sábado, 15 de fevereiro de 2014

Nunca saberás...

Nunca saberás os mistérios do amor 
se tiveres medo de sofrer, de se entregar 
de viver até as últimas consequências, 
os sins e os nãos que fazem uma relação 
 
Nunca entenderás o coração acelerado, 
as mãos frias, o chão sumir, o mundo azul, 
se tiveres receio de dizer ao ser amado: 
eu te quero, te amo, te adoro, fica comigo. 
 
Nunca sentirás a emoção do arrepio de 
pele se não deixares o amor tocar teu 
corpo e ouvir cada acorde desta música 
sem partitura que te faz vivenciar momentos 
de eternidade 
 
O amor não dói. O que dói é o medo de 
desnudar-se, mostrar-se frágil, perdir 
colo, ter coragem de dizer: preciso 
do teu carinho, não estou feliz sozinha. 
 
Talvez o amor seja um pássaro te esperando 
para voarem juntos. Tenta o vôo... sem medo 
É uma dádiva a sensação de voar!!! 
E um grande amor disfrutar.. 
Seja feliz e não tenha medo de Amar e se entregar...

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Eduardo Jorge aceita convite para disputar Presidência pelo PV

O ex-deputado federal e ex-secretário do Verde e de Saúde da cidade de São Paulo Eduardo Jorge aceitou o convite do PV para disputar à Presidência nas eleições deste ano.

O convite ao médico sanitarista foi realizado em dezembro do ano passado e, somente ontem à noite em reunião com os dirigentes do partido em Brasília, Jorge confirmou sua pré-candidatura pela sigla.

Segundo o PV, na época, Jorge "pediu um tempo para analisar a conjuntura e a importância para a sociedade da candidatura e também de um programa verde sobre os problemas que o povo enfrenta no atual momento, como, além da crise das instituições e do presidencialismo brasileiro, a saúde pública, a violência, o tráfico de drogas e a crise climática/aquecimento global".

Alessandro Shinoda - 22.jun.2012/Folhapress


O pré-candidato do PV à Presidência, Eduardo Jorge


Durante a reunião, Jorge propôs que o partido elabore dez diretrizes para o país e as apresente aos dirigentes nacionais para que sejam referendadas num evento em março, em São Paulo. Além disso, o pré-candidato sugeriu que as propostas sejam disponibilizas na internet e nas redes sociais para que recebam contribuições da sociedade.

Após a apresentação da pré-candidatura e das propostas, a sigla disse que Jorge cumprirá um programa de visita aos Estados para debater o programa de governo com a sociedade e com os filiados do Partido Verde.

Nas eleições de 2010, o PV disputou à Presidência com a ex-senadora Marina Silva, hoje no PSB. Na época, Marina conseguiu cerca de 20 milhões de votos e ficou em terceiro lugar na corrida eleitoral.

Fonte: Folha de S Paulo, 14/02/14

Gilmar Mendes pede 'vaquinha' para reaver R$ 100 milhões do mensalão


Após receber um ofício do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) cobrando explicações sobre as suspeitas levantadas contra as doações para petistas condenados no processo do mensalão, o ministro Gilmar Mendes enviou uma carta ao parlamentar e sugeriu a realização de uma vaquinha para ressarcir "pelo menos parte dos R$ 100 milhões subtraídos dos cofres públicos".

No documento, Mendes diz ter certeza que Suplicy "liderará o ressarcimento ao erário" e comenta que o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, que conseguiu num único dia arrecadar R$ 600 mil, poderá emprestar sua "expertise" para colaborar na recuperação do dinheiro desviado pelo mensalão.

"Não sou contrário à solidariedade a apenados. Ao contrário, tenho a certeza que Vossa Excelência liderará o ressarcimento ao erário público das vultuosas cifras desviadas (...) Quem sabe o ex-tesoureiro Delúbio Soares com a competência arrecadatória que demonstrou – R$ 600 mil num único dia, verdadeiro e inédito prodígio!– possa emprestar tal expertise", diz trecho da carta.


O ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes

MULTAS

Na carta, o ministro destacou trecho do artigo 5º da Constituição dizendo que "nenhuma pena passará da pessoa do condenado". Para ele, assim como a pena de prisão, a pena de multa é intransferível e restrita ao condenado.

Ou seja, tal como pessoas solidárias aos condenados não podem passar alguns dias por eles na cadeia, também não poderiam pagar as multas impostas pela Justiça. "[A campanha de doações para o pagamento da multa] em última análise sabota e ridiculariza o cumprimento da pena– que a Constituição estabelece como pessoal e intransferível– pelo próprio apenado".

Mendes ainda reclama da falta de transparência no sistema de arrecadações e diz que todos os dados devem ser analisados pelo Ministério Público e pela Receita Federal.

Diz ainda que sites usados para as arrecadações são hospedados no exterior, o que dificultaria ainda mais a fiscalização das "doações moralmente espúrias" e destinadas a "contornar efeitos de decisão judicial".

Fonte: Folha de S Paulo, 14/02/14

Declaração do imposto poderá ser feita por meio de tablet

Cerca de cinco milhões de pessoas devem utilizar um dispositivo móvel

A Receita Federal permitirá, a partir desta segunda-feira, que o preenchimento da Declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2013, ano-base 2012, seja feita por meio de dispositivo móvel. No entanto, ainda há uma série de limitações. Não poderão usar o novo aplicativo, por exemplo, os contribuintes profissionais liberais ou que tenham obtido lucro na alienação de bens, recebido lucros e dividendos ou rendimentos no exterior, além de rendimentos por doação ou herança.

Apesar destas restrições, o secretário da Receita Federal, Carlos Alberto Barreto, estima que cerca de cinco milhões de contribuintes devem fazer sua declaração por meio de um dispositivo móvel. O Fisco espera receber cerca de 26 milhões de documentos este ano.

– Embora a lista de restrições seja significativa, a solução abrange cinco milhões de contribuintes. A expectativa é ampliar no próximo ano. O objetivo neste momento é alcançar contribuintes que têm declarações mais simples – justificou.

Quem optar por fazer a declaração por meio de dispositivo móvel não terá a possibilidade de recuperar o documento entregue no ano passado. Por outro lado, o secretário destacou que o aplicativo permitirá o preenchimento automático de alguns campos. A partir da digitação do CPF, por exemplo, o sistema "puxará" o nome do contribuinte. Também será permitido que o preenchimento seja iniciado em um aparelho móvel, mas concluído em outro. Para isso, basta que o usuário salve o rascunho atrelado a uma palavra-chave, que será solicitada ao abri-lo novamente mesmo que em outro aparelho.

A Receita alerta que a declaração feita pelo sistema operacional da Apple não é salva automaticamente, após o envio do documento ao Fisco. Por isso, o aplicativo apresenta o passo a passo para salvar. Para o sistema operacional Android, o salvamento é automático. O prazo de entrega da declaração termina no dia 30 de abril.


Agência Estado, 10/02/14

Na estreia do voto aberto, Câmara cassa mandato de Natan Donadon

Absolvido em agosto, durante votação secreta, parlamentar perdeu o cargo na noite desta quarta
Vestindo terno, Donadon compareceu à Câmara para acompanhar a sessão Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados,Divulgação

A Câmara cassou na noite desta quarta-feira o mandato do deputado Natan Donadon (ex-PMDB-RO), condenado a 13 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Essa foi a primeira vez que a Câmara analisou a perda de cargo de um parlamentar por meio de votação aberta.

Dos 468 presentes, 467 votaram a favor da cassação do parlamentar. Houve uma abstenção. A sessão começou por volta das 20h20min. O advogado do parlamentar fez a defesa em plenário. Vestindo terno, Donadon compareceu à Câmara para acompanhar a discussão, mas saiu momentos antes da votação.

Enquanto esteve em plenário, usou o broche de deputado e se sentou junto aos colegas. Ele foi cumprimentado por poucos, como o petista Cândido Vaccarezza (SP). Antes de sair, disse que o voto aberto "constrange os colegas". Destacou que se sente injustiçado e disse que a convicção da inocência o fez ir até o Congresso:

— Numa situação que sei que o voto é aberto, a convicção da inocência que me fez vir aqui.

Antes de os votos serem computados, muitos deputados ocuparam a tribuna e classificaram a sessão como "histórica" por ser a primeira com votação aberta em um caso de perda de mandato e, em especial, por mudar a decisão sobre o caso Donadon.

O agora ex-deputado havia tido o mandato mantido em 28 de agosto do ano passado, quando o voto para esse tipo de caso ainda era sigiloso. Na ocasião, faltaram 24 votos para que ele perdesse o cargo — houve 233 votos pela cassação e 131 pela absolvição, com 41 abstenções.

Ao saber do resultado, Donadon ajoelhou-se e rezou. Depois, foi reconduzido para a cadeia em um camburão — algemado, como na chegada. A absolvição causou constrangimento à Câmara. E, por ironia do destino, permitiu à Casa reavaliar o caso.

Para reverter a decisão que manteve o mandato de Donadon, o PSB protocolou nova representação no Conselho de Ética, pedindo a perda do cargo por quebra de decoro — já que votou contra a própria cassação e, ao sair algemado, afetou a imagem da Casa.

Donadon foi condenado pelo STF sob a acusação de ter desviado R$ 8,4 milhões da Assembleia Legislativa de Rondônia. Em razão da condenação, o Supremo determinou a prisão de Donadon, que foi encaminhado ao Complexo Penitenciário da Papuda em junho do ano passado.

Outros casos


Antes do voto aberto, Congresso se dividiu ao analisar perda de mandatos

Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) — Cassado: revelado seu envolvimento com Carlinhos Cachoeira, o então bastião da ética no Congresso desmoronou. O senador, crítico de governistas envolvidos em suspeitas, foi acusado de usar o mandato em favor do bicheiro. Em setembro de 2012, tornou-se o segundo senador cassado no Brasil.

Luiz Estevão (PMDB-DF) — Cassado: o primeiro senador cassado na história do país perdeu o mandato em junho de 2000. Ele era suspeito de envolvimento em esquema que desviou R$ 169 milhões de recursos destinados à construção do Fórum Trabalhista de SP. Está inelegível até 2022 por conta de condenação judicial.

Jaqueline Roriz (PMN-DF) — Absolvida: em agosto de 2011, a deputada escapou da cassação no plenário, por 265 votos a 166. O processo contra ela foi aberto após a revelação de um vídeo, gravado em 2006, que a mostrava recebendo dinheiro de Durval Barbosa, o delator do caso que ficou conhecido como mensalão do DEM.

João Magno (PT-MG) — Absolvido: o deputado foi acusado de receber mais de R$ 400 mil do mensalão. Acabou absolvido da cassação em março de 2006, por 207 votos a 201. A correligionária Angela Guadagnin comemorou o resultado dançando no plenário, em episódio chamado de “dança da pizza”.

Fonte: ZERO HORA, 12/02/14

Servidores estaduais paralisam atividades hoje


Servidores públicos do Estado preparam para hoje uma grande paralisação de advertência ao governo, que nas últimas semanas anunciou medidas com cortes que vão impactar direto no bolso dos funcionários do Pará e podem também afetar a implantação dos Planos de Cargos Carreiras e Remuneração (PCCRs), promessa feita pelo governador Simão Jatene em negociação com várias categorias na semana passada.

O protesto de hoje vai paralisar boa parte dos órgãos públicos estaduais e deve piorar ainda mais o já caótico trânsito da capital. Os servidores vão se reunir, a partir das 7h, na Praça do Operário, em São Brás. Por volta das 10h, seguem em caminhada até o Centro Integrado de Governo (CIG), onde esperam ser recebidos diretamente pelo govenador Simão Jatene, a quem pretendem entregar um pedido formal de revogação dos decretos que determinaram os cortes.

“Queremos falar com o governador porque a Alice Viana é só uma porta-voz. Já nos reunimos com ela e nada foi decidido”, diz Valdo Martins, presidente da Federação dos Servidores Públicos, entidade que, junto aos sindicatos, coordena o movimento de hoje.

Segundo ele, além da preocupação direta com os cortes de gratificações que já atingem cerca de cinco mil servidores, os decretos do governador vão atingir a todos os servidores, já que impedem a implantação dos PCCRs e a reestruturação de órgãos, além de serem uma sinalização de que, na data base dos funcionários do Estado - 1º de abril –, não deve haver espaço para negociações. “Se o governo está alegando dificuldades agora, o que vai oferecer em abril? Apenas a reposição da inflação ou nem isso?”, indaga Martins, informando que algumas categorias acumulam perdas que variam de 60% a 70% e vão pedir aumento real.

Em razão do impacto das medidas sobre os servidores, a coordenação do movimento espera grande adesão à paralisação de hoje, embora haja denúncias de pressão para que trabalhadores não participem da caminhada de São Brás ao CIG, em Nazaré.

“Tem gestor pedindo que os servidores aguardem, afirmando que eles não serão afetados pelas medidas e que em março haverá negociações. Tudo para nos desmobilizar”, acusa Martins. Segundo ele, além dos cinco mil servidores já afetados com cortes nas gratificações, outros seis mil ainda sofrerão com as medidas.

Caso não haja acordo, os funcionários públicos se reúnem em assembleia geral nos próximos dias e podem optar por uma greve por tempo indeterminado.

Os decretos cortam a Gratificação por Tempo Integral (GTI) e o pagamento de horas extras a milhares de funcionários do Estado. A GTI é a gratificação paga a servidores que precisam estender o expediente. O benefício varia, mas em alguns casos pode aumentar a remuneração dos servidores em até 70%.

O governo diz que a economia com a medida será de R$ 5 milhões mensais. O valor total da folha é de R$ 402 milhões mensais. Dos 106 mil servidores estaduais, 19% são temporários e comissionados. Cerca de três mil são os chamados DAS, têm cargos em comissão e, desses, 500 são assessores especiais.

Além do corte de gratificações e horas extras, o governo Jatene publicou decreto proibindo contratações de temporários, estruturação e criação de órgãos que gerem aumento de despesas, o que pode afetar a data base dos servidores e a implantação dos PCCRs.

Resposta

Em nota distribuída às redações no início da noite de ontem, o governo afirmou que vai manter a “postura de diálogo, detalhando as medidas”. Afirmou também que os cortes são temporários e adotados “em favor da população, dos serviços públicos prestados e da responsabilidade na administração pública”.

O governo informou ainda que desde 2011 já se reuniu mais de 150 vezes com entidades representativas dos servidores estaduais para tratar de vários temas e prometeu que as reivindicações serão recebidas, mas ressaltou que o órgão responsável para tratar tecnicamente as demandas é a Secretaria de Estado de Administração, o que pode ser a sinalização de que o pedido dos servidores de serem recebidos pelo próprio governador não será atendido.

Diário do Pará, 13/02/14

Tucanos dizem que Azeredo pode pedir licença ou renunciar

Integrantes do PSDB dizem que o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) pode pedir licença da Câmara para evitar novos desgastes à sua imagem, ao partido e sobretudo à campanha presidencial do tucano Aécio Neves.

Aliados de Azeredo afirmaram à Folha, sob a condição de anonimato, que o deputado sofreu um "baque" -expressão usada por vários deles- com a decisão da Procuradoria-Geral da República de recomendar sua prisão a 22 anos no processo do mensalão tucano.

Os integrantes do partido não descartam a eventualidade de uma renúncia ao mandato, embora digam não ter ouvido isso do deputado.

Os relatos de quem conversou com o deputado nos últimos dias são quase unânimes em afirmar que ele está abalado com a possibilidade de sua eventual condenação pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e procura uma saída com menos danos políticos.


O deputado Eduardo Azeredo deixa o plenário sem fazer seu discurso de defesa por não se sentir bem

Dizendo-se inocente das denúncias de peculato e lavagem de dinheiro, o tucano avalia se o afastamento da Câmara lhe permitiria acompanhar o caso sem a exposição diária no Congresso, o que reduziria os efeitos sobre Aécio.

A decisão agrada ao PSDB, que adotou como estratégia desvincular a sigla das denúncias contra Azeredo -ex-presidente e um dos fundadores do partido. A cúpula tucana entende que, fora da Câmara, Azeredo ficará mais recolhido e o caso poderá perder força até que entre em definitivo na pauta do Supremo.

Os tucanos, porém, destacam que uma definição sobre a permanência na Câmara será uma decisão de foro íntimo de Azeredo. Ainda segundo esses relatos, Azeredo passou a ter picos diários de pressão alta e fez check-up em hospital de Brasília após o anúncio da denúncia da Procuradoria na última sexta.

As regras da Câmara permitem licença de até 120 dias por motivo particular, ou por por tempo indeterminado em caso de problemas de saúde.

Azeredo é acusado de participar do desvio de dinheiro público na sua campanha à reeleição para governador de Minas, em 1998. Ele nega as acusações. 


Fonte; Folha de S Paulo, 14/02/14


Henrique Pizzolato é indiciado pela polícia italiana por três crimes

Ele fugiu para o país europeu depois que sua sentença foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado
Segundo os investigadores, ele saiu do Brasil e entrou na Itália com um passaporte falso em nome de seu irmão falecido, Celso

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado a 12 anos e sete meses de prisão na Ação Penal 470, o processo do mensalão, e preso na Itália no último dia 5 de fevereiro, foi denunciado pela polícia de La Spezia por substituição de pessoa, falso testemunho a um oficial público e falsidade ideológica.

Pizzolato fugiu para o país europeu depois que sua sentença foi confirmada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no ano passado. Segundo os investigadores, ele saiu do Brasil e entrou na Itália com um passaporte falso em nome de seu irmão falecido, Celso. Durante dois meses, Pizzolato morou em uma casa alugada com vista para o mar em Porto Venere, na costa da Ligúria. No entanto, ele foi detido na residência de um sobrinho em Maranello.

No apartamento em que o ex-diretor e sua mulher alugavam foram encontrados alguns pendrives com diversos documentos bancários sobre transações que somam dezenas de milhares de euros. A partir de uma primeira análise dos arquivos, a polícia acredita que ele estivesse se preparando para investir grandes quantias na Itália. A Procuradoria-Geral da República pediu na semana passada ao Ministério da Justiça a extradição de Pizzolato. Caso a extradição não seja aceita, pelo fato de ele ter dupla nacionalidade, a PGR pede que o condenado cumpra, na Itália, a pena definida na Ação Penal 470, o processo do mensalão.
 
Fonte: Correio Braziliense, 14/02/14

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Tapajós (proposta de unidade federativa)



O Tapajós é uma proposta de nova unidade federativa do Brasil, resultado do desmembramento do Pará, especificamente das regiões do Baixo Amazonas e do sudoeste paraense, abrangendo 28 municípios. A capital proposta para o estado é Santarém, que atualmente possui 294 774 habitantes (IBGE/2010). A região conta ainda com uma universidade federal, a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), na cidade de Santarém. A região proposta é detentora de dos índices sociais mais baixos do país, e caso seja criado o estado, terá 28 municípios e um PIB estimado em R$ 19 bilhões de reais, segundo dados do IBGE .

Tapajós seria o terceiro maior estado brasileiro em área territorial, superado apenas por Amazonas e Mato Grosso. Em seu território há atualmente 1 300 090 habitantes (2010), cerca de 20% da população do atual estado do Pará. O projeto foi rejeitado nas urnas no plebiscito que ocorreu no dia 11 de dezembro de 2011, contudo, mesmo após a derrota, o movimento separatista manterá a pauta ativa

Região Norte
Vizinhos Pará, Mato Grosso, Amapá, Amazonas e Roraima
Municípios 28
Capital Santarém
Área Total 722.358 km² (4º maior)
População 1 228 055 hab. (2013)
Produto interno bruto (PIB) R$ 8.763.443 bilhões
Clima Equatorial

Bandeira do Tapajós

Antecedentes

Fachada de uma igreja de Santarém, provável capital do Tapajós.

Os antecedentes do movimento de emancipação de Tapajós são antigos, a ideia da criação desta nova Unidade Federativa partiu do governo central há mais de 150 anos, datam do início do século XIX, aproximadamente 1823.


No Oeste o desejo emancipacionista tem raízes históricas que vêm desde a metade do século XIX, quando Dom Pedro II assinou, em 1850, o decreto de criação da Província do Rio Negro, mais tarde Província e estado do Amazonas, depois que as elites daquela unidade intentaram, sem êxito, a separação por conta própria, em 1832.


Após a perda territorial de sua imensa banda oeste, as elites paraenses permaneceram inconformadas, e os atritos foram frequentes entre as duas unidades. Surgiu, então, a ideia de se criar uma terceira província, que viria, naquele momento, arrefecer os ânimos das elites locais. Em 1869, foram intensos os debates no Parlamento Imperial sobre a necessidade de transformar o Baixo Amazonas paraense (hoje chamado de Oeste do Pará) em uma província autônoma. Em 1832, o Grão-Pará tinha três comarcas: Belém, Santarém e Manaus. Santarém adquiria, assim, status jurídico e administrativo semelhante ao das outras duas cidades, alimentando o sonho da autonomia que jamais veio a se realizar. A redivisão territorial voltou a ser discutida novamente, para resolver as diferenças de limites entre as duas províncias, nos anos de 1869 e 1877.


Após a instalação da República, foram feitas várias propostas de reordenamento territorial do Brasil e todas, sempre evidenciado a Amazônia e citando o Tapajós, seja como província ou como um futuro estado.


Entre os anos de 1933 e 1980, foi proposta a redivisão territorial da Amazônia, incluindo o estado do Pará, apontada como alternativa de desenvolvimento social a criação do estado do Tapajós. Nomes como os de Segadas Viana, Juarez Távora e Ronan Liberal (Prefeito de Santarém), propuseram a criação do estado.


Em 1984, ocorreu uma importante reunião no antigo Hotel Tropical, em Santarém que consolidou um novo momento de luta pelo plebiscito do estado do Tapajós. Por pouco não criou-se o Estado do Tapajós, na Assembleia Constituinte de 1988. Embora não tenham consolidado a criação do Estado, fundou-se a Frente Popular pelo estado do Tapajós, tendo coletado mais de 17 mil assinaturas, em pouco mais de 15 dias úteis, tendo dado entrada no Congresso Revisor, de uma emenda popular, protocolada sob o número 12.977-7, que hoje, junto com o relatório 01/90, respaldam o projeto do Senador Mozarildo Cavalcanti, de 1993.


Em 1995 um relatório da Comissão de Estudos Territoriais da Assembleia Legislativa do estado do Pará, deu viabilidade à criação do estado do Tapajós, então uma ação político-popular , entrou no Senado Federal com o Projeto de Decreto Legislativo de Consulta Plebiscitária sobre a criação do estado do Tapajós, em 1999.

Movimento na atualidade

 
Líderes separatistas apresentando a proposta no Congresso Nacional Atualmente é coordenado pelo Movimento Pelo Plebiscito e Criação do Estado do Tapajós, juridicamente constituído e com apoio maciço da população local. O projeto posto na Mesa do Plenário, com pedido de urgência do deputado federal José Priante foi aprovado no dia 31 de maio de 2011.

A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou anteriormente, no dia 24 de março de 2010, o projeto de convocação do plebiscito sobre a divisão do Pará para criação dos Estados de Tapajós e Carajás. No plebiscito sobre a criação do novo estado, devem ser consultados os cidadãos dos 144 municípios do estado do Pará, ou seja, a região diretamente afetada.

O projeto aprovado também fixava um prazo de dois meses para o pronunciamento da Assembleia Legislativa do Pará. O plebiscito foi realizado pelo Tribunal Regional do Pará, no prazo de seis meses da promulgação das normas. A convocação do plebiscito se constituiu num passo fundamental para a criação de um novo estado. Pois somente com o aval da população dos municípios diretamente envolvidos, seria possível dar continuidade ao processo, com a consulta da assembleia do estado a ser desmembrado e a aprovação, pelo Congresso, de uma lei complementar instituindo o novo estado. No dia 31 de maio de 2011 o senado federal aprovou a realização de plebiscito para consultar a população do Pará a respeito da divisão do território do estado para a criação de outra unidade da federação, denominada Tapajós. O substitutivo ao PDS 19/99 prevê a criação de Tapajós a partir da desintegração de 27 municípios paraenses da parte oeste do Pará.

O plebiscito aconteceu em 11 de dezembro de 2011 e a proposta de criação do estado do Tapajós não obteve a maioria dos votos.

 

O poder da oração