sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Quem são e o que querem os líderes das novas manifestações contra a Copa?

Após os protestos de junho de 2013, o povo voltou às ruas de 14 cidades do País no último sábado, 25, para fazer passeatas contra a Copa do Mundo. A segunda leva de manifestações não atraiu tantas pessoas quanto as marchas do ano passado, mas tem um foco bem específico, promete ter fôlego até julho e mostra uma participação mais efetiva dos Black Blocs.

O lema escolhido pelo movimento, "Não vai ter Copa", pode soar como uma demanda irreal. Quem participa dos protestos, porém, acredita que pode ao menos tentar atingir o objetivo. Se não for possível impedir a realização de um jogo, é provável que se crie tumulto suficiente para preocupar as autoridades e chamar a atenção da imprensa internacional.

Os Black Blocs assumiram, na manifestação de sábado, em São Paulo, parte do espaço que era ocupado pelo MPL (Movimento Passe Livre), principal motor das manifestações de junho. Pessoas que se identificam como sendo parte do grupo revelaram ao UOL Esporte que atuaram na divulgação do evento por meio do Facebook desde o fim de dezembro e ajudaram a colar cartazes e fazer pichações pela cidade com o objetivo de chamar as pessoas.

Já na passeata, jovens que cobriam o rosto com máscaras ou camisetas pretas formavam a linha de frente do protesto, indicando o roteiro que deveria ser seguido. Os Black Blocs costumam ficar à frente das manifestações e afirmam que só atacam se forem agredidos pelos policiais. No meio do caminho, lixeiras foram quebradas e vidros de agências bancárias, apedrejados. Um Fusca que tentou passar por um colchão pegando fogo no meio da rua foi incendiado.

"A gente não ataca a pessoa, o trabalhador, o manifestante. Se é para quebrar alguma coisa, é a propriedade do Estado que não nos representa, ou só representa uma parcela pequena da população e oprime a maior parte. A gente quebra um banco, que não nos representa também", disse um ativista do grupo, de 20 anos, que pediu para não ser identificado.

"Mas o BB [abreviação de Black Bloc] não é uma organização. É um movimento aberto. Tem gente que acredita em todo tipo de coisa", concluiu. Ao ser questionado sobre como definia sua atuação, outro jovem citou o lema do seu grupo, a Facção Central: "Não aceno bandeira, não colo adesivo, não tenho partido, odeio político. A única campanha que eu faço é pelo ensino e pro meu povo se manter vivo."

Em geral, os manifestantes evitam dar entrevistas, pois não acreditam nos grupos que controlam a "grande mídia" e temem que suas declarações sejam distorcidas. Quando falam, mantém o anonimato e evitam dar declarações pessoais, que possam ajudar a identificá-los. Até seus perfis nas redes sociais são anônimos, mostrando fotos de mascarados, como a imagem de Guy Fawkes, utilizada pelo personagem de "V, de Vingança", e nomes que fazem alusão a revolucionários ou a seus apelidos.

"Defino o Black Bloc como uma forma de protesto", afirma a pesquisadora Esther Solano, professora de relações internacionais da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo), que tem se dedicado a estudar o assunto. "O denominador comum é o uso da violência como forma de expressão. Eles notaram que o governo não os escuta. E que a única forma de se fazer ouvir é partindo para uma ação mais dura."

O grupo é formado, em sua maioria, por estudantes do Ensino Médio ou de faculdades públicas. Integrantes dos Black Blocs ouvidos pela reportagem se definem como anarquistas e se dizem contra qualquer tipo de controle do Estado.

Embora defendam a violência para chamar a atenção do poder público e aprovem a depredação de agências bancárias e outros prédios privados, os Black Blocs não admitem violência contra pessoas. Por isso, segundo o grupo, só atacam se forem agredidos antes.

Em alguns fóruns frequentados por Black Blocs são discutidas táticas para atrapalhar a realização da Copa do Mundo. A ideia do grupo é continuar convocando atos como o de sábado, mas diminuir o intervalo entre um protesto e outro conforme a Copa se aproxima.

Uma enquete, por exemplo, questiona se devem ser realizadas ocupações nos principais aeroportos do País para dificultar o embarque e desembarque de turistas e delegações. Há sugestões para bloquear as vias que dão acesso aos estádios e até ataques a ônibus de times que estiverem na cidade.

"Vai ter atentado a delegações, ônibus incendiados, ocupações", disse um jovem de 18 anos, que não quis se identificar, ao UOL Esporte. Ao ser questionado sobre quais suas principais reivindicações, o manifestante foi econômico: "Não vai ter Copa!"
Classe média é mais presente

Isso não significa, entretanto, que todas as pessoas que foram para as ruas são Black Blocs ou defendem abordagens violentas. Um grupo que se intitula Unidade Negra, por exemplo, montou uma página no Facebook na qual oferece apoio ao próximo protesto, marcado para 22 de fevereiro, em São Paulo, mas recomendou aos Black Blocs que evitem começar confrontos.

Movimentos sociais também apoiam o protesto. "Vi muitas caras novas nesse protesto, pessoas que não estavam na rua em junho do ano passado. Mas os grupos sociais e políticos mais estruturados e tradicionais ainda estão longe do movimento", diz Esther. "Em geral, não são pessoas das periferias mais distantes, mas são uma classe média que tem contato com os problemas do Brasil: as escolas públicas, filas em hospitais."

A cobrança por educação e saúde "padrão Fifa" já haviam surgido em meio às manifestações de junho, em meio a pedidos para reduzir tarifas de transporte. Agora, ao menos por enquanto, o foco é o investimento público na organização da Copa.

"As pessoas querem serviços públicos de qualidade, e nisso vejo muitas semelhanças com os protestos de junho de 2013. São pessoas reivindicando gastos públicos mais responsáveis", afirma o pesquisador Wagner Iglecias, doutor em Sociologia e professor do Curso de Graduação em Gestão de Políticas Públicas e do Programa de Pós-Graduação em Integração da América Latina da USP.

Segundo Iglecias é natural que as reivindicações tenham voltado às vésperas do Mundial. "As pessoas se sentem enganadas com a promessa do legado. Tirando algumas coisas em aeroportos, quase nada ficou pronto. Enquanto as cidades estão entrando em colapso, o governo investe alto em estádios", opina Iglecias.


MANIFESTANTES FORAM ÁS RUAS EM 14 CIDADES

A falta de resposta do poder público às demandas populares e a repressão da Polícia Militar a manifestantes devem servir como combustível para os próximos protestos, na opinião do pesquisador Rafael Alcadipani, PHD em Ciência da Administração e professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da FGV.

"O governo não está encontrando uma saída política para esse problema, apenas uma saída policial, que se mostrou ineficiente. E essa inércia só aumenta a quentura", diz Alcadipani. "Todos estavam esperando os protestos de sábado, pois sabemos que seria um termômetro de como será o ano. E, pelo jeito, será muito quente." Iglecias acredita que a forma como os candidatos vão se posicionar com relação aos protestos também é um ponto importante. "Em um ano eleitoral, é impossível que os atores do jogo político não se posicionem em relação ao que está acontecendo nas ruas. Por mais que alguns grupos rejeitem partidos políticos, algumas pessoas podem se beneficiar."
 
Fonte: Uol, 31/01/14

Joaquim Barbosa diz que prisões brasileiras são ‘um inferno’

Presidente do STF falou em Londres, sobre crise no sistema penitenciário brasileiro

Joaquim Barbosa, Presidente do Supremo Tribunal Federal

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, qualificou na quarta-feira (29) as prisões brasileiras como um “inferno”. Em Londres, o ministro falou sobre a crise do sistema penitenciário, além do seu possível futuro político. “Nunca fiz militância política”, disse ele, ao refutar a possibilidade concorrer à Presidência da República.

“Ano passado fiz visita a presídios como presidente do CNJ. O que posso dizer é que ‘horror’ é a palavra mais adequada para qualificar as prisões brasileiras. Por que a situação é tão absurda? A questão é política.”
 
O ministro visitou, em abril do ano passado, o Foro das Comarcas de Natal, no Rio Grande do Norte. Na ocasião, ele chamou de ‘desesperadora’ a situação dos presos.
 
O presidente do STF também ressaltou que os casos de descaso não ocorrem apenas no Maranhão: “Prisões são de responsabilidade dos estados. O governo federal tem um papel pequeno. Os políticos não ligam para isso porque não dá voto. (O problema) é em todo o Brasil, não apenas no Maranhão. As prisões brasileiras são como o inferno. Estamos avisando os governos sobre a natureza explosiva das prisões”, disse ele, após dar uma palestra de quatro horas para 250 estudantes da universidade “King’s College London”.
 
Barbosa, no ano passado, havia aventado a hipótese de concorrer à Presidência em uma palestra dada em um congresso internacional de jornalismo investigativo, no Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira, o discurso mudou: “Nunca fui político, nem filiado a partido político, nem mesmo quando estava na faculdade. Não fiz militância política. Não, não quero (concorrer à Presidência).”
 
Sobre os planos para o futuro, Joaquim Barbosa disse estar ansioso para ser “um homem livre de novo”. “E voltar a ter vida privada e menos exposição.” Barbosa também afirmou não se importar com quem não aprecia o trabalho que faz. “Não ligo para quem não gosta do meu trabalho, seja ele, ela, liberal ou conservador. Eu faço o que eu acho que é certo. Sou muito cuidadoso. Tenho décadas de experiência na academia, nos tribunais. Esse é o meu guia para fazer o que tem que ser feito. Se liberais ou conservadores gostam, ok. Se não gostam, não me importa.”

Barbosa evitou temas espinhosos e aproveitou, na capital britânica, para cumprir uma programação cultural. Ele visitou o acervo da Biblioteca Britânica, que possui obras importantes sobre a História do Brasil.

Fonte: Orm News

Morre Irmão Piauí o "Moreno Show"

Morreu na manhã desta sexta-feira (31) o Irmão Piauí também conhecido como Moreno Show
 
Piauí era membro da Igreja Assembleia de Deus e tinha uma programa na Rádio Clube de Itaituba sendo que nesta manhã sofreu um AVC dando ainda entrada no Hospital Municipal, onde veio a falecer, seu corpo deve ser velado na Congregação Nova Betel da igreja Assembleia de Deus na 31ª rua do Bairro de Bom Remédio.
 
Esta foi a ultima imagem do Irmão que foi registrada por Tonico da Agência Toni Sky
 
Fonte: Blog do Gilson Vasconcelos, 31/01/14

Governo cumpre acordo e paga retroativo e reajuste do piso dos professores

 

No Pará, os servidores públicos estaduais do magistério, ativos e inativos, receberão até 14 de fevereiro, em folha suplementar, a primeira parcela do piso nacional da categoria, retroativo a 2011. Com esse pagamento, que o Estado possibilitou apesar de uma leve queda na arrecadação, considerando os três quadrimestres de 2013, o governo honra o compromisso firmado na Justiça com o Sindicato dos Profissionais em Educação Pública do Pará (Sintepp).

Essa não foi, porém, a única boa notícia anunciada na reunião de trabalho entre representantes do governo e do Sintepp, ocorrida nesta quinta-feira (30), na Secretaria de Estado de Administração (Sead).

A secretária de Estado de Administração, Alice Viana, assegurou que todos os profissionais da educação receberão a remuneração de fevereiro integralmente, retroativa a janeiro, reajustada em 8,32%, índice de correção fixado pelo governo federal para o piso nacional. Um professor de nível superior, com jornada de 200 horas/aula, em início de carreira, receberá remuneração de R$ 4.319,00 e, em fase final, de R$ 6.812,77. A média de remuneração da categoria é de R$ 5.400,00.

Com esses avanços, a folha de pagamentos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), a partir de agora, vai ultrapassar os R$ 2 bilhões. Como o repasse do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação) caiu para R$ 1,6 bilhão, o Estado ainda terá de arcar com a complementação de mais de R$ 431 milhões.


Receita – Alice Viana abriu a reunião expondo os pontos balizadores do acordo firmado em novembro de 2013, para encerrar uma greve de 53 dias, cujas consequências são sentidas até hoje pelos estudantes, como o atraso no ano letivo de 2013.

Os professores concordaram em receber o reatroativo parceladamente, condicionado o valor das parcelas à “evolução quadrimestral do crescimento real da receita corrente líquida do Estado”. Segundo o acordo entre o governo e o sindicato da categoria, ao final de cada quadrimestre, aferido esse crescimento, inclusive pelo próprio Sintepp, seria definido o percentual de recursos destinado ao pagamento das parcelas.

O governo do Estado cumpriu plenamente o que foi acordado. Nilo Noronha e Edna Farad, diretores da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa), apresentaram os resultados financeiros do Estado no último quadrimestre de 2013. Segundo a Fazenda estadual, excluindo-se as atipicidades decorrentes do crescimento sazonal de receita, houve um incremento que permite o aporte de R$ 5,1 milhões para financiar o pagamento da primeira parcela do retroativo.

“Nós já sabíamos que existia esse crescimento, mas não de quanto era. O Estado cumpriu com a palavra e levou os números à mesa e, sem dúvida, isso representa um avanço nas relações com os trabalhadores”, afirmou Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), que presta assessoria ao Sintepp.

A folha suplementar, com os valores individuais a serem pagos aos 41.415 servidores ativos e inativos da educação pública estadual, começou a ser gerada neste dia 30 de janeiro, obedecendo rigorosamente ao texto do acordo, que previa o processamento desse pagamento até o final deste mês. “Como é preciso calcular o índice a que cada servidor faz jus, pois se trata de um pagamento proporcional, no máximo até o dia 14 de fevereiro a primeira parcela do retroativo do magistério estará creditada nas contas de cada um”, garantiu a secretária de Administração.

“O governo demonstrou que vai honrar o acordo firmado com os professores. Isso quer dizer que será garantida a nossa conquista”, avaliou Alberto Andrade, secretário geral do Sintepp, satisfeito com os resultados da reunião, que serão repassados à categoria em assembleia geral no próximo dia 06 (quinta-feira).

Todos os cerca de 24 mil ativos, 15.600 inativos e mais de 1.600 pensionistas da área de educação receberão o pagamento dessas parcelas, reiterou Alice Viana. “Estamos honrando aqui, como temos feito sempre, todos os compromissos assumidos com os profissionais do magistério. Implantamos o PCCR (Plano de Cargos, Carreira e Remuneração) e o piso nacional, estamos pagando o retroativo, pagando o reajuste do piso e enviamos ao Legislativo os três projetos de interesse da categoria, que também foram alvo do acordo”, acrescentou.

Com todos os ganhos garantidos pelo governo do Estado, os salários do magistério paraense permanecem como a quinta maior remuneração do país. “O aumento real concedido aos professores nestes três anos do Governo Jatene é da ordem de 30%”, ressaltou a titular da Sead.

Também participaram da reunião representantes do Conselho do Fundeb, da Assembleia Legislativa e dos servidores aposentados da área de educação.

Fonte: Agência Pará Postado por Marcos Santos às 09:12:00

É melhor tentar que se omitir!




Novo ministro da Educação responde a processo na Justiça Federal

O novo ministro da Educação, José Henrique Paim, é réu numa Ação Civil Pública que corre na Justiça Federal em São Paulo desde 2006.

Ele responde por irregularidades identificadas pelo Ministério Público num convênio de R$ 491 mil firmado entre o FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), que foi presidido por Paim, com a ONG Central Nacional Democrática, para alfabetizar jovens e adultos.

Em 2005, a ONG não havia prestado contas dos recursos recebidos num convênio firmado no ano anterior. Por isso, o Ministério Público determinou que não fossem repassados novos recursos à entidade.

Apesar da recomendação, a ONG conseguiu fechar o novo convênio e o Ministério Público apresentou a ação contra Paim e contra os dirigentes da Central Nacional Democrática.

De acordo com a assessoria do Ministério da Educação, uma falha administrativa fez com que a recomendação do Ministério Público não chegasse a Paim, por isso os recursos teriam sido liberados.

Em nota, a assessoria diz que uma apuração interna foi feita no FNDE e inocentou Paim de responsabilidade.

A nota ainda diz que o TCU (Tribunal de Contas da União), ao analisar a situação, também inocentou Paim. Por fim, alega que o processo só corre na Justiça até hoje porque os ex-dirigentes da ONG desapareceram, o que impede a conclusão do caso.
Fonte: Folha de S Paulo, 31/01/14

Márcio Pinto diz que: “Jatene e Helenilson não têm palavra”

e faz duras críticas a ambos, pelo descaso com professores


Marcio Pinto,Simão Jatene e Helenilson Pontes
O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp) em Santarém, professor Márcio Pinto, demonstrou insatisfação em relação a assinatura do Governador em exercício, Helenilson Pontes (PPS), determinando a suspensão da concessão e do pagamento da gratificação de tempo integral e do serviço extraordinário dos servidores.

Para ele, a realidade da educação no Pará só vai mudar quando os ‘incluídos’ entenderem que as conseqüências da precariedade da educação devem recair sobre todos, indistintamente. “Jatene e Helenilson, a mentira não faz crescer o nariz, mas destrói a confiança. Como lidar com um governo que não tem palavra? No Pará, o governo do Estado descumpre acordo assinado com educadores”, afirma o professor.

Ele observa que a falta de acesso a um ensino de boa qualidade tem um peso grande na desprezível distribuição de renda, considerada a principal causa dos problemas do país. O professor Márcio Pinto, em entrevista exclusiva à nossa reportagem, ressaltou que existe um acordo judicial que estipula que o governo pague o retroativo do piso de 2011 e a correção de 8,32% indicado pelo MEC para a data base da educação. “Mas até agora a Sead não cumpriu com as datas que ela mesma estipulou e não pagou o retroativo”, expõem. Veja a entrevista exclusiva:

Jornal O Impacto: Professor, o Governo do Pará fez alguns acordos para o encerramento da greve em novembro do ano passado, mas até o momento ainda não cumpriu o que prometeu aos profissionais da educação?

Márcio Pinto: Jatene e Helenilson destruíram a confiança com os servidores. Como lidar com um governo que não tem palavra? No Pará, o governo do Estado descumpre acordo assinado com educadores. Em relação à educação, finalizamos o ano passado com uma perspectiva do não cumprimento do acordo, que colocou fim à greve dos trabalhadores em educação em novembro de 2013. Naquele momento, no Tribunal de Justiça do Pará, o Governo e representantes do Sindicato firmaram um acordo. Tinham vários pontos nesse acordo, sendo dois de cunho financeiro, com investimentos na questão do retroativo do piso salarial nacional dos educadores, que teve vigência em 2011. Mesmo tendo vigência em 2011, o Governo do Estado só complementou aqui no Pará, em 2012. O Governo ficou devendo praticamente 8 meses do ano de 2011, onde não houve equiparação. Nessa rodada de negociação, o Governo se comprometeu a iniciar o pagamento desse retroativo, a partir de janeiro de 2014, o que não aconteceu. Quem recebeu o contracheque verificou que não veio o complemento. Também no site oficial dos servidores, a gente observa que desde o dia 23 deste mês, não houve o pagamento do retroativo, conforme o que havia sido acordada com o Governo.

Jornal O impacto: Existem outros pontos que foram acordados pelo Governo do Pará e que não foram executados?

Márcio Pinto: Outro ponto que foi estipulado em relação ao acordo diz respeito à questões políticas. Houve o encaminhamento de pelo menos três projetos de leis para serem enviados à Assembléia Legislativa do Pará, sendo que um deles é em relação à regulamentação da hora/atividade, que também está previsto dentro da lei do piso salarial nacional e, que até o momento não foi implementado em sua totalidade pelo Governo do Estado. Ele havia se comprometido a encaminhar um Projeto de Lei implementando a questão da hora/atividade, o que não foi encaminhado. O Governo também tinha se comprometido em encaminhar para a Alepa, o Projeto de Lei de regulamentação do Sistema Modular de Ensino, que até hoje funciona como uma espécie de projeto. Isso é complicado, porque até o momento o Modular sem essa segurança legal pode acabar dependendo da vontade do Governador, porque não tem uma legislação que possa dar essa segurança.

Jornal o Impacto: O governador Simão Jatene ainda deixou a desejar em outros pontos relacionados à educação?

Márcio Pinto: Existe também outro ponto que foi discutido sobre a Lei de Gestão Democrática, com eleição direta para diretores de escola. O Governo também tinha se comprometido a encaminhar para a Alepa esse Projeto de Lei, o que não aconteceu. Como esses prazos desses encaminhamentos, principalmente da pauta política que seria a implementação, o que é uma competência do Executivo, não aconteceu, findou o ano e o Governador não cumpriu o que havia prometido. Já vínhamos suspeitando também que no aspecto financeiro não haveria o cumprimento do acordo. Em decorrência disso foi realizada uma Assembléia aqui em Santarém para socializar essas informações para a categoria. Houve também uma reunião entre a diretoria do Sintepp em Santarém e uma representante da Secretaria de Educação do Pará, para buscar justificativas oficiais, ou seja, o que o Governo tem oficialmente a dizer para os servidores da educação. Do ponto de vista oficial ainda não existe nada, então, queremos uma reunião com o Governo do Estado exatamente para justificar essa questão.

Jornal O Impacto: Além dos problemas com os servidores, o Governo do Pará também não está desempenhando um bom trabalho em outros aspectos da educação pública?

Márcio Pinto: Na verdade, a gente fica descontente porque o Governo do Estado deveria dar exemplos, ou seja, ele faz um acordo e não cumpre. Acredito que esse tipo de postura quebra qualquer possibilidade de confiança, ou seja, já existe desconfiança. O Estado entra em conversa com os servidores, propõe uma negociação, assume um compromisso e nesse momento isso não acontece. Isso acaba gerando uma situação de desconfiança a eventuais acordos com o Governo do Estado. No ano passado, fizemos uma greve muito difícil e, que ela não estava pautada exclusivamente a questão financeira, porque com a lei do piso salarial, a questão dos profissionais da educação nacionalizou. Agora, a gente espera que o Governo Federal baixe um decreto dizendo qual vai ser o valor do piso, porque os governos estaduais e municipais deverão se adequar para pagar esse valor. Hoje, a gente não discute tanto a questão financeira com o Governo do Estado, mas, também, a reforma das escolas, que isso é notório. Quem tem filhos que estudam nas escolas públicas sabe das condições estruturais de muitas delas, que é uma demanda concreta. O Governo tem que dar uma resposta, sob pena de que os professores não possa oferecer um ensino de qualidade.

Fonte: RG 15/O Impacto, 30/01/14

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

“Faltam apenas detalhes para a assinatura de um acordo entre MP e Telexfree”, revela deputado Moisés Diniz



O deputado estadual Moisés Diniz (PCdoB), vice-presidente da Aleac, usou a sua página no facebook na manhã desta terça-feira, 28, para afirmar que faltam apenas detalhes para que a assinatura de um acordo entre Ministério Público e a Ympactus (Telexfree) seja formalizado.

“Os últimos dias têm demonstrado que faltam apenas detalhes para a assinatura de um acordo entre MP e Ympactus para devolução a investidores que estão no prejuízo, um recurso que pode chegar a mais de 200 milhões”, revelou Diniz.

Diniz disse ainda que a Justiça já sinalizou que está próximo o julgamento do mérito. “Deus opera na noite e a gente vê, na luz do dia, as suas inenarráveis maravilhas”, disse o comunista.

Fonte: Ac24horas/Encontreinarede, 28/01/14

Comando e subcomando do 15º BPM de Itaituba vão mudar por interferência de Hilton

O deputado estadual Hilton Aguiar tem feito várias mexidas em cargos do estado, na região. Agora as mudanças estão sendo processadas no comando e no subcomando do 15º Batalhão de Polícia Militar, em Itaituba.

O major Osvaldo Jr. vai deixar o comando, entrando em seu lugar o tenente coronel Lacerda.

Vai sair do subcomando, o capitão Pedro, não tendo sido ainda informado quem será o seu substituto.
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Minha opinião: Não se trata de uma crítica ao deputado estadual Hilton Aguiar, porque não foi ele quem inventou esse sistema de politica pública de administrar, adotado no Brasil. Eu estaria cometendo uma injustiça contra ele, que é apenas mais um político a fazer esse jogo. Considero isso errado e contraproducente, da parte dele e dos outros políticos.

Já passou da hora de nós, cidadãos, refletirmos sobre isso, conquanto, eu entendo que a permanência de um servidor público, civil ou militar em determinado cargo ou função, ou sua transferência, deveria basear-se em critérios que levassem em conta o desempenho de cada um.

Nos países realmente desenvolvidos isso não acontece. Não ocorre essa dança de cadeiras por interferência de políticos, pois isso tem alguns desdobramentos, muitas vezes negativos para a qualidade do serviço prestado por esses servidores aos cidadãos, em cargos de comando, ou em quaisquer funções.

É bom a gente começar a pensar nisso.
 
Fonte: Blog do Jota Parente, 29/01/14

Meus Pensamentos

Há momentos que o som das palavras não são necessários ...
Basta um gesto...
Um olhar ...
Um carinho...
O entrelaçar dos dedos...
O receber de uma rosa...
As palavras neste terno momento, mesmo em seu puro e longo silêncio ....
São compreendidas e decifradas por aqueles que tem a sensibilidade, de ouvir , sentir e ver com o coração...
♥