quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

México, Chile e Argentina começarão a vacinar semana que vem, enquanto Brasil ainda não adquiriu seringas

Enquanto o governo brasileiro ainda não tem data prevista para o início da vacinação e tomou a iniciativa de adquirir seringas apenas na semana passada, México, Chile e Argentina saem na frente e disputam quem será o primeiro país da América Latina a começar a vacinação contra a covid-19

Brasil 247, 23/12/2020, 10:34 h Atualizado em 23/12/2020, 11:10
    Manuel Obrador, Sebastián Piñera, Alberto Fernández e Jair Bolsonaro (Foto: Reuters)

Enquanto o governo brasileiro ainda não tem data prevista para o início da vacinação e tomou a iniciativa de adquirir seringas apenas na semana passada, México, Chile e Argentina saem na frente e disputam quem será o primeiro país da América Latina a começar a vacinação contra a covid-19, revela reportagem do portal Valor Econômico. Os países irão iniciar a vacinação na semana que vem.

A Colômbia também se preparar para receber as primeiras doses da vacina Pfizer / BioNTech nos próximos dias. 

Analistas afirmam que o governante que conseguir começar a imunização primeiro ganhará capital político e terá chances de recuperar a economia mais cedo. O fato de o Brasil ainda não ter assinado contrato com a Pfizer reflete a abordagem errática do governo brasileiro, ressaltam.




Até o momento, o governo federal tem acordos firmados apenas com a AstraZeneca, com previsão de 130 milhões de doses de vacina no ano que vem, e com o programa global Covax Facility, por 43,5 milhões de doses. Além da lentidão para aquisição das vacinas, apenas semana passada abriu licitação para compra de seringas. 

Segundo a reportagem, o governo mexicano anunciou que receberá as primeiras doses da vacina Pfizer/ BioNTech hoje. No Chile, a expectativa é que as primeiras doses cheguem nesta semana. O governo de Sebastián Piñera assinou contratos para compra de 36 milhões de doses - o suficiente para vacinar o dobro da população - sendo 10,1 milhões da vacina Pfizer/ BioNTech, 14,4 milhões da AstraZeneca. Já na Argentina, o governo do presidente Alberto Fernández deve receber 300 mil doses da russa Sputnik V ainda nesta semana. O objetivo é imunizar 10 milhões de pessoas até fevereiro.

Allan dos Santos ameaça clã presidencial e chama Carlos Bolsonaro de "covarde"

Blogueiro bolsonarista Allan dos Santos criticou o silêncio do clã Bolsonaro sobre a prisão do influenciador de extrema direita Oswaldo Eustáquio e chamou o vereador Carlos Bolsonaro, que deixou de segui-lo nas redes sociais, de “covarde”

Brasil 247, 23/12/2020, 08:05 h Atualizado em 23/12/2020, 11:10
   Allan dos Santos e família Bolsonaro (Foto: Agência Senado | Reprodução)

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos usou sua conta no Twitter para criticar o silêncio de Jair Bolsonaro sobre a prisão do influenciador digital de extrema direita Oswaldo Eustáquio. Em uma série de postagem sobre o assunto, o blogueiro chamou o vereador Carlos Bolsonaro, que deixou de segui-lo após a cobrança, de “covarde”.

As postagens foram feitas após a imprensa divulgar que Oswaldo Eustáquio havia sofrido uma queda no banheiro das dependências do Centro de Detenção Provisória II (CDP II), no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Na publicação em que marcou Bolsonaro e os filhos, Allan destaca que quando que "quando Adélio agiu, todos nós estávamos do lado de vocês". A postagem faz referência à facada desferida por Adélio Bispo de Oliveira contra o ex-capitão durante um ato de campanha em Minas Gerais. 

Pouco depois da postagem, o vereador Carlos Bolsonaro e , ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, deixaram de seguir o blogueiro nas redes sociais. “A @DamaresAlves deixando de me seguir no Instagram e o @CarlosBolsonaro fazendo o mesmo aqui não é o tipo de resposta que eu esperava. Temos um jornalista preso sem cometer crime e estou cobrando em quem EU VOTEI. Se eu não cobrar em quem EU VOTEI, vou cobrar quem? Decepcionado”, escreveu Santos em reposta. “Deixar de me seguir não é uma resposta, Carlos Bolsonaro. Eu esperava mais de você. Quanta covardia”, pontuou em outra postagem. 




Allan do Santos é investigado em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura um suposto esquema de divulgação de fake News, ataques a autoridades e instituições, além da organização de atos antidemocráticos. O blogueiro também foi alvo de operações da Polícia Federal no âmbito das investigações.

Confira algumas das postagens de Allan dos Santos sobre o assunto. 

Falem alguma coisa, @CarlosBolsonaro, @FlavioBolsonaro, @BolsonaroSP e @jairbolsonaro. Quando Adélio agiu, todos nós estávamos do lado de vocês. FALEM ALGUM COISA, QUALQUER COISA. O @oswaldojor está PARAPLÉGICO.
— Allan Dos Santos (@allanldsantos) December 22, 2020

O @CarlosBolsonaro leu, pois deixou de me seguir após a publicação. Continua CALADO, covardemente CALADO.— Allan Dos Santos (@allanldsantos) December 22, 2020

A @DamaresAlves deixando de me seguir no Instagram e o @CarlosBolsonaro fazendo o mesmo aqui não é o tipo de resposta que eu esperava. Temos um jornalista preso sem cometer crime e estou cobrando em quem EU VOTEI. Se eu não cobrar em quem EU VOTEI, vou cobrar quem? Decepcionado.— Allan Dos Santos (@allanldsantos) December 22, 2020

PF faz operação para apurar ameaças contra Alexandre de Moraes

Operação Shield é um desdobramento do inquérito das fake news. Ação investiga ameaças feitas contra .o ministro do STF Alexandre de Moraes e seus familiares

Brasil 247, 23/12/2020, 08:53 h Atualizado em 23/12/2020, 09:17
   Ministro Alexandre de Moraes (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

A Polícia Federal deflagrou uma operação para apurar ameaças feitas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e seus familiares. Batizada de Shield, a ação foi deflagrada nesta terça-feira (22) após ser autorizada pela Justiça Federal de Mato Grosso em um desdobramento do inquérito das fake news.

Segundo reportagem do blog do jornalista Fausto Macedo, os agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão e outro de proibição de qualquer aproximação a ministros do STF e seus familiares. As medidas tiveram como alvo um morador da cidade de Paranatinga (MT) identificado como Ezequiel Souza Lopes. Ele teve suas contas nas redes sociais bloqueadas por determinação judicial.

‘”Você Alexandre de Moraes e a sua família vai (sic) ser executada, e não tem mais volta você, você pediu isso então toma tiro”’, escreveu Ezequiel em uma postagem no Twitter no dia 21 de novembro.

terça-feira, 22 de dezembro de 2020

Vacina da Pfizer é autorizada na União Europeia

A autorização, que tem caráter condicional, permite o início da imunização nos 27 países do bloco

Brasil 247, 22/12/2020, 14:13 h Atualizado em 22/12/2020, 14:16
   Seringas em frente ao logo da Pfizer (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

A vacina da Pfizer com a BioNTech contra o novo coronavírus recebeu autorização para ser aplicada em todos os 27 países da União Europeia (UE).

“Hoje adicionamos um importante capítulo da história do sucesso europeu ao tornar disponível a primeira vacina contra a Covid-19 para os europeus”, afirmou Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, conforme reportado na Folha de S.Paulo. “A vacina estará disponível para todos os países da União Europeia ao mesmo tempo e sob as mesmas condições”, completou.

O bloco tem um acordo com a empresa para a compra de 200 milhões de doses iniciais, além da opção de 100 milhões de doses extras. 

Mais de 40 países ao redor do mundo já fecharam acordo com a Pfizer para a compra de seu imunizante. O governo federal fechou a compra de 70 milhões de doses no início deste mês.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Joe Biden recebe primeira dose de vacina contra o coronavírus

"Eu estou fazendo isso para mostrar que as pessoas têm que estar preparadas para se vacinar assim que for possível", afirmou Joe Biden, que tomou vacina contra a Covid-19 em público

Brasil 247, 21/12/2020, 18:05 h Atualizado em 21/12/2020, 18:20
   Joe Biden (Foto: Leah Millis/Reuters)

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, de 78 anos, recebeu nesta segunda-feira (21) a primeira dose da vacina contra o coronavírus desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. A aplicação em público faz parte de uma estratégia para incentivar a vacinação no país.

"Nós devemos muito aos profissionais da saúde, nós devemos muito a vocês", disse Biden à enfermeira Tabe Masa, responsável pela injeção, após ser vacinado em um hospital de Newark, no estado de Delaware.

"Eu estou fazendo isso para mostrar que as pessoas têm que estar preparadas para se vacinar assim que for possível", acrescentou. O relato dele foi publicado pelo portal G1.


Infectado pela Covid-19 em outubro, o atual presidente dos EUA, Donald Trump, de 74 anos, não informou se tomará a vacina.
"Ah!, e se as instituições de fato funcionassem normalmente e tivessem o menor resquício de compromisso democrático, o STF julgaria imediatamente a suspeição do Moro, cujo processo aniversariou 2 anos sem julgamento na Suprema Corte", diz o colunista Jeferson Miola

Brasil 247, 21/12/2020, 05:33 h Atualizado em 21/12/2020, 06:21
    Deltan Dallagnol e Sérgio Moro (Foto: Abr)

Se as instituições estivessem funcionando normalmente no Brasil, o ex-juiz Sérgio Moro, o [ainda] procurador Deltan Dallagnol e os demais elementos do bando criminoso da Lava Jato – integrantes de tribunais e altas Cortes do judiciário, do MPF, da PF e da mídia – estariam todos presos.

Esta é a única conclusão a que se pode chegar depois de se assistir à entrevista de Walter Delgatti Neto, que se notabilizou como hacker de Araraquara/SP, à emissora CNN Brasil.

Na entrevista, Delgatti enfatizou que Moro “era o que tinha muito interesse no Lula”. Conhecedor do conteúdo de todas mensagens, ele sustenta que “o fato pelo qual o prenderam [Lula] não existe”.



Delgatti detalha aspectos publicados pelo site The Intercept Brasil [Vaza Jato], como por exemplo a promiscuidade de ministros do STF com procuradores da Lava Jato.

Ele explicou que Barroso, Fux e Fachin eram “aliados de altíssima confiança no STF entre os procuradores” – os 3, aliás, e não por coincidência, muito festejados nos grupos de Telegran do bando criminoso: “Aha! Uhu!, o Fachin é nosso!”, “In Fux we trust” e “1 Barroso vale por 100 PGRs!”.

“O Barroso, eles tinham um laço bem próximo. O Barroso e o Deltan conversavam bastante”, afirmou o hacker, acrescentando, ainda, que o “iluminista” ministro do STF também agia ilegalmente como o Moro, e orientava a estratégia de acusação contra Lula: “Inclusive o Barroso, em conversas, auxiliava o que colocar na peça, o que falar. Um juiz auxiliando, também, o que deveria fazer um procurador”.

Delgatti também detalhou denúncias inéditas, que não haviam sido divulgadas pelo Intercept.

Ele disse, por exemplo, que os procuradores transpareceram terem ficado “mais empolgados com o resultado da morte do Zavascki” do que consternados com a morte trágica do então relator da Lava Jato no STF. O motivo da alegria ficou óbvio: Fachin assumiu a relatoria da Lava Jato no Supremo. “Aha! Uhu!”.

Outra novidade explosiva foi a de que a Lava Jato pretendia prender os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Perguntado a respeito, Delgatti foi categórico: “Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentavam de tudo pra conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queria que a OAS delatasse o Toffoli, eles quebraram o sigilo do Gilmar Mendes na Suíça, do cartão de crédito, da conta bancária dele, eles odiavam o Gilmar Mendes, falavam mal do Gilmar Mendes o tempo todo”.

Vale lembrar que na época a imprensa lavajatista – Globo à frente – realizou vazamentos seletivos com tais suspeitas contra os 2 ministros.

As provas de todas afirmações de Delgatti estão custodiadas pela PF desde julho de 2019, e são mais que suficientes para recomendar a instauração de processos criminais contra todos envolvidos; a instalação de CPIs sobre o golpe e a farsa da eleição de 2018; e a abertura de processo de investigação sobre conexões internacionais na perpetração do golpe no Brasil.

Estas novas denúncias reforçam o embasamento para o julgamento dos criminosos que corromperam o sistema de justiça e a democracia do país com propósitos particulares, políticos e ideológicos e manietados por potência estrangeira.

Com essas denúncias gravíssimas, a prisão do Moro, do Dallagnol e do bando criminoso por eles chefiado é a única alternativa que resta para se poder iniciar a restauração do Estado de Direito.

Ah!, e se as instituições de fato funcionassem normalmente e tivessem o menor resquício de compromisso democrático, o STF julgaria imediatamente a suspeição do Moro, cujo processo aniversariou 2 anos sem julgamento na Suprema Corte.
Em posicionamento enviado ao TCU, o Exército brasileiro fez lobby pela cloroquina, mesmo sem comprovação científica de que o remédio é eficaz no tratamento contra o coronavírus. O tribunal criticou a falta de coordenação do governo Jair Bolsonaro no enfrentamento à pandemia da Covid-19

Brasil 247, 21/12/2020, 18:59 h Atualizado em 21/12/2020, 19:19
   Cloroquina e o Exército brasileiro (Foto: Reuters | Marcos Corrêa/PR)

O Exército brasileiro afirmou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que a cloroquina "seria o equivalente a produzir esperança a milhares de corações aflitos com o avanço e os impactos da doença no Brasil e no mundo". Foi uma justificativa após o órgão questionar militares sobre o porquê de acelerar a produção de cloroquina em seu laboratório neste ano, a pedido do presidente Jair Bolsonaro. A resposta está em documento oficial obtido pela agência Fiquem Sabendo, por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Uma auditoria do TCU havia chegado à conclusão de que o governo Bolsonaro não tem um plano estratégico para enfrentar a pandemia. Os auditores do órgão também manifestaram preocupação com o descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra o coronavírus e o de entrega das seringas e agulhas.

Entre março e junho, o laboratório do Exército fabricou mais de 3 milhões de comprimidos do medicamento, ainda sem comprovação científica sobre a eficácia dele em combater o coronavírus. Jair Bolsonaro, no entanto, já defendeu em várias ocasiões a aplicação do remédio para o tratamento de pessoas diagnosticadas com a Covid-19.

Butantan conclui última fase de testes da Coronavac e diz que 'em breve' vacina estará disponível

Com participação de mais de 13 mil voluntários, fase 3 dos testes clínicos da vacina Coronavac foram concluídos e os dados submetidos à análise. Decisão final, segundo diretor do Instituto Butantan, sai nesta quarta-feira (23)

Brasil 247, 21/12/2020, 18:10 h Atualizado em 21/12/2020, 18:20
Anvisa e CoronaVac (Foto: Divulgação)

O Instituto Butantan anunciou nesta segunda-feira (21) que concluiu a terceira e última fase de testes clínicos da vacina Coronavac, desenvolvida pelo instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac.

“Para a Vacina do Butantan contra a Covid-19 chegar até você, ela passa antes por 3 fases de teste com pessoas. As fases 1 e 2 tiveram excelentes resultados e a fase 3, com o maior grupo de voluntários, foi finalizada e os resultados serão encaminhados para a ANVISA. Na China, 390 mil pessoas tomaram as duas doses da vacina em caráter emergencial. Em breve, a primeira vacina brasileira contra o coronavírus estará pronta para salvar vidas!”, publicou o Butantan em suas redes sociais.

Dimas Covas, diretor do instituto, disse que os resultados estarão disponíveis nesta quarta-feira (23). “O estudo clínico foi encerrado com mais de 13 mil participantes, e os dados foram submetidos à análise que envolve a decisão final e a apresentação dos dados pelo comitê internacional. Isso vai acontecer [no] dia 23, a data está mantida”, afirmou Covas.

Por que Bolsonaro, o pior cabo eleitoral, perdeu outra, mas continua vivo


Artigo de Thaís Oyama, Colunista do UOL, 21/12/2020 10h24

"Vote em Josiel para prefeito de Macapá. Um prefeito perfeitamente afinado com o presidente da República".

Jair Bolsonaro gravou no sábado um vídeo pedindo votos para o irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre, para 24 horas depois ver o candidato derrotado nas urnas.

O Twitter não perdoou: "Bolsonaro perdeu mais uma".

Na rede social, uma profusão de memes zombou da péssima performance do presidente nas eleições municipais: atualizadas as contas, dos 14 nomes que ele apoiou para prefeito, 12 saíram derrotados.

O novo fiasco do ex-capitão como cabo eleitoral fez muita gente repetir que o resultado das eleições atestava o derretimento de Bolsonaro e do bolsonarismo nas urnas.

Trata-se de uma avaliação incorreta. Ou, por outra, apenas parcialmente correta.

Os resultados das eleições municipais mostram o enfraquecimento de Bolsonaro e do bolsonarismo nas grandes cidades — entre os eleitores das capitais e regiões metropolitanas.

Todas as últimas pesquisas de opinião mostram que as regiões em que o governo tem sua pior avaliação são Sudeste e Nordeste, que concentram as cidades com maior densidade populacional.

Já nas demais regiões - Norte, Sul e Centro-Oeste, com cidades de menor concentração demográfica— o presidente tem mantido a estabilidade em relação às taxas de aprovação do meio do ano (o Sul mostra um ligeiro declínio).

Para analistas como Maurício Moura, CEO do instituto de pesquisas Ideia Big Data, isso indica que Bolsonaro está cindindo o Brasil em dois: o Brasil das grandes cidades e o Brasil do interior.

Nas cidades de maior densidade populacional, ajudam a derrubar a aprovação do presidente fatores como a redução do auxílio emergencial, a má gestão da epidemia e a degradação da imagem do ex-capitão no combate à corrupção.

Já nas cidades do interior, ou com menor densidade populacional, seguram a aprovação do presidente fatores como o auxílio emergencial (a redução do valor do benefício ainda não mostrou grande impacto por lá, segundo as pesquisas) e a pujança do agronegócio, beneficiado pela alta do dólar.

Nas eleições presidenciais de 2018, o crescimento do então candidato Bolsonaro começou nas capitais - as mesmas que agora o rejeitam.

Mas a essência bolsonarista da ojeriza à esquerda e do conservadorismo nos costumes continua ecoando forte no interior.

O que leva à conclusão de que Bolsonaro pode ter se saído mal nas eleições municipais, mas continua bem vivo.

(Quanto ao candidato derrotado à prefeitura de Macapá, Josiel Alcolumbre, que ninguém se compadeça dele porque não ficará desempregado por muito tempo. Seu irmão, Davi Alcolumbre, que, segundo afirmou Bolsonaro no vídeo, nunca negou socorro ao governo, já recebeu a promessa de um ministério assim que deixar a presidência do Senado. Com isso, Josiel, que é o seu primeiro suplente, poderá herdar o seu mandato. Quem disse que o ex-capitão não aprendeu nada em dois anos no poder?)

“Tem alguém mais contra a democracia do que o MDB?”, questiona Dilma

“Tem alguém mais contra a democracia do que foi o MDB? Golpe por golpe, eles deram um. Não há diferença substantiva entre Arthur Lira, Aguinaldo Ribeiro e Baleia Rossi. Mas se o PT conseguir alguma contenção de danos, está certo”, comentou a ex-presidente Dilma Rousseff ao analisar o cenário de articulações que irá eleger o próximo presidente da Câmara. 

Brasil 247, 21/12/2020, 13:49 h Atualizado em 21/12/2020, 14:21
    (Foto: Reprodução)

A ex-presidente Dilma Rousseff analisou nesta segunda-feira (21) o cenário de articulações que irá eleger o próximo presidente da Câmara e a frente dos 11 partidos que reúne esquerda, centro-esquerda e o chamado “centrão”, liderada pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) para fazer oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). “Não há diferença substantiva entre Arthur Lira, Aguinaldo Ribeiro e Baleia Rossi. Mas se o PT conseguir alguma contenção de danos, está certo”.

A entrevista foi concedida ao jornalista Breno Altman, no canal Opera Mundi, e reproduzida na TV 247. 

A ex-presidente também apontou o papel nocivo do MDB, sigla de Michel Temer, seu vice, que foi o principal articulador de sua queda. “Tem alguém mais contra a democracia do que foi o MDB? Golpe por golpe, eles deram um”, relembrou.




A petista criticou a pauta de reformas de Maia. “Não é apenas danosas para nossos interesses, é para o Brasil. Alienação do pré-sal, por exemplo”. 

Em sua visão, “Bolsonaro aguarda as eleições das Casas para incluir o MDB e sua criatura, que é o centrão, para compor o governo, mirando a reeleição em 2022”.