segunda-feira, 12 de abril de 2021

MPF confirma mais uma vez: Dilma é inocente

Na conclusão do Ministério Público Federal, a "pedalada" fiscal envolvendo o Plano Safra, um dos motivos que baseiam o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, não é operação de crédito, nem crime; o órgão aplicou o mesmo raciocínio para outras "pedaladas" que não estão relacionadas com o pedido de impeachment; o procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, pediu arquivamento do inquérito nesta quinta-feira 14; na última sexta, ele já havia pedido o arquivamento de um caso semelhante relacionado ao BNDES; na decisão de hoje, ele levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas"

Brasil 247, 14/04/2016, 18:57 h Atualizado em 30/04/2018, 00:18


O Ministério Público Federal concluiu que a "pedalada" fiscal envolvendo o Plano Safra, um dos motivos que baseiam o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff no Senado, não é operação de crédito, nem crime.

O órgão investigativo aplicou o mesmo raciocínio para outras "pedaladas" que não estão relacionadas com o pedido de impeachment, como as que envolvem atraso de repasses da União para a Caixa Econômica Federal pelo pagamento de programas como o Bolsa Família, seguro-desemprego e abono salarial.

O procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, pediu arquivamento do inquérito nesta quinta-feira 14, depois de ter pedido, na última sexta-feira, arquivamento de um caso semelhante relacionado ao BNDES.

Em sua decisão, Marx levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas" e afirmou que o caso "talvez represente o passo final na infeliz transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em 'criatividade maquiavélica'".

Após o arquivamento do caso de sexta, os senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) pediram para que o procurador seja ouvido na comissão do impeachment e a retirada dos autos de documentos relativos ao Plano Safra (leia mais).

"Como que nós vamos processar e julgar uma presidente da República, quando o Ministério Público, que tem a responsabilidade formal de definir o que é crime ou não, diz que não é crime as chamadas pedaladas fiscais?", questionou Gleisi na ocasião, em discurso no plenário.

Em declaração ao jornal O Estado de S. Paulo sobre a ação relacionada ao BNDES, Ivan Marx lamentou que o Ministério Público não tenha sido ouvido no processo de impeachment. "Quem tem atribuição de dizer se determinada prática é crime ou improbidade é o MPF. É o único ator que não foi chamado a depor na comissão", disse.

Arquiteto do golpe, Temer diz que sempre viu em Dilma uma "honestidade extraordinária"

"Eu devo dizer que nunca vi nela nenhum gesto de corrupção, ao contrário, sempre senti nela uma honestidade extraordinária", disse Michel Temer, responsável direto pelo golpe de 2016 contra a então presidente Dilma Rousseff

Brasil 247, 12/04/04/2021, 15:24 h Atualizado em 12/04/2021, 15:59
  Dilma Rousseff e Michel Temer (Foto: Ederson Casartelli/247 | Reuters)

Responsável direto pelo golpe de 2016, Michel Temer (MDB) afirmou que "sempre" viu em Dilma Rousseff "uma honestidade extraordinária", além de "nunca" ter percebido intenções de práticas de corrupção na ex-presidente afastada sem crime de responsabilidade.

"Nossa ex-presidente perdeu a sustentação política e popular, o que levou ao impedimento [impeachment]. Embora cerimoniosa, em nossa convivência ao longo de seis anos, eu devo dizer que nunca vi nela nenhum gesto de corrupção, ao contrário, sempre senti nela uma honestidade extraordinária", disse o emedebista na palestra na Associação Comercial de São Paulo.

Em seu livro bomba "Tchau Querida, O Diário do Impeachment", o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB-RJ) apontou Michel Temer como o grande conspirador pelo afastamento da então presidente.


Tanto uma perícia do Senado quanto o Ministério Público Federal inocentaram Dilma em 2016.

TV pública alemã destaca relação do clã Bolsonaro com as milícias

Reportagem relata o avanço das milícias no estado do Rio de Janeiro e a conexão do miliciano Alexandre da Nóbrega com Flávio Bolsonaro e o assassinato da vereadora Marielle Franco

Brasil 247,12/04/2021, 18:07 h Atualizado em 12/04/2021, 18:22
  (Foto: Reprodução)

Revista Fórum - Reportagem do canal de notícias Tagesschau, que é público, destacou o avanço das milícias no Rio de Janeiro e a ligação da família Bolsonaro com miliciano de Rio das Pedras. O assassinato de Marielle Franco e a conexão paramilitar com vereadores da cidade também foram destaques.

“Na Câmara de Vereadores do Rio, os parlamentares de direita são condierados o braço estendido da milícia. A maioria deles também são ex-policiais militares. Os políticos que estão no caminho do cartel criminoso devem temer por suas vidas”, diz a reportagem.

Em seguida, o canal relata o assassinato de Marielle Franco e de como personagens acusados de terem participado do assassinato da vereadora possuem laços estreitos com a família Bolsonaro.

OMS começa a perder a paciência com Bolsonaro, diz jornal francês Les Echos

"Até a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa a perder a paciência diante de uma pandemia cuja 'trajetória vai na má direção", diz reportagem do jornal francês Les Echos sobre a inação do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia de Covid-19

Brasil 247, 12/04/2021, 12:48 h Atualizado em 12/04/2021, 12:54
  (Foto: Chico Batata/Divulgação | Marcos Corrêa/PR)

RFI - "Brasil: nenhum lockdown à vista apesar da explosão da pandemia", lamenta nesta segunda-feira (12) o jornal Les Echos. O diário econômico francês, que é referência no meio empresarial, escreve que "apesar de um tributo humano cada vez mais pesado e insuportável, o presidente Jair Bolsonaro resiste ao lockdown desejado pela comunidade científica". "Ele terá de responder a uma comissão parlamentar de inquérito", informa o correspondente em São Paulo, Thierry Ogier.

A média de vítimas continuou acima de 3 mil pessoas por dia nesse final de semana, e o número de mortos continua aumentando. "Até a Organização Mundial da Saúde (OMS) começa a perder a paciência diante de uma pandemia cuja 'trajetória vai na má direção'", observa o veículo. “O número de casos e mortes vem crescendo há seis semanas”, nota Maria van Kerkhove, epidemiologista da OMS. O país ultrapassou 350 mil mortes no fim de semana.

Mas Bolsonaro voltou a descartar a possibilidade de adotar um lockdown nacional. Les Echos cita a declaração recente na qual o presidente de extrema direita afirmou que não colocaria o "exército nas ruas para forçar o povo a ficar em casa". Discurso que foi reiterado pelo novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que disse que a polícia vai "garantir a todos a liberdade de ir e vir com serenidade e paz".

O jornal gratuito 20 Minutos mostra que a maioria dos pacientes hospitalizados em cuidados intensivos no Brasil tem menos de 40 anos de idade, uma situação "alarmante" que é explicada pela variante brasileira P1, mais contagiosa e letal que as cepas anteriores.
População dividida

A intransigência de Bolsonaro não surpreende a comunidade científica brasileira, mas causa irritação. Ouvida pela reportagem, Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência, conta que "desde o início da pandemia, tem sido assim”. O governo federal insiste que medidas preventivas não são necessárias e, hoje, a população está dividida. "Tem muita gente que acaba acreditando no presidente e não adere às medidas preventivas”, lamenta a microbióloga.

Les Echos explica que os partidários de Jair Bolsonaro asseguram que é melhor “abrir” a economia a todo custo. Mas, na prática, o Brasil perde nas duas frentes. “Eles dizem que o lockdown vai arruinar a economia. Mas hoje vemos, por um lado, que a economia já está arruinada por um ano de pandemia e temos, por outro lado, até 4 mil mortes por dia", destaca Pasternak.
Lockdown necessário

Como a maior parte de seus colegas, essa microbiologista é a favor de medidas de contenção rígidas, assinala o Les Echos. “Nunca tivemos isolamento no Brasil, como houve em Portugal ou na Inglaterra, e isso nos conduziu à situação atual”, afirma.

A única exceção nesse cenário dramático é a cidade de Araraquara, município do interior de São Paulo, que conseguiu reduzir o número de mortes após 10 dias de lockdown local. Mas no resto do país a situação permanece crítica, com falta de leitos, equipamentos e anestésicos nos hospitais.

Paulo Almeida, do mesmo instituto, teme um futuro sombrio. "Enquanto Bolsonaro estiver à frente do país, o governo federal não apoiará esse tipo de medida”, conclui o diretor-executivo do IQC.

Renan: gravação de Kajuru e Bolsonaro pode levar à cassação de ambos

"Há crimes de lado a lado. Tanto do senador, que tentou pedir clemência a Bolsonaro, que não o nivelasse com ninguém da Casa, quanto do presidente da República ao estimular a ampliação do escopo da CPI", afirmou o senador Renan Calheiros em referência à conversa entre o senador Jorge Kajuru e Jair Bolsonaro. Parlamentar do MDB-AL também disse apoiar Lula para 2022

Brasil 247, 12/04/2021, 11:59 h Atualizado em 12/04/2021, 11:59
   Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que tanto o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) quanto Jair Bolsonaro podem ser responsabilizados pela conversa sobre o trabalho da CPI da Pandemia. No diálogo, Bolsonaro revelou a intenção de interferir na Comissão Parlamentar de Inquérito, no sentido de perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos.

"Há crimes de lado a lado. Tanto do senador, que tentou pedir clemência a Bolsonaro, que não o nivelasse com ninguém da Casa, quanto do presidente da República ao estimular a ampliação do escopo da CPI e na tentativa de intimidação ao Supremo Tribunal Federal", afirmou o parlamentar em entrevista ao jornalista Luis Costa Pinto. "Ninguém dispõe sobre o limite do escopo (da investigação) de uma CPI. Uma conversa cheia de ameaças, insinuação...", acrescentou.

De acordo com o senador do MDB, "esse governo, mais que qualquer outro, tem sobejamente demonstrado que não quer ser investigado, não gosta de ser investigado, e reage toda vez da mesma maneira, com críticas, agressões, pedidos de fechamentos de poderes".

O senador também lembrou de condutas polêmicas de Bolsonaro durante esta pandemia. "Minimização da doença, recusa para fazer pré-contratos para a compra de vacinas, estímulos seguidos a aglomerações, compra de oxigênio, que poderiam ser montados usinas para não permitir a escassez. Passar a limpo essa distribuição de cloroquina...Essas respostas terão que ser dadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito", afirmou.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou que irá ingressar com uma representação contra Kajuru junto ao Conselho de ética do Senado.

Ex-presidente Lula

Ao comentar sobre a eleição de 2022, o senador defendeu uma candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso o MDB não lance postulação.

"Se eu tiver que fazer opção entre os nomes que estão aí, vou defender o apoio à candidatura do ex-presidente Lula, que dispõe do melhor perfil para atrair segmentos do centro, porque ele já governou em coalização", disse.

Bolsonaro ataca comunismo imaginário e convoca seus seguidores para a guerra: “prepare-se”

Jair Bolsonaro resolveu atacar os governadores após ter uma conversa divulgada pelo senador Jorge Kajuru em que pede mudanças nos rumos da investigação da CPI da Pandemia. "Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores", disse. "Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e ... prepare-se"

Brasil 247, 12/04/2021, 11:20 h Atualizado em 12/04/2021, 12:59
   Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega - PR)

Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu atacar a esquerda e os governadores após ter uma conversa divulgada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) em que pede mudanças nos rumos da investigação da CPI da Pandemia, além do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e a abertura de uma investigação contra chefes de executivos estaduais e prefeitos.

"Se a facada tivesse sido fatal, hoje você teria como Presidente Haddad ou Ciro. Sua liberdade, certamente, não mais existiria. […] Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores, aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos, etc…", disse Bolsonaro no Facebook. "Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e ... prepare-se".

Pesquisa mostra Lula à frente de Bolsonaro no Rio de Janeiro

Pesquisa Ipesp aponta que o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro por uma diferença de 5%, caso as eleições fossem realizadas hoje. Na capital, a diferença em favor de Lula é ainda maior, chegando a 11%

Brasil 247, 12/04/2021, 11:08 h Atualizado em 12/04/2021, 11:54
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro 
(Foto: Stuckert e Agência Brasil)

Uma pesquisa realizada pelo Ipesp, divulgada nesta segunda-feira (12) pelo site Agenda do Poder, aponta que, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria Jair Bolsonaro por uma diferença de 5%, caso as eleições fossem realizadas hoje. Segundo o levantamento, que não foi registrado junto aos órgão eleitorais, a diferença é ainda maior na capital fluminense, chegando a 11% em favor de Lula.

Na região metropolitana do Rio, que engloba a Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, Lula também fica à frente de Bolsonaro, mas a diferença cai para apenas 4%.

Na quinta-feira da semana passada (8), uma outra pesquisa realizada pelo Ipespe, revelou que o ex-presidente Lula e Bolsonaro se encontravam numericamente empatados com 27% das intenções de voto dos eleitores de São Paulo em simulação do primeiro turno. Já no segundo turno, Lula foi o único dos candidatos listados que venceria Bolsonaro, com 42% contra 38%.

FHC diz que governo Lula foi "época feliz" e afirma que poderá votar nele contra Bolsonaro

Pela primeira vez, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sinaliza a intenção de apoiar o ex-presidente Lula, num eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro. No entanto, ele ainda não desistiu da tentativa de criar uma "terceira via"

Brasil 247, 12/04/2021, 09:18 h Atualizado em 12/04/2021, 10:36
   Fernando Henrique Cardoso e Lula (Foto: Divulgação)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu uma entrevista ao jornalista Cristiano Romero, do Valor, em que defendeu parcialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao dizer que seu governo foi uma "época feliz". FHC afirmou ainda que Lula pode atrair o chamado centro. "Bolsonaro é mais extremo que o Lula. Se não aparecer uma [terceira] candidatura, o Lula vai somar essa gente [que hoje faz oposição ao governo] para enfrentá-lo. O Lula é inteligente, pegou no ar, aprendeu. O que ele vai simbolizar? Não sei. O que foi que ele simbolizou com o governo? Foi uma época feliz da vida no Brasil. E a economia foi bem. Mas ele não vai simbolizar o que vão dizer que ele simboliza, que é o socialismo, o comunismo, o Lula vermelho", disse FHC.

FHC também afirmou que poderá votar em Lula num eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro. "No segundo turno, se ficar o Lula contra o Bolsonaro, não sei se o PSDB vai fazer isso... Se depender da minha inclinação, iria nessa direção, com muita dificuldade porque o Lula jogava pedra em mim", afirmou FHC, que disse ainda que não vai contribuir para transformar o ex-presidente num "fantasma".

Le Monde descortina bastidores da Lava Jato

Sob o título “No Brasil, o naufrágio da operação anticorrupção Lava Jato”, o jornal francês Le Monde mostra os motivos, os interesses e como a Lava Jato atendeu aos interesses geopolíticos e econômicos norte-americanos

Site do PT, 12/04/2021 09h11 - atualizado às 10h04

Um magistrado considerado “tendencioso”, às vezes ilegal e à sombra dos Estados Unidos: a maior operação anticorrupção da história do Brasil tornou-se seu maior escândalo jurídico. Meses de investigação foram necessários para que o “ Le Monde” traçasse o outro lado dessa cena.

Existe algo podre no Reino do Brasil. Todo o país é atingido por uma série de crises simultâneas, uma espécie de tempestade perfeita – recessão econômica, desastres ambientais, polarização extrema da vida política, Covid-19… A isso deve ser adicionado o naufrágio do sistema judicial. Um trovão adicional em um céu já pesado, mas carregado de esperança há sete anos, quando um jovem magistrado chamado Sergio Moro lançou, em 17 de março de 2014, uma vasta operação anticorrupção chamada “ Lava Jato”, envolvendo a gigante do petróleo Petrobras, construtoras e um número expressivo de lideranças políticas.

De uma só tacada, dizia-se, o requerente e sua equipe de investigadores, apoiados pelo judiciário e pela mídia, iam limpar e salvar o Brasil, finalmente! Foram emitidos 1.450 mandados de prisão, apresentadas 533 denúncias e 174 pessoas foram condenadas. Nada menos que 12 chefes ou ex-chefes de Estado brasileiros, peruanos, salvadorenhos e panamenhos foram implicados. E a colossal soma de 4,3 bilhões de reais (610 milhões de euros) foi recuperada dos cofres públicos de Brasília. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adorado pela maioria de opinião, não resistiu à onda, e foi parar atrás das grades.

E então, de repente, quase nada. Em menos de dois meses, a extensa investigação desmoronou como uma explosão. No início de fevereiro, o Ministério Público Federal deixou estourar o anúncio do fim do “Lava Jato” , desmontando-a com uma frieza que não se conhecia sequer a principal equipe de promotores. Em seguida, um juiz do Supremo Tribunal Federal ordenou a anulação das acusações contra Lula. Quinze dias depois, em 23 de março, foi a vez da mais alta corte brasileira decidir que o juiz Moro foi “tendencioso” durante sua investigação.

Conversa entre Bolsonaro e Kajuru é “crime de responsabilidade gravado”, diz Orlando Silva

"É o maior escândalo político da República. O Presidente em pessoa liga para um Senador para cobrar que este mude o foco de uma CPI para investigar inimigos políticos e pautar impeachment de ministro do Supremo. É CRIME DE RESPONSABILIDADE GRAVADO!”, postou o deputado Orlando Silva nas redes sociais

Brasil 247, 12/04/2021, 09:24 h Atualizado em 12/04/2021, 09:24
  Orlando Silva (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 10.ago.2017)

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) usou sua conta no Twitter para afirmar que a divulgação do diálogo em que Jair Bolsonaro revela ao senador Jorge Cajuru (Cidadania-GO) revela a intenção de usar a CPI da Pandemia para perseguir governadores, prefeitos e ministros do STF é um “crime de responsabilidade gravado”.

“É o maior escândalo político da República. O Presidente em pessoa liga para um Senador para cobrar que este mude o foco de uma CPI para investigar inimigos políticos e pautar impeachment de ministro do Supremo. É CRIME DE RESPONSABILIDADE GRAVADO!”, escreveu o parlamentar na rede social.