quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Funcionário de belo monte é flagrado espionando reunião do xingu vivo para informar ABIN


Na manhã deste domingo, 24, quando finalizava seu planejamento anual em Altamira (PA), o Movimento Xingu Vivo para Sempre detectou que um dos participantes, Antonio, recém integrado ao movimento, estava gravando a reunião com uma caneta espiã.

Na caneta, o advogado do Xingu Vivo, Marco Apolo Santana Leão, encontrou arquivos de falas da reunião, bem como áudios de Antonio sendo instruído sobre o uso do equipamento. Confrontado, ele a principio negou qualquer má intenção, mas logo depois procurou o advogado para confessar sua atividade de espião contratado pelo Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da usina, para levantar informações sobre lideranças e atividades do Xingu vivo.

De livre e espontânea vontade,Antonio se dispôs a relatar os fatos em depoimento gravado em vídeo. Segundo ele, depois de ser demitido pelo CCBM em meados do segundo semestre de 2012, ele foi readmitido em outubro como vigilante, recebendo a proposta de trabalhar como agente infiltrado, primeiramente nos canteiros de obra para detectar lideranças operárias que poderiam organizar greves.

Em decorrência de seu trabalho, foram presos cinco acusados de ter comandado a última revolta de trabalhadores nos canteiros de Belo Monte, em novembro do ano passado. Sua atuação também levou à demissão de cerca de 80 trabalhadores.

Em dezembro, segundo o depoente, ele passou a espionar o Xingu Vivo, onde se infiltrou em função da amizade de sua família com a coordenadora do movimento, Antonia Melo. Neste período, acompanhou reuniões e monitorou participantes do movimento, enviando fotos e relatos para o funcionário do CCBM, Peter Tavares.

Foi Tavares que, segundo Antonio, lhe deu a caneta para gravar as discussões do planejamento do movimento Xingu Vivo. O espião também relatou que este material seria analisado pela inteligência da CCBM, e que, para isso, contaria com a participação da ABIN (Agencia Brasileira de Inteligência), que estaria mandando um agente para Altamira esta semana.

Após gravar este depoimento, Antonio pediu para falar com todos os participantes do encontro do Xingu Vivo, onde voltou a relatar suas atividades de espião, pedindo desculpas e prometendo ir a público para denunciar o Consórcio Construtor Belo Monte.

Em seguida, solicitou ao advogado e à jornalista do movimento que o acompanhassem até sua casa, onde queria acertar os detalhes da delação com a esposa. No local, ele se ofereceu e apresentou seus crachás do CCBM, bem como a carteira profissional onde consta a contratação pela empresa, que foram fotografados.

Posteriormente, porém, a esposa comunicou ao advogado do movimento que Antonio tinha mudado de ideia e que não se apresentaria no Ministério Público Federal, como combinado. Mais tarde, ainda enviou um torpedo ameaçador a um membro do Xingu Vivo. No texto, ele disse que “vocês me ameaçaram, fizeram eu entrar no carro, invadiram minha casa sem ordem judicial. Isso é que é crime. Vou processar todos do Xingu vivo. Minha filha menor e minha mulher são minhas testemunhas. Sofri danos morais e violência física. E vocês vão se arrepender do que fizeram comigo”.

Em função de sua desistência de cooperar e assumir seu crime, e principalmente em função da ameaça ao movimento, o Xingu Vivo tomou a decisão de divulgar o depoimento gravado em vídeo, inclusive como forma de proteção de seus membros.

Apesar da atitude criminosa de Antonio ao se infiltrar no movimento, e apesar de não eximi-lo de sua responsabilidade, o Movimento Xingu Vivo para Sempre entende que o maior criminoso neste caso é o Consórcio Construtor Belo Monte, que usou de seu poder coercitivo e financeiro para transformar um de seus funcionários em alcaguete.

Também denunciamos que este esquema é responsabilidade direta do governo federal, maior acionista de Belo Monte. Mais execrável, porém, é a colaboração de agentes da ABIN no ato de espionagem.

O Movimento Xingu Vivo para Sempre, violado em seus direitos constitucionais e em sua privacidade, acusa diretamente o governo e o Consórcio de Belo Monte por estes crime, e exige do poder público que sejam tomadas as medidas cabíveis. É inadmissível que estas práticas ocorram em um estado democrático de direito. Exigimos justiça, já!

Fonte: Mídia sem máscara, 27/02/2013

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Desabafo de uma professora!

Depois de ouvir muitas reclamações de professores que tiveram seus salários cortados pela metade, de reclamar, porque o meu salário também veio errado, questiono: será que o pessoal da SEMED e da PMI errou os seus (próprios) salários? 
 
Um pedido de desculpas não aliviará a angústia de quem deve aluguel, energia, gás, alimentação... enfim, dizem por aí que ainda estão arrumando a casa, mas a faxina está desorganizando cada vez mais a nossa cidade. 


Nossas escolas continuam sucateadas, nossos alunos continuam sem merenda de qualidade, os banheiros estão em estado caótico, sem condições de uso; nossas ruas esburacadas, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) nunca mais se ouviu falar. 

E o que me deixa perplexa é saber que as respostas de algumas pessoas para justificar o injustificável é a mesma: “os buracos não foram feitos nesta gestão. É do governo passado”. Dane-se o governo passado. Quem vive de passado é museu. 

Temos que pensar no hoje. Deixemos de ser medíocres ao tentar justificar o erro dos outros. No início do ano todos os municípios recolhem o IPVA. Imposto caríssimo para os donos de veículos. 

E nossa cidade fica assim e ninguém questiona nada? A culpa é da chuva? Que é isso! Justificativa mais estapafúrdia! Não vai fazer porque tá chovendo? Então paguemos nossos impostos somente no verão! É menos revoltante, talvez. 
 
A realidade é que sindicatos, entidades, sociedade em geral precisam se mobilizar e cobrar uma resposta plausível do governo municipal. Precisamos nos mobilizar e não ficarmos acomodados a ponto de aceitar tudo caladinho e sofrermos na pele e no bolso e no coração (trânsito com vítimas fatais) o que estamos vivendo. 
 
É hora de acordar! Vamos ficar calados, rindo e acenando para a banda que está passando? 
 
Ah! Só estou cumprindo recomendações médicas, pois talvez não amanheceria viva se não dissesse o que estou sentindo, tamanha é minha revolta com Eliene Nunes, prefeita de Itaituba.
Fonte: Facebook/Regina Figueira, 26/02/13

Collor manda procurador-geral calar a boca!

Horas depois de empossado como o novo presidente da poderosa Comissão de Infraestrutura do Senado, o senador Fernando Collor (PTB-AL) subiu a tribuna nesta terça-feira mas, ao invés de anunciar planos para aprofundar o debate sobre soluções para problemas como apagões, portos ou gargalos que impedem o crescimento do país, voltou a um tema que o tem obcecado desde o ano passado: afrontar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, com xingamentos. Cada vez mais raivoso, desta vez Collor mandou Gurgel calar a boca.
Ao comemorar a aprovação pelo plenário do Senado de requerimento de sua autoria pedindo que o Tribunal de Contas da União (TCU) faça uma auditoria especial para investigar a suposta participação do procurador-geral na compra de 1.200 tablets, Collor disse que não adianta mais ele engambelar e esquivar-se para não prestar informações. Disse que agora a palavra está com o TCU.
- Ele tem que calar a boca. Ele e sua trupe corporativista de emulas - atacou Collor, completando:
- Agora é o Senado que quer saber de tudo. Por isso cale a boca e espere o TCU dar a palavra final .
Collor disse que só o TCU será capaz de dizer se Gurgel prevaricou e se cometeu mais um ilícito a ser acrescentado a seu portfólio criminoso.
O senador alagoano acusa Gurgel de ter comandado uma licitação direcionada, no valor de R$ 3 milhões, no final de 2012. Gurgel nega que houve direcionamento na compra e não descarta que o pedido de investigação seja um tipo de retaliação ao seu trabalho. Na semana passada, ao comentar a aprovação do requerimento pelo Senado, Gurgel negou direcionamento da licitação.
- Isso chega a ser risível. Não a decisão do Senado, claro. O Ministério Público Federal não fez licitação para adquirir tablets. O que o Ministério Público Federal fez foi uma licitação para iPads, especificamente para a marca, sem qualquer direcionamento, como, aliás, já fizeram diversos órgãos do governo. Um dos precedentes mais recentes é do Ministério de Minas e Energia, em procedimento já aprovado pelo TCU - defendeu-se Gurgel.      
Jornalista Maria Lima
Fonte: Caldeirão político, 26/02/13

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Ruas de Itaituba em estado crítico

Travessa 13 de Maio, esquina com a 7ª Rua, em dias de chuva

Na quarta-feira, antes das 12:00h, uma chuva forte e rápida, inundou em poucos minutos um trecho da Travessa 13 de Maio, esquina com a 7ª Rua, no bairro da bela Vista. 

É provável que este trecho da 13 de Maio esteja com a rede de esgoto entupida e providências tem que ser tomadas pela prefeitura o mais rápido possível, para evitar os transtornos que ocorrem em função deste tipo de alagamento.

Enquanto a prefeitura fazer de conta que as ruas não estão em estado crítico, situações de alagamento vão continuar acontecendo.

Ruas esburacadas além de danificar os meios de transportes, dificultam o trânsito, causam acidentes e matam pessoas. A pergunta que se faz hoje é: até quando a prefeitura vai  empurrar o problema com a barriga?

Por que a Seminfra - Secretaria de Infraestrutura não toma as providências que este quadro enseja? Não tem  máquinas, não servidores, não tem asfalto disponível, não tem material alternativo, não tem disposição para fazer ou falta comando?

Novo tratamento da hérnia de disco afasta dores e possível cirurgia


Terapia age de forma localizada na coluna, descomprimindo o nervo pressionado

 

Por Andressa Basílio

Carregar bolsas ou mochilas pesadas, postura errada, não se acomodar na cadeira, dirigir muito, ter sobrepeso ou levar uma vida sedentária. Se você se encaixa em uma (ou mais) dessas situações, você provavelmente sofre com dores na coluna, que se não forem tratadas corretamente, podem se acentuar e evoluir para doenças mais graves. A coluna vertebral é composta por vértebras, discos intervertebrais, nervos, músculos, medula e ligamentos. É nesse conjunto que acontece a maior parte das disfunções que causam dores nas costas. Entre elas, a hérnia de disco, cujo estágio inicial está presente na coluna de quase 65% da população adulta brasileira.

Qualquer dor na coluna é hérnia de disco?


As vértebras da nossa coluna estão unidas por articulações chamadas de discos intervertebrais, que são constituídos de material fibroso e gelatinoso e desempenham a função semelhante a de um amortecedor, dando mobilidade para locomoção (caminhar), movimentos de impacto (corrida e salto). A hérnia de disco ocorre quando parte do disco, em geral os das vértebras cervical, dorsal ou lombar, escorrega para trás ou para o lado da coluna, comprimindo o nervo, daí a causa das dores. No entanto, essa dor é bem característica, como explica o ortopedista e cirurgião de coluna Ricardo Ueta, da Unifesp: "O sintoma clássico é a dor irradiada para os membros inferiores. Primeiro, a dor vem associada à região lombar, depois vai atingindo as pernas, os pés, ocasionando fraqueza muscular e formigamento", diz o especialista.

O surgimento de uma hérnia de disco está relacionado às sobrecargas compressivas no disco intervertebral, causadas por uma série de fatores como má postura, desvio da coluna, instabilidade articular da vértebra, sobrepeso, esforço repetitivo e fraqueza muscular. Alguns estudos apontam que pré-disposição genética é um fator significativo para o aparecimento do problema. Em geral, o quadro clínico aparecer entre 25 e 50 anos de idade, mas, às vezes, as manifestações de dor não aparecem logo de início. Essa demora na descoberta do problema pode dificultar o tratamento.
Hérnia de disco

Tratamentos comuns


Segundo o ortopedista Renato Ueta, não há cura para o problema. "A hérnia de disco é um processo degenerativo. Os tratamentos feitos visam retirar os sintomas do paciente, porém a hérnia continua lá", diz o ortopedista. Na maioria das vezes, a hérnia de disco é tratada com medicamentos para reduzir a dor.

Outros procedimentos são a fisioterapia postural e manipulativa, hidroterapia e eletrotermoterapia. Porém, casos mais sérios necessitam de cirurgia. "Recorremos à cirurgia quando não há melhoria dos sintomas com os tratamentos medicamentosos e com a fisioterapia. O objetivo da intervenção cirúrgica é realizar a descompressão do nervo, que é feita a partir da retirada de um pedaço do osso que fica atrás do disco alterado", explica o ortopedista. Mas, como todo processo cirúrgico, ele provoca chateações e preocupações nos pacientes, por causa dos riscos de lesão neurológica ou de uma infecção.


Novo tratamento

Desenvolvido nos Estados Unidos e presente em 25 países, o equipamento de descompressão - trazido ao Brasil pela clínica Spinal Care, de São Paulo, especializada em tratamentos para coluna não invasivos - é novidade em tratamentos para a hérnia de disco.

O método funciona assim: uma cinta acoplada à máquina é colocada no paciente, proporcionado uma tração na região da hérnia. O paciente permanece deitado durante o trabalho de descompressão. "O fisioterapeuta vai identificar o disco lesado e programar a máquina para efetuar a tração na medida e no local certo", explica o fisioterapeuta Felipe Nicodemos, da clínica Spinal Care. "O equipamento aplica exatamente a tensão necessária para a abertura entre uma vértebra e outra sem submeter a área ao risco de lesão".

Com o novo método, a possibilidade de que o descolamento do disco intervertebral seja amenizado é maior do que nos tratamentos convencionais, pois a descompressão é realizada diretamente no disco afetado. Os demais tratamentos costumam tratar a hérnia indiretamente. "Mesmo que esta amenização não ocorra, o paciente, em geral, tem melhora completa das dores na região afetada", afirma o fisioterapeuta.

O tratamento completo custa em torno de R$ 5 mil. É feito no período de seis semanas, divididas em 20 sessões de uma hora de duração. A primeira parte de cada sessão é usada para descompressão do disco e nos 30 minutos finais, o paciente passa por fisioterapia. Os testes feitos por pesquisadores norte-americanos apontaram que após seis semanas de tratamento as chances de o paciente necessitar de cirurgia de coluna são reduzidas em 80%.
Restrições

Segundo o fisioterapeuta Felipe Nicodemos, o método não é recomendado para pessoas que tenham osteoporose severa, que realizaram a cirurgia de coluna, pacientes com suspeita de fratura de bacia, comprometimento intra-abdominal e pessoas que tenham instabilidade articular severa. "A máquina faz tração na coluna e a cinta é bem apertada. Por isso, não fazemos o procedimento em pacientes com essas restrições, uma vez que a descompressão pode gerar complicações sérias nesse grupo", explica o especialista.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O ponto G


O rio Tapajós pede socorro!

O maior problema do Rio Tapajós, neste momento, vai muito além dessa referência da exploração feita nas encostas do citado rio. Muito antes de serem construídas usinas hidrelétricas, a coloração das lindas águas de nosso rio estará completamente mudada pela exploração ilegal de ouro em seu leito.

Dezenas de dragas, grande número delas vindas do estado de Rondônia, onde destruíram o rio Madeira, encontram-se atualmente no nosso Tapajós. Algumas trabalham 24 horas por dia. Conversei com um dragueiro vindo de Porto Velho, ao qual perguntei por que ele tinha se mudado para cá. Ele respondeu que a produção tinha caído muito por lá, mas, que no Tapajós estava indo muito bem obrigado.

Este fato tem sido denunciado por mim, no meu blog e no Jornal do Comércio (Itaituba), pelo colega Weliton Lima e pelo deputado federal Dudimar Paxiúba, que causou um alvoroço muito grande há mais ou menos três meses, quando, na tribuna da Câmara Federal falou sobre esse problema. Houve até denúncia de ameaça de morte contra ele por conto disso.

As autoridades de Itaituba têm conhecimento pleno do que está acontecendo. Em Santarém tem muita gente que sabe, o mesmo acontecendo com as autoridades de Belém relacionadas ao meio ambiente. Porém, ninguém toma providência alguma. O silêncio tem sido a resposta de quem deveria já estar trabalhando para evitar que essa degradação continue impunemente.

Causa-me admiração o fato de até mesmo a imprensa de Santarém ignorar totalmente o assunto. Por lá, parece que o problema está acontecendo em outro continente, bem longe daqui. Quem tiver oportunidade de fazer um sobrevôo na área onde se encontram as dragas vai ter uma visão dantesca do que está ocorrendo.

Espero que este sussurro transforme-se num grito forte de todos os que se preocupam com a sobrevivência do rio Tapajós. Isso serve, também, para aqueles que se dizem muito preocupados com o que poderá acontecer após a construção de barragens, pois estamos falando do mesmo rio, mas, esse pessoal permanece calado.

O problema só existe por causa da omissão das autoridades, em nível municipal, estadual e federal, e pela omissão da sociedade. Com a ausência de quem deveria agir para regular a atividade mineral e reprimir a exploração ilegal, que degrada o meio ambiente, praticada por gente que não emprega mão de obra de Itaituba e da região, que se abastece fora deste município e que ainda por cima vende o ouro que produz, fora, só restam aos poucos que se incomodam com isso continuar bradando.

Comentário de Jota Parente, na postagem:"Tapajós e a garimpagem: até ameaça de morte?", de Manuel Dutra.
 
Fonte:Blog Manuel Dutra, 19/02/2013