domingo, 1 de dezembro de 2013

A diferença entre gostar e amar


Prisão de condenados pelo mensalão é aprovada por 87% dos adeptos do PT

FERNANDO RODRIGUES/DE BRASÍLIA

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, ainda tem uma pontuação modesta quando colocado como candidato ao Palácio do Planalto: só 15%, segundo o Datafolha.

Mas Barbosa se aproxima de uma quase unanimidade nacional quando toma decisões sobre o caso do mensalão. Para 86% dos brasileiros, o presidente do STF agiu bem ao mandar prender os mensaleiros condenados no feriado de 15 de Novembro, dia da Proclamação da República. O dado é da pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 28 e 29, em todo o país.

O mais interessante é quando esse dado é estratificado por preferências partidárias. Entre os simpatizantes do PT, 87% dizem que Barbosa agiu bem ao mandar prender os mensaleiros no feriado. Como a margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais, seria um erro dizer que o apoio às prisões entre petistas (87%) foi maior do que a média entre todos os entrevistados (86%). Há aí uma situação de empate técnico.

Já entre os adeptos do PSDB, o percentual dos que apoiam a ação de Barbosa é mesmo bem acima da média nacional. Para 99% dos tucanos o presidente do STF agiu corretamente.

O Datafolha quis saber também se os brasileiros tomaram conhecimento do episódio das prisões dos mensaleiros. A imensa maioria (82%) respondeu positivamente.

Como houve muita controvérsia a respeito da data das prisões e da forma como foi efetuada a ação, com ampla divulgação pela mídia, o Datafolha elaborou uma terceira questão. Perguntou se Joaquim Barbosa tomou a decisão "para se promover pessoalmente" ou se "agiu de acordo com a Justiça e fez o que deveria ser feito".

Para decepção de vários integrantes da cúpula do PT, a resposta da maioria dos entrevistados pelo Datafolha foi a favor de Barbosa. Para 78%, ele "agiu de acordo com a Justiça". Outros 10% acham que ele desejou se promover. E 12% disseram não saber opinar.

Entre petistas, vai a 80% a taxa dos que acharam que o presidente do STF "agiu de acordo com a Justiça". O percentual sobe para 84% entre os que tomaram conhecimento do episódio. 
 
Fonte: Uol/Folha de São Paulo, 01/12/13

Estradas do Pará permanecem em situação precária


(Foto: Ney Marcondes/Diário do Pará)

Na época das chuvas, viajar pelas estradas do Pará se torna uma enorme aventura. São quilômetros seguidos de poças d’água, pontes precárias, buracos de todos os tamanhos e assoreamentos. Asfalto é apenas um sonho para quem trafega nas rodovias estaduais e federais dentro do território paraense. A 17ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, produzida pela Confederação Nacional do Transporte, mostrou que as condições de tráfego no Pará são as piores do Brasil. Alguns desses trechos, como a PA-150 ou a BR-222, de Dom Eliseu a Marabá, estão quase intrafegáveis.

Em nenhum outro estado brasileiro a situação das estradas é tão crítica quanto no Pará, onde 71,8% da malha viária avaliada este ano pela CNT foi considerada péssima ou ruim. Em boa parte da PA-150, uma das principais vias públicas do estado, não há acostamento e as placas de sinalização estão em situação precária. Nestas condições, as viagens acabam ficando mais longas e caras. Na BR-155, que vai de Redenção a Marabá, fazendo a ligação da região centro-oeste com o sul do Pará, a pista, a sinalização, até o traçado, tudo é considerado péssimo. A pior classificada de um ranking de 109 rodovias avaliadas é a Belém (PA) – Guaraí (TO), formada pelas seguintes rodovias: BR-222, PA-150, PA-151, PA-252, PA-287, PA-447, PA-475, PA-483, TO-336.

O prefeito de Dom Eliseu, Joaquim Ferreira Neto, não se cansa de pedir pela recuperação da única rodovia que liga seu município a Marabá, ao restante do Estado e ao país. “É um absurdo permitir que uma rodovia nestas condições continue causando tantas mortes, tantos acidentes como presenciamos todos os dias”, diz Joaquim. Em todas as visitas que faz a Brasília, em busca de melhorias para o município, o prefeito coloca a precariedade da BR-222 na pauta de reuniões. Ainda não conseguiu sair com uma resposta positiva.

A CNT avaliou 2.614 quilômetros de estradas no Pará, sendo 1.957 quilômetros de rodovias federais e 657 estaduais. O Pará possui uma malha rodoviária com 10.895 quilômetros. Nas estradas estaduais, 92,4% estão em estado péssimo, ruim ou regular. Do total avaliado, somente 137 quilômetros foram classificados como em boas condições. Nenhum trecho é ótimo.

Apesar desta situação continuada, não há, nem por parte do governo federal e nem do Estado, qualquer projeto de investimento a médio e longo prazo para melhorar as rodovias que cortam um dos estados mais ricos do Brasil, que produz energia para abastecer o restante do país e que tem minério em abundância.
 
Fonte: Diário do Pará, 01/12/13

Ministério Público Eleitoral representa contra Helder

Procurador também propõe contra o PMDB por propaganda camuflada

O procurador regional eleitoral Alan Rogério Mansur Silva propôs, ontem, junto à Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral “representação por propaganda partidária desvirtuada” contra o ex-prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho (ilustração), e contra o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). O fiscal da lei sustenta que o partido usou o horário gratuito da televisão para fazer campanha eleitoral extemporânea e camuflada em favor de Helder, que é pré-candidato ao governo do Estado nas eleições de 2014.
 
Mansur pede na representação que Helder e seu partido sejam notificados a apresentar defesa, bem como, a aplicação das sanções punitivas como a perda de 47 minutos e 30 segundos de tempo de propaganda partidária nos próximos semestres, e aplicação de multa em seu patamar máximo, ao PMDB e ao candidato.

De acordo com Alan Mansur, a propaganda partidária deve ser usada “para difundir os programas e ideais da agremiação. As inserções estaduais transmitidas, ao contrário, valeram-se do tempo assegurado pela legislação partidária ao PMDB para tornar pública verdadeira propaganda eleitoral extemporânea em favor do sabidamente pré-candidato ao cargo de governador do Estado Helder Zahlouth Barbalho”.


Segundo o procurador, a Fundação Nazaré de Comunicação, complexo midiático da Arquidiocese de Belém, foi obrigada a fornecer ao Ministério Público Eleitoral arquivos em vídeo contendo as inserções de propaganda partidária apresentadas pelo Diretório Regional do PMDB, transmitidas via televisão, no mês de novembro deste ano. “Conforme consta das mídias eletrônicas que instruem a presente representação, o partido representado desvirtuou o conteúdo de sua propaganda partidária”.

Segundo Alan Mansur, “a materialidade dessas inserções irregulares, marcadas por evidente apelo eleitoral, está comprovada na mídia. De seu exame, observa-se o destaque, com exclusividade, da figura do político Helder Barbalho, figura pública, que exerce posição de liderança na agremiação partidária em que é filiado e ostenta a condição de pré-candidato do PMDB ao governo do Estado, conforme notícias ora acostadas, o qual vem manifestando sua disposição a concorrer, nas eleições de 2014”, disse. O procurador afirma também que “é fácil notar que estas inserções destinam-se, exclusivamente, a expor a imagem e a relação de Helder Barbalho com a população do Estado”.

Alan Mansur explica que das mídias apresentadas à Procuradoria Regional Eleitoral, oito fazem apologia ao nome de Helder Barbalho de duas formas: “Primeiramente o requerido se apresenta falando sobre a necessidade de mudanças e de ouvir a população paraense. Em um segundo momento, Helder aparece em meio a encontros com populares nas cidades de Marabá, Santarém e Belém, discursando à população do Estado sobre a maneira como o governo deve tratar problemas relacionados as áreas da educação, da segurança pública, da saúde, do transporte coletivo, da falta de emprego e do saneamento básico”. Ainda conforme o procurador regional eleitoral, “inicialmente, há discurso para os telespectadores e destaca que é um político disposto a ouvir a população paraense. “Como se verifica, a propaganda partidária já se mostra nitidamente desvirtuada nestas mídias veiculadas nas inserções estaduais. A intenção de incutir no imaginário do eleitorado paraense que Helder Barbalho é um político preocupado com problemas graves que assolam a população paraense, ressaltando de que ‘sabe como enfrentá-los’, é nítida.”

Inserções na TV mostram “superexposição da imagem” do pré-candidato

O procurador Alan Mansur também mostra que “nas últimas quatro inserções, o desvio ainda é mais grave. Helder faz diversas aparições em verdadeiros palanques montados em importantes cidades deste Estado, ouve reclamações, elogios e reivindicações de eleitores, e propaga frases de efeito, como: “chegou a vez dos políticos ouvirem a população” e “ouvir aquilo que a população deseja para sua cidade, para o seu município, para sua região”; “nós temos andado por todo o Pará, temos escutado as pessoas” e “para que juntos possamos fazer as transformações que o povo deseja para sua região”; e “estamos andando pelo Pará para ouvir as pessoas e nós queremos ouvir cada um de vocês para juntos fazermos um Pará melhor, para juntos fazermos um Pará diferente”.

Conforme o procurador regional eleitoral, “o desfecho da propaganda é ainda mais efusivo, quando o pré-candidato profere discurso na primeira pessoa do singular: “Tenho andando por todo o Estado, pelos quatro cantos, ouvindo o povo, as pessoas, para ouvir você. Conversei com o seu João, com a dona Maria, com o Carlos, com a Ana. Ouvi ideias, reclamações e muitas propostas. Continuarei andando, ouvindo, porque é desta forma que nó temos que fazer.”

Finalizando sua exposição, Alan Mansur pontua que no caso em destaque, “o partido representado veiculou, em programas destinados à difusão partidária, uma superexposição da imagem de Helder Barbalho, enaltecendo sua preocupação com problemas caros à população do Pará (como saúde, transporte, segurança, educação e saneamento básico), com a intenção de recobrar, no inconsciente da coletividade de eleitores, seu nome e sua aptidão à função pública. Mesmo que não exista, no texto da propaganda, referência explícita à candidatura ou ao futuro pleito, percebe-se que a publicidade apresenta característica eleitoral de maneira camuflada. Embora dissimulado, é indiscutível o objetivo de influenciar o eleitorado na escolha de seus candidatos em outubro de 2014, tendo em vista o relevo e destaque atribuídos ao pré-candidato ao longo da exposição”


Fonte: O Liberal, 30/11/13

Aprovação de Dilma sobe para 41%, mas 66% pedem mudança

FERNANDO RODRIGUES/DE BRASÍLIA

Presidente Dima cresce em pesquisa
Foto: André Coelho / O Globo 

Logo após a queda abrupta de popularidade em junho, Dilma Rousseff teve uma pequena recuperação. Em seguida, de agosto a outubro, parecia ter estacionado: oscilava dentro da margem de erro da pesquisa. Agora, fica claro que a trajetória da curva de aprovação do governo é mesmo gradual e ascendente.

Segundo o Datafolha, o governo federal era aprovado em agosto por 36% dos entrevistados. Foi a 38% em outubro. E agora está em 41%. 
Leia matéria completa acessando: http://www1.folha.uol.com.br/poder/2013/12/1379068-aprovacao-de-dilma-sobe-para-41-mas-66-pedem-mudanca.shtml
Fonte: Uol/Folha de S Paulo, 01/12/13

sábado, 30 de novembro de 2013

O lixo representa um sério risco para a humanidade!


Quanto mais desenvolvida é uma nação, mais lixo cada um de seus habitantes produz. Além de o progresso elevar o volume de lixo, ele também modifica a qualidade do material despejado. Quando a sociedade progride, ela troca a televisão, o computador, compra mais brinquedos e aparelhos eletrônicos. 

Calcula-se que 700 milhões de aparelhos celulares já foram jogados fora em todo o mundo. O novo lixo contém mais mercúrio, chumbo, alumínio e bário. Abandonado nos lixões, esse material se deteriora e vaza substâncias liberadas infiltram-se no solo e chegar aos lençóis freáticos ou a rios próximos, espalhando-se pela água. 

Fonte: Anuário Gestão Ambiental 2007 (com adaptações).

Hidrelétricas impulsionam desmatamento na Amazônia

29/11/2013 13:15
Por Redação, com BBC - de Brasília

Floresta foi desmatada no entorno das usinas de Jirau, Santo Antônio e Belo Monte

Ao defender a construção de hidrelétricas na Amazônia, o governo federal costuma citar o argumento de que essas usinas são menos poluentes e mais baratas que outras fontes energéticas capazes de substituí-las. Entre ambientalistas e pesquisadores, porém, há cada vez mais vozes que contestam a comparação e afirmam que o cálculo do governo ignora custos e danos ambientais indiretos das hidrelétricas. Para alguns, esses impactos colaterais influenciaram no aumento da taxa de desmatamento da Amazônia neste ano.

Há duas semanas, o governo anunciou que, entre agosto de 2012 e julho de 2013, o índice de desflorestamento na Amazônia cresceu 28% em relação ao mesmo período do ano anterior, a primeira alta desde 2008.

Paulo Barreto, pesquisador sênior da ONG Imazon, atribui parte do aumento ao desmatamento no entorno das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no rio Madeira, em Rondônia, e da usina de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará.

Segundo ele, as hidrelétricas atraem migrantes e valorizam as terras onde são implantadas. Sem fiscalização e punição eficientes, diz ele, moradores se sentem encorajados a desmatar áreas públicas para tentar vendê-las informalmente.

No caso de Belo Monte, Barreto afirma que o desmatamento em torno da usina seria menor se o governo tivesse seguido a recomendação do relatório de impacto ambiental da obra para criar 15 mil km² de Unidades de Conservação na região.

Uma pesquisa do Imazon, da qual Barreto é coautor, estima que o desmatamento indireto causado pela hidrelétrica atingirá 5.100 km² em 20 anos, dez vezes o tamanho da área a ser alagada pela barragem.

Na bacia do Tapajós (PA), onde o governo pretende erguer uma série de usinas, ele diz a área desmatada indiretamente chegará a 11 mil km².

Fórmula do desmatamento

O engenheiro Felipe Aguiar Marcondes de Faria desenvolve em seu projeto de PhD na Universidade Carnegie Mellon (EUA) uma fórmula complexa. Ele pretende incluir os efeitos indiretos da construção de hidrelétricas na Amazônia – como o desflorestamento gerado por imigração ou especulação fundiária – no cálculo das emissões de carbono das obras.

A conta, que mede a liberação de gases causadores do efeito estufa, normalmente leva em conta somente as emissões geradas pela perda de vegetação e pela degradação da biomassa na área inundada pelas barragens.

- Se a construção de uma hidrelétrica implicar taxas de desmatamento superiores às de locais onde não existem tais investimentos, nós poderemos acrescentar esse desmatamento extra ao balanço de carbono do projeto.

O pesquisador diz ainda que, além de valorizar terras e atrair imigrantes, a construção de hidrelétricas pode estimular o desmatamento ao melhorar as condições de acesso à região, expondo florestas antes inacessíveis.

Faria também questiona os cálculos que exaltam o baixo preço das hidrelétricas em comparação com outras fontes de energia. “As diferenças não consideram adequadamente os custos socioambientais desses empreendimentos”.

Ainda assim, avalia que o Brasil não pode excluir a hidroeletricidade de seus planos de expansão do sistema energético. Para ele, a modalidade oferece grandes vantagens em relação a outras fontes de energia, como flexibilidade para atender à variação da demanda e dispensa de importação de matérias-primas.

Faria defende, no entanto, que o governo mude sua postura quanto às hidrelétricas na Amazônia.

- O desenvolvimento hidrelétrico na Amazônia deveria ser visto não como uma barragem no rio, mas sim como uma chance de criar um novo paradigma de desenvolvimento sustentável para uma região, que crie condições para a manutenção das unidades de conservação e terras indígenas, investimentos em educação e ciência e melhora na saúde da população.

Porém, para o procurador-chefe do Ministério Público Federal no Pará, Daniel César Azeredo Avelino, a construção de hidrelétricas na Amazônia não tem sido acompanhada pela manutenção de áreas protegidas.

Nos últimos anos, o governo reduziu Unidades de Conservação para facilitar o licenciamento das hidrelétricas no rio Madeira e das futuras usinas no Tapajós. Segundo ele, simples sinalizações de que se pretende reduzir essas áreas já motivam o desmatamento.

Em 2012, diz Avelino, um mês após jornais divulgaram que o governo estudava diminuir a Floresta Nacional Jamanxim, no sudoeste do Pará, houve um surto de desmatamento na região.

- Quando se fala em reduzir Unidades de Conservação para hidrelétricas, alimenta-se a ideia de que poderá haver novas reduções, o que encoraja o desmatamento.

Governo responde

No entanto, segundo Francisco Oliveira, diretor do Departamento de Combate ao Desmatamento do Ministério Ambiente, a destruição dentro de áreas protegidas corresponde a menos de 10% do desflorestamento na Amazônia.

Quanto ao desmatamento recente no Pará e em Rondônia, diz que não se deveu necessariamente às hidrelétricas. Oliveira afirma que o desflorestamento em um raio de 50 quilômetros de Belo Monte passou de 380 km², em 2011, para 41 km² em 2013.

Em Rondônia, ele diz que também tem havido redução no ritmo do desmate em áreas próximas às usinas.

Segundo Oliveira, as principais causas para o maior desmatamento na Amazônia no último ano foram: no Pará, a apropriação ilegal de terras (grilagem) na região de Novo Progresso; no Mato Grosso, a expansão da agropecuária; e em Rondônia, a expansão da pecuária.

Oliveira afirma, porém, que, apesar da alta, o índice de desflorestamento em 2013 foi o segundo menor desde que começou a ser medido, há 25 anos.

Fonte: Correio do Brasil, 29/11/13

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Quem é revolucionário?



Homem grávido se casa com sua namorada transgênero na Argentina

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O transgênero argentino Alexis Taborda, que nasceu mulher, mas trocou de gênero e está grávido de oito meses, se casou nesta sexta-feira com a namorada Karen Bruselario, que nasceu homem, mas também fez a alteração do gênero.

Apesar da troca de identidade, reconhecida pela Lei de Identidade de Gênero argentina, aprovada em maio do ano passado, ambos mantiveram os órgãos sexuais, o que possibilitou a gravidez de Taborda.

A menina Gênesis, o bebê concebido com Karen, deve nascer no fim de dezembro em um parto cesariana. Taborda será o primeiro caso na Argentina de um homem a dar à luz.

Ricardo Santellan/Efe 

Alexis Taborda, grávido de oito meses, e a mulher transgênero, Karen Bruselario, posam após casamento civil em Victoria, na Argentina

A cerimônia de casamento civil, que contou com a família e amigos do casal transexual, aconteceu no registro civil da cidade de Victoria, na província de Entre Rios, no leste do país, a 360 quilômetros de Buenos Aires.

"Este é um dos melhores momentos da minha vida e espero que agora nos aceitem como somos", disse Karen mostrando a certidão de casamento.

Alexis, 26, e Karen, 28 anos, decidiram se casar depois de um ano e meio de namoro, que começou em Buenos Aires durante a sua participação em uma manifestação em apoio à Lei Identidade de Gênero em maio do ano passado.

Karen estava convencida de que Taborda era um homem e estava acompanhando seus amigos. "Então, ele me disse da sua condição, mas aí já tinha começado tudo", admitiu a noiva.

"Eu não vou amamentar, vou tirar o leite e será Karen quem vai dar a mamadeira. Ela é a mãe", disse Taborda.

"Nesta fase da gravidez eu me sinto cansado, e admito que me falta o instinto maternal. Mais além do amor pela Gênesis, quando ela se mexe eu sinto que tenho algo estranho no meu interior", reconheceu em uma entrevista dias atrás, segundo o "Clarín".

O casal também tentou concretizar sua união na Igreja Católica, mas tanto a paróquia de Nossa Senhora da Aranzazú, em Victoria, como o Bispado de Gualeguaychú, em Entre Rios, responderam que o sacramento não seria possível devido às personalidades sexuais que o casal adotou.

O padre de Victoria, Raul Benedetti, disse à Agência Efe que não pode casá-los porque têm sexo autopercebido distinto do natural, mas agem como a natureza lhes dotou. A que escolheu ser mulher está sendo homem e o que escolheu ser homem está gerando um filho. "Há uma contradição entre o documento e a pessoa. Se eles quiserem se casar com o nome da pia batismal e aceitar que o pai é o homem e a mãe é a mulher, não há nenhum problema", disse o padre.

Fontes próximas ao casal disseram que, após a recusa, Karen escreveu ao papa Francisco pelo Twitter solicitando a autorização para o casamento na Igreja, mas ainda não obteve resposta.

No entanto, Benedetti disse que a Gênesis poderá ser batizadas se seus pais solicitarem.

Inclusive, Benedetti abençoou o ventre de Taborda. O padre disse que "não há problema com a gravidez" e decidiu benzer o casal porque "é uma coisa normal e comum como tantos outros" casos.

"Todos os dias 15 do mês é dada a benção às grávidas. Uma vez eu os convidei e eles vieram", disse nesta sexta-feira à Agência Efe o pároco.

A festa do casamento será realizada no sábado (30). Apesar de não se casarem na Igreja, o casal vai sair para a festa das portas da paróquia de Nossa Senhora de Aranzazú, com a noiva vestida de branco.

"No sábado, ainda que não nos casem na igreja, eu vou estar vestida de branco para celebrar a felicidade de sermos marido e mulher", disse Karen ao "Clarín".

A "National Geographic" desembarcou na cidade há alguns meses para mostrar ao mundo a história de amor, segundo o "Clarín". O material produzido terminará com o nascimento de Gênesis. 


Fonte: Folha/ Uol, 29/11/13

Preço da gasolina e do diesel sobe à meia-noite

Do UOL, em São Paulo 29/11/2013 18h44

A Petrobras anunciou que o preço da gasolina vai aumentar 4% e o do diesel sobe 8%. O aumento vale a partir de zero hora deste sábado (30). O percentual de reajuste será aplicado nas refinarias. Nas bombas dos postos, para o consumidor final, os novos preços devem ficar próximos disso.

A Petrobras e o governo estavam estudando o aumento e iriam divulgá-lo na semana passada, mas a decisão foi adiada para agora. Também estava sendo avaliada uma nova metodologia de reajuste automático dos preços dos combustíveis, entre outros temas.

A empresa decidiu não divulgar como será a política de reajustes, que causou atritos entre a presidente Dilma Rousseff e a presidente da companhia, Graça Foster.

O Conselho da estatal aprovou a implementação de uma política de preços, mas "por razões comerciais, os parâmetros da metodologia de precificação serão estritamente internos à companhia", segundo nota distribuída pela empresa.

De acordo com a empresa, essa metodologia de reajuste "pretende assegurar que os indicadores de endividamento e alavancagem da Petrobras retornem aos limites estabelecidos no plano de negócios 2013-2017 em até 24 meses, considerando o crescimento da produção de petróleo e a aplicação da política de preços de combustíveis".

Outro objetivo é "alcançar, em prazo compatível, a convergência dos preços no Brasil com as referências internacionais", disse a Petrobras. A estatal informou ainda que não quer "repassar a volatilidade dos preços internacionais ao consumidor doméstico".

Uma nova metodologia de reajuste foi proposta pela Petrobras na reunião de outubro do Conselho. Desde então, o ministro da Fazenda e presidente do Conselho, Guido Mantega, vinha dizendo que seria necessária uma análise mais profunda sobre essa fórmula e que uma decisão sobre o tema não poderia ser tomada de forma rápida.

A Petrobras (PETR3 e PETR4) tinha pedido ao seu Conselho de Administração uma nova política de preços, que previa reajustes automáticos e periódicos de combustíveis, conforme a necessidade de alinhamento com os valores praticados no mercado internacional.

A fórmula desagradou a presidente Dilma porque poderia aumentar a inflação e criar um mecanismo indesejável de indexação (aumentos automáticos sempre que uma determinada situação é atingida).

A indexação foi um dos problemas para o país controlar a hiperinflação que existia até os anos 90.