domingo, 1 de janeiro de 2017

Putin é o cara de 2016


"O ano desastroso não poderia ter terminado melhor para Putin e para o mundo. Faltou pouco para incendiar o planeta mais uma vez. Bastaria que expulsasse 35 diplomatas americanos, como chegou a anunciar seu chanceler Sergei Lavrov."

"Era o que Obama queria para anunciar novas retaliações. E aí ninguém sabe o que poderia acontecer. No entanto, coube a ele, sempre pintado pela mídia americana e europeia como um novo Ivan, O Terrível aplicar uma lição de tolerância no ainda presidente americano que começou o mandato ganhando o Prêmio Nobel da Paz e termina com o Prêmio Nobel da Guerra".

A análise é do colunista Alex Solnik. Para o jornalista, "Putin mostrou, no apagar das luzes de 2016 que o diabo não é tão horrível quanto parece".

Em editorial, Folha lamenta golpe que apoiou


"Há algo errado numa jovem democracia que depõe, pela via legítima da Constituição, dois chefes de Estado num lapso de 24 anos. Falharam os controles que deveriam evitar o uso desse recurso brutal e traumático contra o mandato presidencial concedido pelo voto direto", diz editorial da Folha, de Otávio Frias Filho, que apoiou o golpe parlamentar de 2016, que praticamente quebrou a economia brasileira.

No Recife, Geraldo Julio promete ‘fazer mais com menos’


Prefeito reeleito de Recife, Geraldo Julio (PSB) disse em seu discurso de posse do segundo mandato neste domingo que vai "fazer mais com menos", citando diversas vezes a crise econômica e de arrecadação que o país enfrenta.

Ele fez discurso crítico a um ajuste fiscal que prejudique o combate à desigualdade e investimentos públicos em áreas como educação e saúde.

"O momento é, sim, de buscar equilíbrio nas contas públicas, mas jamais de reduzir os serviços públicos. O caminho para o ajuste fiscal não pode passar pelo aprofundamento das desigualdades, que já são tão absurdas no nosso país. Todos sabem que quem está pagando a conta mais cara da crise são os mais pobres", afirmou Geraldo.

Haddad, do PT, diz que entrega a cidade de São Paulo em ordem para Doria, do PSDB

Ele fez a fez transmissão de cargo  como manda o figurino

Na cerimônia de transmissão do cargo neste domingo, o agora ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) destacou seu "legado financeiro" e desejou "tudo de bom" a seu sucessor, o tucano João Doria.

Haddad disse ainda que fez a transmissão a Doria como se tivesse feito "a um irmão"; "Nestes quatro anos, soubemos como nunca sanear as contas da cidade. Você recebe uma cidade em ordem. Fiz uma transição como se fosse a um irmão, em respeito à democracia e ao povo trabalhador desta cidade".

Feliz ano velho: 2017 tem tudo para ser pior


"Para navegar em céu de brigadeiro, Temer, o decorativo, estará alinhado aos tucanos – que formam o núcleo duro de seu governo -, e aos setores do banditismo político incrustados no Congresso Nacional", prevê o cientista político Robson Savio Reis Souza, professor da PUC-MG.

"Com a patrocinadora do golpe, a mídia antidemocrática, manipuladora, sem controle social e alçada à condição de produtora da agenda política brasileira, Temer será generoso, despejando dinheiro público, com faz em doses cavalares neste final de ano", afirma.

"Não é pulando ondas, rezado terço ou queimando fogos que teremos um 2017 melhor..."

Os golpistas quebraram o Brasil


Articulador do golpe parlamentar de 2016, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu o caos no qual o Brasil mergulhou e passou a prever até o avanço do crime organizado sobre os governos.

"Não só as finanças estão 'quebradas' em todos os níveis (municipal, estadual e federal) como também a carência de serviços públicos (educação, saúde, transportes) é gritante. Dentre eles, os de segurança. Não seria de surpreender se a força do crime organizado viesse a desafiar mais amplamente as forças da ordem", afirmou.

Ele disse ainda que se não houver crescimento econômico o ajuste de Henrique Meirelles fracassará. 

Embora a quebra do Brasil seja consequência do golpe provocado pela aliança entre o PSDB e o PMDB de Eduardo Cunha e Michel Temer, FHC tenta culpar o PT.

Profecia infalível para 2017: vem aí mais imposto

Eles dão o golpe e nós, pagamos a conta

Como o golpe que arruinou as contas do governo federal, dos governos estaduais e das prefeituras, o que foi reconhecido neste domingo por um dos seus principais articuladores, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o ano de 2017 será fatalmente marcado por novos impostos.

Com Michel Temer e Henrique Meirelles, o Brasil tem produzido os maiores déficits da história, em razão da depressão econômica, e a dívida interna, que fechará o ano em 71% do PIB sairá do controle sem novos tributos, como a própria CPMF, ou seja, a população pagará um preço ainda maior por ter permitido o golpe.

As pós-verdades do governo pós-democracia


"O governo pós-democrático no Brasil difunde suas pós-verdades como tentativas de justificar as injustificáveis políticas do governo", diz o colunista Emir Sader, para quem Michel Temer se tornou um "personagem grotesco", com credibilidade próxima de zero.

Diz que a economia não retoma o crescimento porque o custo da força de trabalho seria muito alto, em um país caracterizado por salários extremamente baixos. 

Diz que o Brasil teria feito alianças ideológicas no plano internacional, quando essas alianças foram parte essencial do crescimento econômico do pais, tanto na America Latina, como na Ásia.

O que pode salvar Temer é a renúncia, não Marcela!


Michel Temer não renunciou em 2016, devolvendo ao povo brasileiro a democracia roubada com o golpe parlamentar do ano passado; isso significa que, se ele vier a cair neste ano, em tese o Brasil teria eleições indiretas, com um novo presidente sendo escolhido pelo Congresso.

No entanto, Temer ainda pode melhorar sua biografia neste ano, caso convoque todos os partidos para um amplo diálogo em torno de eleições diretas.

Na presidência, ele, rejeitado por 77% dos brasileiros, não terá nada a ganhar, se continuar à frente de uma crise que desempregará pelo menos mais 1 milhão de brasileiros neste ano – ou seja, não há Marcela que possa conter sua impopularidade.

Ministro do Supremo vai responder ação de paternidade


247 - Nota da coluna Radar On-Line, da revista Veja, diz que a juíza Carolina Tupinambá move uma ação de paternidade contra o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF). A criança em questão é um menino de quatro anos.

Tupinambá é membro da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).