNDES ou seja, a empresa que comprou a Vale usou dinheiro público para essa finalidade.

A venda do controle acionário da Vale foi concretizada em 6 de maio de 1997 para consórcio Brasil, liderado pela Companhia Siderúrgica Nacional, de Benjamin Steinbruch, que adquiriu o controle acionário da Vale por US$ 3.338.178.240 ou cerca de 3,3 bilhões de dólares, na ocasião, representando 27% do capital total da empresa, antes pertencente à União, que representavam 41,73% das ações ordinárias (com direito a voto) da empresa. As ações preferenciais (sem direito a voto) continuaram em mãos de acionistas privados.

O preço total que o Tesouro Nacional do Brasil recebeu pela venda do controle acionário da empresa, equivale hoje a uma fração lucro trimestral da companhia; o valor atual da empresa é de 196 bilhões de dólares.

Esse enorme ganho de lucratividade se deveu, sobretudo, ao grande aumento havido no preço do minério de ferro - que subiu 123,5% entre 2005 e 2006 (o que não era previsível em 1997) - graças ao aumento da procura mundial, sobretudo pela China - o que permitiu à Vale, a maior detentora de reservas de minério de ferro do mundo, fazer pesados investimentos e implementar controles de gestão, tornando-se ainda mais competitiva para atender, assim, às novas necessidades chinesas e, conseqüentemente, manter sua posição de maior exportadora de minério de ferro do mundo.

Verifica-se também que a privatização levou a Vale efetuar investimentos numa escala nunca antes atingida pela empresa, graças à eliminação da necessidade de partilhar recursos com o Orçamento da União. Este ganho refletiu-se em elevação da competitividade da empresa no cenário internacional. Mas, por outro lado, o valor das ações da Petrobras, não privatizada, subiu 1200% no período entre maio de 1997 e junho de 2007 (50% a mais que as ações da Vale, privatizada), seu valor de mercado superou a marca dos cem bilhões de dólares. A Vale incorporou a INCO canadense, em 2006. Após essa incorporação, o novo conglomerado empresarial CVRD Inco tornou-se a 31ª maior empresa do mundo, atingindo um valor de mercado de R$ 298 bilhões, ultrapassando assim a IBM e - por algumas semanas - até 8 de novembro de 2007, superando a Petrobras em cerca de R$ 8 bilhões.

Controvérsia

Essa privatização foi muito controversa, por não terem levado em conta o valor potencial das reservas de ferro em possessão da companhia na época, apenas o valor de sua infraestrutura.

Leia a matéria completa acessando o link: 

Lei proíbe cobrança de material de uso comum nas escolas

Mais Educação e Reforço, tudo a ver!

A Privataria Tucana e Lula - O resto é o silêncio ensurdecedor

O governo neoliberal de FHC foi o governo cavalaria de Átila, ou seja, por onde passava nem a grama nascia. Nunca vi tanta insensatez e ganância no que tange a vender o patrimônio público e a falta de respeito com o povo. E eles estão soltos

Há quinze anos, no mínimo, milhões de brasileiros sabiam e sabem que a venda do patrimônio público brasileiro no governo do presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso, conhecido também como FHC, foi e continua a ser a maior roubalheira contra os interesses do Brasil e do seu povo trabalhador. Mesmo se as transações fossem legais e éticas, os homens e mulheres do PSDB, do DEM e do PPS não tinham o direito de alienar empresas gigantescas, rentáveis e principalmente estratégicas para a segurança e o desenvolvimento do povo brasileiro.

Sempre afirmei ainda que os tucanos emplumados e seus comparsas aliados de crimes de lesa pátria, o DEM e o PPS, que também participaram da privatização de estatais preciosas para a nossa independência e autonomia, como a Vale do Rio Doce e o sistema Telebrás, deveriam estar presos, na cadeia, e dessa forma expurgados da vida da política nacional, a bem do serviço público, além de a punição ser também uma satisfação ao povo brasileiro e às gerações passadas, que construíram o Brasil e depois ter de aturar pessoas completamente divorciadas dos interesses da Nação.

A alienação do bem público brasileiro, construído com dedicação, estudo, pesquisa, trabalho, suor e investimentos orçamentários no decorrer do século XX, principalmente a partir da ascensão, em 1930, do presidente nacionalista, o estadista Getúlio Vargas, foi uma rapinagem e pirataria, com o apoio, indelével, da imprensa privada brasileira, aquela mesma que até hoje considera os princípios do neoliberalismo a única solução para atender as demandas das sociedades, apesar do derretimento dos mercados de capital e imobiliário e da insolvência de estados nacionais como a Grécia, a Irlanda, Portugal, a Espanha, a Itália, com reflexos terríveis para países poderosos como a Alemanha, a França e a Inglaterra, que foi superada pelo Brasil no que concerne ao tamanho do PIB.

A doação de estatais estratégicas do Brasil foi um processo estudado e depois colocado em prática por aqueles que foram eleitos em meados da década de 1990 e nomeados para administrar e zelar pelos nossos interesses, o que, terminantemente, não ocorreu. A verdade é que esse processo dantesco de entrega das riquezas nacionais e da submissão do Brasil teve seu início no governo do presidente que renunciou para não ser cassado, Fernando Collor de Mello, que começou a abrir com maior vigor o nosso mercado interno, bem como colocar em prática o que foi estabelecido pelo Consenso de Washington de 1989, que começou a impor ao mundo o pensamento neoliberal, que é alicerçado em princípios que diminuem o estado, bem como prega a não intervenção estatal na economia.

Esses "dogmas" foram levados à cabo pelo ex-príncipe dos sociólogos, FHC, que se transformou no sapo do entreguismo e da aplicação nua e crua do neoliberalismo no Brasil, com a assessoria constante e influente do homem da bolinha de papel, o senhor José Serra, que realizou, em 2010, juntamente com a velha imprensa comercial e privada, a campanha presidencial de maior baixaria de todos os tempos.

Mesmo assim não conseguiu convencer o povo brasileiro, que nunca foi trouxa e muito menos alienado ao ponto de não perceber que o Brasil de Lula foi infinitamente melhor do que o Brasil do vendilhão e traidor da Pátria conhecido por FHC — um verdadeiro Joaquim Silvério dos Reis, o Judas do Brasil, o pai do neoliberalismo, sistema que, inclusive, extinguiu empregos em vez de criá-los.

Os governantes tucanos diminuíram as tarifas alfandegárias e retiraram quase todas as restrições comerciais para facilitar a entrada de produtos estrangeiros. A intenção era favorecer os grandes exportadores, o que, sobremaneira, não interessava ao nosso mercado interno, porque quando um País privilegia demais um setor da economia, como foi o caso do comércio exterior, os empregos são criados lá fora e não no mercado interno. As exportações têm de ser fortalecidas e consideradas, pois importantes, mas o mercado do Brasil é essencial para que possamos nos desenvolver. Não é à toa que o aquecimento do nosso comércio e indústria contribuiu, indubitavelmente, para que o Brasil não sentisse muito a crise internacional iniciada em 2008.

Não satisfeito em vender estatais poderosas e rentáveis como a Vale do Rio Doce, as siderúrgicas, a Telebras e as companhias de eletricidade, dentre muitas outras, os tucanos reduziram os gastos (na verdade, investimentos) em setores essenciais como a saúde, a educação, a moradia e a previdência. O propósito de não investir tinha a finalidade de desviar o dinheiro para o pagamento das dívidas externa e com os fornecedores do Governo, ou seja, os empresários e banqueiros. A falta de comprometimento e responsabilidade desses tucanos com o País fez com que esses setores entrassem em colapso, além de o País ainda ter de enfrentar o famoso "apagão" durante dez meses, bem como ter grande prejuízo com o afundamento de uma das maiores plataformas de petróleo do mundo, a P-36. Os trabalhadores sofreram também com o congelamento do salário mínimo e não recebiam reposições salariais, de acordo com o índice da inflação.

"O trabalhista Lula fortaleceu o mercado interno, criou empregos e pagou a dívida. FHC, o Neoliberal, vendeu o Brasil".

O Governo tucano e neoliberal de FHC foi o governo "cavalaria de Átila", ou seja, por onde passava nem a grama nascia. Nunca vi tanta insensatez e ganância no que tange a vender o patrimônio público e à falta de respeito e de consideração com o povo trabalhador brasileiro. A privatização do PSDB e do DEM foi a maior entre os países da América Latina. E eles estão soltos, como se nada tivesse acontecido. Esse pessoal tucano sempre considerou investimentos como gastos e por isso somente atendeu as exigências do FMI e o que foi estabelecido pelo Consenso de Washington. O neoliberalismo do Governo FHC foi tão radical que fez com que a "criadora" que colocou em prática o neoliberalismo em termos mundiais, a ex-primeira ministra britânica, Margaret Tatcher, sentir-se uma iniciante — aprendiz de fórmulas econômicas que permitissem a brutal concentração de renda e de riqueza.

Os tucanos foram generosos, evidentemente, ao conceder empréstimos a juros baixos via bancos de fomento, como o Banco do Brasil, o BNDES e a CEF. Empresários como Carlos Jereissati e Daniel Dantas agradeceram penhoradamente. Realmente, aconteceu no Brasil o que já tinha acontecido no México e no Chile, país este que foi cobaia ainda na década de 1970 do neoliberalismo, à frente desse vampiresco processo os chicago boys do ditador sanguinário Augusto Pinochet. O governo tucano entreguista e lacaio dos interesses dos europeus e dos EUA, não satisfeito com tanta desfaçatez, propôs ainda a redução de direitos trabalhistas e da força de negociação dos sindicatos. Eram metas a serem alcançadas pelo governo neoliberal, que, porém, não conseguiu alterar ou tirar direitos essenciais conquistados pelos trabalhadores desde os tempos do estadista gaúcho Getúlio Vargas.

O Programa Nacional de Desestatização, o Plano Collor e a abertura do mercado nacional às importações foram as senhas para a desestruturação do estado, por meio da venda de estatais à iniciativa privada. À frente da lavagem cerebral estavam a imprensa e o sistema midiático. A finalidade era fazer com que o povo brasileiro aceitasse a rapinagem, a pirataria, a roubalheira do patrimônio nacional. A propaganda era constante e os jornais televisivos e impressos repercutiam a alienação dos bens brasileiros como se fosse uma coisa necessária, normal, natural, primordial para o Brasil integrar um mundo "moderno", regulado por si mesmo, ou seja, auto-regulado e regulamentado, praticamente sem a intervenção do estado. A resumir: os banqueiros, os grandes empresários dos diversos setores da economia passariam como passaram a estabelecer as regras, as normas, inclusive no que concerne à fiscalização, à concorrência, ao combate ao dumping e à estabilidade dos preços. Seria cômico se não fosse trágico.

Os estados nacionais não podem e não devem deixar a raposa cuidar do galinheiro. Salutar se torna também não deixar o lobo cuidar das ovelhas. Do contrário, a vaca vai para o brejo. E foi. O foi em 2008. A crise internacional "lambeu" os princípios do deus mercado e os economistas, políticos, jornalistas, empresários e a classe média papagaio de pirata e de direita acabaram com os burros na água, e perceberam que o neoliberalismo não tinha e nunca teve princípios, porque não os tem, não os possui. Sua natureza é a exploração de poucos sobre muitos. Quem considera o mercado e os números mais importantes que o ser humano não pode vencer, porque a riqueza é intrínseca à condição humana, maior e única responsável pela riqueza ou pobreza da humanidade.

O Brasil teve a infelicidade de ser por quase quarenta anos comandado pelos monetaristas, a começar por Eugênio Gudin e Roberto Campos. Terminou mal, nas mãos de Pedro Malan, cujo chefe era o presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso, que, além de estar solto, tem a cara-de-pau de dar palpites que ninguém quer ouvir, porque as pessoas não são bobas ou trouxas para sempre. Quem o ouve é a Folha de S. Paulo, a Veja, o O Globo e seus congêneres. Eles ainda estão nas décadas de 1970/80 e principalmente na de 1990, quando os tucanos venderam o País e eles apoiaram tal roubalheira sem pestanejar, afinal são golpistas desde os tempos de Getúlio Vargas.

O golpismo, o entreguismo, a subserviência, o complexo de vira-lata são o DNA deles, suas impressões digitais. Essa gente tem orgulho de ser colonizada e por isso não tem resquício de vergonha. O caso da Chevron que derramou óleo na Bacia de Campos e o golpe de estado em Honduras são episódios emblemáticos do servilismo e da mente imperialista dos donos dos meios de comunicação brasileiros e de seus jornalistas de confiança, que chegam ao cúmulo de não reconhecer os avanços do Brasil nos últimos anos apesar dos números gigantescos nos aspectos social e econômico.

Muitos afirmam que as ideologias acabaram e eles são extremamente ideológicos e de direita. A censura da imprensa velha, comercial, corporativa e privada (privada nos dois sentidos, tá?) ao livro "A Privataria Tucana" de autoria do jornalista Amaury Ribeiro Júnior, que vendeu em apenas quatro dias mais de 30 mil exemplares, demonstra que a imprensa, a mídia, não está interessada em combater a corrupção como ela apregoa no Governo Dilma e apregoou no Governo Lula. A imprensa, definitivamente, mostrou quem ela é e a quem ela serve. O poder midiático privado serve aos ricos, aos interesses do grande capital internacional e nacional e combate, ferrenhamente, todo e qualquer governo trabalhista do Brasil e do exterior. A imprensa censura a si mesma quando percebe que os interesses de grupos empresariais, inclusive os dela, estão em xeque, como ocorre no momento por causa do livro do Amaury.

O silêncio da imprensa é ensurdecedor e rompe os tímpanos do bom senso, da verdade, do jornalismo e do interesse público. Contudo, a imprensa de negócios privados censura a si mesma e silencia para que a corrupção tucana e dela mesma não se dissemine por todos os segmentos sociais. Essa realidade acontece porque a imprensa entreguista tem lado, é partidarizada, além de ser useira e vezeira em manipular, distorcer, dissimular e até mesmo mentir para ter seus interesses e dos grupos os quais representa sejam concretizados.

Os barões midiáticos não se fazem de rogados e impõem o silêncio ao povo brasileiro sem se preocuparem, entretanto, com sua credibilidade futura, porque apesar de a blogosfera sistematicamente desmenti-los, a velha imprensa alienígena continua a demonstrar sua falta de compromisso com o Brasil e o seu povo, e por isso vai continuar a exercer seu papel de ponta-de-lança dos interesses do capitalismo internacional, bem como ser indutora de conspirações, principalmente contra os nacionalistas e trabalhistas, que ocupam, no decorrer da história, a cadeira da Presidência da República. É isso aí.

Fonte: Brasil247, Davis Sena Filho, 28/02/2013

Petrobras confirma Bendine como sucessor de Graça Foster

Executivo renunciou ao cargo de presidente do Banco do Brasil. Nova diretoria tem outro ex-BB e quatro diretores interinos.

Novo presidente da Petrobras, Aldemir Bendine Foto de aquivo/Nacho Doce/Reuters)

A Petrobras confirmou na tarde desta sexta-feira (6) que o Conselho de Administração da companhia aprovou "por maioria" a eleição de Aldemir Bendine – até então presidente do Banco do Brasil – para a presidência da Petrobras. Ele substitui Graça Foster, cuja renúncia foi comunicada na quarta-feira. A troca acontece em meio às investigações de desvio de dinheiro da estatal naOperação Lava Jato.

Nesta manhã, a escolha do nome de Bendine já havia sido antecipado pelo Blog da Cristiana Lôbo.

Graça Foster também deixa o Conselho de Administração da companhia, sendo substituída por Bendine, que renunciou ao seu cargo no Banco do Brasil, segundo comunicado divulgado pelo banco.

Também foi anunciado Ivan de Souza Monteiro como novo diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, em substituição a Almir Guilherme Barbassa. Monteiro era vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores do BB, cargo ao qual também renunciou nesta sexta.

Reações 
O mercado reagiu mal desde que começaram os rumores da escolha de Bendine para a presidência da Petrobras. Segundo analistas, a frustração se deve ao fato dos investidores esperarem alguém com perfil menos político.

Tanto as ações da Petrobras como as do Banco do Brasil registraram queda logo após a confirmação do nome de Bendine.

No Congresso, a escolha foi criticada pelos parlamentares da oposição, que disseram esperar um nome de "mais credibilidade" para assumir a Petrobras. A base governista defendeu a escolha da presidente Dilma Rousseff, apesar de reconhecer que o nome de Bendine não agradou os investidores.

Até dentro da própria empresa houve críticas. Em nota, o representante dos acionistas minoritários no Conselho da Petrobras, Mauro Cunha, disse que a escolha de Bendine desrespeitou o Conselho, e indica que votou contra o novo presidente.

“O acionista controlador mais uma vez impõe sua vontade sobre os interesses da Petrobras, ignorando os apelos de investidores de longo prazo. Como diz o Fato Relevante [comunicado enviado pela empresa ao mercado], a decisão foi por maioria, e não por unanimidade – de onde se pode concluir a posição deste conselheiro”.

Diretores interinos
Outros quatro diretores da Petrobras que renunciaram junto com Graça Foster serão substituídos interinamente por Solange da Silva Guedes (Exploração e Produção), Jorge Celestino Ramos (abastecimento), Hugo Repsold Júnior (Gás e Energia) e Roberto Moro (Engenharia). Eles já eram gerentes-executivos da estatal e serão elevados temporariamente a cargos de diretoria.

No comunicado ao mercado, a Petrobras agradeceu ainda a Graça Foster e aos cinco diretores demissionários "pela competência técnica, o profissionalismo e a dedicação" no exercício dos cargos.

NOVA COMPOSIÇÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DA PETROBRAS

PresidenteGuido Mantega

Representantes indicados pelo governo
Luciano Coutinho
Francisco Roberto de Albuquerque
Sérgio Franklin Quintella
Miriam Aparecida Belchior
Márcio Pereira Zimmermann 

Representante dos acionistas preferencialistas
José Guimarães Monforte

Representante dos acionistas minoritários
Mauro Gentile Rodrigues da Cunha

Representante dos empregados da empresa
Sílvio Sinedino Pinheiro

Com a troca de Graça Foster por Bendini, o Conselho de Administração da Petrobras passa a ter a seguinte formação: Guido Mantega (presidente do conselho), Aldemir Bendini, Luciano Coutinho, Francisco Roberto de Albuquerque, Márcio Zimmermann, Sérgio Franklin Quintella, Miriam Belchior, José Guimarães Monforte, Mauro Gentile Rodrigues da Cunha e Sílvio Sinedino Pinheiro.

Fora de horário
O comunicado da Petrobras sobre a troca de comando foi divulgado às 15h22. O horário é pouco usual, uma vez que esse tipo de divulgação, em geral, deve acontecer com o mercado fechado, conforme determina o manual da Bovespa.

"Sempre que possível, a divulgação de Ato ou Fato Relevante deverá ocorrer antes do início ou após o encerramento dos negócios nas Bolsas de Valores", diz o manual.

Perfil 
Aldemir Bendine está na presidência do Banco do Brasil desde abril de 2009. O executivo tem ligações com o Partido dos Trabalhadores (PT), mas não é filiado.

Segundo o jornal "O Globo", Bendine havia sido convidado em novembro de 2014 para assumir a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) no lugar de Luciano Coutinho.

Formado em Administração de Empresas, foi gerente em Piracicaba (SP), assessor na Superintendência II de São Paulo, gerente-executivo da Diretoria de Varejo do BB (Soluções do mercado de cartões para o segmento corporativo), e secretário-executivo do Conselho Diretor do BB, chegando a vice-presidente do setor de Varejo do banco em dezembro de 2006.

Fonte: G1, 06/02/14




Paulo Moreira Leite: indicação de Bendine é mais positiva que parece

Bendine vai assumir Petrobras em substituição a Graça Foster

"Fala-se da queda dos papéis da Petrobras, após a nomeação de Bendine. como se este movimento, de caráter essencialmente especulativo, fosse diminuir a quantidade de arroz e feijão na mesa dos brasileiros", diz Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; "Do ponto de vista dos mercados, só interessava um presidente capaz de encaminhar medidas privatizantes no futuro da empresa — e até a mudança no controle, se fosse possível", avança; segundo ele, Bendine é o presidente ideal para equacionar a questão do balanço pendente e preservar a política de conteúdo nacional