domingo, 9 de novembro de 2014

DNPM vai indeferir mais de 5.000 requerimentos de lavra garimpeira em Itaituba

Porque nos processos faltam documentos obrigatórios


Marcos Antônio Cordeiros, representante do DNPM, falando na Cãmara de Itaituba

Marcos Antônio Cordeiros, representante do DNPM, de Itaituba, atendendo convite do vereador Peninha, esteve na manhã de 4ª feira, dia 5 de novembro, na Câmara de Vereadores de Itaituba, O geólogo falou que no período de 1990 até 2014, o DNPM já expediu 481 PLGs - Permissões de Lavra Garimpeira, somente no Vale do Tapajós. Isso significa que apenas 481 áreas de garimpagem estão estão regularizadas junto ao órgão para as atividades minerais.

Outro dado importante colocado pelo chefe do escritório do DNPM em Itaituba foi o número de requerimentos que o órgão vai indeferir em alguns dias. São em torno de 5.000 requerimentos. Os motivos são diversos, entre eles: o não cumprimento das exigências em lei para adquirir a PLG. Vai desde requerimentos em áreas como reservas, em áreas já requeridas, para pesquisa ou para extração de ouro, falta de documentos, etc.

Porém, o que mais retarda a expedição da PLG e a falta da Licença Ambiental, pois o DNPM só pode liberar a permissão após a apresentação da LO. Este documento é expedido pelo IBAMA, SEMA ESTADUAL OU SEMMA MUNICIPAL, dependendo onde se localiza a atividade. Entretanto, após o requerimento dar entrada no DNPM, o requerente tem que imediatamente, porque tem prazo, requerer a licença no órgão ambiental. De posse do pedido da LO o interessado deve encaminhar ao DNPM cópia do protocolo do órgão ambiental para poder provar que seu processo está vivo, ou seja, está cumprindo as exigências da lei.

O fato é que cerca de 5 mil requerimentos não cumpriram essas exigências e deverão ser indeferidos.

sábado, 8 de novembro de 2014

Dilma escala Lula, Mercadante, Berzoini e Temer para pacificar aliados

Na tentativa de distensionar as relações com o parlamento, Dilma alterou duas características: está mais disposta às conversas e deu autonomia para aliados dialogarem

Paulo de Tarso Lyra/Correio Braziliense, 08/11/2014
Dilma convive com uma base insatisfeita, que ameaça intensificar os problemas no parlamento em 2015

Reeleita para mais quatro anos, a presidente Dilma Rousseff herdará um Congresso Nacional com uma base aliada fragmentada, rancorosa pelo descaso do primeiro mandato, ansiosa por mudanças no tratamento e voraz por mais cargos. Tudo isso embalado em um período de recessão econômica, que impedirá pacotes de bondade para o eleitorado. Na tentativa de distensionar as relações com o parlamento, Dilma alterou — pelo menos até o surgimento da primeira crise concreta no relacionamento — duas características que a marcaram no quadriênio 2011-2014: está mais disposta às conversas e deu autonomia para aliados dialogarem com os partidos que integram a coalizão governista.

Quatro nomes foram escalados para a missão: o vice-presidente Michel Temer, designado pela presidente para domar o PMDB e, sobretudo, acalmar o líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha (RJ); o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, responsável por contornar as insatisfações do PT; o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que vai auxiliar Dilma no desenho do mapa ministerial e dos segundos e terceiros escalões do governo; e Ricardo Berzoini, ministro da Secretaria de Relações Institucionais, incumbido de monitorar as rebeliões no Congresso.

O trabalho não será fácil. Durante o jantar de quinta-feira no Palácio da Alvorada com a bancada de deputados do PT e governadores eleitos pela legenda, Dilma disse que uma de suas prioridades será azeitar a relação com a Câmara. Precisará fazer uma reforma ministerial para iniciar o segundo mandato, o que, inevitavelmente, vai causar ciúmes. Mesmo com 39 ministérios, a luta por cada naco de poder é intensa, deixando a impressão de não haver espaço para todos.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

JUSTIÇA AFASTA SECRETÁRIO DE MEIO AMBIENTE

Por meio de medida liminar, a Justiça de Itaituba afastou na tarde de hoje, o secretário de meio ambiente, Valfredo Marques Jr.

Por enquanto não há informações mais completas, pois nem a Prefeitura, nem o secretário foram ainda citados sobre a decisão. Entretanto, o que se sabe é que o motivo é uma ação popular de autoria de José Lemos de Oliveira, mais conhecido como Tatá, dono do FRIVATA, contra o secretário por causa do imbróglio dos frigoríficos.

Falei com o secretário há poucos minutos, quando ele me informou que acabara de sair de uma audiência com a MP tratando da conciliação entre as partes para tentar resolver o impasse do funcionamento dos frigoríficos.

Tão logo seja citada, a Prefeitura de Itaituba, através da Procuradoria Geral do Município entrara com agravo no Tribunal de Justiça do Estado para derrubar a medida cautelar que afastou o secretário de meio ambiente.

Fonte: Blo do Jota Parente, 04/11/14

Tucano critica pedido de impeachment de Dilma e é hostilizado

Ex-deputado e coordenador digital da campanha de Aécio, Xico Graziano diz que quem apoia a derrubada da petista após sua reeleição e a volta dos militares ao poder deveria deixar o PSDB

Xico Graziano: "Militantes da direita exigem que nós, os sociais democratas, encampemos sua ideologia, o que seria um absurdo"

Ex-coordenador digital da campanha presidencial de Aécio Neves, o ex-deputado Xico Graziano classificou como “absurdas” e “antidemocráticas” as manifestações do último sábado que pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e a volta dos militares ao poder. Após fazer a crítica em seu perfil no Facebook, Graziano foi hostilizado por internautas que o chamaram de “petralha”, “petista infiltrado”, “comunista” e “esquerdopata”. Em resposta, o tucano escreveu um texto em que diz que é “absurdo” militantes da direita exigirem do Partido da Social Democracia Brasileira que encampem sua ideologia.

“Quem concordar com as teses dessa turma aguerrida que vê o comunismo chegando, é contra os benefícios sociais, sonha com a ordem militar, por favor, deixem o PSDB. Vocês é que estão no lugar errado, não eu!”, desabafou Graziano, que foi chefe de gabinete do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no governo tucano.

Para Xico Graziano, a direita brasileira mostra sua força na internet, mas não encontra representação em nenhum partido político. “Ora, nós, do PSDB, nascemos inspirados na socialdemocracia europeia, com viés da esquerda. Nossa origem reside no MDB autêntico, que foi decisivo na derrubada da ditadura militar. Nós fomos decisivos na Constituinte de 1988. Fomos nós, com FHC à frente, que criamos as bases socioeconômicas do Brasil atual, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas”, escreveu o ex-deputado.

Em São Paulo, cerca de 2,5 mil pessoas participaram da manifestação criticada por Xico Graziano na Avenida Paulista. A polêmica com o tucano começou no domingo quando ele publicou o seguinte comentário no Facebook: “Só para esclarecer: achei absurda tal manifestação. Antidemocrática, não republicana. Ainda por cima, pedindo a volta dos militares, meu Deus, tô fora disso. Esconjuro”.

Leia abaixo o texto na íntegra:

“Mexi num vespeiro da política ao postar aqui, ontem, opinião contrária ao impeachment da Dilma. Julguei a causa antidemocrática, não republicana. Não gostei daqueles discursos irados, revanchistas e reacionários. Tomei um troco bravo. Recebi centenas de comentários, críticos a maioria, de baixo nível muitos deles. Vou aprofundar a polêmica. Sigam meu raciocínio.

Existe no Brasil uma ideologia própria da direita que se encontra desamparada do sistema representativo, quer dizer, sem partido político. Sua força se mostra na rede da internet. Essa corrente luta para destruir o PT, acusando-o de querer implantar o comunismo por aqui. Defendem as liberdades individuais, combatem tenazmente a corrupção organizada no poder, desprezam totalmente as lutas sociais, mostrando-se intolerante com o direito das minorias. O deputado Bolsonaro e o ensaísta Olavo de Carvalho são seus expoentes.

Tudo bem. Acontece que, no período das eleições presidenciais, essa tendência se articula no seio do PSDB, trazendo para nosso partido suas causas. É normal existirem as alianças eleitorais, e para tal existe o segundo turno. O problema surge quando os militantes da direita exigem que nós, os sociais democratas, encampemos sua ideologia, o que seria um absurdo.

A intolerância mostrada em minha página do facebook reflete essa incompreensão. Criticam minha coerência, decepcionam-se com os meus valores imaginando que eu deveria assumir os deles. Pior, alguns tolamente me acusam de ser “petista infiltrado”. Dá até um pouco de dó.

Ora, nós, do PSDB, nascemos inspirados na socialdemocracia europeia, com viés da esquerda. Nossa origem reside no MDB autêntico, que foi decisivo na derrubada da ditadura militar. Nós fomos decisivos na Constituinte de 1988. Fomos nós, com FHC à frente, que criamos as bases socioeconômicas do Brasil atual, inclusive as políticas de transferência de renda e as cotas.

Na complexidade do mundo contemporâneo anda difícil rotular os partidos, e as pessoas, como de “direita” ou de “esquerda”, categorias válidas no século passado, mas ultrapassadas hoje em dia. De qualquer forma, quem concordar com as teses dessa turma aguerrida que vê o comunismo chegando, é contra os benefícios sociais, sonha com a ordem militar, por favor, deixem o PSDB. Vocês é que estão no lugar errado, não eu!”

Lobão coloca PSDB numa cilada histórica

Colunista Renato Rovai avalia que o partido fundado por pessoas como Mário Covas “está se deixando sequestrar pelo mais tacanho conservadorismo e parece não se incomodar mais em ser associado a movimentos que clamam por intervenção militar”; segundo ele, ou o PSDB isola o movimento “Banana’s Party”, liderado por nomes como o de Lobão, ou “não há mais como não entender o partido como o centro das articulações de um movimento golpista”

247 – O colunista Renato Rovai vê em movimentos liderados por nomes como de Lobão, Roger, Danilo Gentile, Reinaldo Azevedo, Luciano Hulck, Ronaldo Fenômeno, que clamam por intervenção militar”, como uma grande ameaça para o PSDB. ‘Ou isola a ação, ou vai se entregar como centro das articulações de um movimento golpista’. Leia: 

Lobão e o seu Banana’s Party colocam PSDB numa cilada histórica

Costuma-se dizer que o Brasil não é um país para amadores. Mas o fato é que eles abundam em terras tupiniquins. E mesmo no universo da política, onde o mais bobo consegue consertar relógio suíço num quarto escuro e com luva de box, cada dia surgem novos nomes invocando-se líderes de um pedaço da população e falando em nome dela. Os recrutas de turno atendem pelas alcunhas Lobão, Roger, Danilo Gentile, Reinaldo Azevedo, Luciano Hulck, Ronaldo Fenômeno e figuras que conseguem ser ainda mais caricatas como um tal de Olavo de Carvalho, que se apresenta como filósofo, e Rodrigo Constatino, que nem se apresenta porque não sabe terminar uma frase.

Eles se tornaram os ídolos dos verdadeiramente desinformados. Aqueles que leem Veja, gostam de piadas racistas e fascistas e que reproduzem chorume pelas plataformas de rede sociais.

Os novos heróis do Brasil que clama por intervenção militar nada mais são do que a tentativa de reproduzir um movimento que levou (pasmem!) o Partido Republicano a perder não só eleições, mas o eixo. Nos EUA, esse movimento ultra-direitista conhecido como Tea Party tem como centro de seu discurso a redução dos impostos, mas para dar molho à sua tese também defende o criacionismo, porque Deus é o pai de todos, e a guerra, porque ela geraria empregos. Para a turba que de vez em quando sai às ruas americanas para protestar, Obama é o principal alvo por ser um comunista radical. Isso mesmo, você não leu errado. Não é a toa que eles acham o PT um partido de extrema esquerda.

Como nos EUA o nome do movimento é denominado de Tea Party e nossa terra não é exatamente caracterizada pela ingestão de chá, vou batizar o movimento liderado de Lobão de Banana’s Party (pode usar a vontade Lobão, não vou cobrar direitos autorais pela ideia). Banana’s Party tem muito mais a ver com o estilo dos manifestantes daqui. São uns covardes que não aceitam o resultado das urnas e querem uma intervenção militar.

Nos EUA esse movimento de direita emburrecida é centrado na luta contra os impostos. Mas aqui no Brasil como provavelmente boa parte da tropa é sonegadora, o que os une é o grito contra a corrupção e o PT. Para eles, o PT e sua estrela vermelha criaram a luta de classes. Sem o PT, garantem, os pobres não iriam querer deixar de ser pobres e os negros iriam continuar no seu cantinho.

Não há nada que incomode mais essa gente do que as palavras cotas e Bolsa Família. Se quiser fazê-los cair no chão e estribuchar use-as como se fosse alho contra vampiros. Elas são infalíveis.

O valor do Bolsa Família eles gastam numa taça de champanhe, mas consideram que ao garantir essa renda mínima para os mais pobres o governo petista transformou o Brasil num país de vagabundos.

É o Bolsa Família que os impede de continuar pagando os 200 reais de salário mínimo da época do FHC para suas empregadas domésticas e por isso eles não perdoam nem o Lula e nem a Dilma.

Quanto as cotas, aí o buraco é ainda mais embaixo. Elas são até mais assustadoras para a turma do Banana’s Party porque estão misturando seus filhos com os filhos dos pedreiros. Onde já se viu um garoto negro estudar na mesma faculdade da minha filha que foi criada como uma Barbie? E pior ainda, imagina minha filhinha que estudou em escola americana não entrar numa faculdade na qual o filho do pedreiro que estudou num colégio público entrou. Aí já é vandalismo. E por isso eles vão para a rua gritar contra o PT. E por isso eles apoiram fervorosamente a candidatura de Aécio Neves.

Mas como Aécio Neves perdeu, eles decidiram que cansaram de brincar com esse negócio chamado democracia. E que eleição é coisa de pobre e não tem a menor graça. A turma do Banana’s Party quer intervenção militar. Querem um governo que prenda e arrebente quem defender direitos humanos, direitos sociais, direitos de gênero etc. O pessoal do Banana’s quer no mínimo Lula e Dilma na cadeia. Mas preferem vê-los sendo eliminados por um batalhão de fuzileiros em praça pública.

O Tea Party americano quando sai às ruas é um pouco mais engraçado do que o Banana’s Party. A galera sai fantasiada. No Brasil, os Bananas apenas carregam cartazes com suas palavras de ordem facistas.

Mas você pode estar se perguntando. Você está assustado com o Banana´s Party, Rovai? Você acha que eles podem conseguir o impeachment de Dilma? Você acha que eles podem fazer os milicos de pijama (ou bananas?) saírem dos seus clubes militares e marcharem em direção ao Congresso?

Claro que não. Até porque o nome do movimento que alcunhei para que eles não fiquem por aí perambulando sem nome já denuncia o que essa turma é. E mais do que isso, qualquer coisa que for liderada por pessoas do nível do Lobão tende a ser no máximo uma piada.

A questão é outra. Creiam, estou preocupado com o PSDB. O partido fundado por pessoas como Mário Covas está se deixando sequestrar pelo mais tacanho conservadorismo e parece não se incomodar mais em ser associado a movimentos que clamam por intervenção militar. Isso é o mais assustador dessa história. Com todas as suas idiossincracias, sempre considerei os tucanos como um partido de liberais democratas. Agora, até isso já é algo a se duvidar.

Ou o partido reage e isola o Banana´s Party, deixando que as ovelhas do Lobão se organizem em torno de um Feliciano ou Bolsonaro ou o PSDB vai ser sequestrado por recrutas que juntam 500 pessoas na frente do Masp, mas que vão levá-lo a um fim desastroso.
O povo, amigos, é muito mais inteligente do que parece. E, entre outras coisas, o que ele rejeitou nas urnas em 26 de outubro foi o ódio. O ódio que escapa por todos os poros da turma do Banana´s Party. O ódio que move Bolsonaros e Felicianos. O ódio que pode fazer bem a extrema direita como projeto político, mas que não era a pedra de toque do PSDB.

Só há uma forma de o PSDB continuar a existir. É dizer claramente à sociedade que rejeita o Banana´s Party. E que condena veementemente suas posições. Ou é isso ou não há mais como não entender o partido como o centro das articulações de um movimento golpista.

Fonte: Brasil247, 05/11/14

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

A pergunta que não quer calar

O vice-presidente da República é Michel Temer, do PMDB e a mídia noticia diariamente que Eduardo Cunha, do PMDB, contrariando um acordo do seu partido com o PT, se articula no sentido de se eleger Presidente da Câmara Federal e opor-se a presidente Dilma. O que está acontecendo: o PMDB é contra o PMDB ou a Imprensa está ficando inventando coisas?

MPF quer que governo pague diretamente cubanos

, 0311/14

O Ministério Público Federal em Brasília cobrou na Justiça que o governo Dilma Rousseff pague diretamente os médicos cubanos que atuam no programa "Mais Médicos". Ponto de destaque na campanha de reeleição da petista, o programa prevê o pagamento de R$ 10 mil a cada profissional que tenha aderido ao Mais Médicos. Entretanto, os cubanos recebem mensalmente US$ 1 mil, por meio do convênio entre a União e a Organização Panamericana de Saúde (OPAS).

O MPF contestou, em dois pareceres encaminhados à Justiça Federal do Distrito Federal, os termos do acordo entre a União e a OPAS para viabilizar a vinda desses profissionais ao País. Os questionamentos judiciais foram apresentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e um advogado, que moveram ações para tentar decretar a nulidade do convênio. A procuradora Luciana Loureiro Oliveira, autora dos pareceres, afirmou que o acordo com a OPAS não permite saber como foram empregados os recursos repassados pelo governo federal à entidade. Isto é, "não se pode saber, precisamente, quanto efetivamente cada médico vem recebendo pela sua participação no projeto Mais Médicos".

"Note-se que a indagação não é de somenos importância, como quer fazer crer a União, porque, em sua defesa, está dito que os valores repassados à OPAS (R$ 510.957.307,00) - quinhentos e dez milhões, novecentos e cinquenta e sete mil, trezentos e sete reais) apenas em 2013, o foram à razão de R$ 10.000,00 (dez mil reais) por médico intercambista", destacou Luciana, nas duas manifestações.

A procuradora afirmou que, embora reconheça a importância da motivação e da finalidade do Mais Médicos para o Brasil e das "inegáveis contribuições" que os médicos de Cuba podem trazer para o Sistema Único de Saúde (SUS), a forma como foi realizado o convênio com a OPAS "se mostra francamente ilegal e arrisca o erário a prejuízos até então incalculáveis, exatamente por não se conhecer o destino efetivo dos recursos públicos brasileiros empregados no citado acordo".

"É dizer, em breves linhas, que o convênio com a OPAS se ressente de graves vícios, eis que viola, a um só tempo, os princípios constitucionais da legalidade, da publicidade/transparência e da motivação dos atos administrativos", disse. Nos pareceres referentes às duas ações, apresentados nos dias 14 e 15 de outubro, antes do segundo turno das eleições, mas só divulgados hoje à tarde pela assessoria de imprensa do órgão, o MPF cobra que a Justiça Federal reveja decisões anteriores que rejeitaram pedidos de concessão de liminar para suspender os acordos.

domingo, 2 de novembro de 2014

Rapidinhas

Ombudsman questiona denúncia frágil de Veja


Segundo a jornalista Vera Guimarães Martins, ombudsman da Folha de S. Paulo, denúncia está ancorada em fontes anônimas, que não apresentaram provas do suposto depoimento de Alberto Youssef.

Cotado para a Fazenda, Meireles dá a sua receita 


O ex-presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, diz que o Brasil tem um caminho para crescer com inclusão social; "No período que conheço melhor por ter participado diretamente, foram adotadas políticas de austeridade monetária e fiscal e reformas para o desenvolvimento dos mercados que geraram queda da dívida em relação ao PIB e estabilização da inflação na meta com crescimento econômico e criação de empregos", afirma; presidente Dilma já vê seu nome com menos resistência.

PODER: Reforma: fim de coligações deixaria Câmara com sete partidos


Um dos temas da Reforma Política defendidos pela presidente Dilma Rousseff, o fim das coligações nas eleições provocaria uma reviravolta nas composições dos partidos atualmente com assento na Câmara dos Deputados; aplicado à situação atual o fim da coligação para eleição de deputados, cinco partidos seriam automaticamente excluídos da casa; redução no número de partidos já vem sendo discutidas por dirigentes de várias siglas; enfraquecidos após a última eleição, PSB, PPS, Solidariedade e DEM já começaram a discutir fusões; PSB elegeu 34 deputados, o Solidariedade, 15, o PPS, 10, e o DEM, 22

Eliane surta e vê Dilma no 'mato sem cachorro'


Embora a economia demande ajustes bem mais suaves do que supõem os catastrofistas, a jornalista Eliane Cantanhêde diz que a presidente Dilma Rousseff pode ser forçada pelas circunstâncias a provocar um arrocho sem precedentes, no que seria um "estelionato eleitoral"; análise econômica, pelo jeito, não é o forte da colunista.

Goldman: Não sustentamos que houve fraude na urna


O tucano Alberto Goldman, ex-governador de São Paulo, sinaliza que foi um erro questionar no Tribunal Superior Eleitoral o sistema das urnas eletrônicas; para ele, o PSDB deve aceitar o resultado, mas continuar representando a parcela do eleitorado que não votou no PT.

"Líder" do impeachment, Lobão vive seu triste fim

Primeiro, ele prometeu ir embora do Brasil caso a presidente Dilma Rousseff fosse reeleita; com o resultado das urnas, ele mudou de ideia e disse que ficaria no país em nome de uma "verdadeira oposição" que estaria nascendo; neste sábado, Lobão discursou numa manifestação em São Paulo pedindo o impeachment da presidente reeleita; cerca de 2 mil pessoas participaram do ato; pelo Twitter, Lobão disse que "nada poderá deter" o tal movimento; longe dos palcos, Lobão vive sua decadência sem elegância!

O que o PMDB quer é proteção 

Por isso, para LEONARDO ATTUCH, a rebelião da base aliada tem como pano de fundo a Lava Jato e suas consequências.

Encomenda pra Sheherazade 

Para Lelê Teles, nada como um dia atrás do outro. A polícia do Rio acaba de mandar para o xilindró um grupo de jovens de classe média. Homens de bens. Entre eles, o que dirá Silvio Santos?, estão os amiguinhos de Sheherazade, os tais justiceiros.

Descer do palanque 

é a que afirma Sócrátes Santana sobre a atitude de aecistas. Apesar do esforço da jornalista Eliane Cantanhêde, a oposição não arreda o pé do palanque. De um lado da escada, o de cima, Aécio Neves põe em suspeição o TSE e pede recontagem dos votos. Do lado de baixo, Dilma encerra o pleito e proclama diálogo.

Unidade na diversidade

Renan Calheiros, diz que um dos dos maiores recados dados aos governantes nas ruas em 2013 e, agora nas eleições gerais de 2014, foi que a sociedade está atenta, madura e exigindo ser ouvida com mais assiduidade e mais respeito.

O bacanal das pesquisas

Ricardo Guedes, diretor do instituto, chegou a dizer que Aécio já estava eleito e que rasgaria seu diploma caso os dados fajutos do Sensus estivessem errados. Será que ele vai cumprir a promessa ou amarelar como o Lobão? 

Curso de leitura rápida para direitistas

Valter Pomar diz que O PT participa do Foro de São Paulo desde 1990 por estar convencido de que a integração latinoamericana e caribenha é extremamente importante para o Brasil e para o povo brasileiro.

Sonhei que há prova de que Veja cooptou o doleiro 

Para Eduardo Guimarães , A vitória de Aécio teria um efeito benfazejo na vida do doleiro. Com toda grande mídia do seu lado, Youssef se tornaria um herói como Roberto Jefferson, delator do mensalão. Afirmaria em juízo tudo que a Veja disse e o domínio do fato se encarregaria do resto. 

Vitória do PT, derrota da imprensa

marco regulatório e povo no poder. Mais do que o PSDB e seus coligados, mais do que certos setores do MP, da PGR, do STF e de outros tribunais superiores, a imprensa corporativa e historicamente golpista é a maior derrotada nesta eleição. 


A pergunta que não quer calar

Já que estamos num País democrático e o PSDB é democrático, por que o partido e boa parte de seus eleitores não aceitam o resultado das urnas e estão protestando em algumas cidades contra o resultado das urnas que reelegeu a petista Dilma Rousseff para a presidência?

PMDB prepara farsa contra reforma política

Correio do Brasil, 31/10/2014/Por Breno Altman - de São Paulo


O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), mal esperou o final de sua reunião com o chefe da Casa Civil, Aloisio Mercadante, para anunciar compromisso com a mais importante proposta presidencial.

“Reforma política é um consenso”, disse a jornalistas após encontro com o ministro. “E tem que ter realmente a participação popular.” Suspiros de alívio puderam ser ouvidos entre os que se esmeram por construir pontes no Congresso.

Mas a declaração do parlamentar não passa de uma farsa.

A Proposta de Emenda Constitucional 352/2013, enviada à Comissão de Constituição e Justiça no dia 28 de outubro, reafirma os piores aspectos do sistema político-eleitoral. Trata-se de documento que reforça o poder econômico, limita a participação popular e fragiliza os partidos políticos.

Apesar do PT ter se oposto frontalmente aos termos desta proposta, um parlamentar da legenda foi seu relator. O deputado paulista Cândido Vaccarezza, derrotado nas últimas eleições, é quem se prestou a esse papel.

A tal PEC traz sete medidas fundamentais:

– Introduz o voto facultativo, que deixa de ser obrigação constitucional. Analfabetos, maiores de setenta anos e jovens entre 16 e 18 anos nem sequer precisarão se alistar.

– Acaba com a reeleição para todos os cargos executivos, determinando que seus mandatários somente poderão se recandidatar no período subsequente.

– Unifica o calendário eleitoral, fixando que o povo brasileiro somente irá às urnas a cada quatro anos.

– Mantém o financiamento privado das campanhas, tanto individual quanto empresarial, normatizando que apenas partidos políticos poderão receber doações.

– Adota o formato de circunscrição distrital, reduzindo a base eleitoral para áreas menores, que escolherão de quatro a sete parlamentares para a Câmara dos Deputados. O sistema de voto uninominal é mantido.

– Estabelece cláusula de barreira, a ser válida de forma progressiva, pela qual apenas agremiações com um mínimo de 5% dos votos válidos poderão ter funcionamento parlamentar, acesso ao fundo partidário e direito a horários gratuitos no rádio e na televisão.

– Mantém as coligações proporcionais e a possibilidade de descasamento das alianças nas diversas jurisdições eleitorais, além de reduzir o prazo de filiação partidária obrigatória para seis meses.

Vamos ao resumo da ópera.

O projeto costurado pelo PMDB preserva os pilares do modelo eleitoral herdado da ditadura.

Ao consolidar o financiamento empresarial, salvaguarda a influência do capital sobre a representação política. Além de contaminar o processo democrático, conserva uma das principais causas de corrupção no Estado brasileiro.

A continuidade do voto uninominal intensifica a desidratação das agremiações como expressão de projetos nacionais. Chancela-se a reconfiguração partidária em agências gelatinosas para a alavancagem de indivíduos ou grupos ávidos por espaço institucional.

A introdução do voto distrital, se supostamente barateia campanhas, por outro lado reduz ainda mais a densidade programática das disputas. Financiados por máquinas eleitorais irrigadas de recursos privados, candidatos poderão aprofundar laços clientelistas e almejar um posto legislativo federal pela lógica que orienta competições para vereador.

Aprovada a PEC 352, os partidos serão induzidos a reforçar seu caráter de legendas com pouca identidade, conformadas por interesses corporativos e fisiológicos. A clausula de barreira, nessas condições, serve apenas para impulsionar a monopolização dos partidos-empresa ou obstruir atividades de partidos ideológicos minoritários.

Ao contrário de inventar novos mecanismos para a participação popular – como a criação de referendos revogatórios ou consultas populares impositivas -, a PEC dobra o intervalo para a manifestação das urnas.

O comparecimento facultativo somente piora a situação: estimula a ampliação de ofertas materiais ou de ameaças para atrair votantes, expandindo em nosso território o pior das práticas eleitorais, além de reduzir a base de legitimação do poder público.

Não há como esconder, no núcleo fundamental da proposta, o desejo de despolitizar o país.

São medidas, entre outras, para alargar a influência de correntes centristas, a mais importante delas o PMDB. O ambiente de baixa intensidade programática, afinal, é imprescindível para a existência de blocos que perseguem nacos do eleitorado à sombra da polarização entre os campos conservador e de esquerda.

Esta apresenta-se como opção dominante, ainda que muitas lideranças peemedebistas e dos demais partidos que ocupam espaço ao centro rezem por outra cartilha, eventualmente alinhando-se às forças progressistas ou abrindo-se ao diálogo nessa direção.

O fato é que está emergindo, com ímpeto crescente, uma aliança entre os partidos da direita e o centro oligárquico, mudando o cenário parlamentar dos últimos anos.

A farsa encarnada pela PEC 352 é passo estratégico para esta coalizão antipopular.

Se for aprovada, irá a referendo. Vitoriosa, terá barrado o esforço pela democratização do Estado, principal batalha para que as demais reformas possam ser aceleradas e aprofundadas.

Breno Altman, é jornalista, diretor editorial do site Opera Mundi.

Com broche de Dilma, Sarney votou em Aécio

É muita cara de pau. mesmo com 84 anos de malandragem!

Amapá 247 - Imagens produzidas pela TV Amapá, retransmissora da Rede Globo no Estado, revelam que o senador José Sarney, mesmo usando broche da presidente Dilma Rousseff (PT), na hora de digitar o voto optou pelo candidato Aécio Neves (PSDB) no último domingo 26.

Sarney vota no Amapá desde que transferiu o domicílio eleitoral do Maranhão para o Estado, onde se elegeu senador logo após deixar a presidência da República. Recentemente, às vésperas do prazo para o registro de candidatura, o senador anunciou que estava desistindo de disputar novamente o pleito.

Provavelmente pesou na decisão de Sarney a forte oposição do PT do Amapá e a falta de apoio da direção nacional do partido da presidente Dilma. O senador esperava obter apoio da direção nacional para impedir que o PT local lançasse a atual vice-governadora Dora Nascimento (PT) como candidata ao Senado.

O peemedebista foi um dos mais fortes aliados dos petistas durante o governo do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva e manteve a aliança durante o governo Dilma indicando inclusive ministros, como Edison Lobão, das Minas e Energia. Mesmo usando broche da atual presidente, Sarney votou contra ela.

COMENTÁRIOS

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

Celia 1.11.2014 às 19:33 - Ufa! Parece que é sua última vez! VADE RETRO SARNADEPAU!

Bruno Kraemer 1.11.2014 às 18:40 - A matéria mostra claramente que esse Senhor tem no mínimo um desvio de caráter.

Alvimar N Santos 1.11.2014 às 15:40 - O sarnei é uma resenha, nunca fez nada pelo o nosso país, e na questão do voto dele sendo pra o Aécio isso não significa nada, por que na realidade ele já esta gagá, caducando, é isso que eu penso.

Renato 1.11.2014 às 12:27 - dois comentários: o primeiro é que é um absurdo filmarem o voto de alguém, o voto é secreto! o segundo vai diretamente para o PT: foi com esse e outros trates que o PT fez alianças para conseguir ganhar eleições.

Edna Freitas 31.10.2014 às 22:19 - Não resisti em deixar de responder a Wilfrido, digo sim que tem valor ético, moral, tem o valor da honestidade que se espera dos homens de bem, que respeitam a palavra emprenhada, tem o valor que que só os falsos desconhecem!!! Tem o valor que um político de 84 anos de idade não aprendeu e nem aprenderá.

Coelho 31.10.2014 às 13:57 - Cara de pau...
Fonte: Amapá 247

sábado, 1 de novembro de 2014

Fora Dilma’ é a banalização da retórica golpista

Josias de Souza, 01/11/2014

Seis dias depois da abertura das urnas do segundo turno, pipocaram manifestações em pelo menos três capitais. A maior delas, em São Paulo, reuniu cerca de 2.500 pessoas. Pediram o impeachment de Dilma Rousseff. Alguns chegaram a defender a volta dos militares. PT e PSDB ainda não se deram conta. Mas patrocinaram em 2014 um processo de deseducação política que fez alguns brasileiros recuarem à fase pré-1964.

Se a última campanha presidencial evidenciou alguma coisa foi que PT e PSDB consideram-se um ao outro desprovidos de senso moral. Discutiram mais a textura da lama de cada um do que planos para o país. A brigalhada entre os partidos ateou fogo às redes sociais. Atiçados por robôs e militantes remunerados, grupelhos anônimos destilaram na web uma histeria que saltou da tela do computador para se converter na principal marca da campanha.

A ameaça de perder o poder e suas benesses fez com que o PT levasse às fronteiras do paroxismo a tática do ‘nós contra eles’. Rendido à marquetagem de João Santana, o partido fez da política um mero ramo da publicidade. O verbo da eleição foi desconstruir. Conjugando-o, Dilma prevaleceu sem se precupar com a autoconstrução. Derrotado por um placar apertado, o PSDB levou ao tapetão do TSE um pedido de auditoria das urnas sem pé nem cabeça.

Eleita, Dilma vive a antecipação de 2015. Começa a colocar em prática a agenda econômica de Armínio Fraga, o ex-futuro-ministro da Fazenda de Aécio Neves. Para tentar deter uma inflação que a candidata dizia estar sob controle, o Banco Central elevou os juros. Para tapar o rombo nas contas públicas que o marketing disfarçava, a Fazenda prepara um ajuste fiscal de gelar os ossos.

Eliminou-se o último exemplo que pais e mães poderiam dar aos filhos. Que dizer na hora das refeições de agora em diante? Não minta, meu filho. Olha que você acaba morando no Palácio da Alvorada! E pensar que ainda nem vieram à luz os depoimentos dos delatores premiados da Petrobras.

Quanto ao PSDB, sempre foi um oposicionista capaz de tudo, menos de se opor. De repente, questiona na Justiça Eleitoral o resultado da eleição sem apresentar uma mísera prova de fraude. De uma legenda de oposição, espera-se que embarace o governo na base da fiscalização e cobrança, não na mão grande.

O que o PSDB insinuou com sua petição ao TSE foi o mero desejo de puxar o tapete da presidente. Mal comparando o tucanato faz agora o que o petismo fazia, por meio da CUT, em 2001. Naquele ano, a máquina sindical do PT desfilava a faixa ‘Fora FHC’ em manifestações pelo país.

O ‘Fora Dilma’ é a banalização dessa mesma retórica golpista. Pode interessar a muita gente, menos aos dois partidos que se servem da normalidade institucional para monopolizar as disputas presidenciais há duas décadas. Por sorte, a democracia brasileira é mais sólida do que o miolo mole de petistas e tucanos. Em tempos de Comissão da Verdade, o atalho dos quarteis caiu em desuso.

Ainda assim, o flerte com a ruptura institucional é um abuso desnecessário. Melhor aposentar essa retórica de fim do mundo que ganha as ruas. A moderna política brasileira já viveu um Apocalipse. Deu-se na época de Fernando Collor. Ficou demonstrado que a saída passa pelas vias institucionais, não pelo golpe. O asfalto é sagrado. Merece mais respeito.

A farsa do mesário que denunciou “urna fraudada”


Suposto mesário da cidade de Campina Grande divulgou foto de um Boletim de Urna “provando” que a urna de sua seção já estava com 400 votos a favor de Dilma antes da votação. 

Uma breve análise comprovou que a denúncia não passava de uma mentira

Um dos casos citados da fraude nas eleições amplamente repercutidas nas redes sociais foi o de um suposto mesário de Campina Grande chamado Ricardo Santiago, que publicou no Facebook uma foto de um Boletim de Urna “provando” que a urna de sua seção já estava com 400 votos a favor do PT antes do início da votação.

O boletim de urna é uma impressão feita em papel por cada urna eletrônica de votação. Antes do início da votação, ou seja, antes das 8 horas, o presidente da seção, na presença dos demais mesários, emite a chamada zerésima que mostra que não existe voto registrado. E, ao final da votação, é emitido um novo boletim com os votos computados.

O dito mesário publicou foto desta “zerésima” que já exibia a quantidade inicial de 400 votos totalizados para Dilma e “zero” para o candidato Aécio Neves. O seu post foi compartilhado milhares de vezes nas redes sociais juntamente com inúmeros comentários.

O site E-farsas.com, que existe desde 2002 e busca desmistificar histórias que circulam na internet, afirma que o post não passou de uma mentira. De acordo com o site, o boletim da urna fotografado por Ricardo Santiago apresenta o número 16589 e o código de identificação 725.847.686.947.768.967.103.448.

Transparência do TSE

“Já falamos aqui no E-farsas que as urnas eletrônicas não são 100% seguras, mas para conseguir fraudar uma urna seria preciso da ajuda de muita gente (que vigia todo o processo eleitoral). No caso dessa suposta denúncia, podemos afirmar com certeza de que se trata de farsa!”, diz a matéria publicada no site por Gilmar Lopes, dia 28 de outubro.

Com base nas informações da foto postada pelo dito mesário Ricardo Santiago, o E-farsas.com aponta que o “denunciante” não mostrou a seção e a zona eleitoral de onde o boletim supostamente teria sido impresso. Mas ainda assim, segundo o site, a numeração correspondente à votação do Aécio Neves possui somente um dígito. Os demais campos numéricos possuem quatro dígitos, o que já denuncia a manipulação.

Mas a prova irrefutável é o código de identificação de carga de número 725.847.686.947.766.967.103.448, mostrado no papel impresso. Por meio desse número é possível rastrear a origem da tal urna supostamente fraudada.

Como estabelece a lei, o Código de Identificação de Carga é criado no momento de configuração da Urna Eletrônica para uma determinada seção e não se repete. É um número público, ou seja, está disponível para acesso de qualquer cidadão, inclusive pela internet. Além disso, esse código único fica armazenado no banco de dados dos TREs, que só recebem os resultados das votações de urnas que apresentarem esse código. “Essa chave é tão específica para cada urna que se o mesmo equipamento fosse configurado algumas horas antes (ou depois), seu código já seria outro”, ressalta o site.

Com base nesse código, o E-farsas afirma que a urna do Campina Grande, na Paraíba, citada pelo suposto mesário é na verdade do Rio de Janeiro. O site, além de apontar a mentira, foi verificar a votação real da urna citada: 144 votos para Dilma e 172 votos para Aécio, totalizando 353 votos. Ao contrário do que dizia o post que mostrava 400 votos.

Fonte: Revista Forum, 01/11/14

Justiça condena político cassado, que insistiu em concorrer, a ressarcir despesas com nova eleição

Da Agência Brasil, 01/11/2014

A Justiça do Paraná confirmou, pela primeira vez, sentença que condenou um político cassado a ressarcir a União pelos custos com novas eleições. No caso concreto, Richard Golba, ex-prefeito de Cândido Abreu (PR), foi condenado a pagar R$ 46,7 mil pelas despesas com a organização do pleito. Com base no mesmo entendimento, a Advocacia-Geral da União (AGU) cobra na Justiça R$ 3,2 milhões de candidatos barrados que insistem em disputar eleições, mesmo depois de condenados por fraudes ou outras irregularidades.

Nas eleições municipais de 2008, Golba tentou a reeleição. Ele não conseguiu registro de candidatura, pois teve as contas rejeitadas no primeiro período em que governou a cidade, entre 1998 e 1999. Mesmo com o registro rejeitado, ele continuou a campanha e foi eleito. Em seguida, o Tribunal Superior Eleitoral manteve a candidatura dele barrada e determinou a realização de novas eleições.

De acordo com entendimento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, a União não pode arcar com prejuízos causados pelo ex-prefeito, que concorreu por sua conta e risco.

Conforme o Artigo 186 do Código Civil, não pode a União arcar com um prejuízo que adveio de ato do réu. Baseado neste dispositivo, a decisão estabelece que "aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito". Ressalta que, "dessa forma, encontram-se preenchidos os três requisitos da responsabilidade civil: ato ilícito, nexo causal entre esse ato (continuar concorrendo ao pleito eleitoral com o registro indeferido) e dano que acarretou a necessidade de realização de eleições suplementares".

Para recuperar os custos de novas eleições, a AGU entrou com 84 ações de cobrança. Em quatro processos, houve pagamento do prejuízo com novas eleições. Seis acordos de pagamento foram fechados. A Justiça Eleitoral determina eleições suplementares quando o candidato vencedor obtém mais de 50% dos votos válidos.

Protestos contra Dilma e Alckmin abrem '3º turno' em São Paulo

Do UOL, em São Paulo, 01/11/2014


Recém reeleitos, a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), serão alvo de dois protestos na tarde deste sábado, em São Paulo. Contra Dilma, um grupo pretende se reunir às 14h, no vão livre do Masp, para iniciar uma campanha pelo seu impeachment. Uma hora mais tarde, Alckmin será confrontado pela falta de água no Estado, no Largo da Batata, zona oeste da capital paulista.

"Ou a Dilma cai ou São Paulo para" é o chamado nas redes sociais para o protesto contra a presidente. Para os seus organizadores, "a República está comprada e entregue nas mãos de uma corja de ladrões e ditadores sem quaisquer escrúpulos" e a "democracia está fragilizada". No convite para o protesto do Largo da Batata, Alckmin é apontado como o vilão da falta de água em São Paulo. "O verdadeiro culpado por essa crise não é São Pedro e sim o governador Geraldo Alckmin (...) Agora, os tucanos não tem como escapar".

Pelo tom dos discursos e dependendo da adesão aos dois movimentos, que pretendem ser sistemáticos contra os reeleitos, a polarização política vista no período eleitoral deverá se estender em uma espécie de "3º turno" das eleições.

Eleitores lamentam derrota de Aécio Neves pelo Brasil

O convite lançado nas redes sociais para o protesto contra Dilma foi colocado na rede pelo advogado Paulo Batista (PRB), 34. Ele foi candidato a deputado federal e obteve pouco mais de 16 mil votos, insuficientes para se eleger. Ficou conhecido por se apresentar como um super-herói, em vídeos na internet, disparando "raios privatizadores" sobre "comunistas".

Batista é paulistano, advogado, e vive em Campinas, no interior do Estado. De carona na fama, pretende ser candidato a prefeito da capital paulista em 2016. Segundo ele, a mobilização nas redes sociais é apartidária e "um fenômeno descentralizado com amplo engajamento".

Para Batista, ir às ruas logo após as eleições é um direito da população, descontente com o primeiro mandato de Dilma Rousseff. "Existe prazo para se protestar contra um esquema de compra de parlamentares e financiamento de campanha como o petrolão? Tal como o mensalão, este escândalo configura um atentado à democracia, e, se comprovadas as relações entre a presidente e os envolvidos, existe base para exigirmos do Congresso o impeachment da mesma", diz ele.

Segundo ele, o protesto é também uma forma de pressionar os parlamentares para um trabalho efetivo nas CPIs (Comissões Parlamentares de Inquéritos) "vindouras" e "garantir a liberdade de imprensa independente e honesta".

Thiago Aguiar, 25, do Movimento Juntos, um dos responsáveis pela convocação da manifestação "Alckmin, cadê a água?", afirma que a ideia é iniciar uma jornada de manifestações para defender um direito básico: o direito à água. "Queremos apontar a irresponsabilidade com que o governo do Estado vem conduzindo a crise", disse ele.

Aguiar diz que o movimento 'Juntos' não é adepto da tática Black Bloc e não a pratica. "Temos debatido com ativistas que devemos nos mobilizar de outras formas. Achamos que essa tática joga na contramão, fazem com que as manifestações fiquem com tamanho reduzido", disse ele.


sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Em pedido, PSDB não cita fatos que coloquem em xeque processo eleitoral


O ministro João Otávio de Noronha, corregedor-geral da Justiça Eleitoral, afirmou que o pedido do PSDB para uma "auditoria especial" no resultado das eleições não apresenta nenhuma fato que possa colocar em xeque o processo eleitoral. Ele ainda afirmou que o pedido feito pelos tucanos é "incabível e com potencial para arranhar a imagem do país".

"O que o deputado Carlos Sampaio [PSDB-SP, coordenador jurídico nacional do partido e responsável pelo pedido] não apresenta são fatos que possam colocar em xeque o processo eleitoral. Está colocando en passant. Isso não é sério, então, não me parece razoável", afirmou Noronha.

Apesar de não ter a assinatura do candidato derrotado Aécio Neves, o pedido teve o aval do tucano para ser protocolado, afirma Sampaio.

Falei com Aécio pelo telefone. Disse a ele que fizemos uma discussão no grupo jurídico porque vimos que se instalou um clima de insegurança em relação ao sistema de votação. Ele disse que não se opunha e deu aval (para o pedido de auditoria)", disse o coordenador jurídico.

De acordo com a cúpula do PSDB, o pedido visava "dissipar quaisquer dúvidas sobre a intervenção de terceiros na regularidade do processo".

Fonte: Yahoo.com, 31/10/14

Com a segunda maior bancada, PMDB se arma para derrubar PT na Câmara

O partido do vice-presidente ameaça romper acordo e atrapalhar a governabilidade de Dilma no início do novo mandato. Eduardo Cunha lidera bloco divergente para presidir a Casa

Correio Braziliense, 31/10/14

O PMDB se prepara para tirar o PT do comando da Câmara dos Deputados, mesmo sem ter a maior bancada da Casa. A eleição será apenas em fevereiro do ano que vem, mas já assombra os negociadores palacianos. Comandado por um parlamentar — Eduardo Cunha (RJ) — que liderou uma rebelião de 300 deputados este ano e adora alardear que chegou o momento de pôr um fim na hegemonia petista em Brasília, o embate tem tudo para atrapalhar a governabilidade no início do segundo mandato de Dilma Rousseff.

Além do orçamento bilionário — Câmara e Senado já gastaram juntos, em 2014 cerca de R$ 6,2 bilhões — os presidentes das Casas também definem quais projetos irão a votação, quais Comissões Parlamentar de Inquérito podem ser instaladas e conduzem as sessões, entre outros poderes. Tudo isso em um Congresso assustado pelas delações premiadas da Petrobras.

Na Câmara, o PMDB saiu na frente. Ao reconduzir o deputado Eduardo Cunha (RJ) para a liderança da bancada na quarta-feira, os peemedebistas lhe deram carta branca para montar um bloco em torno de sua candidatura, e as conversas estão avançando entre partidos da base como PR, PP e PTB. Os petistas, apesar da vitória presidencial obtida no último domingo, vêem uma possibilidade real de rompimento do acordo firmado com os peemedebistas em 2006, e que garantiu uma calma aparente no Congresso nos últimos oito anos.

Nesse cenário, o PSDB — que se manteve como a 3ª maior legenda e ampliou a bancada em 11 parlamentares na última eleição — pode acabar sendo o fiel da balança. Os tucanos não decidiram ainda se terão candidato próprio ou se participarão do bloco que está se articulando na oposição, reunindo legendas como o PPS, o Solidariedade e o PSB. Parlamentares de oposição ouvidos pela reportagem disseram que o bloco deve lançar um candidato próprio à presidência da Câmara — especula-se no atual líder do PSDB na Casa, Antonio Imbassahy (BA) — mesmo que numa “candidatura de protesto”, como definiu um deles. No ninho tucano, o apoio a Cunha também não está completamente descartado, já que ele é visto com simpatia por líderes oposicionistas.

Um dia é da caça, o outro do caçador!

Serra depõe na PF e nega favorecer empresa de cartel

Estadão, 31/10/14

O senador eleito José Serra (PSDB) depôs nesta quinta-feira, 30, na Polícia Federal em São Paulo no inquérito que investiga a ação do cartel metroferroviário, denunciado pela multinacional alemã Siemens. Serra negou ter beneficiado qualquer empresa durante seu mandato de governador do Estado (2006/2010).

Serra foi intimado para depor porque um executivo da Siemens, Nelson Branco Marchetti, declarou que em encontro na Holanda o então governador, em 2008, advertiu que se a multinacional alemã fosse à Justiça contra licitação vencida pela espanhola CAF, ele anularia o processo de concorrência porque o preço da multinacional alemã era 15% maior.

"No edital havia a exigência de um capital social integralizado que a CAF não possuía. Mesmo assim, o então governador (José Serra) e seus secretários fizeram de tudo para defender a CAF", afirmou o executivo. A CAF está citada na denúncia do cartel de trens de São Paulo em um esquema que funcionaria desde 1996 nos governos de Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin, todos do PSDB). Na PF, Serra afirmou que sua preocupação era com a preservação do erário, uma vez que A CAF venceu a concorrência pelo critério do menor preço.

Há duas semanas Conselho Superior do Ministério Público, confirmou arquivamento de inquérito civil instaurado para investigar Serra no âmbito da improbidade. Em julho, procurador geral de Justiça de São Paulo, Márcio Elias Rosa, arquivou o inquérito ao considerar que, de fato, Serra agiu no interesse público. O arquivamento foi confirmado pelo Conselho Superior do MP.

Lula define Veja nas eleições: "é o melhor panfleto da campanha do Aécio"

O ex-presidente diz que não lê a Veja já há muitos anos, por ''não levar a sério'' as publicações © Foto: Reprodução/ Facebook 

Nesta quinta-feira (30) o Instituto Lula publicou matéria em que Luiz Inácio Lula da Silva critica a Revista Veja e alega que a publicação "se decidiu ideologicamente há muito tempo" e ainda acrescenta que a revista "odeia o PT". Em vídeo, o ex-presidente petista ainda afirma que "se você olhar a Veja como um panfleto da campanha do Aécio, você sofre menos".

Durante 7 minutos, o ex-presidente diz que não lê a Veja já há muitos anos, por "não levar a sério" as publicações. Lula ainda diz que a simples saída para não "perder o sono" é levar a revista como um panfleto da campanha de Aécio Neves (PSDB); se dirigindo ao espectador, ele ainda fala que, desta maneira, "você não tem azia" - se referindo ao nervosismo.

Quando questionado ao "ódio" que o PT sofreu nas eleições desta ano (de acordo com o vídeo), Lula acredita que "você pode disseminar a divergência, é próprio da Democracia. Você pode não gostar do PT, mas você tem que respeitar a existência do PT", e ainda conclui que "democracia é o que nós estamos vivendo hoje. Todo mundo tem o mesmo direito. Todo mundo pode votar e escolher seu candidato e todo mundo tem que aceitar o resultado porque isso é democracia. Democracia não só vale quando a gente ganha, se fosse assim, seria muito fácil ser democrata", finaliza o ex-presidente.

Fonte: Msn Notícias, 31/10/14