sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

Fábrica que governo Bolsonaro mandou fechar no Paraná poderia produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio por hora

Viomundo, 22/01/2021 - 10h37

O protesto dos petroleiros. Divulgação


Fechada há um ano pelo governo Bolsonaro, Fafen-PR poderia produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio por hora

Fechamento da Fafen aumentou dependência da importação de fertilizantes


Enquanto os pacientes com Covid dos hospitais de Manaus estão morrendo sufocados pela falta de cilindros de oxigênio, em meio ao colapso do sistema de saúde, diante de mais um pico da pandemia no estado do Amazonas, a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Petrobrás no Paraná poderia estar produzindo 30 mil metros cúbicos de oxigênio por hora.

Isso daria para encher 30 mil cilindros hospitalar pequenos, com capacidade média de 20 inalações de 10 minutos.

A fábrica, no entanto, está fechada há um ano, com equipamentos se deteriorando, enquanto a população sofre as consequências da desindustrialização causada pelo governo Bolsonaro.

“A Fafen-PR tem uma planta de separação de ar, que, com uma pequena modificação, poderia ser convertida para produzir oxigênio hospitalar, ajudando a salvar vidas nesse momento dramático da pandemia, que atinge novos picos em diversos estados do país”, informa o petroquímico, Gerson Castellano, um dos mil funcionários da fábrica de Araucária que foram demitidos, após o fechamento da unidade.

Ele explica que a separação de ar é um dos processos que ocorre para a produção da amônia, que é a matéria prima utilizada na fabricação da ureia, que era o principal insumo produzido pela Fábrica de Fertilizantes da Petrobrás.

A planta que faz essa separação do ar tem capacidade de ser operada independentemente da produção da amônia e, com uma alteração simples, pode ser convertida para produzir 30 mil metros cúbicos de oxigênio hospitalar por hora.

Se a planta estivesse sendo operada em dois turnos de 6 horas, só a Fafen-PR poderia fornecer ao governo 360 mil metros cúbicos de oxigênio por dia. Atualmente, o consumo diário de oxigênio no Amazonas é de 76 mil m³.

“Uma unidade como a nossa quando fecha, não significa apenas a perda de empregos e tributos. A sociedade perde tecnologia e condições de mudar o país. E nesse caso, perde também condições de salvar vidas. A desindustrialização vai muito além do desemprego em massa, ela causa prejuízos generalizados para a sociedade”, alerta Castellano, que é diretor da FUP e do Sindiquímica-PR.

O fechamento da Araucária Nitrogenados (Ansa/Fafen-PR) foi anunciado pela diretoria da Petrobrás há exatamente um ano, surpreendendo os 1.000 trabalhadores da unidade, que foram sumariamente demitidos.

Não houve qualquer negociação com a FUP ou o Sindiquímica, o que levou a categoria petroleira a realizar uma greve histórica, em fevereiro do ano passado, que durou 21 dias.

Fechamento da Fafen aumentou dependência da importação de fertilizantes

O fechamento da fábrica aumentou ainda mais a dependência da agroindústria brasileira da importação de fertilizantes.

A unidade garantia o abastecimento de cerca de 30% do mercado brasileiro de ureia e amônia.

O encerramento da Fafen-PR também impactou fortemente os moradores da região de Curitiba e Araucária.

Alguns trabalhadores tinham mais de 20 anos de casa e ainda não conseguiram se recolocar no mercado de trabalho um ano depois.

Operando desde 1982, a Ansa/Fafen-PR foi adquirida pela Petrobrás em 2013.

Usando resíduo asfáltico (RASF), a unidade produzia diariamente 1.303 toneladas de amônia e 1.975 toneladas de ureia, de uso nas indústrias química e de fertilizantes.

A planta também produzia 450 mil litros por dia do Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32), aditivo para veículos de grande porte que atua na redução de emissões atmosféricas.

A planta ainda tinha capacidade de produzir 200 toneladas/dia de CO2, que é vendido para produtores de gases industriais; 75 toneladas/dia de carbono peletizado, vendido como combustível para caldeiras; e 6 toneladas/dia de enxofre, usado em aplicações diversas.

Incerteza quanto a vacina e crise do oxigênio fez aprovação de Bolsonaro despencar 15 pontos desde novembro, para 26%

Viomundo, 22/01/2021 - 12h00



Da Redação

O Viomundo previu: mesmo com muitas pessoas desconfiadas da Coronavac, a “Vachina”, por conta da campanha movida contra ela por bolsonaristas, o presidente da República ficaria sob pressão para vacinar os brasileiros na medida em que surgissem imagens disso acontecendo em outros países.

Nos Estados Unidos, apesar dos obstáculos — o país não tem uma rede nacional de instalações de saúde públicas conectada e hierarquizada, como o SUS — o governo Biden promete que em outubro, se tudo der certo, a vida voltará praticamente ao normal.

Isso significa a possibilidade de uma robusta retomada econômica.

No Brasil, os próprios empresários — base de apoio do golpe contra Dilma Rousseff em 2016 e apoiadores de Bolsonaro — estão rangendo os dentes em relação ao governo por causa da dupla crise de falta de oxigênio que matou dezenas de pessoas na região Norte. 

As trapalhadas do governo federal com as vacinas dominaram o noticiário.

“A dinâmica dos sérios problemas em Manaus junto a falta de perspectivas sobre um cronograma de vacinação e o fim do auxílio emergencial constituem os principais fatores que levam à queda de popularidade do presidente”, afirmou Maurício Moura à revista Exame.

Ele é do grupo IDEA, que fez a mais recente pesquisa de popularidade de Jair Bolsonaro.

O presidente teve queda de aprovação de 37% para 26% em um mês.
A curva

Bolsonaro chegou a 54% de desaprovação em junho de 2020, mas depois que entrou em vigor o auxílio emergencial foi aos poucos recuperando apoio, que atingiu 41% de aprovação em novembro passado.

De lá para cá, a popularidade de Bolsonaro já caiu 15 pontos.

Até entre os evangélicos agora ela é minoritária: só 38% deles dizem apoiar o presidente, de acordo com a pesquisa da Exame.

Sem a renovação do auxílio emergencial, é possível que em breve Bolsonaro mergulhe num patamar que estimule parlamentares a apoiar o impeachment na Câmara.

Vacinas aprovadas no Brasil: afinal, quem pagou pela CoronaVac?

Daniel Gallas, Da BBC News Brasil em Londres, 19 janeiro 2021

              CRÉDITO,REUTERS, Legenda da foto

João Doria diz que 'não há um centavo até agora' do governo federal na vacina mas omite que o ministério da Saúde é o comprador das doses

O começo da vacinação contra coronavírus no Brasil nesta semana deu início a um novo capítulo de acusações e politização entre o governo federal e o governo do Estado de São Paulo — com Jair Bolsonaro e João Doria, potenciais candidatos à Presidência em 2022, antecipando o clima de eleição.

No domingo (17/1), quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou dois imunizantes em caráter emergencial e o governo de São Paulo deu início à vacinação, o ministro da Saúde, o general Eduardo Pazuello, e Doria trocaram acusações sobre o crédito da CoronaVac, desenvolvida por cientistas do Instituto Butantan com a empresa chinesa Sinovac.


O ministro da Saúde diz que o governo federal é responsável por pagar pela vacina.

"Você sabia que tudo que foi comprado pelo Butantan foi com recursos do SUS? Todas as vacinas, não foi com um centavo de São Paulo. Autorizado por mim. É difícil ficar ouvindo isso o tempo todo. Eu ouço calado o tempo todo a politização da vacina", disse Pazuello, em entrevista coletiva realizada em Brasília.

Minutos depois, Doria se disse atônito com as declarações de Pazuello e discursou em São Paulo, durante o evento de vacinação: "Ministro Eduardo Pazuello. É inacreditável como um ministro de Estado da Saúde (...) ainda mente ao dizer isso. A vacina do Butantan só está em São Paulo e no Brasil porque foi investimento do governo do Estado de São Paulo. Não há um centavo, até agora, do governo federal, para a vacina — nem para o estudo, nem para a compra, nem para a pesquisa. Nada. Chega de mentiras, ministro."

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Afinal, quem tem razão sobre o dinheiro usado para pagar a CoronaVac?

Quem pagou pela pesquisa?

Tanto a compra como a pesquisa das vacinas foi paga com dinheiro dos contribuintes brasileiros. Mesmo orçamentos estaduais recebem recursos redistribuídos da União para complementar suas arrecadações. No caso da pesquisa das vacinas, parte do investimento veio também de parceiros internacionais.

O que Doria e Pazuello reivindicam é a tomada de decisão de investir dinheiro no desenvolvimento e compra da vacina.

Nas suas entrevistas coletivas de domingo, as autoridades abordaram dois aspectos distintos sobre o financiamento das vacinas. Em primeiro lugar, de onde veio o dinheiro para financiar a pesquisa que levou à CoronaVac. Em segundo, existe a questão de quem vai comprar a vacina — recompensando o esforço pela criação do imunizante.

Sobre a primeira questão, a vacina foi desenvolvida com recursos da empresa chinesa Sinovac e do Instituto Butantan — cujo orçamento está ligado à Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.

O governo federal investiu seus recursos para auxiliar nas fases de teste de outro imunizante, o da Oxford-AstraZeneca, por intermédio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde. A Fiocruz também será responsável por produzir a vacina de Oxford no Brasil.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

China impõe à gestão Bolsonaro tática do jacaré

Josias de Souza Colunista do UOL 21/01/2021 19h08


A China encontrou na pandemia uma oportunidade para demonstrar aos gênios do governo Bolsonaro que a diferença entre a genialidade e a estupidez é que a genialidade tem limites. Pequim submete o presidente brasileiro e seus luminares à estratégia do jacaré. 

Os sábios de Brasília levaram os ataques à China até as margens da imprudência. Mal enxergaram o olho do alvo. Chegaram mais perto. De repente, o bicho abriu a boca. Deu o bote no instante em que ficou escancarada a dependência do programa de vacinação do Brasil em relação aos insumos farmacêuticos chineses.

Ernesto Araújo, suposto ministro das Relações Exteriores do Brasil, está zonzo. O hipotético chanceler declarou a deputados da Comissão de Combate à Covid o seguinte: 

"Não identificamos nenhum problema de natureza política em relação ao fornecimento desses insumos provenientes da China. Nossa análise é de que realmente há uma demanda muito grande por esses insumos. Não há nenhum problema político na relação com a China. 

Queria reiterar: nós temos uma relação madura, construtiva, muito correta, tranquila com a China.

" Porta-estandarte do pelotão anti-China do governo, Araújo ainda não notou que está na boca do jacaré. Mastigado, o gênio do Itamaraty tornou-se uma irrelevância diplomática.

No momento, a China coloca na roda o próprio Bolsonaro, que mendiga um contato telefônico com o colega Xi Jinping, e o ministro Fabio Faria (Comunicações), que se equipa para lançar o edital do bilionário negócio da tecnologia 5G. 

A China não tem a intenção de romper os contratos que preveem o fornecimento de insumos para as vacinas contra a covid. Mas está entendido que a matéria-prima pode chegar mais rápido ao Butantan e à Fiocruz se os gênios de Brasília fornecerem à Huawei, gigante chinesa do ramo da tecnologia, imunizantes contra o vírus da sinofobia.

O jacaré ensina aos sábios do bolsonarismo que, na pandemia, a ideologia pode ser o caminho mais longo entre o projeto de vacinação e o braço dos brasileiros.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Ministros do STF reagem à nota de Aras e temem golpe de Bolsonaro

Há temor no STF de que a nota de Augusto Aras sobre Estado de Defesa seja a senha para uma tentativa de golpe de Estado de Bolsonaro

Brasil 247, 2/01/2021, 10:34 h Atualizado em 20/01/2021, 10:51
   (Foto: ABr | Reuters)

Ministros do Supremo Tribunal Federal ouvidos pela jornalista Andréia Sadi, nesta quarta-feira (20) reagiram com preocupação e espanto à nota do procurador-geral da República, Augusto Aras, em que sinaliza a possibilidade de decretação do Estado de Defesa, o que representaria, na prática, o golpe de Estado antecipado por Jair Bolsonaro com sua declaração de que as Forças Armadas decidem se o país terá democracia ou ditadura.

Previsto na Constituição, o estado de defesa pode ser decretado pelo presidente da República quando há necessidade de restabelecer a "ordem púbica e a paz social" se estas são ameaçadas "por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza". Com Bolsonaro na Presidência, será fim da democracia no Brasil.

O ministro Marco Aurélio Mello disse “não ver com bons olhos” o movimento de quem precisa ser visto como fiscal da lei, referindo-se ao Ministério Público. Em meio à crise de saúde, lembrou uma declaração que deu em 2017. Na ocasião, ele afirmou que, se o então deputado federal Jair Bolsonaro fosse eleito, “temia” pelo Brasil: “Onde há fumaça há fogo. Crise de saúde, crise econômica, crise social e agora crise, aparentemente, política. Não vejo com bons olhos esse movimento de quem precisa ser visto como fiscal maior da lei. Receio pelo Estado de Direito. Volto à palestra que fiz no encerramento de Curso de Verão na Universidade de Coimbrã, em julho de 2017. Disse que, ante a possível eleição, como Presidente da República, do então Deputado Federal Jair Bolsonaro, temia, esse foi o vocábulo, pelo Brasil. Premonição? Certamente não”.



Outro ministro ouvido por Sadi, reservadamente, afirmou que se surpreendeu com a nota de Aras. Ele avalia que o PGR “respondeu a uma pergunta que não foi feita”, a respeito do estado de defesa e que, ao contrário do que diz, cabe sim ao PGR a responsabilidade de uma eventual investigação criminal, tanto do presidente da República como do ministro da Saúde.

Segundo esse ministro, no começo de 2020 havia estudos entre militares para decretar o estado de sítio. Uma das hipóteses nos bastidores é a de que Aras teria sinalizado com anuência para uma eventual medida nesse sentido por parte do Executivo- o que é rechaçado pelo STF.

Depois de dois anos de agressões, Bolsonaro põe a culpa no embaixador chinês em meio à crise da vacina

Jair Bolsonaro inventou uma versão segundo a qual o experiente diplomata Yang Wanming, embaixador chinês em Brasília, seria o culpado do estremecimento das relações entre o Brasil e a China. Isso depois de dois anos de agressão continuada de Bolsonaro e da cúpula de seu governo e seu clã ao maior parceiro comercial do Brasil

Brasil 247, 20/01/2021, 14:02 h Atualizado em 20/01/2021, 14:43
   Yang Wanming, Eduardo e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters | Alan Santos/PR)

Depois de toda a campanha feroz de agressões à China, desde a campanha eleitoral e nos dois anos de seu governo, Jair Bolsonaro agora diz que a crise nas relações com o país asiático, maior parceiro comercial do Brasil e que disputa da liderança mundial com os EUA, é culpa do embaixador chinês em Brasília, Yang Wanming. Durante dois anos, Jair Bolsonaro, seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, atacaram de maneira insistente a China. Foram agressões gratuitas, ameaças, ironias, zombarias xenófobas. Filipe Martins, assessor de assuntos internacionais do de Bolsonaro disseminou chamou a Coronavac, desenvolvida por uma empresa chinesa, de “vacina xing ling”.

Agora, Bolsonaro rasteja para conseguir importar insumos para a produção da Coronavac no Brasil -única vacina disponível no país, com o fiasco da estratégia do general-ministro da Saúde, Henrique Pazuello. E tenta culpar o embaixador chinês.

Segundo a versão corrente no Planalto, informa Mônica Bergamo, Bolsonaro teria “bom relacionamento” com o presidente chinês Xi Jinping e “nada contra a China”. Os desentendimentos seriam exclusivamente com o embaixador Yang Wanming, na delirante versão bolsonarista.




Escreveu Bergamo: “O diplomata é responsabilizado por ter feito postagens duras depois que o filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, criticou a China —o que teria azedado a relação com o presidente. Por esse raciocínio, Eduardo, que é deputado federal, tem opinião própria —e irrelevante, já que não fala pelo pai. Deveria ser, portanto, ignorado, e um bom diplomata teria que saber disso”. 

A versão bolsonarista ignora que Eduardo Bolsonaro é presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores da Câmara, atua como um ministro de Relações Exteriores informal do governo e só não foi indicado para embaixador em Washington pelo temor de ter seu nome rejeitado no Senado. 

Interlocutores próximos à embaixada da China dizem que os argumentos de auxiliares do presidente beiram a infantilidade. E que o embaixador Yang Wanming é um quadro chinês de primeira linha, forte e prestigiado em seu país.

Em discurso de posse, Biden prega união: 'vamos começar do zero e mostrar respeito uns aos outros'

O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, adotou discurso de conciliação em meio a um país fraturado pelo extremismo político da era Trump. “Aprendemos novamente que a democracia é preciosa. E agora, meus amigos, a democracia prevaleceu”, disse Biden

Brasil 247, 20/01/2021, 14:19 h Atualizado em 20/01/2021, 14:48
        O presidente dos EUA, Joe Biden, fala durante sua posse como 46º presidente dos  Estados 
Unidos na Frente Oeste do Capitólio dos EUA, em Washington, 
nesta quarta (20) (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

O novo presidente dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, tomou posse nesta quarta-feira (20) como o 46º presidente dos Estados Unidos, sucedendo o republicano Donald Trump. 

Em seu discurso de possde, Biden enfatizou a união e a esperança por um recomeço diante de um país devastado pelo coronavírus e fraturado por divisão política. 

"Hoje, neste momento, vamos começar do zero, todos nós. Vamos começar a ouvir uns aos outros novamente, ver uns aos outros, mostrar respeito uns aos outros", disse Biden. “Aprendemos novamente que a democracia é preciosa. E agora, meus amigos, a democracia prevaleceu”, acrescentou o novo presidente norte-americano. 




Biden também mencionou os invasores do Capitólio, dizendo que seus objetivos nunca terão sucesso. Ele acrescentou: "A política não deve ser uma briga, destruindo tudo em seu caminho".

Pouco antes, a vice-presidente Kamala Harris foi empossada como a primeira mulher a ocupar o cargo na história dos EUA.

Os ex-presidentes Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama participaram da cerimônia. Trump não participou da cerimônia de posse e deixou a Casa Branca na manhã desta quarta. O vice-presidente do governo Trump, Mike Pence, no entanto, esteve presente.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

O ex-deputado federal Dudimar Paxiúba está com COVID 19, hospitalizado, mas em franca recuperação

* Luiz Henrique

Dudimar Paxiúba, advogado conceituado, ex-deputado federal, personagem de grande valor no cenário político da região de Itaituba, está hospitalizado no Hospítal Regional do Tapajós, acometido de COVID 19, onde luta pela vida, contra o mal que apavora o mundo. 

Dudimar Paxiuba estava em tratamento em Santarém. E começou a ter os sintomas clássicos do vírus. Combatendo há tempos o diabetes, o desconforto aumentou. Na segunda-feita (11/01) teve que ser intubado. E como o Hospital Regional de Santarém estava lotado, teve o apoio de UTI Aérea, e voltou a Itaituba, direto para o Hospital Regional do Tapajós, onde está se recuprando muito bem, 

O Hospital Regional, localizado em Itaituba, passou a funcionar recentemente e, mesmo funcionando parcialmente, devido essa pandemia, tem sido muito útil e está salvando vidas, através do trabalho, do profissionalismo e dedicação de seus funcionários. 

Entre os anos de 2012 e 2013, Dudimar Paxiúba, na condição de suplente de deputado federal que era, assumiu algumas vezes o referido cargo, sendo efetivado a partir de 2014, quando o Nilson Pinto, titular da vaga, foi convocado para conduzir a Secretaria de Educação, pelo então Governador do Pará, Simão Jatene.

No seu mandato, Dudimar Paxiúba conseguiu a aprovação de várias emendas parlamentares para a região de sua cidade natal. Na parte ambiental, pediu que houvesse ordenação, regularização nos trabalhos auríferos na região do Tapajós. Inclusive, que não fizessem extração no leito do rio. Os adversários se aproveitaram da situação, definindo o parlamentar como o "inimigo do garimpeiro". Até explicar que a intenção era das melhores, regularizando a atividade e preservando a nossa maior referência, que é o rio Tapajós, foi tarde. Não conseguiu ser reeleito e isso, sem dúvida nenhuma, foi uma grande perda para a "Cidade Pepita".

Como a politica é uma arte complexa. Não bastou o conhecimento do nosso amigo e dedicado advogado Dudimar Paxiúba. Faltou-lhe um certo "traquejo popular", afinidade, dar afago às pessoas e Dudimar sempre foi reservado, intrínseco, suas caracteristicas muito peculiares.

Ele, como eu e tantos outros, fomos acostumados a desfrutar de um Tapajós lindo e soberano. Já há algum tempo, este gigante pede socorro. Em boa parte do ano, com suas águas lembrando o rio Amazonas, de cor barrenta. O Deputado se contrapôs a esse cenário e foi engolido pelos adversários.

Mas, a essa altura dos acontecimentos o que nos interessa mesmo é que Dudimar Paxiúba, está recebendo toda a atenção médica de que necessita, reage muito bem aos medicamentos, em breve receberá alta médica e voltará ao nosso convívio.

Luiz Henrique é administrador, também é defensor dos valores e da cultura itaitubense e dileto amigo de Dudimar Paxiúba.

Caminhões da Venezuela entram no Brasil, com oxigênio para Manaus

Os primeiros caminhões venezuelanos portando cilindros com oxigênio, que saíram neste sábado (16) da cidade de Puerto Ordaz, chegaram no Brasil na manhã desta segunda-feira (18). Ação faz parte da ajuda internacional do governo de Nicolás Maduro ao estado do Amazonas, que sofre com colapso da saúde

Brasil 247, 18/01/2021, 11:09 h Atualizado em 18/01/2021, 11:51
    (Foto: Reprodução)

Os primeiros caminhões venezuelanos portando cilindros com oxigênio, que saíram neste sábado (16) da cidade de Puerto Ordaz, localizada a cerca de 1.500 quilômetros de Manaus, chegaram ao Brasil na manhã desta segunda-feira (18). 

Os caminhões estão carregados com 130.000 m3 de oxigênio e será fundamental para diminuir o colapso sanitário que o estado enfrenta, com UTI´s lotadas e falta do ítem essencial para pacientes internados em estado grave com Covid-19. 

Segundo o portal G1, Além do oxigênio, 107 médicos formados na Venezuela compareceram ao Consulado de Boa Vista, em Roraima, e se colocaram à disposição para ajudar no estado do Amazonas.



O país, inimigo número um de Jair Bolsonaro, foi o único país a oferecer ajuda ao estado do Amazonas. 

domingo, 17 de janeiro de 2021

Janio de Freitas compara governo Bolsonaro a nazismo e diz que ele sabota combate à pandemia

O jornalista Janio de Freitas ainda defendeu o impeachment de Jair Bolsonaro, contrapondo-se à política de Rodrigo Maia, e criticou que o governo tem carta branca para matar

Brasil 247, 17/01/2021, 11:10 h Atualizado em 17/01/2021, 11:10

Em coluna publicada na Folha de S.Paulo, na noite de sábado, 16, o jornalista Janio de Freitas comparou o governo de Jair Bolsonaro ao nazismo diante dos “assassinatos por asfixia cometidos pela incúria e o deboche no Amazonas”.

“A asfixia é reconhecida como uma das mais penosas formas de morte, acréscimo ao nosso horror com as mortes em campos de concentração nazistas, nas câmaras de gás para condenações passadas nos Estados Unidos, como nas perversões criminosas”, afirma Freitas. 

“Hoje, é aqui que essa morte terrível ocorre, vitimando doentes que tiveram a infelicidade preliminar de nascer no Brasil”, ressalta, referindo-se à situação de falta de oxigênio para tratar os pacientes da Covid-19.




“Seus responsáveis são conhecidos. Um presidente ilegítimo pela própria natureza e pela contribuição para a morte alheia. Um general patético e coautor, sobre os quais apenas vale dizer aqui, ainda, da lástima de que não terão o merecido: o julgamento por um sucedâneo do Tribunal de Nuremberg”, argumenta.

Por essa situação, ele destaca que “o ser imoral que atende por Jair Bolsonaro forçou o jornalismo a deseducar e endurecer a linguagem em referências ao governo e, ainda mais incisiva, sobre o intitulado mas não presidente de fato”.

Janio de Freitas também questiona o motivo do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), “guardião de 62 pedidos de impeachment”, ainda não colocou em pauta na Casa a discussão da destituição de Bolsonaro.

Segundo o jornalista, ao contrário do que afirma o parlamentar, “os casos de Collor e Dilma nasceram no Congresso, não na sociedade. Foi a mobilização, lá, de parlamentares que gerou e fez transbordar para a sociedade a exigência do impeachment de Collor”.

“A ‘pedalada’ contábil do governo Dilma nunca passou pela cabeça de ninguém, na sociedade e no Congresso. Foi o pretexto criado já a meio da conspiração lá urdida por Aécio Neves e Eduardo Cunha, símbolos da pior corrupção, a que corrói a democracia pela política. A mídia (sic) levou para a sociedade o golpismo transbordante no Congresso”, informou sobre o Golpe de 2016.

“Se a prioridade fosse a pandemia, o governo não continuaria entregue aos que a negam e como governo sabotam, à vista de todo o país, tudo o que possa combatê-la. Para isso recorrendo, sem receio, a ações e omissões criminosas. Uma sucessão delas, incessante até hoje”, reforçou.

“Se nas mais de 200 mil mortes houvesse apenas uma induzida pelas pregações e sabotagens de Bolsonaro, já seria bastante para ser considerado criminoso homicida. Mas são muitos os interesses financeiros e políticos a protegê-lo”, destacou. 

O jornalista concluiu afirmando que Bolsonaro tem carta branca para matar.