segunda-feira, 12 de abril de 2021

Renan: gravação de Kajuru e Bolsonaro pode levar à cassação de ambos

"Há crimes de lado a lado. Tanto do senador, que tentou pedir clemência a Bolsonaro, que não o nivelasse com ninguém da Casa, quanto do presidente da República ao estimular a ampliação do escopo da CPI", afirmou o senador Renan Calheiros em referência à conversa entre o senador Jorge Kajuru e Jair Bolsonaro. Parlamentar do MDB-AL também disse apoiar Lula para 2022

Brasil 247, 12/04/2021, 11:59 h Atualizado em 12/04/2021, 11:59
   Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O senador Renan Calheiros (MDB-AL) afirmou que tanto o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) quanto Jair Bolsonaro podem ser responsabilizados pela conversa sobre o trabalho da CPI da Pandemia. No diálogo, Bolsonaro revelou a intenção de interferir na Comissão Parlamentar de Inquérito, no sentido de perseguir ministros do Supremo Tribunal Federal, governadores e prefeitos.

"Há crimes de lado a lado. Tanto do senador, que tentou pedir clemência a Bolsonaro, que não o nivelasse com ninguém da Casa, quanto do presidente da República ao estimular a ampliação do escopo da CPI e na tentativa de intimidação ao Supremo Tribunal Federal", afirmou o parlamentar em entrevista ao jornalista Luis Costa Pinto. "Ninguém dispõe sobre o limite do escopo (da investigação) de uma CPI. Uma conversa cheia de ameaças, insinuação...", acrescentou.

De acordo com o senador do MDB, "esse governo, mais que qualquer outro, tem sobejamente demonstrado que não quer ser investigado, não gosta de ser investigado, e reage toda vez da mesma maneira, com críticas, agressões, pedidos de fechamentos de poderes".

O senador também lembrou de condutas polêmicas de Bolsonaro durante esta pandemia. "Minimização da doença, recusa para fazer pré-contratos para a compra de vacinas, estímulos seguidos a aglomerações, compra de oxigênio, que poderiam ser montados usinas para não permitir a escassez. Passar a limpo essa distribuição de cloroquina...Essas respostas terão que ser dadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito", afirmou.

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) informou que irá ingressar com uma representação contra Kajuru junto ao Conselho de ética do Senado.

Ex-presidente Lula

Ao comentar sobre a eleição de 2022, o senador defendeu uma candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso o MDB não lance postulação.

"Se eu tiver que fazer opção entre os nomes que estão aí, vou defender o apoio à candidatura do ex-presidente Lula, que dispõe do melhor perfil para atrair segmentos do centro, porque ele já governou em coalização", disse.

Bolsonaro ataca comunismo imaginário e convoca seus seguidores para a guerra: “prepare-se”

Jair Bolsonaro resolveu atacar os governadores após ter uma conversa divulgada pelo senador Jorge Kajuru em que pede mudanças nos rumos da investigação da CPI da Pandemia. "Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores", disse. "Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e ... prepare-se"

Brasil 247, 12/04/2021, 11:20 h Atualizado em 12/04/2021, 12:59
   Jair Bolsonaro (Foto: Isac Nóbrega - PR)

Jair Bolsonaro (sem partido) resolveu atacar a esquerda e os governadores após ter uma conversa divulgada pelo senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) em que pede mudanças nos rumos da investigação da CPI da Pandemia, além do impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal e a abertura de uma investigação contra chefes de executivos estaduais e prefeitos.

"Se a facada tivesse sido fatal, hoje você teria como Presidente Haddad ou Ciro. Sua liberdade, certamente, não mais existiria. […] Hoje você está tendo uma amostra do que é o comunismo e quem são os protótipos de ditadores, aqueles que decretam proibição de cultos, toque de recolher, expropriação de imóveis, restrições a deslocamentos, etc…", disse Bolsonaro no Facebook. "Pergunte o que cada um de nós poderá fazer pelo Brasil e sua liberdade e ... prepare-se".

Pesquisa mostra Lula à frente de Bolsonaro no Rio de Janeiro

Pesquisa Ipesp aponta que o ex-presidente Lula venceria Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro por uma diferença de 5%, caso as eleições fossem realizadas hoje. Na capital, a diferença em favor de Lula é ainda maior, chegando a 11%

Brasil 247, 12/04/2021, 11:08 h Atualizado em 12/04/2021, 11:54
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro 
(Foto: Stuckert e Agência Brasil)

Uma pesquisa realizada pelo Ipesp, divulgada nesta segunda-feira (12) pelo site Agenda do Poder, aponta que, no Rio de Janeiro, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva venceria Jair Bolsonaro por uma diferença de 5%, caso as eleições fossem realizadas hoje. Segundo o levantamento, que não foi registrado junto aos órgão eleitorais, a diferença é ainda maior na capital fluminense, chegando a 11% em favor de Lula.

Na região metropolitana do Rio, que engloba a Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, Lula também fica à frente de Bolsonaro, mas a diferença cai para apenas 4%.

Na quinta-feira da semana passada (8), uma outra pesquisa realizada pelo Ipespe, revelou que o ex-presidente Lula e Bolsonaro se encontravam numericamente empatados com 27% das intenções de voto dos eleitores de São Paulo em simulação do primeiro turno. Já no segundo turno, Lula foi o único dos candidatos listados que venceria Bolsonaro, com 42% contra 38%.

FHC diz que governo Lula foi "época feliz" e afirma que poderá votar nele contra Bolsonaro

Pela primeira vez, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sinaliza a intenção de apoiar o ex-presidente Lula, num eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro. No entanto, ele ainda não desistiu da tentativa de criar uma "terceira via"

Brasil 247, 12/04/2021, 09:18 h Atualizado em 12/04/2021, 10:36
   Fernando Henrique Cardoso e Lula (Foto: Divulgação)

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso concedeu uma entrevista ao jornalista Cristiano Romero, do Valor, em que defendeu parcialmente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao dizer que seu governo foi uma "época feliz". FHC afirmou ainda que Lula pode atrair o chamado centro. "Bolsonaro é mais extremo que o Lula. Se não aparecer uma [terceira] candidatura, o Lula vai somar essa gente [que hoje faz oposição ao governo] para enfrentá-lo. O Lula é inteligente, pegou no ar, aprendeu. O que ele vai simbolizar? Não sei. O que foi que ele simbolizou com o governo? Foi uma época feliz da vida no Brasil. E a economia foi bem. Mas ele não vai simbolizar o que vão dizer que ele simboliza, que é o socialismo, o comunismo, o Lula vermelho", disse FHC.

FHC também afirmou que poderá votar em Lula num eventual segundo turno contra Jair Bolsonaro. "No segundo turno, se ficar o Lula contra o Bolsonaro, não sei se o PSDB vai fazer isso... Se depender da minha inclinação, iria nessa direção, com muita dificuldade porque o Lula jogava pedra em mim", afirmou FHC, que disse ainda que não vai contribuir para transformar o ex-presidente num "fantasma".

Le Monde descortina bastidores da Lava Jato

Sob o título “No Brasil, o naufrágio da operação anticorrupção Lava Jato”, o jornal francês Le Monde mostra os motivos, os interesses e como a Lava Jato atendeu aos interesses geopolíticos e econômicos norte-americanos

Site do PT, 12/04/2021 09h11 - atualizado às 10h04

Um magistrado considerado “tendencioso”, às vezes ilegal e à sombra dos Estados Unidos: a maior operação anticorrupção da história do Brasil tornou-se seu maior escândalo jurídico. Meses de investigação foram necessários para que o “ Le Monde” traçasse o outro lado dessa cena.

Existe algo podre no Reino do Brasil. Todo o país é atingido por uma série de crises simultâneas, uma espécie de tempestade perfeita – recessão econômica, desastres ambientais, polarização extrema da vida política, Covid-19… A isso deve ser adicionado o naufrágio do sistema judicial. Um trovão adicional em um céu já pesado, mas carregado de esperança há sete anos, quando um jovem magistrado chamado Sergio Moro lançou, em 17 de março de 2014, uma vasta operação anticorrupção chamada “ Lava Jato”, envolvendo a gigante do petróleo Petrobras, construtoras e um número expressivo de lideranças políticas.

De uma só tacada, dizia-se, o requerente e sua equipe de investigadores, apoiados pelo judiciário e pela mídia, iam limpar e salvar o Brasil, finalmente! Foram emitidos 1.450 mandados de prisão, apresentadas 533 denúncias e 174 pessoas foram condenadas. Nada menos que 12 chefes ou ex-chefes de Estado brasileiros, peruanos, salvadorenhos e panamenhos foram implicados. E a colossal soma de 4,3 bilhões de reais (610 milhões de euros) foi recuperada dos cofres públicos de Brasília. Até o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, adorado pela maioria de opinião, não resistiu à onda, e foi parar atrás das grades.

E então, de repente, quase nada. Em menos de dois meses, a extensa investigação desmoronou como uma explosão. No início de fevereiro, o Ministério Público Federal deixou estourar o anúncio do fim do “Lava Jato” , desmontando-a com uma frieza que não se conhecia sequer a principal equipe de promotores. Em seguida, um juiz do Supremo Tribunal Federal ordenou a anulação das acusações contra Lula. Quinze dias depois, em 23 de março, foi a vez da mais alta corte brasileira decidir que o juiz Moro foi “tendencioso” durante sua investigação.

Conversa entre Bolsonaro e Kajuru é “crime de responsabilidade gravado”, diz Orlando Silva

"É o maior escândalo político da República. O Presidente em pessoa liga para um Senador para cobrar que este mude o foco de uma CPI para investigar inimigos políticos e pautar impeachment de ministro do Supremo. É CRIME DE RESPONSABILIDADE GRAVADO!”, postou o deputado Orlando Silva nas redes sociais

Brasil 247, 12/04/2021, 09:24 h Atualizado em 12/04/2021, 09:24
  Orlando Silva (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado - 10.ago.2017)

O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) usou sua conta no Twitter para afirmar que a divulgação do diálogo em que Jair Bolsonaro revela ao senador Jorge Cajuru (Cidadania-GO) revela a intenção de usar a CPI da Pandemia para perseguir governadores, prefeitos e ministros do STF é um “crime de responsabilidade gravado”.

“É o maior escândalo político da República. O Presidente em pessoa liga para um Senador para cobrar que este mude o foco de uma CPI para investigar inimigos políticos e pautar impeachment de ministro do Supremo. É CRIME DE RESPONSABILIDADE GRAVADO!”, escreveu o parlamentar na rede social.

Freixo: conversa entre Bolsonaro e Kajuru confirma mais um crime de responsabilidade

"Bolsonaro está morrendo de medo e tenta sabotar as investigações", diz ainda o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ)

Brasil 247, 12/04/2021, 05:36 h Atualizado em 12/04/2021, 05:43
  (Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados)

"A conversa entre Bolsonaro e Kajuru é a prova de mais um crime de responsabilidade do presidente, que tenta intervir no Legislativo e intimidar o STF. O objeto da CPI da Covid não pode ser modificado. Bolsonaro está morrendo de medo e tenta sabotar as investigações", escreveu o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ), líder da minoria, em suas redes sociais.

Na conversa, Bolsonaro revela a intenção de usar a CPI da covid para perseguir governadores, prefeitos e ministros do STF.

Kajuru diz que avisou Bolsonaro da gravação 20 minutos antes de publicá-la

Com vinte minutos de antecedência, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) avisou a Jair Bolsonaro que publicaria nas suas redes sociais a conversa sobre a CPI da Covid que tivera com ele na véspera

Brasil 247, 12/04/2021, 08:10 h Atualizado em 12/04/2021, 08:57
Suplente de Kajuru está entre os candidatos mais ricos de Goiás 
(Foto: Câmara de Goiânia)

Com vinte minutos de antecedência, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) avisou ao presidente Jair Bolsonaro que publicaria nas suas redes sociais a conversa sobre a CPI da Covid que tivera com ele na véspera. A informação é do jornal Estado de S.Paulo.

“Avisei ele hoje 12h40, que a conversa nossa seria publicada a uma hora da tarde. E assim eu fiz”, disse Kajuru. Na conversa, Bolsonaro diz temer que CPI investigue só o governo federal e instrui o senador a incluir Estados e municípios.

De acordo com a reportagem, questionado se o presidente saberia que estava sendo gravado, o senador afirmou que Bolsonaro conversou “sabendo que a conversa poderia ir ao ar”, como já fez “seis, sete, oito vezes” antes.

Grampo de Kajuru complica Bolsonaro e Flávio vai levá-lo ao conselho de ética

Flávio Bolsonaro alega que o senador Jorge Kajuru quebrou o decoro parlamentar ao divulgar uma conversa mantida com Jair Bolsonaro. No diálogo, Bolsonaro revela a intenção de usar a CPI da Pandemia para perseguir governadores, prefeitos e ministros do STF

Brasil 247, 12/04/2021, 10:32 h Atualizado em 12/04/2021, 10:51
   Flávio Bolsonaro (Foto: Beto Barata - Agência Senado)

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ)irá ingressar com uma representação contra o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) junto ao Conselho de ética do Senado. Flávio deverá alegar que Kajuru precisa ser punido por quebra de decoro parlamentar, por ter tornado pública uma conversa mantida com Jair Bolsonaro. A informação é da coluna da jornalista Bela Megale, de O Globo.

No diálogo, divulgado pelo próprio Kajuru nas redes sociais, Bolsonaro incorre em crime de responsabilidade ao revelar a intenção de usar a CPI da Pandemia, cuja abertura pelo Senado foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, para perseguir governadores, prefeitos e ministros do STF.

Kajuru manda recado a Kassio Nunes: "sabemos o seu preço"

Após divulgar uma gravação em que Jair Bolsonaro revela a intenção de interferir nos rumos da CPI da Covid, o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) mandou um recado a Kassio Nunes Marques, ministro indicado por Bolsonaro ao STF. "Kassio, nós sabemos seu preço", tuitou

Brasil 247, 12/04/2021, 08:50 h Atualizado em 12/04/2021, 08:57
Senador Jorge Kajuru e o ministro do STF Kassio Nunes Marques 
(Foto: Geraldo Magela - Ag. Senado - STF)

O senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) mandou um recado a Kassio Nunes Marques, ministro indicado por Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF). "Kassio, nós sabemos seu preço", tuitou, compartilhando uma reportagem da revista Época que sinaliza que o magistrado seria o único contra a instalação da CPI.

Kassio Nunes vem sendo algo de duras críticas por ter liberado a realização de cultos e missas diante da maior crise sanitária da história do País, enquanto outros ministros da Corte posicionaram-se contra a medida.

O parlamentar divulgou uma conversa em que Jair Bolsonaro pretende interferir nos rumos da CPI da Covid, para perseguir ministros do STF, governadores e prefeitos.


Ainda no Twitter, Kajuru compartilhou uma entrevista de Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS). Para o ex-ministro da Saúde, a CPI "vai pegar fogo". "Como se fosse um posto de gasolina", acrescentou o senador.