domingo, 10 de março de 2013

Onde vou amarrar a rede?

Para embalar seus sonhos, Marina precisa de uma rede. Todavia, um partido político se define pelo programa de ações e pela sua filosofia. Uma rede não é um partido e ninguém deita em uma rede sem armadores… Uma rede pode ser tecida por uma só pessoa, por varias pessoas ou por uma máquina. Quando ela é tecida manualmente têm que haver concordância entre as mãos que trabalham. Uma questão: Como Marina vai tecer uma rede com Heloisa Helena conhecida como egocêntrica? Uma das duas pode terminar caindo da rede… E adeus sonhos!

Se a ex-senadora Marina é coerente com sua trajetória política, ela não pode ter a posição de ficar em cima do muro, esta não é uma boa resposta. Em geral, este tipo de não posicionamento se caracteriza como oportunismo político. Ou seja, a pessoa age em função da adesão eleitoreira por tal e tal medida.

A coisa mais nobre numa ação política é de agir em função de suas convicções e não em função de enquetes/estudo de opinião ou pressão mediática. Outro gesto, que engrandece a política é agir em função do interesse coletivo. Ter coragem política de enfrentar as divergências faz parte da vitalidade da democracia.

Apesar desses pesares, desejo boa sorte nesta disputa pré-eleitoral para Marina Silva, mulher guerreira que eu conheço de longa data. Se for para trazer contribuições ao aprofundamento do debate político, e soluções concretas para os problemas que ainda afligem a maioria da população brasileira, seja bem-vinda Marina! Aliás, bem-vindos os pré-candidatos à Presidência da Republica.
 
Fonte: Jornal Correio do Brasil, 20/02/2013

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