sábado, 21 de março de 2015

Marta Suplicy comemora 70 anos com festa em São Paulo e filiação ao PSB


A comemoração aconteceu na noite desta sexta-feira (20) no bairro dos Jardins, na zona Oeste de São Paulo. Durante o evento ela disse que sua filiação ao PSB deve acontecer em breve.

Membros do PSB marcaram presença na festa. Entre os convidados estavam o ex-senador José Sarney, ex-deputado Gabriel Chalita, o presidente do TJ José Renato Nalini, o vice-presidente Michel Temer, o cabeleireiro Celso Kamura, e Tereza Collor.

Fonte: Bol, 21/03/15

Possibilidade de Marta ir para o PSB faz PT querer o mandato da senadora

Partido já pensa em requerer judicialmente o mandato da senadora
Naira Trindade
Para aliados, a eleição majoritária garante o mandato a Marta

Diante da anunciada possibilidade de a senadora Marta Suplicy (PT-SP) trocar o partido dos Trabalhadores (PT) pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), em maio, os petistas já estudam pedir a cadeira dela no Senado à Justiça Eleitoral. Dirigentes do PT se reuniram em São Paulo ontem após ter circulado a informação da desfiliação da senadora da sigla, para discutir se deveriam brigar pela vaga dela no Senado.

Interlocutores petistas afirmam que há um forte consenso entre os aliados para que o PT requeira judicialmente o mandato da senadora. Interessada em disputar a prefeitura de São Paulo, em 2016, a senadora buscava desde o ano passado uma legenda que lhe oferecesse a oportunidade de concorrer no próximo ano. Após meses de negociações, Marta Suplicy teria fechado com o PSB. Ela, porém, nega qualquer tipo de antecipação do assunto.

No primeiro mandato no Senado, Marta já foi deputada federal e prefeita de São Paulo, de 2001 a 2004. Em 2010, garantiu a candidatura ao Senado e conquistou o mandato. No ano seguinte, tornou-se ministra da Cultura e, em 2012, trabalhou novamente para ser candidata à prefeitura da capital paulista, mas acabou preterida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que apostou em Fernando Haddad, na época ministro.

Fonte: Correio Braziliense, 21/03/15

Ministério Público estuda medidas contra partidos envolvidos no escândalo

PGR quer pena de até 25 anos para corrupção


A força-tarefa da Operação Lava-Jato estuda tomar medidas contra os partidos políticos beneficiados pelo esquema de corrupção da Petrobras. As investigações apontaram que pelo menos o PT, PSDB, PP e PMDB receberam doações oficiais para disfarçar atos de corrupção na petroleira. 

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, por exemplo, já está denunciado por lavagem e corrupção. Nesta sexta-feira (20/3), o coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, afirmou que ainda não se sabe se as medidas serão tomadas, mas que elas são estudadas por um grupo de nove procuradores do Ministério Público.

Entre as 10 medidas de combate à corrupção anunciadas na manhã de hoje (20/3) pela Procuradoria Geral da Republica (PRG) estão a aplicação de multas aos partidos, a suspensão do fundo partidário, a suspensão do diretório estadual ou municipal e em último caso, o cancelamento do registro do partido político em todo país.

Fonte: Correio Braziliense, 21/03/15

A corrupção fede

"Como um animal morto fede, a corrupção fede, a sociedade corrupta fede, e um cristão que participa da corrupção também fede".
Papa Francisco

Educação no Pará deve entrar em greve a partir de quarta-feira que vem

Deliberação de greve tomada em Assembléia Geral       Foto do site do Sintepp

Em assembleia geral na manhã desta sexta-feira (20), realizada na quadra da EE. Cordeiro de Farias, em Belém, os trabalhadores em educação da Rede Estadual de ensino aprovaram GREVE em resposta a ameaça do Governo do Pará, de reduzir salários e pelo fato de está efetuando o pagamento do Piso Nacional da Educação.

Após o esclarecimento da Coordenação Estadual do Sintepp quanto a sequência de tentativas de negociação junto ao governo para o cumprimento do acordo da última greve e a pauta de reivindicação da categoria, os educadores externalizaram sua indignação.
Professores de Santarém também decidiram grevar para pressionar o governo

Também foi informado que a posição do governo é manter o sistema de lotação que vem sendo implantado, lotação de 150h, contrariando o que foi acordado com o Sintepp.

Os municípios presentes apontaram o panorama da educação em suas localidades e demonstraram para o início imediato da greve, para garantia do pagamento do piso, reforma das escolas, segurança, gestão democrática, PCCR unificado e ajustes da portaria de lotação.

Na segunda e terça-feira (23 e 24.03) nossa categoria permanecerá nas escolas, pois além de cumprir o prazo legal de 72 horas para a comunicação oficial do início do movimento, serão realizadas reuniões com a comunidade e também organizará a greve por distritos e subsedes. A partir do dia 25.03 (quarta-feira) as aulas serão suspensas, até que o governo cumpra o que nós exigimos.

Veja as reivindicações da categoria:
  1. Cumprimento do Acordo de greve firmado em juízo;
  2. Cumprimento do PCCR.
  3. Cumprimento das 200 h/aulas sem redução de turma/salário como critério para lotação;
  4. Eleições diretas para direção de escolas;
  5. Merenda escolar;
  6. Lotação dos especialistas em educação levando som conta os níveis de ensino ofertados (fund., médio e EJA) e turno e considerar a hora aula dos docentes que já fazem parte do grupo magistério e 1/3 da carga horária para organizar as ações pedagógicas;
  7. Lotação de 2015, assegurando a jornada, destinando no mínimo 1/3 de hora atividade de acordo com a lei do Piso Salarial Profissional Nacional do Magistério Público; 
  8. Lotação de 2015 com base na lotação de 2014; 
  9. Lotação por jornada, assegurando as aulas suplementares de acordo com a lei aprovada;
  10. Reajuste do vale alimentação, com base no maior valor pago hoje, bem como a sua manutenção do vale alimentação no período de licença;
  11. Reajuste da gratificação de diretores, vices e Secretários;
  12. Reformular a portaria de lotação, incluindo como critério para lotação o local do concurso público prestado;
  13. Reforma e construção de escolas, bem como a Conclusão das obras paralisadas de construção e reformas de escolas;
  14. Concurso público para o preenchimento de vagas nas áreas de: sociologia, inglês, filosofia, espanhol, física, química, biologia e artes;
  15. Pagamento das perdas históricas; 
  16. Pagamento de salário família; 
  17. Pagamento do Pasep, 
  18. Pagamento do Piso Salarial retroativo a janeiro/2015 
  19. Pagamento do retroativo da mudança do percentual de hora atividade de 2014, tal qual firmado em acordo judicial; 
  20. Pagamento do recesso com o novo piso;
Segundo lideranças do Sintepp, na busca por um consenso foram incontáveis, no entanto alternativa do governo primeiro foi de ignorar o sindicato, em seguida partiu para a manipulação de informações.

Depois de só receber o Sintepp em 16.03, o secretário de educação, Helenilson Pontes, que foi vice governador na gestão passada, alegou estar arrumando a gestão. O fruto desta reunião foi uma ata adulterada, com informações que não condiziam com o negociado com o sindicato. Por isso o Sintepp devolveu a ata e solicitou as alterações.

A categoria chega ao seu limite no momento que recebe da Seduc a orientação de que nenhum professor poderá extrapolar as 150h e diante de mais um engodo quanto ao pagamento do piso nacional. O governo sinaliza que apresentará uma data a partir de 15 de abril. Enquanto isso padeceremos com redução salarial. Isso é inaceitável!

Acompanhe a AGENDA DA GREVE aprovada na assembleia:

23.03 (segunda-feira), faz reunião com a comunidade

24.03 (terça-feira), O Sintepp fará reuniões por distrito e subsedes, às 16h., nos seguintes 
locais: Daico/Daout: EE. Palmira Gabriel, Dasac: EE. Graziela de Freitas, Daent: EE. Cordeiro de Farias, Damos: EE. Nonato Filgueiras, Dagua: EE. Brigadeiro Fontenelle, Dabel: EE. Deodoro de Mendonça, Daben: EE. Raimundo Viana

25/03 (quarta-feira)   Assembleia geral, às 9h, Praça da Leitura (São Brás)

26.03 (quinta-feira), Ato público, às 9h, concentração Praça da República.

Observe como ficam as perdas remuneratórias a partir da proposta de Jatene/Helenilson com a imposição da jornada de 150h.

Papa afirma que a corrupção é suja e que uma sociedade corrupta fede

Alessandro di Meo/ Efe/ Epa
Papa Francisco realiza missa na praça Piazza del Plesbicito, em Nápoles, Itália

O papa Francisco pronunciou neste sábado (21) um de seus discursos mais duros ao afirmar que "a corrupção é suja", que "uma sociedade corrupta é uma porcaria", e que aquele que permite a corrupção não é cristão e também fede.

"Quanta corrupção há no mundo. (...) A corrupção é suja e a sociedade corrupta é uma porcaria. Um cidadão que deixa que a corrupção o invada não é cristão!", afirmou.

O pontífice argentino realizou estas declarações durante um discurso em Scampia, um dos bairros da periferia norte de Nápoles (sul da Itália) que tradicionalmente esteve vinculado à máfia local, a Camorra.

O bispo de Roma aproveitou a ocasião para se dirigir aos milhares de napolitanos que foram até a praça de João Paulo 2º para escutá-lo para incentivá-los a lutar contra o mal e a ter o valor e a coragem de ir pelo caminho do bem e da justiça.

"Espero que tenham a coragem de seguir adiante com alegria, de levar esperança, de ir pelo caminho do bem e não pela do mal. (...) De ir adiante limpando a própria alma, a alma da cidade e da sociedade para que não exista esse cheiro putrefato que tem a corrupção", ressaltou com firmeza.

Rodeado de dezenas de crianças que cantavam seu nome e que interromperam em algumas ocasiões seu discurso, Francisco descreveu Nápoles como uma cidade na qual "se tentou criar uma 'terra de ninguém', um território em mãos da chamada microvioleêcia".

Além disso, o papa destacou da cidade sulina sua "longa história, atravessada por desafios complexos e dramáticos" e reconheceu que o dia a dia está cheio de dificuldades e de "duras provas".

Complicações que, no entanto, podem contribuir para criar "uma cultura de vida que ajuda a se levantar após cada queda, que ajuda a conseguir de alguma maneira que o mal não tenha a última palavra".

Por isso, o máximo representante da Igreja Católica insistiu na importância de que estes fiéis mantenham a esperança para não permitir que "quem voluntariamente" tome "o caminho do mal roube um pedaço de esperança de si mesmo e dos demais".

Paralelamente, o papa insistiu na importância de dividir uma boa educação para formar, assim, a jovens e ensiná-los que sigam o caminho do bem e se afastem das práticas delitivas.

"A educação é o caminho justo porque previne e ajuda a ir para frente", assinalou.

O bairro de Scampia foi o segundo parada da viagem que empreendeu o papa Francisco hoje à região sulina de Campânia.

O início de sua visita aconteceu no Santuário de Pompéia, onde chegou aproximadamente por volta das 8h local (5h, em Brasília) e onde permaneceu cerca de 35 minutos, orando para Virgem Maria e em companhia de milhares de fiéis que se aproximaram para vê-lo e receber sua bênção.

Fonte: Uol, 21/03/15

sexta-feira, 20 de março de 2015

Empreiteira fecha acordo e denuncia cartel de empresas ligadas à Petrobras

Foram 22 empreiteiras acusadas, entre elas as três maiores do setor de construção: Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade e Gutierrez. Ao contrário, 15 firmas não participavam do esquema, segundo a Setal


Veja a lista de 22 empresas denunciadas pela Setal Engenharia e Setal Óleo e Gás (SOG), além dos funcionários e executivos ligados a elas, como Augusto Mendonça. Eles fecharam nesta sexta-feira um acordo de leniência no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), indicando um cartel de empreiteiras que atuava na Petrobras. O cartel era formado por 23 empresas, incluindo o grupo Setal. Ao contrário, eram 15 firmas que não participavam do esquema, segundo o acordo firmado com o Cade.

Empresas denunciadas
1. Construtora Norberto Odebrecht
2. Construções e Comércio Camargo Corrêa
3. Construtora Andrade Gutierrez
5. Engevix Construções
6. Galvão Engenharia
7. GDK
8. Iesa Óleo e Gás
9. Mendes Júnior Trading Engenharia
10. MPE Montagens e Projetos Especiais
11. Promon
12. Queiroz Galvão Óleo e Gás
13. Skanska Brasil Ltda
14. Techint Engenharia Construção
15. UTC Engenharia
16. Alusa Engenharia (atual Almini Engenharia)
17. Carioca Christiani Nielsen
18. Construcap CCPS Engenharia e Comércio
19. Fidens Engenharia
20. Jaraguá Engenharia e Instalações Industriais
21. Schahin Engenharia
22. Tomé Engenharia

A Setal e seus funcionários disseram que outras firmas “não participaram do cartel”:

Empresas não denunciadas
1. Niplan Construções e Engenharia
2. Egesa Engenharia
3. Sinopec
4. Usimec
5. Tenace
6. Potencial Engenharia e Construções
7. Enesa Engenharia
8. Confab Industrial
9. Encalso Construções
10. Technip Brasil Engenharia Instalações e Apoio Marítimo
11. Contreras Empreendimentos e Construções
12. MCE Engenharia
13. TKK Enegnharia
14. Serveng – Civilsan S/A Empresas Associada de Engenharia
15. Toyo Engeneering Co.

Ilações indevidas

A Andrade Gutierrez negou participação no cartel da Petrobras. Em nota enviada aoCorreio na noite de hoje, a assessoria da empresa disse que as acusações da Setal perante o Cade são “ilações indevidas”.

"A Andrade Gutierrez repudia as ilações indevidas que vêm sendo feitas sobre a suposta participação em cartel e reitera, como tem feito desde o início da Operação Lava Jato, que não tem ou teve qualquer envolvimento com os fatos relacionados com as investigações em curso”, afirma a empreiteira. É importante ressaltar que não há qualquer tipo de prova sobre a participação da AG nesse suposto cartel e que todas as acusações equivocadas vem sendo feitas em cima de ilações e especulações.”

A Odebrecht veem negando “veementemente” qualquer participação em ilícitos. “A empresa reafirma que todos os contratos que mantém, há décadas, com a Petrobras, foram obtidos por meio de processos de seleção e concorrência que seguiram o estabelecido na legislação vigente”, afirmou em uma das ocasiões. “A Odebrecht não participa e nunca participou de nenhum tipo de cartel.”

Dois executivos da Camargo Corrêa prestam delação premiada ao Ministério Público. Em nota, a empreiteira disse que irá colaborar com as investigações e “sanar eventuais irregularidades”.

Fonte: Correio Braziliense, 20/03/2015

Afagos de Perillo em Dilma irritam cúpula tucana

Conversa entre a presidente Dilma e o governador de Goiás, Marconi Perillo

Integrantes da cúpula do PSDB ficaram aborrecidos com os rapapés que o governador tucano de Goiás Marconi Perillo dedicou a Dilma Rousseff. Ao saudar a presidente durante visita dela à cidade de Goiânia, Perillo disse coisas assim: “Sou de um outro partido, que às vezes faz oposição à senhora, mas eu não. Nunca ninguém ouviu aqui em Goiás uma palavra minha que não fosse de respeito e de reconhecimento ao trabalho de Vossa Excelência.''

Um integrante da Executiva Nacional do PSDB resumiu a sentimento do ninho: “Numa hora em que o PSDB adiciona pimenta no seu vatapá, o Marconi vem dizer que o partido ‘às vezes faz oposição’. Enquanto nos esforçamos para aproximar nosso discurso do sentimento de aversão das ruas pelo governo Dilma, nosso companheiro fala do ‘respeito e do reconhecimento ao trabalho’ dela. É demais! O Marconi escolheu uma péssima hora para corresponder aos que não têm nenhum motivo para confiar nele.”

Fonte: Uol/Blog do Josias, 20/03/15

quinta-feira, 19 de março de 2015

É hora de Gilmar Mendes devolver processo


Passadas as marchas pró e contra o governo, é hora de nós, brasileiros e brasileiras, nos juntarmos para, sem coloração partidária, sem ressentimentos e sem rivalidades mesquinhas, promovermos ações políticas coletivas que estejam acima de qualquer suspeita de ambos os lados.

Tanto nas passeatas do dia 13, como nas do dia 15, era imenso o número de pessoas portando cartazes e faixas contra a corrupção. Trata-se, pois, de uma agenda política de todos os brasileiros. Que tal representantes de ambos os lados da disputa política, como, por exemplo, Lobão e Stédile ou FHC e Lula, demonstrarem que não se limitam à retórica emocional dos palanques? Que estão dispostos a abraçar uma causa objetiva e concreta que possui amplas possibilidades de produzir algum efeito positivo em nossa política?

A partir dessa repugnância à corrupção demonstrada por todos e dadas as informações que são reveladas a partir da Operação Lava-Jato, a primeira dessas ações concretas que merece ser abraçada parece ser o financiamento privado das campanhas políticas. E nem há necessidade de produção de projeto de emenda constitucional ou de lei de iniciativa pública. Já há uma interpretação jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal prontinha para entrar em vigor. Basta apenas exigir que Gilmar Mendes cumpra o seu dever constitucional, como integrante do Poder Judiciário, de impedir ou mitigar os conflitos sociais. Juiz não existe para produzir questões, mas para resolvê-las.

É hora de incrementar a campanha "Devolve, Gilmar".

Gilmar Mendes, Ministro do STF, pediu vistas e está há quase um ano sentado no processo que decidirá o fim do financiamento privado das campanhas políticas. A votação já estava decidida, por 6 votos favoráveis e um contrário, pelo fim do financiamento privado. Ou seja, a vista pedida pelo Ministro, em princípio, aparenta constituir somente uma manobra para postergar a decisão e, assim, dar tempo ao Congresso para que produza uma emenda constitucional que permita o financiamento das campanhas por pessoas jurídicas.

Entretanto, a partir dessas manifestações populares de sexta-feira e de domingo, não há a menor possibilidade de o Congresso produzir qualquer emenda ou lei nesse sentido. O clima pesou. Um projeto de lei nesse sentido colocaria todos na rua novamente.

Fonte: Jornal GGN, 19/03/15



Para Cristovam, medidas anticorrupção precisam ser votadas com urgência

Cristovam Buarque (PDT/DF) disse que uma das mais importantes medidas do pacote anticorrupção do governo é a proposta que criminaliza o caixa dois no financiamento das campanhas eleitorais. Para o senador, o pacote precisa ser votado em regime de urgência. 

O senador defendeu o fim da contribuição pública para os partidos, que deveriam ser custeados pelos filiados. 

— Nós não podemos deixar que o projeto fique aqui um ano, dois anos, três anos, quatro anos, dez anos sem ser aprovado. Aí, nós estaremos sendo corruptos pela omissão, por não criarmos as bases para este país não ter corrupção — afirmou o senador. 

Cristovam disse que outra proposta do pacote, a que prevê a extensão da exigência de ficha limpa aos servidores dos Três Poderes, poderia ser posta em prática pelo governo antes mesmo da aprovação da medida pelo Congresso Nacional, tendo em vista a sua importância.

Fonte: Jornal do Senado, 19/03/15

Malta chama eleitor à reflexão sobre importância de escolher representantes

Senador Magno Malta (PR/ES)
Magno Malta (PR-ES) convocou, anteontem, a população a refletir sobre a importância da participação política. Cobrou dos eleitores que escolham com responsabilidade os políticos para não contribuírem com a corrupção. Segundo ele, de nada adianta o Congresso aprovar um projeto anticorrupção, se os corruptos continuarem agindo na política. 

— Se você fechar um buraco de rato, ele abre em outro lugar. Uma lei contra corrupção é tapar um buraco de rato. Nós estamos fazendo papel de parlamentar ou de pedreiro? Você [eleitor] precisa, com seu voto, matar o rato — disse. 

Malta criticou as declarações de ministros de que as manifestações não teriam sido espontâneas. Afirmou que quem estava na rua não eram “oportunistas”, e sim pessoas que não aguentam mais corrupção nem ações do governo que classificou como “afronta” ao povo

Paulo Rocha, Senador do Pará apresenta prioridades do mandato

Paulo Rocha (PTPA) fez seu primeiro pronunciamento posicionando-se a favor da democracia e dos movimentos sociais. O senador criticou o que chamou de “golpistas de plantão”, que, segundo ele, buscam privilégios aos poderosos. 

Ele defendeu o combate ao “noticiário irresponsável” veiculado pelo “monopólio” dos meios de comunicação e pediu providências ao governo federal para conter os assassinatos de líderes de trabalhadores, crimes que classificou como “chagas para a democracia”. 

Senador Paulo Rocha
Paulo Rocha cobrou um tratamento igualitário aos estados da Amazônia, criticando o conceito de que o povo da região vive numa realidade distante. Na lista de pautas em defesa do Pará e da região amazônica, o parlamentar apoiou a realização de obras de infraestrutura, mas usou o exemplo das hidrelétricas para contrastar os projetos de desenvolvimento com a realidade que assola o povo desassistido.

— Faremos a defesa da geração de energia limpa, mas cobraremos as compensações pelos impactos que a construção de hidrelétricas provoca ao meio ambiente e ao povo da Amazônia — afirmou. 

Senado aprova combate ao bullying nas escolas

Pelo projeto, profissionais de educação serão capacitados para evitar violência, com a criação do Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Texto volta à Câmara antes da sanção porque foi mudado na Comissão de Direitos Humanos 

Famílias e responsáveis pelos alunos serão orientados para identificar e enfrentar situações de violência nas escolas, segundo proposta aprovada ontem pelos senadores. O projeto prevê também assistência psicológica, social e jurídica às vítimas e aos agressores. O problema pode ser monitorado com relatórios anuais das ocorrências nas escolas e nas redes de ensino. 

No texto, que volta para a análise de deputados, bullying é definido como uma sequência de episódios de violência física ou psicológica, intencionais e repetitivos, praticados reincidentemente por um indivíduo ou grupo contra outro indivíduo ou grupo, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas, produzindo na vítima prejuízos psicológicos, físicos ou morais.

Fonte: Jornal do Senado, 19/03/14

segunda-feira, 16 de março de 2015

Tudo igual a 1964; só faltam os EUA. Ou não faltam?

campanha contra uma presidente acusada (sem provas) de corrupção debocha dela até em sua compleição física e a insulta cotidianamente valendo-se de nomes impublicáveis, lembrando os ataques debochados contra Jango Goulart e até contra sua família

Vejamos se esqueci alguma coisa.

1 – O que mais se fala hoje, no Brasil, é em depor uma presidente da República reeleita há pouco mais de quatro meses.

2 – As ruas são tomadas por grupos que, aos milhares, pedem que essa deposição do governo seja feita via golpe militar.

3 – A grande imprensa divulga diariamente, e em destaque, textos opinativos pregando a deposição da presidente, ainda que por manobra no Congresso e apesar de não haver acusação formal alguma contra ela.

4 – A imprensa divulga em grande destaque a manifestação que tem, entre os seus, milhares de pessoas que pregam golpe militar

5 – Nas ruas, militantes de dois grupos antagônicos envolvem-se em choques violentos, ainda que restritos a pequenos grupos.

6 – Campanhas milionárias pela deposição do governo são vistas e ninguém sabe exatamente como foram financiadas.

7 – Nas ruas, pessoas que usem roupas identificadas com um determinado grupo político sofrem insultos e agressões físicas.

8 – Como em tantas vezes na história brasileira, a desculpa para depor o governo é a “corrupção” – contudo, investigações só foram possíveis porque o governo que supostamente roubou, nomeou pessoas com autoridade para investigá-lo que não hesitaram em fazê-lo.

9 – A campanha contra uma presidente acusada (sem provas) de corrupção debocha dela até em sua compleição física e a insulta cotidianamente valendo-se de nomes impublicáveis, lembrando os ataques debochados contra Jango Goulart e até contra sua família.

10 – O preenchimento deste espaço é de livre provimento pelo leitor.

O décimo tópico da lista acima é o que falta para que a situação política hoje no Brasil seja praticamente idêntica à que vigia em 1964, quando o Brasil foi sequestrado e assim permaneceu por 21 anos.

De acordo com vídeo que anda circulando na internet, porém, nem isso falta.

O vídeo que você assistirá a seguir reproduz com imagens artigo atribuído a Frederick William Engdahl, economista, escritor e jornalista americano que discute temas de geopolítica econômica e de energia há mais de três décadas. Engdahl contribui regularmente para várias publicações, incluindo Nikon Keizai Shimbun, a revista Foresight, Investor.com de Grant, Banker Europeu e Negócios Banker International e da revista italiana Eurasia estudos geopolíticos. Ele já participou de muitas conferências internacionais sobre a geopolítica, economia e energia.

Esse vídeo faz um resumo do que aconteceu na política brasileira ao longo dos últimos dois anos e insere na equação o décimo tópico da lista acima. Teoria conspiratória ou fato? Em 13 minutos de atenção, você terá elementos para decidir.


(Por F. William Engdahl na Revista americana NEO)

Vídeo e narração: Cibele Laura

Texto: publicado no “NEO – New Eastern Outlook”. Escrito por F. William Engdahl, norte-americano, engenheiro e jurisprudente (Princeton, EUA-1966), pós-graduado em economia comparativa (Estocolmo, Suécia-1969). Artigo transcrito no “Patria Latina” com tradução de Renato Guimarães.

Adaptação para o vídeo: Cibele Laura

sábado, 14 de março de 2015

Dez coisas que os homens gostam e não contam

Homens são seres silenciosos por natureza. O seu instinto prático de resolver problemas e a presença no seu DNA da vontade constante de proteger a família fazem do sexo masculino um ser silencioso, de diversas palavras e poucos atos.

Eles odeiam DR, discutir sobre algo que pode ser solucionado ou “refletir sobre o assunto”.

Mas tem coisas que se eles fossem mais abertos, com certeza comentariam. Tem coisas que eles curtem em suas mulheres e apreciam mais que um belo carro mas não comentam. O que seria?

1 – O cheiro – eles adoram o perfume feminino e não estamos falando as fragrâncias, mas de algo mais profundo como o cheiro da sua pele e até do suor. Eles adoram ter você do lado e não é uma questão de um bom perfume, apenas nem sempre externizam isso.

2 – Cabelo molhado – homens curtem na verdade e sensualidade dos fios recém saídos do banho. Alguns até preferem uma fantasia no chuveiro por conta deste visual sem muito charme, ao natural.

3 – Morder os lábios – é um dos atos sensuais que elas fazem sem perceber. Na obra literária “50 tons de cinza”, Cristian cita diversas vezes como a Ana o prova apenas com uma mordida de lábio quando está ansiosa ou excitada.

4 – Paquera com os lábios – homens são silenciosos, e por isso adoram muito mais uma paquera e boa olhada, troca de olhares cruzados e nervosos ao invés de uma conversa super mega ambiciosa e cheia de indiretas. Use seu olhar com sua arma.

6 – Ficar deitado sem nada fazer – apenas deitado na cama ou no sofá. Há uma lenda urbana que mulheres é que curtem esses momentos íntimos, mas os homens são muito mais apreciadores de uma boa tarde de descanso vendo filmes ao invés de sempre pensar na cama com uma conotação sexual. Eles curtem o contato físico, uma conversa ou não, apenas ficar abraçados.

7 – Mulheres vestindo as roupas dele – é sexy, é divertido e eleva o grau de intimidade. Homens curtem quando você levanta e veste a roupa dele apenas por diversão, em especial após momentos bem íntimos. Também ajuda a manter vocês mais conectados.

8 – Encarar problemas com bom humor – mulheres que entram em pânico com pequenos problemas é uma boa pedida para deixar a relação mais prazerosa. Você não sabe o quanto é chato conviver com a pessoa que vê problema em tudo, não consegue relaxar e nem ao menos ver pontos positivos quando tudo está ruim.

9 – Falar de seus planos para ter filhos – eles podem não curtir conversar sobre quantos filhos querem ter, quando e sexo, mas a ideia de ser pais e saber que você está pronta para ter mães é uma boa pedida.

10 – Ouvir você perguntar como ele está – é alguém se preocupando com ele. Parece que não curtem, as vezes até fingem não gostar, mas curtem sim. Continue perguntando, mesmo que eles pareçam se esconder.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Tolerância nos dias 13 e 15 de março: O outro não é seu inimigo

Política é bom e é sensacional que as pessoas estejam vivendo, fazendo e respirando política.

Mas, como já disse aqui durante aquela zorra em que se transformaram as eleições do ano passado, fazer política significa também estômago forte e alma tranquila, considerando que está em jogo a forma pela qual achamos que o país deve ser conduzido.

Ou seja, em tese, o seu interlocutor – seja ele um avatar estranho teclando loucamente em uma rede social ou o seu melhor amigo lançando perdigotos em um debate acalorado – não é seu inimigo. Ele está no mesmo barco e, também em tese (ok, pelo menos em tese), compartilha com você um mesmo objetivo comum: uma vida melhor.

Enfim, manter um mínimo de civilidade é importante, como sempre lembro por aqui. Até porque a vida continua depois que as faixas e cartazes forem recolhidos. Tomo a liberdade, portanto, neste momento de ânimos exaltados, de retomar o que já escrevi sobre o tema.

Pois você fica satisfeito em só ter amigos e amigas que concordam com você? Se sim, pense em como isso é triste! Há pessoas que parecem não aceitar serem questionadas. Talvez para afastar os medos e inseguranças sobre suas próprias crenças.

Acredito que meu ponto de vista está correto. E defendo-o de corpo e alma. Mas sei que isso não faz dele o único. Uma outra pessoa pode defender que a forma mais correta de acabar com a fome, a violência, as guerras, a injustiça seja por outro caminho. Já encontrei respostas para indagações pessoais em pessoas que escrevem sob um ponto de vista totalmente diferente do meu. E, creio, que o mesmo já aconteceu.

Desse enfrentamento de ideias e de propostas sairá um vetor resultante que apontará para uma direção, dependendo da correlação de forças envolvidas, dos atores dedicados a isso, da aceitação dessas propostas pelo restante de uma sociedade.

Eu sei que é duro acreditar nisso neste momento, com manifestações praticamente antagônicas marcadas com dois dias de distância. E, pior: com as redes sociais distribuindo granadas à população para que entre em uma guerra fratricida.

Mas vamos discutir os argumentos que embasam as diferentes posições e não chamar o outro de canalha ou burro, esquerdista idiota ou direita fascista, e travar por aí a discussão. A saída para contrapor uma voz não é um xingamento, mas sim outra voz.

Discordo o que defendem vários veículos de comunicação ou colegas de profissão, mas não quero que eles fechem ou sejam atacados. Pelo contrário, desejo que se fortaleçam, bem como as vozes dissonantes a eles, de forma a contemplar devidamente o espectro ideológico, garantindo ponto e contraponto, peso e contrapeso à democracia.

Repetindo Voltaire, discordo, mas defendo o direito de que seja dito. Lembrando, contudo, que os discursos que incitarem a violência a terceiros, indo contra o que está determinado pela Constituição, terão que responder legalmente após serem ditos. Nunca antes, pois isso seria censura.

Muitos simplesmente repetem mentiras que leem na internet, ouvem em bares ou veem na igreja e não param para pensar se concordam ou não realmente com aquilo. É um Fla-Flu, um nós contra eles cego, que utiliza técnica de desumanização, tornando esse outro uma coisa sem sentimentos.

É mais fácil pensar de forma binária, preto no branco, os de lá, os de cá. “Ah, mas você faz isso, japs!'' Todos nós em alguma medida fazemos, infelizmente. Mas é como percebemos isso e atuamos para mudar nossas atitudes que realmente conta. Afinal, ninguém nasce pronto.

Pois, caso contrário, a vida vai ficando mais pobre, paramos de evoluir como humanidade. Do outro lado sempre estará um monstro e do lado de cá os santos. Isso sem contar a impossibilidade de apreciar tudo o que o outro tem de melhor – do ombro amigo à conversa inflamada em uma mesa de bar.

Sugiro para esta sexta (13) e domingo (15), que busquem a tolerância no diálogo, mesmo que firme e duro, e se perguntem se acham que estão certos a todo o momento, uma vez que nossa natureza não de certezas e sim de dúvidas e falhas que só poderão ser melhor percebidas no tempo histórico.

Fonte: Blog do Sakamoto/Uol, 13/03/15

Ministro diz que protestos pró-impeachment de Dilma cheiram a "golpe"

O ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas, disse nesta quinta-feira que protestos para defender o impeachment da presidente Dilma Rousseff cheiram a "golpe" e isso é "inadmissível".
Pepe Vargas, Ministro das
Relações Institucionais
A avaliação do ministro, que é responsável pela articulação política do governo, ocorre três dias antes das manifestações contra a petista que estão sendo convocadas no Brasil inteiro, e um dia depois do PSDB, maior partido de oposição, ter chamado sua militância para integrar os protestos.

"Há uma presidente no exercício do seu cargo e ungida pelas urnas. E falar em impeachment, com todo respeito, é desrespeitar a vontade majoritária da população brasileira que foi às urnas, é algo que cheira a golpe e isso é inadmissível", disse o ministro a jornalistas nesta quinta-feira, após participar de um café da manhã com líderes aliados da Câmara.

Questionado se todos que forem às ruas no domingo pedindo o impeachment seriam golpistas, o ministro afirmou que não acredita que só haverá manifestantes pedindo isso nas ruas.

"Acho que não vai todo mundo para a rua no domingo a favor do impeachment. Essa é a tese de alguns da oposição sim", argumentou.

Pepe é o primeiro ministro a classificar as manifestações pró-impeachment como "golpe". Esta semana, a presidente e o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disseram que a contestação do resultado das urnas seria um "terceiro turno" das eleições.

A manifestação do ministro ocorre um dia depois de o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), convocar a militância tucana para ir às ruas protestar contra o governo.

Aécio, que perdeu as eleições presidenciais no segundo turno para Dilma, disse que não irá aos protestos para não reforçar o discurso de terceiro turno do governo.

O governo acompanha com apreensão as manifestações convocadas para domingo, ainda mais depois de a presidente ter sido vítima de protestos e panelaços em várias cidades do país enquanto fazia um pronunciamento na TV no último domingo.

Uma fonte do governo disse à Reuters, sob condição de anonimato, que Dilma pediu aos principais ministros que permaneçam em Brasília no domingo para analisar a repercussão e o impacto das manifestações.

Uma outra fonte do Palácio do Planalto afirmou à Reuters, também pedindo para não ter seu nome revelado, que o governo está monitorando nas redes sociais as convocações para os protestos.

"O que estamos vendo é que há muitos robôs operando nas convocações e tentando inflar os protestos", disse a fonte.

Dilma enfrentará a onda de protestos no momento em que o governo passa por uma crise política com o Congresso, tenta levar adiante uma série de medidas para fazer um forte ajuste fiscal e vê sua popularidade no menor nível.

Uma pesquisa do instituto Datafolha mostrou no começo de janeiro que apenas 23 por cento da população considera a gestão da petista como ótima ou boa.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

Povo corrupto por natureza

Ninguém abriu as portas para corrupção, é que o povo brasileiro por natureza já e corrupto mesmo. Seja para conseguir um documento com maior facilidade ou qualquer outras pequenas coisas. Se for possível facilitar, vamos fazer. Temos a mania de colocar a culpa em alguém, ou em algum sistema. O problema somos nós mesmos e ponto final. Comentário de Ademar de Oliveira em "Decreto da época de FHC abriu porta para corrupção na Petrobras, diz Cunha", Msn, 12/03/15

Decreto da época de FHC abriu porta para corrupção na Petrobras, diz Cunha

Em depoimento à CPI da Petrobras, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta quinta-feira que decreto editado pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso permitiu a instituição de esquema de corrupção na estatal.

Segundo Cunha, o decreto que modificou a lei de licitações na empresa foi o “fato motivador” que resultou na formação de cartel e de irregularidades em contratos da estatal.

“No meu ponto de vista pessoal, a razão do esquema de corrupção na Petrobras se deu pela mudança da regra de licitações”, afirmou.

“Foi exclusivamente por decreto da Presidência da República, não foi na Presidência atual, foi ainda na época do governo de Fernando Henrique”, disse o presidente à CPI, acrescentando que o conceito da mudança visava dar agilidade para que a Petrobras pudesse competir internacionalmente.

“(O decreto) foi a porta aberta para que se permitisse instalar uma possível lista de privilegiadas na execução de obras e serviços na Petrobras”, acrescentou.

A CPI, assim como a Justiça, apuram a existência de esquema de corrupção na Petrobras envolvendo pagamento de propina em contratos de três diretorias, em benefício de políticos e partidos.

Cunha, assim como o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), figura em lista de 49 pessoas --47 deles políticos, com ou sem mandato--, que passaram a ser investigadas a partir de autorização do STF após pedido de abertura de inquérito do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, na última semana, para apurar suposto envolvimento em esquema.

 Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ)  depõe na CPI da Petrobras
 
© REUTERS/Ueslei Marcelino
Cunha aproveitou seu depoimento para questionar o que considera uma condução política do caso pelo procurador-geral, afirmando que sua inclusão na lista ocorreu de foma "irresponsável e leviana”.

O presidente da Câmara sugeriu ainda que o Legislativo mude as regras para vedar a possibilidade de recondução ao cargo de procurador-geral. Atualmente, o procurador-geral depende do poder Executivo para condução à sua reeleição.

“Caberia a nós, até, mudarmos a legislação para vedar a recondução. Para dar isenção. Para ele, no exercício de sua função, não ter que agradar a quem quer que seja. Seja quem vai reconduzi-lo ou seja quem aprová-lo na Casa competente.”

Embora o clima na CPI fosse de elogios a Cunha --tanto de oposicionistas quanto de governistas --, alguns, como a deputada Maria do Rosário (PT-RS) discordou e disse não acreditar em politização dos atos do procurador.

Já o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), em coro com os que teciam elogios a Cunha, apresentou requerimento, qua ainda precisa ser votado, pedindo a quebra dos sigilos telefônicos de Janot e do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Cunha, por sua vez, afirmou que não colocaria seus sigilos à disposição para não fazer “bravata” ou “constranger” outros investigados, que poderiam sentir-se na obrigação de fazer o mesmo. Ressaltou, no entanto, que sua declaração fiscal já é pública e que se a CPI assim entender, poderá quebrar os sigilos.

Fonte: Msn, 12/03/15

quinta-feira, 12 de março de 2015

Acordo envolvendo Jean Wyllys e Feliciano racha bancada evangélica

Estadão, 11/03/15

Brasília - A possibilidade de um acordo com o PT para a definição da composição da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara dos Deputados rachou a bancada evangélica. Nesta tarde foi iniciada uma negociação para que o Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e Jean Wyllys sejam vice-presidentes do colegiado, mas um grupo de deputados da bancada se irritou. Disseram não ter sido consultados. 

"Não houve diálogo com a bancada para fechar o entendimento. O acordo anunciado não existe", afirmou Marcos Rogério (PDT-RO). O deputado disse que o grupo ainda não tem uma posição definida sobre a composição da comissão, mas que até esta quinta-feira, 12, voltarão a conversar sobre uma saída para o impasse. 

Na impossibilidade de apresentar uma candidatura avulsa contra o indicado oficial, o petista Paulo Pimenta (RS), deputados da bancada evangélica se viram diante da possibilidade de lançar Feliciano para vice. O acordo preliminar previa que outra vaga de vice fosse destinada a Jean Wyllys, defensor da causa LGBT e adversário político de Feliciano. "A frente (evangélica) não fez acordo nenhum", reclamou Anderson Ferreira (PR-PE).

A saída política para o imbróglio que começou na semana passada foi costurado pelo PT a partir do convite para que Jean Wyllys integrasse a comissão. Como o PSOL não tem direito a uma vaga de titular, o PSB cedeu espaço para que o deputado pudesse disputar o cargo. Os deputados da bancada evangélica, que tem força na comissão, concordaram inicialmente em compor a Mesa do colegiado e a terceira vice-presidência deve ficar com Rosângela Gomes (PRB-RJ). Agora, o grupo descontente diz que a escolha do comando da comissão não se dará por acordo e sim no voto.

A última tentativa dos evangélicos de assumir o controle da CDHM foi com a articulação para indicação de Anderson Ferreira. Autor do polêmico projeto do Estatuto da Família (que define o conceito de família a partir da união entre um homem e uma mulher), Ferreira ameaçava lançar candidatura avulsa contra o petista. Para garantir que o acordo de líderes partidários fosse mantido e o PT ficasse com o comando da comissão, o próprio líder da bancada, deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), assumiu a vaga de titular e tirou Ferreira do colegiado.© Beto Barata/Estadão