segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

TCU diz que governo Bolsonaro não tem plano para combater a covid

Técnicos do TCU (Tribunal de Contas da União) afirmam, após auditoria, que o governo Bolsonaro não tem planos de combate à covid-19. Além do comportamento negacionista de Jair Bolsonaro e de seu ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, o governo não tem plano estratégico de ação e não entrega os equipamentos necessários ao enfrentamento da pandemia

Brasil 247, 21/12/2020, 05:36 h Atualizado em 21/12/2020, 06:21
   Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou à conclusão de que o governo Bolsonaro não tem um plano estratégico para enfrentar a pandemia de cobid-19.

Reportagem da jornalista Constança Rezende aponta que entre os problemas constatados estão a falta de entrega de equipamentos de proteção individual, respiradores, kits de testes e irregularidades em contratos. 

Os auditores do TCU também manifestaram preocupação com o descompasso entre o cronograma de fornecimento das vacinas contra a covid e o de entrega das seringas e agulhas.




Questionado sobre o relatório, o Ministério da Saúde respondeu, em nota, que viabiliza ações para o combate à covid-19. Mas o tribunal afirma que não há um planejamento minimamente detalhado. 

O Ministério da Saúde, comandado pelo general Eduardo Pazuello, não compreende como função do ministério a articulação de ações com os estados e municípios, o que dificulta ações integradas de compras de materiais e representa risco para o adequado uso de recursos.

De acordo como o TCU, o não cumprimento pelo governo das ações necessárias ao combate à pandemia pode gerar a responsabilização dos gestores do ministério".
Hacker Walter Delgatti Neto, responsável pela divulgação das conversas entre procuradores da Lava Jato, afirmou que o ministro do STF Luís Roberto Barroso auxiliou e orientou o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da operação, sobre “o que colocar” nos processos

Brasil 247, 21/12/2020, 07:41 h Atualizado em 21/12/2020, 08:19
    Barroso, Walter Delgatti Neto e Deltan Dallagnol (Foto: STF | Reprodução | ABr)

O hacker Walter Delgatti Neto, responsável pela divulgação das conversas entre procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro, afirmou que os procuradores da força-tarefa desejavam prender os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Ainda segundo ele, o ministro do STF Luís Roberto Barroso auxiliou o procurador Deltan Dallagnol, então coordenador da Lava Jato, sobre “o que colocar” nos processos. 

"Eles queriam. Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Eles tentavam de tudo pra conseguir chegar ao Gilmar Mendes e ao Toffoli, eles tentaram falar que o Toffoli tentou reformar o apartamento e queria que a OAS delatasse o Toffoli, eles quebraram o sigilo do Gilmar Mendes na Suíça, do cartão de crédito, da conta bancária dele, eles odiavam o Gilmar Mendes, falavam mal do Gilmar Mendes o tempo todo”, disse Delgatti em entrevista exibida neste domingo (20) pelo programa CNN Série Originais

Ainda de acordo com o hacker, “o [ministro do STF Luís Roberto] Barroso, eles tinham um laço bem próximo. O Barroso e o Deltan [Deltan Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato] conversavam bastante, (sobre) vida pessoal. Inclusive o Barroso, em conversas, auxiliava o que colocar na peça, o que falar. Um juiz auxiliando, também, o que deveria fazer um procurador”, 



Na entrevista, Delgatti contou que conseguiu acessar celulares de quatro ministros do STF, além dos aparelhos de Jair Bolsonaro, do deputado federal Eduardo Bolsonaro e do vereador pelo Rio Carlos Bolsonaro. Ainda segundo ele, o telefone do ministro Alexandre de Moraes não continha troca de mensagens. 

Delgatti relata que acessou o celular de quatro ministros do STF. No de Alexandre de Moraes não havia mensagens. “Ele apagava tudo. Tive acesso também ao e-mail dele, tinha, inclusive, o livro novo dele. Eu apenas baixei o livro para ler, mas.... Tinha conversas em e-mail, mas era entre eles [ministros do STF], era conversa de processo, que não tinha interesse. Era conversa formal. Acredito que era, inclusive, o assessor dele que mandava o e-mail, não ele. Já quanto ao Telegram, não tinha conversa nenhuma, ele apagava todas”. 

Sobre o acesso aos telefones celulares do clã Bolsonaro, ele disse que as trocas de mensagens eram efetuadas por meio de um chat privado. “As conversas deles eram apagadas. Eles apenas diziam que era para ir para o chat secreto. Uma pessoa que acessa a sua conta não consegue acessar a conversa do chat secreto”, afirmou. 

Ainda conforme Delgatti, o jornalista Glenn Greenwald - que divulgou o conteúdo das mensagens no site The Intercept, no que ficou conhecido como “Vaza Jato” - não pagou pelo material que ele havia hackeado. 

Delgatti também revelou que os integrantes da Lava Jato tinham o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como um dos eixos centrais da força-tarefa. “O foco era o Lula, mas os empresários, também, e outros políticos, ou diretores da Petrobras que eles mantinham presos até a pessoa falar. Exemplo: o Léo Pinheiro. Eles falavam: ‘Se ele enviar, fizer a delação e não falar do Lula, não será aceita’. Tinha conversa assim”, disse.

Deputada do PSOL é alvo de ameaças de morte no Rio

Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Alerj, a deputada Renata Souza deverá registrar um boletim de ocorrência em função das ameaças de morte dirigidas contra ela nas redes sociais

Brasil 247, 21/12/2020, 11:11 h Atualizado em 21/12/2020, 11:14
   Renata Souza (Foto: Divulgação)

A presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), deputada estadual Renata Souza (PSOL) deverá registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) em função das ameaças de morte dirigidas contra ela. As ameaças foram feitas pelas redes sociais na semana passada. 

De acordo com reportagem do jornal O Globo, a parlamentar também comunicou a presidência da Alerj sobre as ameaças. A mesa diretora da Casa teria solicitado que a Secretaria de Polícia Civil investigue o caso. 

De acordo com a assessoria de Renata Souza, o autor das ameaças teria postado que a parlamentar “fala de mais (sic)... vai perder a linguinha”. “Por isso que Marieli (sic) morreu”, escreveu o agressor em outro trecho do post.

“Nosso bloco não fortalece o Rodrigo Maia, ele fortalece a oposição”, diz Gleisi

Gleisi Hoffmann disse que o ingresso dos partidos de esquerda no bloco de Rodrigo Maia (DEM), "não é uma adesão ao que eles pensam". "É uma aliança pontual. Não temos ilusão ao Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”. 

Brasil 247, 21/12/2020, 12:54 h Atualizado em 21/12/2020, 12:54
   (Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados | ABr)

A presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, comentou a respeito da composição da sigla no bloco para eleição do novo presidente da Câmara que conta com a adesão de onze partidos de esquerda e também do chamado “centrão”. Em entrevista concedida ao programa Bom Dia 247, nesta segunda-feira (21), ela salientou que “participar do bloco não é uma adesão ao que eles pensam, é uma aliança pontual, não temos ilusão com o Rodrigo Maia, mas ele demarca com o governo em questões relevantes, principalmente quando se trata de um fascista que está do lado de lá”.

A frente dos 11 partidos é hoje o principal bloco de oposição ao candidato de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL). 

Na entrevista, Gleisi relembrou que Maia já se opôs ao governo Jair Bolsonaro em pontos importantes como a "questão do meio ambiente, das defesas das instituições, defesa da ordem democrática, dos direitos e garantias individuais” e que “isso é relevante quando o cara de direita do lado de lá tem aspectos fascistas”. 




Gleisi também apontou prioridades que estão sendo debatidas na composição do bloco e cita o plano nacional de vacinação contra a Covid, a continuidade da renda emergencial e uma agenda contra as privatizações. 

“Precisamos ter o mínimo de condições de frear retrocessos e vamos explorar as contradições deles, dos conservadores que estão operando o sistema”, acrescentou. 

Questionada sobre o tema da queda de Bolsonaro, ela relatou que “é preciso abrir o debate com a sociedade sobre o impeachment, mas não conseguimos costurar esse tema dentro da aliança” dos 11 partidos que compõe o bloco.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Bolsonaro pode mandar 17 milhões de brasileiros de volta à pobreza com fim do auxílio

Redução do valor do auxilio emergencial fez com que a renda de cerca de 7 milhões de brasileiros ficasse abaixo do nível de pobreza. Estimativa é que o fim definitivo do benefício, no começo de 2021, coloque 17 milhões nesta situação

Brasil 247, 20/12/2020, 07:48 h Atualizado em 20/12/2020, 08:01
   (Foto: ABr)

A decisão da equipe econômica que resultou na redução do valor do auxilio emergencial pago durante a pandemia fez com que a renda de cerca de 7 milhões de brasileiros ficasse abaixo do nível de pobreza, de até R$ 5,50 por dia, no mês de outubro, em relação ao mês anterior. A estimativa é que este contingente chegue a 17 milhões com o fim definitivo do benefício, no começo de 2021. 

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, o número representa 26,2% da população, um ponto percentual mais elevado que o registrado em 2019. Em setembro, devido ao auxílio emergencial, o indicador estava em 18,3%, menor valor dos últimos dez anos. 

De acordo com o estudo do pesquisador do FGV Ibre, (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas) Vinícius Botelho, 6,5 milhões de brasileiros deixaram a linha de extrema pobreza, representada por renda de até US$ 1 por dia, em função do auxílio de R$ 600. A redução do valor pela metade, porém, fez com 800 mil brasileiros voltassem a este patamar. O fim definitivo do benefício deverá fazer que mais oito milhões voltem a este patamar. 




O levantamento aponta, ainda, que esta parcela da população havia passado de 4,3% para 1,2% de 2019 até setembro deste ano, deixando o país próximo de zerar a extrema pobreza. O percentual, porém, subiu para 1,6% em outubro e deverá chegar a 5,3% em 2021.

De acordo com Botelho, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita teria que crescer 7,1% sobre o resultado de 2019 para que a pobreza voltasse ao nível de 2014, quando foram registrados os melhores resultados na redução da pobreza. Para que a extrema pobreza fosse zerada, o Brasil teria que crescer 16,3%. E para que todas as famílias tenham renda per capita acima de US$ 5,50, o crescimento teria que ser de quase 60%.

Em dissertação de mestrado, juíza federal conclui: Lava Jato manipulou processos contra Lula

A juíza Fabiana Alves Rodrigues concluiu que o Judiciário agiu com parcialidade e violou os direitos individuais em processos contra Lula na Lava Jato. Além disso, segundo a magistrada, o ex-presidente era o alvo central da força-tarefa desde o início de seus trabalhos

Brasil 247, 20/12/2020, 13:27 h Atualizado em 20/12/2020, 13:27
(Foto: Brasil247 | Abr)

Em tese de mestrado em ciência política pela Universidade de São Paulo (USP), a juíza federal Fabiana Alves Rodrigues, substituta na 10.ª Vara Criminal Federal de São Paulo, concluiu que a Operação Lava Jato e a Justiça Federal operaram em uma zona cinzenta que dá margem a questionamentos quanto ao cumprimento de preceitos básicos da democracia em processos contra o ex-presidente Lula.

Foram violados, por exemplo, segundo a especialista, princípios basilares como a imparcialidade do Judiciário e a garantia de direitos individuais.

A tese de Fabiana Rodrigues tornou-se livro: Lava Jato – Aprendizado Institucional e Ação Estratégica na Justiça.




Comparando ações contra Lula e outros processos tanto na 13.ª Vara Criminal de Curitiba quanto no TRF-4, a juíza verificou que magistrados aceleraram a condenação no caso do triplex do Guarujá para impedir que o ex-presidente concorresse nas eleições de 2018.

O estudo ainda confirmou que Lula era o alvo desde o início da operação. "Dizendo claramente: se a condenação de Lula em segunda instância não tivesse ocorrido a tempo de impedir sua candidatura, a pena imposta ao alvo central da operação não seria aplicada se ele vencesse em 2018. É interessante destacar que a escolha política dos atores do Judiciário Federal, que, tendo em mãos a opção de deixar sob as rédeas do eleitor o controle político da responsabilidade de Lula sobre os desvios na Petrobras, optaram por excluir essa possibilidade para fazer prevalecer a caneta dos togados”.

sábado, 19 de dezembro de 2020

Fundeb 100% público: Vitória revela os maiores inimigos da educação pública no Brasil; veja quem são os novos e os antigos

Viomundo, 19/12/2020 - 13h39
De cima para baixo, os 15 maiores inimigos da educação pública: Coluna 1: Adriana Ventura (Novo-SP), Guilherme Derrite (PP-SP), Luiz P. O. Bragança (PSL-SP) e Vinicius Poit (Novo-SP). Coluna 2: Bia Kicis (PSL-DF), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Junio Amaral (PSL-MG) e Marcel van Hattem (Novo-RS) Coluna 3: Alexis Fonteyne (Novo-SP), Gilson Marques (Novo-SC), Paulo Ganime (Novo-RJ) e Pedro Lupion (DEM-PR) Coluna 4: Kim Kataguiri (DEM-SP), Lucas Gonzalez (Novo-MG) e Tiago Mitraud (Novo-MG). Fotos: Agência Câmara e partidos


Por Conceição Lemes

O governo do presidente Bolsonaro (sem partido), seus aliados no Congresso e em todas as demais instâncias de poder carregam no seu DNA a marca da devastação geral.

Na quinta-feira da semana, 10-12, aplicaram um mega golpe no Fundeb, o principal mecanismo de financiamento da educação básica no País.

Movidos por incomensurável apetite privatista e outros interesses, 311 deputados federais dos partidos de direita e do “Centrão” garfaram R$ 16 bilhões de recursos do Fundeb para escolas públicas, e os transferiram a escolas ligadas a igrejas, filantrópicas e do Sistema S.

Nessa quinta, 17-12, grande reviravolta, após o Senado rejeitar, na terça-feira, 15-12, as emendas privatistas da Câmara.

Os deputados federais aprovaram o texto do Senado que era o original do relator da Câmara, deputado Felipe Rigoni (PSB-ES), que, por sua vez, era o que havia sido acordado inicialmente com a oposição.

Portanto, 100% dos recursos do Fundeb serão destinados à escola pública, como era o objetivo desde a concepção do fundo.

Vitória da Educação Pública brasileira.

Vitória de todos os nossos educadores, do passado e do presente, aos quais a deputada federal Erika Kokay (PT-DF), em nome da liderança da Oposição na Câmara, dedicou a conquista.

Em sua fala, a deputada fez um resgaste emocionante:

Hoje atestamos a imortalidade de Paulo Freire, Darci Ribeiro, Florestan Fernandes e Anísio Teixeira, desses educadores que nos deixaram seu exemplo e esse pacto com a educação pública.

Vitória de todas entidades, que defendem a eduação pública do País, como CNTE, UNE, Ubes, Undime, Consed, a quem o coordenador do Núcleo de Educação da Câmara, deputado Waldenor Pereira (PT-BA), agradeceu todo o apoio.

Vitória de todos os parlamentares, que defendem e lutam por educação pública de qualidade no País inteiro.

Vitória da sociedade civil brasileira, que tem consciência de que educação pública é democracia, cidadania, inclusão social.

A reviravolta antológica dessa quinta-feira nos permitiu ainda conhecer os 15 maiores dos maiores inimigos da educação pública brasileira.

Foram os únicos que votaram contra o projeto do Senado. Entre eles, Eduardo Bolsonaro, a cara do núcleo governista.

O NOVO, do governador Romeu Zema (MG) e presidido por José Amoêdo, foi o único partido a encaminhar contra.

Provou mais uma vez o quanto o NOVO é caquético e bolorento.

De NOVO, mesmo, só o nome fantasia.


Abaixo os 15 deputados (ordem alfabética), que não se constrangeram em exibir as suas convicções ideológicas a favor do privado em detrimento do público e votaram contra o projeto aprovado pelo Senado:

Adriana Ventura (Novo-SP)

Alexis Fonteyne (Novo-SP)

Bia Kicis (PSL-DF)

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

Gilson Marques (Novo-SC)

Guilherme Derrite (PP-SP)

Junio Amaral (PSL-MG)

Kim Kataguiri (DEM-SP)

Lucas Gonzalez (Novo-MG)

Luiz P. O.Bragança (PSL-SP)

Marcel van Hattem (Novo-RS)

Paulo Ganime (Novo-RJ)

Pedro Lupion (DEM-PR)

Tiago Mitraud (Novo-MG)

Vinicius Poit (Novo-SP)

Dos 15, sete são do Novo.

“Minas Gerais, sem a regulamentação do Fundeb, perderia por ano cerca de R$ 1,5 bilhão. Mesmo assim, o partido Novo do governador Zema não votou pela aprovação do fundo”, observa o deputado federal Rogério Correia (PT-MG).

O montante de R$ 1,5 bilhão é uma estimativa da Fineduca — a Associação Nacional de Pesquisadores em Financiamento da Educação.

EMENDA DO NOVO ACABOU DERROTADA TAMBÉM

Mas o Novo não se deu por vencido e voltou a atacar o Fundeb público, para beneficiar a escola privada.

Foi o autor da única emenda votada na sessão de 17-12. A deputada Soraya Santos (PL-RJ) apoiou-a.

Ela foi votada após a aprovação do texto de Rigoni, que aceitou as mudanças aprovadas pelo Senado.

A emenda pretendia reincluir no texto do relator o repasse de recursos do Fundeb para os ensinos fundamental e médio de escolas confessionais ou filantrópicas.

Mas acabou derrotada.

Como o texto do relator, aprovado antes na sessão, excluía repasses do Fundeb para escolas ligadas a igrejas ou filantrópicas, a votação se deu nos seguintes termos:

Sim= Manter exclusão dos repasses.

Assim, orientaram: PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, MDB, PSDB, DEM, PODE, Cidadania, Rede. A Oposição fez o mesmo.

Não=Reincorporar ao texto dispositivos para destinar recursos do Fundeb para esses estabelecimentos privados.

Foi o que orientaram: PSL, PL, Republicanos, Novo e Solidariedade. O governo, liderado na Casa pelo deputado Ricardo Barros (PP-PR), também orientou votar não.

A emenda recebeu 286 votos contrários e 163 favoráveis, como mostra, abaixo, o quadro da votação.


A lista completa da votação pode ser consultada aqui.

Há três opções para visualizar a votação: nomes dos deputados em ordem alfabética; partidos; e unidades da federação.

Optamos por publicar apenas os nomes dos 163 deputados que votaram NÃO.

São todos a favor de tirar recursos das escolas públicas para repassá-los às privadas.

Os 163 comungam das mesmas convicções que os 15.

Fazem parte também do grupo dos maiores inimigos da nossa educação pública.

Por sinal, dos 15, 14 reiteraram a posição na votação na emenda. Apenas Junio Amaral (PSL-MG) não votou, em tese por estar ausente.

VOTARAM NÃO

ACRE

Alan Rick (DEM-AC)

Flaviano Melo (MDB-AC)

ALAGOAS

Sergio Toledo (PL-AL)

Severino Pessoa (REPUBLICANOS-AL)

AMAZONAS

Cap. Alberto Neto (REPUBLICANOS-AM)

Delegado Pablo (PSL-AM)

Silas Câmara (REPUBLICANOS-AM)

BAHIA

Abílio Santana (PL-BA)

Alex Santana (PDT-BA)

Claudio Cajado (PP-BA)

João C. Bacelar (PL-BA)

João Roma (REPUBLICANOS-BA)

Leur Lomanto Jr. (DEM-BA)

Márcio Marinho (REPUBLICANOS-BA)

Paulo Azi (DEM-BA)

Professora Dayane (PSL-BA)

Raimundo Costa (PL-BA)

Ronaldo Carletto (PP-BA)

CEARÁ

Dr. Jaziel (PL-CE)

Genecias Noronha (SOLIDARIEDADE-CE)

Heitor Freire (PSL-CE)

Júnior Mano (PL-CE)

DISTRITO FEDERAL

Capitão Wagner (PROS-CE)

Bia Kicis (PSL-DF)

Celina Leão (PP-DF)

Luis Miranda (DEM-DF)

Paula Belmonte (CIDADANIA-DF)

ESPÍRITO SANTO

Amaro Neto (REPUBLICANOS-ES)

Dra. Soraya Manato (PSL-ES)

GOIÁS

Delegado Waldir (PSL-GO)

Francisco Jr. (PSD-GO)

Glaustin da Fokus (PSC-GO)

João Campos (REPUBLICANOS-GO)

Lucas Vergilio (SOLIDARIEDADE-GO)

Magda Mofatto (PL-GO)

Vitor Hugo (PSL-GO)

MARANHÃO

Cleber Verde (REPUBLICANOS-MA)

Junior Lourenço (PL-MA)

Pastor Gil (PL-MA)

MATO GROSSO

Nelson Barbudo (PSL-MT)

Neri Geller (PP-MT)

MATO GROSSO DO SUL

Dr. Luiz Ovando (PSL-MS)

Loester Trutis (PSL-MS)

MINAS GERAIS

Alê Silva (PSL-MG)

Charlles Evangelis (PSL-MG)

Delegado Marcelo (PSL-MG)

Dr. Frederico (PATRIOTA-MG)

Gilberto Abramo (REPUBLICANOS-MG)

Greyce Elias (AVANTE-MG)

Lafayette Andrada (REPUBLICANOS-MG)

Lucas Gonzalez (NOVO-MG)

Marcelo Álvaro (PSL-MG)

Misael Varella (PSD-MG)

Stefano Aguiar (PSD-MG)

Tiago Mitraud (NOVO-MG)

Zé Silva (SOLIDARIEDADE-MG)

PARÁ

Cristiano Vale (PL-PA)

Celso Sabino (PSDB-PA)

Deleg. Éder Mauro (PSD-PA)

JoaquimPassarinho (PSD-PA)

Vavá Martins (REPUBLICANOS-PA)

PARAÍBA

Pedro Cunha Lima (PSDB-PB)

PARANÁ

Aline Sleutjes (PSL-PR)

Christiane Yared (PL-PR)

Diego Garcia (PODE-PR)

Filipe Barros (PSL-PR)

Giacobo (PL-PR)

Luisa Canziani (PTB-PR)

Paulo Martins (PSC-PR)

Pedro Lupion (DEM-PR)

Ricardo Barros (PP-PR)

Sargento Fahur (PSD-PR)

Stephanes Junior (PSD-PR)

Vermelho (PSD-PR)

PERNAMBUCO

André Ferreira (PSC-PE)

Ossesio Silva (REPUBLICANOS-PE)

Pastor Eurico (PATRIOTA-PE)

Sebastião Oliveira (AVANTE-PE)

RIO DE JANEIRO

Aureo Ribeiro (SOLIDARIEDADE-RJ)

Carlos Jordy (PSL-RJ)

Chiquinho Brazão (AVANTE-RJ)

Daniel Silveira (PSL-RJ)

Gelson Azevedo (PL-RJ)

Gurgel (PSL-RJ)

Helio Lopes (PSL-RJ)

Hugo Leal (PSD-RJ)

Jorge Braz (REPUBLICANOS-RJ)

Luiz AntônioCorrêa (PL-RJ)

Luiz Lima (PSL-RJ)

Major Fabiana (PSL-RJ)

Márcio Labre (PSL-RJ)

Otoni de Paula (PSC-RJ)

Paulo Ganime (NOVO-RJ)

Professor Joziel (PSL-RJ)

Rosangela Gomes (REPUBLICANOS-RJ)

Soraya Santos (PL-RJ)

Sóstenes Cavalcante (DEM-RJ)

RIO GRANDE DO NORTE

General Girão (PSL-RN)

João Maia (PL-RN)

RIO GRANDE DO SUL

Bibo Nunes (PSL-RS)

Carlos Gomes (REPUBLICANOS-RS)

Daniel Trzeciak (PSDB-RS)

Giovani Cherini (PL-RS)

Jerônimo Goergen (PP-RS)

Liziane Bayer (PSB-RS)

Lucas Redecker (PSDB-RS)

Marcelo Brum (PSL-RS)

Marcel van Hattem (NOVO-RS)

Nereu Crispim (PSL-RS)

Maurício Dziedrick (PTB-RS)

Sanderson (PSL-RS)

Santini (PTB-RS)

RORAIMA

Jhonatan de Jesus (REPUBLICANOS-RR)

SANTA CATARINA

Caroline de Toni (PSL-SC)

Coronel Armando (PSL-SC)

Daniel Freitas (PSL-SC)

Fabio Schiochet (PSL-SC)

Gilson Marques (NOVO-SC)

Jorge Goetten (PL-SC)

Rodrigo Coelho (PSB-SC)

SÃO PAULO

Abou Anni (PSL-SP)

Adriana Ventura (NOVO-SP)

Alexandre Leite (DEM-SP)

Alexis Fonteyne (NOVO-SP)

Bozzella (PSL-SP)

Capitão Augusto (PL-SP)

Carla Zambelli (PSL-SP)

Celso Russomanno (REPUBLICANOS-SP)

Cezinha Madureira (PSD-SP)

Coronel Tadeu (PSL-SP)

David Soares (DEM-SP)

Eduardo Bolsonaro (PSL-SP)

Eduardo Cury (PSDB-SP)

Enrico Misasi (PV-SP)

Fausto Pinato (PP-SP)

General Peternelli (PSL-SP)

GilbertoNascimento (PSC-SP)

Guiga Peixoto (PSL-SP)

Guilherme Derrite (PP-SP)

Jefferson Campos (PSB-SP)

Joice Hasselmann (PSL-SP)

Kim Kataguiri (DEM-SP)

Luiz Carlos Motta (PL-SP)

Luiz P. O.Bragança (PSL-SP)

Marcio Alvino (PL-SP)

Marcos Pereira (REPUBLICANOS-SP)

Maria Rosas (REPUBLICANOS-SP)

Milton Vieira (REPUBLICANOS-SP)

Paulo Freire Costa (PL-SP)

Policial Sastre (PL-SP)

Pr Marco Feliciano (REPUBLICANOS-SP)

Ricardo Izar (PP-SP)

Roberto Alves (REPUBLICANOS-SP)

Roberto de Lucena (PODE-SP)

Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS-SP)

Vinicius Poit (NOVO-SP)

Vitor Lippi (PSDB-SP)

SERGIPE

Bosco Costa (PL-SE)

Gustinho Ribeiro (SOLIDARIEDADE-SE)

Valdevan Noventa (PL-SE)

TOCANTINS

Carlos Gaguim (DEM-TO)

Eli Borges (SOLIDARIEDADE-TO)

Tiago Dimas (SOLIDARIEDADE-TO)

Vicentinho Júnior (PL-TO)

‘Bolsonaro será derrotado no segundo turno de 2022’, garante José Dirceu

“A questão é saber quem o derrotará, se uma ampla aliança das forças de centro-esquerda ou a centro-direita, que busca se consolidar como opção”, disse o ex-ministro à TV 247 

Brasil 247, 18/12/2020, 19:35 h Atualizado em 18/12/2020, 20:03
    José Dirceu e Jair Bolsonaro (Foto: Agência Brasil)

O ex-ministro José Dirceu, em entrevista à TV 247, garantiu que Jair Bolsonaro, caso chegue ao segundo turno da eleição presidencial em 2022, será derrotado na segunda etapa do pleito. Para ele, resta saber qual setor superará Bolsonaro, que tende a perder, segundo o ex-ministro, ainda mais aprovação entre o povo brasileiro.

Dirceu pontuou, porém, que não é possível apenas se agarrar aos números e acreditar que a má gestão do Brasil durante a pandemia e o fim do auxílio emergencial serão capazes de jogar a pá de cal sobre o bolsonarismo. Faz-se necessário investir na luta política. “Ele estará no segundo turno, tudo indica. Agora, ele não vencerá no segundo turno, na minha avaliação. A questão é saber quem o derrotará, se uma ampla aliança das forças de centro-esquerda ou a centro-direita, que busca se consolidar como opção. A tarefa principal é a luta popular de oposição ao governo Bolsonaro para a defesa da vida e uma semente de algo novo que unifique e apresente para o país um sonho, uma esperança, um caminho para os próximos dez anos. Não vejo como uma luta curta que vai se resolver em 2022 no Brasil”.

“O Bolsonaro não tem apoio de dois terços do país, ele não vencerá a eleição no segundo turno. Vamos fazer a leitura das pesquisas como elas são. Evidente que está ficando insuportável para o país, para as elites empresariais, culturais, conviver com o Bolsonaro. Cada dia mais o governo é militar, e os militares estão virando uma casta, e os gastos militares também. Nós temos problemas graves. Há uma luta política para ser feita. Isso não quer dizer que espontaneamente o Bolsonaro vai perder apoio por causa da pandemia e do fim do auxílio emergencial. Não existe isso. Haverá luta”, completou.



Mobilização na pandemia

Questionado sobre como mobilizar os setores populares contra o bolsonarismo durante a pandemia, já que as regras sanitárias impedem aglomerações, Dirceu afirmou que “basta ter criatividade”. 

“Há maneiras de fazer a luta política, mesmo na pandemia. Os partidos podem fazer manifestações simbólicas no Brasil inteiro no mesmo dia, durante uma semana, de várias formas e várias maneiras. O Greenpeace ensina isso, o MST ensina, a juventude ensina toda hora para nós. Há um problema de unidade, de pauta comum, de agenda comum, de planos de luta que as esquerdas precisam fazer, e de baixo para cima. Nós já fizemos a experiência da Frente Brasil Popular, que foi muito importante, da Frente Povo Sem Medo. Nós temos que fazer de baixo para cima”.

Unidade de esquerda

O ex-ministro ainda disse que, antes de pensar em 2022 e no pleito presidencial, há questões a serem resolvidas em 2021, como a construção da unidade de esquerda, por exemplo, que se fez ausente nas eleições municipais de 2020. “Nós temos que enfrentar 2021, nos debruçarmos sobre o resultados das eleições de 2020 e tirarmos lições. A principal tarefa das oposições, no caso da esquerda, ou de centro-esquerda, é fazer oposição ao Bolsonaro em 2021, oposição popular, fazer um giro na luta popular. É verdade que nós temos a pandemia, mas os bolsonaristas estão nas ruas e fizeram campanha, com pandemia ou sem pandemia. Nós temos que enfrentar o problema da vacina universal, enfrentar a luta em defesa da vida, é preciso também uma proposta de um plano mínimo de medidas para retomar o crescimento e o emprego. A segunda tarefa é a unidade política das esquerdas e da centro-esquerda, nós não podemos continuar como estamos, e 2020 foi um exemplo disso”.

Presidência da Câmara

Dirceu se colocou contra uma candidatura do PT para a presidência da Câmara dos Deputados, dizendo que o partido “precisa tomar posição e não pode ficar fora da mesa". Para ele, “a opção na eleição da presidência da Câmara será o candidato que atenda mais os partidos de esquerda. Se for o candidato apresentado pela centro-direita, indicado por Rodrigo Maia, tudo bem, se for o Arthur Lira, tudo bem. O que eu não concordo é que o PT lance candidatura própria”.

Suspeição de Sergio Moro

José Dirceu também comentou sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro nos processos contra o ex-presidente Lula. Segundo o ex-ministro, a suspeição de Moro é clara e é uma questão a ser reconhecida por todos os democratas, apesar de o Supremo Tribunal Federal (STF) protelar o julgamento sobre o tema há mais de dois anos. “A suspeição do Moro é pública e notória, quase dispensa provas, mas há provas. Acredito que essa é uma questão democrática, não é do PT, das esquerdas, é democrática. Todos os democratas devem apoiar a devolução dos direitos políticos do Lula”.

O ex-presidente, para Dirceu, “tem um papel fundamental na construção da unidade das esquerdas, e tenho certeza que o fará, o desempenhará. É um questão de tempo”.

Gilmar Mendes determina que CNJ investigue Bretas por se recusar a cumprir decisão do STF

Ministro do STF Gilmar Mendes determinou que o Conselho Nacional de Justiça apure a "eventual responsabilidade funcional" do juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, por ter se recusado a cumprir uma ordem judicial expedida por ele

Brasil 247, 19/12/2020, 12:57 h Atualizado em 19/12/2020, 13:24
   (Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil | Dorivan Marinho/SCO/STF)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes determinou que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abra um procedimento para apurar a "eventual responsabilidade funcional" do juiz da Lava Jato no Rio de Janeiro, Marcelo Bretas, por ter se recusado a cumprir uma ordem expedida por ele. 

Segundo reportagem do blog do jornalista Fausto Macedo, Gilmar determinou que a investigação contra o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, saísse do âmbito da Lava Jato no Rio e fosse encaminhada à Justiça Eleitoral de Goiás em função da suspeita de caixa 2. Baldy chegou a ser preso em agosto por um mandado assinado por Bretas em uma das fases fluminenses da operação. 

No despacho, o ministro do STF destaca que Bretas teria se recusado a cumprir sua ordem e o processo ainda não terá sido enviado para Justiça Eleitoral em Goiás. 

"Diante da recusa da autoridade coatora em cumprir a decisão monocrática de 1.10.2020, que determinou a imediata remessa à Justiça Eleitoral de Goiás dos autos da ação penal (...), bem como de toda e qualquer investigação em sede policial ou ministerial relacionada aos fatos, determino que seja oficiado ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), para a apuração de eventual responsabilidade funcional do magistrado", escreveu Gilmar.

Lava Jato queria prender ministros do STF, diz hacker que acessou mensagens de procuradores da força-tarefa

À CNN Brasil, Walter Delgatti Neto, responsável por acessar mensagens trocadas entre procuradores do Paraná e o ex-juiz Sergio Moro, disse que Gilmar Mendes e Toffoli estavam entre os alvos

Brasil 247, 19/12/2020, 15:10 h Atualizado em 19/12/2020, 15:10
   Walter Delgatti Neto (Foto: Reprodução/CNN)

Conjur - Em entrevista ao CNN Séries Originais, o hacker Walter Delgatti Neto, responsável por acessar mensagens trocadas entre procuradores da República do Paraná e o ex-juiz Sergio Moro, afirmou que a "Lava Jato" queria prender ministros do Supremo Tribunal Federal. 

A entrevista completa de Delgatti só vai ao ar neste domingo, às 19h15, mas já circula um teaser da conversa que ele teve com o jornalista Caio Junqueira, da CNN Brasil. 

No trecho divulgado, o repórter pergunta se o hacker acha que a "lava jato" queria prender integrantes da Suprema Corte. "Eu não acho, eles queriam. Inclusive Gilmar Mendes e Dias Toffoli", responde Delgatti.




Em junho de 2019, o site The Intercept Brasil começou a publicar conversas entre procuradores do MPF em Curitiba e Moro. As mensagens mostraram que Moro chegou a orientar a atuação de procuradores em diversos processos. 

Nenhuma das notícias, no entanto, fala sobre tentativas por parte da "lava jato" de prender membros do Supremo Tribunal Federal. Posteriormente se descobriu que Walter Delgatti Neto e Thiago Eliezer foram responsáveis por invadir os celulares de Moro, de procuradores, entre outras autoridades da República. 

O hacker também vai falar na entrevista sobre o que encontrou nos celulares da família do presidente Jair Bolsonaro. Delgatti nunca havia dado entrevista antes.