sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Juízes cercam STF por salários gordos

Procuradores idem

Conversa Afiada, 01/12/2016
Deve ser o pessoal fura-teto (Crédito: Wilson Dias / Fotos Públicas)

De Kennedy Alencar, no Twitter:


Interessante a manifestação de juízes hoje no STF. Publicamente, contra Renan. Indiretamente, em defesa dos supersalários.   6:08 PM - 1 Dec 2016 303303 Retweets   341341 likes

Enquanto isso, no Globo:

No dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) julga a denúncia contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), juízes e promotores fazem um protesto em uma das entradas do Supremo contra o que consideram uma retaliação do Congresso Nacional contra a atuação da Justiça no combate à corrupção.

Gilmar trucida Moro

E esculhamba divulgação de conversa da Dilma

Conversa Afiada, 01/12/2016


O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu nesta quinta-feira o projeto de lei que define os crimes de abuso de autoridade e defendeu a derrubada, pela Câmara dos Deputados, de diversos tópicos das chamadas “10 Medidas de Combate à Corrupção”, projeto de iniciativa popular apresentada ao Congresso Nacional pelo Ministério Público. Ele se contrapôs, assim, ao juiz Sérgio Moro e aos procuradores da força-tarefa da Operação Lava-Jato, que criticaram duramente os deputados após a aprovação do pacote, que eles dizem ter sido desfigurado.

Mendes participa, ao lado de Moro, de uma sessão temática no Senado para debater o projeto de lei de abuso de autoridade, a convite do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Momentos antes de Gilmar iniciar sua fala, Moro disse que não achava que este era o momento apropriado para debater a proposta, em meio às investigações da Operação Lava-Jato, que têm como alvo diversos políticos de quase todos os grandes partidos.

“Há bases hoje muito fortes que legitimam essa iniciativa [lei de abuso de autoridade]”, disse Mendes. “O propósito não é criminalizar a atividade do juiz, do promotor, do integrante de CPI no âmbito do Congresso, embora nós saibamos que isso ocorre.”

Ao lado de Moro, frequentemente questionado pelos métodos que utiliza na Operação Lava-Jato, o ministro reiterou a afirmação feita momentos antes por Renan de que não se deve cometer abusos para combater o crime.

“Eu gostaria também de dizer que, com a experiência já de anos que nós temos nessas questões, nesses debates, que nós agentes públicos, agentes políticos do judiciário, não devemos ceder à tentação de procedermos o combate ao crime mediante qualquer prática abusiva”, afirmou o ministro.

Mendes citou um texto do filósofo político italiano Norberto Bobbio (1909-2004), para dizer que “não fossem aprovadas leis excepcionais para o combate ao terrorismo, pois isso é um valor do Estado de direito”.

“Por isso, também não compartilho da ideia de que este não é o momento azado [oportuno] para aprovar a lei. Qual seria o momento azado? Qual seria o momento adequado para discutir esse tema, de um projeto que já tramita no Congresso há mais de sete anos? Como se fazer esse tipo de escolha do momento?”, disse. “ Acho inclusive, juiz Sérgio Moro, com toda a honestidade intelectual, [...] que a Lava-Jato não precisa de licença especial para fazer as suas investigações. Os instrumentos que aí estão são mais do que suficientes, como qualquer outra operação.”

O ministro do STF prosseguiu dizendo achar adequado “que se discuta esse projeto com toda a abertura mental, com toda a abertura de espírito, e que se discuta neste momento”. “Até porque operações vão continuar ocorrendo. Teríamos que, daqui a pouco, então, buscar um ano sabático das operações para o Congresso deliberar sobre um tema como esse? Não faz sentido algum. Todos nós devemos ter a consciência de que devemos atuar dentro dos parâmetros estabelecidos.” “Quanto mais operações nós tivermos, mais nós necessitamos de limites”, afirmou.

Vazamentos telefônicos

Mendes criticou duramente a divulgação de gravações telefônicas na TV, expediente utilizado diversas vezes ao longo da Operação Lava-Jato, quando até telefonema com conversa entre os ex-presidentes petistas Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva foi veiculado na televisão.

Ele descreveu uma conversa com um colega português que dizia achar “engraçado” que os brasileiros divulguem as conversas na televisão. “Eu disse: ‘na nossa ordem jurídica não permite, mas a gente se acostumou a essa violação’. Ele não sabia, ele achava que a nossa Constituição e as leis autorizavam esse tipo de vazamento, tantas vezes ele passando pelo Brasil havia visto isso na Rede Globo”, afirmou. “É preciso que haja limites para isso, de forma inequívoca. É preciso que a gente chame as coisas pelo nome.”

Dez medidas “autoritárias”

O ministro do Supremo também defendeu algumas modificações impostas pela Câmara às “10 Medidas de Combate à Corrupção”, na contramão das críticas de diversos setores da opinião pública e dos procuradores que ameaçaram abandonar a Lava-Jato caso o projeto fosse sancionado pelo presidente da República.

Além das restrições ao habeas corpus, Mendes criticou outras medidas derrubadas pela Câmara e que constavam no projeto apresentado pelo Ministério Público, entre elas a convalidação de provas ilícitas obtidas “de boa fé” e o teste de integridade.

Para Mendes, “as propostas populares também têm que ser escrutinadas”. “Neste ponto, não tenho a menor dúvida. A Câmara andou bem em rejeitar isso, como andou bem em rejeitar a ideia do aproveitamento de prova ilícita, como também aquela coisa do teste de integridade, a tal ‘pegadinha’ que se concebeu, de feição claramente autoritária.”

Valor cobra de Temer aumento da gasolina

E agora, golpista?

Depois de rever a política de preços da Petrobras, e colocá-los ao sabor do mercado, o governo Temer teria, em tese, que elevar a gasolina, em razão da alta do petróleo e do dólar; a questão é: Temer, que já está com aprovação perto de zero, tomará mais uma medida impopular?

Lindbergh a Moro: e se um juiz do Texas grampeasse Clinton e Obama?


Senador Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou nesta quinta-feira, 1º, durante debate sobre o projeto de lei que pune juízes e procuradores por abuso de autoridade, que o juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, também presente no Senado, "não está acima da lei".

"Não é sensato nem democrático considerar que uma tentativa de impedir um desequilíbrio na República, garantindo que todos sejam iguais perante a lei, é 'uma tentativa de controlar as investigações', como afirma Moro", disse.

Lindbergh ainda questionou: "O senhor fala muito dos EUA, imagina um juiz de primeira instância do Texas gravar e divulgar conversa entre Clinton e Obama. O que aconteceria com ele?".

Odebrecht pede perdão ao País por participar de processo de corrupção


"A Odebrecht reconhece que participou de práticas impróprias em sua atividade empresarial. Não importa se cedemos a pressões externas. Tampouco se há vícios que precisam ser combatidos ou corrigidos no relacionamento entre empresas privadas e o setor público. O que mais importa é que reconhecemos nosso envolvimento, fomos coniventes com tais práticas e não as combatemos como deveríamos. Foi um grande erro, uma violação dos nossos próprios princípios, uma agressão a valores consagrados de honestidade e ética. Não admitiremos que isso se repita", diz a nota de Marcelo Odebrecht, na nota "Desculpe, a Odebrecht errou" .

Delação da Odebrecht isenta Dilma de corrupção


O acordo de leniência assinado ontem pela Odebrecht vai direto ao ponto principal: em sua delação premiada, Marcelo Odebrecht, ex-presidente da companhia e considerado o articulador da parte mais significativa da corrupção, diz que a ex-presidente Dilma Rousseff jamais pediu qualquer recurso para ela mesma.

Dallagnol diz que Dilma fez mais pelo combate a corrupção

Enfim, um reconhecimento

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato, o procurador Deltan Dallagnol, que antes do impeachment dizia que não havia diferença em ações de combate à corrupção entre os governos, reconheceu que na gestão da presidente deposta Dilma Rousseff houve mais avanço nesse sentido.

"Até o governo Dilma avançou propostas contra a corrupção muito melhores que as que foram aprovadas", disse nesta quarta-feira 30, em coletiva de imprensa convocada para criticar a aprovação, pela Câmara, das 10 medidas contra a corrupção, que inclui a proposta de abuso de autoridade contra magistrados.

Meirelles começa a ser fritado e Armínio será mais ouvido


Resultados catastróficos da economia ameaçam a permanência de Henrique Meirelles no comando da economia.

Depois da reunião de Michel Temer com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), tomou-se a decisão de que Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, será mais ouvido pela equipe econômica.

Nesta semana, foi divulgada a informação de que Meirelles aprofundou a recessão, com a queda do PIB no terceiro trimestre, e as forças que provocaram o golpe parlamentar de 2016 temem ficar associadas ao maior desastre econômico da história do País.

AGU desmente Temer em caso Geddel


Em nota oficial, a AGU (Advocacia-Geral da União) rechaçou a viabilidade da sugestão de Michel Temer ao ex-ministro da Cultura Marcelo Calero no episódio da construção do condomínio La Vue em Salvador: o assunto não poderia "em nenhuma hipótese" ser encaminhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para a advogada-geral da União, Grace Mendonça.

A afirmação reforça a versão de Calero, que considerou a orientação do presidente como uma manobra para que a obra do espigão de Geddel Vieira Lima fosse liberada.

Para o senador Humberto Costa (PT-PE), a posição da AGU faz de Temer um "réu confesso".

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Maioria do STF vota para Renan virar réu


Em votação nesta quinta-feira, 1º, a maioria dos ministros dos Supremo Tribunal Federal votou pelo recebimento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2013, contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Votaram a favor de Renan virar réu pelo crime de peculato os ministros Edson Fachin (relator do inquérito), Luis Roberto Barroso, Teori Zavascki, Rosa Weber, Luiz Fux, Marco Aurélio Mello, Celso de Mello e a presidente, Cármen Lúcia; os ministros Dias Toffoli, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes rejeitaram a denúncia por completo.

Sai a delação do fim do mundo e ela começa por Emílio Odebrecht


Dono da maior empreiteira do País e pai de Marcelo, preso há mais de um ano em Curibita, Emílio Odebrecht foi o primeiro nome da empreiteira a assinar o acordo de delação premiada, que envolve 77 executivos.

Até agora, já se sabe que a Odebrecht delatou nomes como Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), líder do seu governo, o ministro José Serra, chanceler, e o presidente do PSDB, Aécio Neves (PSDB-MG).

Temer foi acusado de pedir R$ 11 milhões no Jaburu, Jucá de receber R$ 22 milhões, Serra de levar uma doação de R$ 23 milhões na Suíça e Aécio de ser pago pela Odebrecht, numa triangulação que envolve também seu marqueteiro.

Além da delação premiada dos executivos e ex-executivos, a empresa Odebrecht firmou com acordo de leniência com o MPF e vai pagar uma multa de R$ 6,7 bilhões.

Constatação

Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo, afirmou que um presidente precisa ter boa comunicação diretamente com a nação, e não com o Congresso. “Ele (o presidente) governa em função da legitimidade, da liderança, da expressão da sua vontade e da sua sintonia com o povo. Dilma não tinha nenhum desses atributos. Aí ela foi substituída por alguém que também não os têm, mas que acha que está legitimado pelo fato de ter o apoio de um grupo de parlamentares vistos pela população com alto grau de suspeição”. 

Para o ex-ministro, o mal-estar institucional vai perdurar durante os próximos dois anos.

Erro de Sergio Moro custa casamento, emprego e reputação de ex-diretor da OAS

Prisão indevida ordenada por Sergio Moro no âmbito da "Lava Jato" acaba com a vida de Mateus Coutinho. O ex-diretor da OAS perdeu o emprego, a esposa e foi impedido de conviver com a filha pequena

Pragmatismo Político, 01/12/2016
Juiz Sérgio Moro e ex-diretor da OAS, Mateus Coutinho de Sá (Imagem: Pragmatismo Político)



Por erro da força-tarefa da operação “lava jato” e do juiz Sergio Moro, a vida do ex-diretor da OAS Mateus Coutinho de Sá foi arruinada. Sua prisão indevida fez com que perdesse o emprego, sua mulher o abandonasse e ele fosse privado de conviver com sua filha pequena por quase seis meses, como informa o jornal Folha de S.Paulo. A recente absolvição de Coutinho de Sá pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região deixou patente a arbitrariedade de seu encarceramento.

Em julgamento de apelação concluído na quarta-feira (23/11), a 8ª Turma do TRF-4, por unanimidade, absolveu o executivo, por falta de provas. Ele tinha sido condenado a 11 anos de prisão por Moro, que alegava haver “prova robusta” do envolvimento da OAS no esquema de corrupção que funcionava na Petrobras.

Mateus Coutinho de Sá foi preso preventivamente em 14 de novembro de 2014, junto com os presidentes das empreiteiras OAS, Camargo Corrêa, Iesa Óleo e Gás, UTC e Queiroz Galvão, além de outros executivos. Desde o início, ele jurou inocência, mas não foi levado a sério. Diferentemente dos demais, não conhecia os outros detidos, nem parecia ter conhecimento de assuntos de suas conversas, segundo um outro preso disse à Folha.

Na cela em que ficou, na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, também estavam Erton Medeiros Galvão, presidente da Galvão Engenharia, João Auler, ex-presidente do Conselho Administrativo da Camargo Corrêa, e Sérgio Cunha Mendes, vice-presidente e herdeiro da Mendes Júnior. Por ser o mais novo, Coutinho de Sá dormia em um colchão no chão, já que não havia camas para todos.

Ainda que demonstrasse serenidade, a saudade da filha apertava, e ele passou a demonstrar sintomas de depressão. Mas o executivo não queria que a menina o visitasse, para evitar desgastes. De acordo com o jornal, um agente federal formado em Psicologia passou a ajudá-lo. Outro, porém, provocou-o, dizendo que Coutinho de Sá não veria sua filha tão cedo. Fora de si, ele partiu para cima do agente, e teve que ser contido por seus colegas.

Como seus Habeas Corpus foram negados pelos tribunais superiores, Coutinho de Sá cedeu à saudade e concordou com uma ida da filha ao presídio, desde que fosse em um dia sem outras visitas. Quando os outros presos ouviram a menina gritar “pai!”, a comoção foi geral, conta a Folha.

Finalmente, em 28 de abril de 2015, o executivo deixou a cadeia após o Supremo Tribunal Federalautorizar que ele e outros investigados da “lava jato” poderiam responder ao processo em prisão domiciliar. Depois, Moro substituiu a detenção por medidas cautelas, como o afastamento de atividades econômicas.

Mas o estrago já estava feito. Coutinho de Sá foi demitido da OAS e passou a sofrer preconceito por ter sido acusado de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras. Pior: o desgaste acabou com seu casamento.

Juliano Breda, um dos seus advogados, lamentou sua prisão indevida. “Nenhum dos delatores da ‘lava jato’ tinha dito que Coutinho praticou qualquer tipo de crime. Ele não tinha absolutamente nada a ver com esse esquema.”

À Folha o executivo disse que não tinha condições de dar entrevista, e que estava concentrado em reconstruir sua vida.

Operação contestada

Para muitos profissionais do Direito, a “lava jato” está excedendo os limites legais na sua busca pela punição de corruptos. Muitos criticam a estratégia da força-tarefa da operação de prender preventivamente os acusados até que eles resolvam firmar acordo de delação premiada — intenção já admitida por integrantes do Ministério Público Federal.

Por sinal, todos os compromissos desse tipo firmados na operação “lava jato”, que investiga esquemas de corrupção na Petrobras, possuem cláusulas que violam dispositivos da Constituição — incluindo direitos e garantias fundamentais —, do Código Penal, do Código de Processo Penal e da Lei de Execução Penal (Lei 7.210/1984).

Ao conduzir coercitivamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento sem tê-lo intimado antes, a Polícia Federal violou o Código de Processo Penal e o próprio mandado no qual o juiz federal Sergio Moro autorizou a ação.

Isso porque o artigo 218 do CPP estabelece que o juiz só poderá requisitar a apresentação forçada da testemunha caso ela, tendo sido regularmente intimada, deixe de comparecer sem motivo justificado. No despacho do dia 29 de fevereiro, no qual autorizou a medida contra Lula, Moro ressaltou, em letras maiúsculas, que o “mandado SÓ DEVE SER UTILIZADO E CUMPRIDO, caso o ex-presidente, convidado a acompanhar a autoridade policial para depoimento, recuse-se a fazê-lo”.

Outra violação ocorreu quando o juiz Sergio Moro tornou públicas as gravações de telefonemas entre a então presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. De acordo com professores de Direito e advogados ouvidos pela ConJur, os grampos não poderiam ter perdido o sigilo, por dois motivos igualmente graves.

Primeiro, porque se um dos participantes da conversa tem prerrogativa de foro por função, caberia à primeira instância mandar as provas para a corte indicada. No caso, Dilma só poderia ser processada e julgada (em casos de crimes comuns) pelo Supremo Tribunal Federal, conforme manda o artigo 102, inciso I, alínea “b”, da Constituição Federal.

O outro motivo é que, ao que tudo indica, as gravações das conversas foram ilegais, e Moro as divulgou sabendo disso. Pelo menos é o que mostram os horários em que os eventos foram publicados no site da Justiça Federal do Paraná.

Posteriormente, o ministro do STF Teori Zavascki declarou inconstitucional a divulgação dos grampos. Segundo o ministro, ao constatar que havia autoridades com foro privilegiado nos áudios, Moro deveria ter enviado os autos ao Supremo, para que a corte decidisse sobre a cisão ou não do processo.

Nessa ocasião, Sergio Moro não quebrou o sigilo telefônico apenas de Roberto Teixeira, advogado de Lula, mas também do telefone central da sede do escritório dele, o Teixeira, Martins e Advogados, que fica em São Paulo. Com isso, conversas de todos os 25 advogados da banca com pelo menos 300 clientes foram grampeadas, além de telefonemas de empregados e estagiários da banca.

A interceptação do número foi conseguida com uma dissimulação do Ministério Público Federal. No pedido de quebra de sigilo de telefones ligados a Lula, os procuradores da República incluíram o número do Teixeira, Martins e Advogados como se fosse da Lils Palestras, Eventos e Publicações, empresa de palestras do ex-presidente.

A inviolabilidade da comunicação entre advogado e cliente está prevista no artigo 7º do Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994). Segundo a norma, é um direito do advogado “a inviolabilidade de seu escritório ou local de trabalho, bem como de seus instrumentos de trabalho, de sua correspondência escrita, eletrônica, telefônica e telemática, desde que relativas ao exercício da advocacia”.

De nada adiantaram os dois ofícios enviados pela Telefônica em fevereiro e março ao juiz Sergio Moro informando que ele havia autorizado a interceptação do telefone central do escritório Teixeira, Martins e Advogados. O responsável pelos processos da operação “lava jato” em Curitiba enviou um novo documento ao Supremo Tribunal Federal dizendo que a informação só foi notada por ele depois que reportagens da ConJur apontaram o problema.

Leia também:

Recentemente, Moro autorizou, e a PF executou, a prisão do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega enquanto ele estava no hospital Albert Einstein, em São Paulo, acompanhando uma cirurgia de sua mulher. Desde 2012 a mulher do ex-ministro faz um tratamento contra o câncer. Com a repercussão negativa do caso, a detenção foi revogada.

Gilmar Mendes deixa Sergio Moro atônito no Senado Federal

Gilmar Mendes e Sergio Moro entraram em rota de colisão durante debate sobre abuso de autoridade no Senado. Ministro do STF destrinchou proposta apoiada por Moro e criticou diversas práticas adotadas pelo juiz da Lava Jato, além de ironizar o “ano sabático” do juiz do Paraná

Prgmatismo Político, 01/12//2016
Gilmar Mendes e Sergio Moro no Senado Federal (Imagem: Agência Senado)

Em audiência pública no Senado Federal na manhã desta quinta-feira (1), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), bateu de frente com Sergio Moro ao criticar o ‘projeto anticorrupção’ apresentado pelos procuradores da Lava Jato e apoiado pelo juiz federal.

Gilmar avaliou que a Câmara dos Deputados acertou ao retirar do projeto itens que tratam de habeas corpus e aceitação de provas ilícitas.

Gilmar citou as limitações de concessões de habeas corpus e considerou “autoritária” a concepção do pacote proposto pelos procuradores. “Quem escreveu este dispositivo tem propósitos autoritários. É um atentado”, disse o ministro. (vídeos abaixo)

“A Câmara fez bem em rejeitar a questão do habeas corpus. Nesse ponto, a Câmara andou bem em rejeitar habeas corpus e a possibilidade de aceitar prova ilícita. Se esse projeto tivesse sido aprovado, isso acabava com o habeas corpus como o conhecemos”, disse Gilmar.

As críticas de Gilmar Mendes foram feitas diante do juiz Sérgio Moro, que apoia as medidas.

Discutir quando?

O ministro também criticou o argumento de que não é o momento para se discutir e votar o projeto de lei com definições mais claras e amplas do crime de abuso de autoridade.

“Não devemos ceder à tentação de procedermos o combate ao crime mediante qualquer prática abusiva”, disse Mendes. E defendeu que o tema seja discutido já, e não adiado.

Minutos antes, em sua fala, Sergio Moro disse que esse não era o momento adequado para discutir ou aprovar projetos que tratem de abuso de autoridade de juízes e procuradores.

“Talvez não seja o melhor momento para deliberação de uma nova lei de abuso de autoridade, considerando o contexto que existe uma operação importante, não só a Lava Jato, mas várias outras ações importantes”, afirmou Sergio Moro.

Mendes rebateu: “Qual seria o momento adequado para discutir esse tema, de um projeto que tramita no Congresso há mais de sete anos?”.

Ironia

Gilmar Mendes citou casos de vazamento de interceptações telefônicas e considerou ilegais e não previstas na Constituição. O exemplo foi uma critica direta a Sergio Moro que tem permitido vários vazamentos de interceptações telefônicas feitos pela Operação Lava Jato.

Em março, foram vazadas na imprensa gravações autorizadas por Moro entre a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula. “Há vazamentos, e é preciso dar nome pelo nome (que é)”, provocou Gilmar.

Para ironizar Moro, o ministro usou a expressão “ano sabático” para dizer que as operações policiais em curso teriam que ser interrompidas para serem adaptadas à Constituição. A expressão foi utilizada por Moro há três dias para dizer que vai estudar nos EUA após a conclusão da Operação Lava Jato

Apoio popular ‘anticorrupção’

Gilmar Mendes afirmou que não é um argumento válido a favor do pacote anticorrupção afirmar que a proposta foi assinada por 2 milhões de pessoas.

“Não venham com argumento de chancela de 2 milhões de pessoas, porque eu duvido que esses 2 milhões de pessoas tivessem consciência disso”, afirmou.

Lindbergh vs. Moro

Outro embate na audiência pública ocorreu entre o líder da minoria, Lindbergh Farias, e o juiz Sergio Moro.

Em sua intervenção, o senador questionou Moro sobre a condução coercitiva do ex-presidente Lula, em 4 de março, e sobre o episódio da gravação de uma conversa entre os ex-presidentes Lula e Dilma. Segundo o senador, houve um claro abuso de poder por parte das ações da força-tarefa da Lava Jato.

“Imagine, nos Estados Unidos, um juiz de primeira instância do Texas gravar uma conversa de Bill Clinton com Obama e divulgá-la em horário nobre horas depois da gravação. Foi isso o que houve naquele caso”, afirmou Lindbergh.

Sérgio Moro, por sua vez, afirmou que fica preocupado com comentários desta natureza.”Fica claro aqui que se está afirmando que eu, na condução do caso, cometi abuso de autoridade e devo ser punido”, lamentou, partindo para a crítica.

VÍDEOS:

Para Joaquim Barbosa, ex-ministro do Supremo, impeacment foi uma encenação

E governo Temer pode cair

Para o ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Joaquim Barbosa, que comandou julgamento do mensalão, o impeachment de Dilma Rousseff foi "uma encenação" comandada por políticos corruptos que queriam apenas se proteger.

Em entrevista à colunista Mônica Bergamo, Barbosa disse que o Brasil se transformou em um anão político e que o governo de Michel Temer corre o risco de não chegar ao fim.

O ex-ministro diz ainda identificar uma "fúria" contra Lula.

Para ele, prisão do ex-presidente sem fundamentos só prejudicaria ainda mais a imagem do país.

Jornais apontam que o golpe quebrou o Brasil, mas anda evitam mea culpa


Responsável direta pelo golpe parlamentar de 2016, hoje denunciado como "encenação" até pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, a mídia brasileira se dá conta de que esse processo arruinou a economia brasileira.

No Valor, "a economia derrete"; no Estado e no Globo, o Brasil se torna lanterninha no mundo; na Folha, 2017 passa a ser um ano perdido.

A quebra do Brasil foi construída em várias etapas: em 2014, ano da disputa eleitoral, a ordem era dizer que tudo ia mal, quando o País tinha pleno emprego.

2015 foi o ano do 'quanto pior, melhor', que visava criar as condições para o golpe.

Neste ano, com Michel Temer e Henrique Meirelles há mais de seis meses no poder, a recessão se aprofunda diante da incapacidade da dupla de apontar qualquer saída.

Dilma denuncia golpe dentro do golpe e pede eleições diretas já


"Assistimos estarrecidos e perplexos todas as tentativas de dar um golpe dentro do golpe. Temos que ter a ousadia de defender mais uma vez eleições diretas para presidente”, disse a presidente deposta Dilma Rousseff, ao participar de um evento da Central Única dos Trabalhadores, na noite de ontem em São Paulo.

"É isso que se chama golpe dentro do golpe. Você cria a temporalidade para que haja eleição indireta”, disse Dilma, ao prever que o processo no Tribunal Superior Eleitoral, que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, só será votado no ano que vem, para que, em caso de afastamento de Michel Temer, o novo presidente seja escolhido pelo Congresso – e não pela população.

quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Constatação

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) criticou a PEC 55, aprovada ontem no Senado: "Se nós não fôssemos reduzir recursos para a saúde e para a educação, não precisaríamos mexer na Constituição. [Com essa PEC] vamos congelar em um primeiro momento e, depois, se a economia voltar a crescer, o que for de crescimento não vai mais proporcionalmente para a saúde e para a educação. vai para outras despesas, para as despesas financeiras, para as despesas com juros, que consumiram, só em 2015, mais de R$400 bilhões. Não é possível um país ter isso de prioridade".

Câmara altera e aprova pacote anticorrupção

Juízes e promotores também poderão ser punidos

Do UOL,30/11/2016

Alan Marques/Folhapress
Presidente Rodrigo Maia durante votação do pacote com medidas anticorrupção

Aprovado por 450 votos contra 1 no início da madrugada desta quarta-feira (30), o texto-base do projeto de lei com o chamado pacote de medidas anticorrupção recebeu diversas alterações em sessão extraordinária, aberta logo na sequência e encerrada às 4h18 para apreciação de emendas e destaques. A polêmica anistia à prática do caixa 2 não entrou no pacote. Entre as mudanças aprovadas está a inclusão no texto da possibilidade de juízes e promotores responderem por crime de abuso de autoridade. O texto segue agora para votação no Senado.

O argumento dos parlamentares para a aprovação da medida era que não poderia se admitir no país mais "privilégios a ninguém". "Essa emenda permite que todos se comportem dentro da lei", disse o líder do PC do B, Daniel Almeida (BA).

A emenda, apresentada pelo PDT, era alvo de críticas da força-tarefa da Operação Lava Jato e recebeu 313 votos a favor e 132 contrários (cinco deputados se abstiveram). 

A decisão foi criticada, ainda na madrugada, pelo procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, que postou em sua conta no Twitter: "Está sendo aprovada a lei da intimidação contra promotores, juízes e grandes investigações".

"Vai parecer uma retaliação ao Judiciário e aos membros do Ministério Público", declarou o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ). "É um erro, é inoportuno", acrescentou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), criticando tal votação "na calada da noite".

O relator do projeto, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), foi contrário à proposta e foi vaiado no plenário. "O objetivo inicial do pacote era combater a impunidade, mas isso não vai acontecer porque as principais ferramentas foram afastadas. O combate à corrupção vai ficar fragilizado e, com um agravante, que foi a essa intimidação dos investigadores", disse.

Para constrangê-lo, o deputado Arthur Lira (PP-AL), chegou a mostrar um áudio onde Onyx defendia a aplicação de crime de responsabilidade para magistrados e membros do Ministério Público no período de análise do pacote na comissão especial.

Pela emenda apresentada, magistrados podem ser enquadrados por abuso de autoridade em pelo menos oito situações, entre elas, se "expressar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre processo pendente de julgamento". A pena prevista é de seis meses a dois anos de prisão e multa.

Já no caso dos membros do Ministério Público, eles podem responder pelo crime se, entre outros motivos, promoverem a "instauração de procedimento sem que existam indícios mínimos de prática de algum delito".

Além da "sanção penal", os procuradores ou promotores estarão "sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado".

Outras mudanças no projeto

O pacote foi apresentado originalmente à Câmara pelo MPF (Ministério Público Federal) como projeto de iniciativa popular, que contou com o apoio de mais de 2 milhões de assinaturas, e chegou à Câmara batizado como "10 medidas contra a corrupção".

Mas, dele, foram mantidos apenas a criminalização do caixa 2 de campanha eleitoral, o aumento de punição para crime de corrupção (com crime hediondo a partir de 10 mil salários mínimos), a transparência para tribunais na divulgação de dados processuais e a limitação de recursos para protelação de processos.

Um ponto polêmico aprovado foi a retirada do texto do dispositivo chamado "reportante do bem", de incentivo ao cidadão que queira relatar o cometimento de crimes ou irregularidades na administração pública. Votaram pela retirada 392 deputados, contra 36 que eram favoráveis à permanência do dispositivo.

O plenário também suprimiu do pacote o item referente à "ação de extinção de domínio", que é um tipo de ação na Justiça que visa recuperar bens e valores desviados, antes da condenação final do réu, e a previsão de dar mais poder ao Ministério Público em acordos de leniência com pessoas físicas e jurídicas em atos de corrupção.

A responsabilização dos partidos políticos e dirigentes partidários por atos cometidos por políticos filiados às siglas também foi derrubada.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, ao encerrar a sessão, tratar-se de uma decisão "democrática do plenário". "Mesmo que não tenha sido o que alguns esperavam, isso foi o que a maioria decidiu", afirmou. (Com Estadão Conteúdo).

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Lula defende novas eleições diretas para presidente

UOL, 29/11/2016

Rahel Patrasso/Xinshua

"Não sei se o problema é tirar mais um presidente", disse Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (29) não saber se é favorável a um provável impeachment do presidente Michel Temer. Ele defendeu a realização de eleições diretas para o "povo voltar a exercer seu direito de voto".

"O problema não é tirar mais um presidente. Já teve um golpe contra a [ex-presidente] Dilma [Rousseff], porque foi uma desfaçatez fazer o que fizeram com a Dilma. Eu não sei se o problema é tirar mais um presidente ou colocar mais um presidente", afirmou Lula em entrevista à rádio Itatiaia, de Belo Horizonte.

Ontem, o PSOL protocolou um pedido de impeachment contra Temer no qual o presidente é acusado de também ter atuado para pressionar o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero para a liberação de uma obra de interesse pessoal do ex-ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo).

"Eu gostaria que tivesse eleição direta para presidente da República, que se marcasse uma data, convocasse eleições e povo pudesse voltar a exercer seu direito de voto", disse Lula.

Na entrevista, Lula também voltou a dizer que poderá ser candidato à Presidência em 2018.

"Se for necessário voltar [a ser candidato à Presidência], você não tenha dúvida que eu voltarei. E se voltar, volto para ganhar e para provar que este país não precisa ficar nessa desgraceira. Este país pode levantar a cabeça e o povo pode voltar a sorrir", afirmou Lula.

Sobre as investigações que o levaram a tornar-se réu em processos na Justiça, Lula acusou membros do MP (Ministério Público) e da PF (Polícia Federal) de estarem a "serviço" da imprensa para evitar que ele seja candidato em 2018.

"É um processo de informação via manchete, não um processo de condenação via apuração", declarou.

"Dizem que tudo isso [os processos na Justiça] é para evitar que eu seja candidato em 2018. Eu não sei se eles querem isso, porque eu vou te dizer uma coisa: tenho consciência do que fiz nesse país. Tenho orgulho profundo de ter sido o presidente que mais fez inclusão social", afirmou o ex-presidente.

O ex-presidente disse também que só existe uma forma de fazer a economia brasileira voltar a crescer: incluindo o pobre.

"Eu provei que é possível [recuperar a economia] quando a gente coloca o pobre no Orçamento da União. Vamos colocar o pobre no Orçamento do governo que a gente começa a resolver o problema deste país", afirmou o petista.

Na noite de ontem, Lula participou da Expocatadores, evento nacional de catadores de materiais reciclados que acontece em Belo Horizonte. Na tarde desta terça-feira, ele visita a região de Izidora, que reúne cerca de 30 mil pessoas em três ocupações, as maiores da capital mineira: Vitória, Esperança e Willian Rosa.

Turquia invade Síria para derrubar governo


Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira (29) que o Exército de seu país entrou na Síria para acabar com o governo do presidente Bashar Assad, a quem acusou de terrorismo de Estado.

"Entramos [na Síria] para acabar com o regime do tirano Assad que aterroriza com terror de Estado. [Não entramos] por qualquer outra razão", declarou Erdogan.

Temer reprime com bombas megaprotesto contra teto de gastos


Estudantes e integrantes de movimentos sociais protestam nesta terça-feira, 19, na Esplanada dos Ministérios, contra a aprovação da PEC 55, que deve ser votada nesta noite no Senado.

Ao chegar ao gramado do Congresso, houve tumulto e confronto entre os manifestantes e a polícia, que utilizou bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo para dispensar a multidão.

Policiais legislativos fizeram um cordão de isolamento em frente ao espelho d'água para evitar que os grupos avançassem em direção às entradas da Câmara e do Senado.

Oposição anuncia novo pedido de impeachment contra Temer


Documento será assinado pelo PT, PC do B, PDT, PSOL, além da União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), entre outros.

O pedido reforça argumento já protocolado pelo PSOL, de que Temer praticou crime de responsabilidade, ao endossar a pressão do ex-ministro Geddel Vieira Lima contra o também ex-ministro Marcelo Calero.

"Há consenso de que há crime de responsabilidade e de que o pedido de impeachment é a peça concreta que cabe neste momento", afirmou a líder da oposição na Câmara, Jandira Feghali (PC do B-RJ).

Diálogo confirma pressão do Planalto sobre Calero


Gravações feitas por Marcelo Calero, ex-ministro da Cultura, confirmam que o Palácio do Planalto o pressionou para liberar uma obra ilegal, que favoreceria o ex-ministro Geddel Vieira Lima.

Num dos telefonemas, Gustavo do Vale Rocha, subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, diz que irá encaminhar um recurso para o Iphan e para a Advocacia-Geral da União.

Calero responde que não iria se envolver com o assunto.

No diálogo com Michel Temer, o presidente lamenta ter sido "insistente" para que ele permanecesse no cargo.

Lula: que o poder volte ao povo!

Eleição já!

Conversa Afiada, 29/11/2016
Crédito: Fotos Públicas

Do Uol:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira (29) que não é a favor de um impeachment do presidente Michel Temer, mas defendeu eleições diretas para o "povo voltar a exercer seu direito de voto".

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"Eu gostaria que tivesse eleição direta para presidente da República, que se marcasse uma data, convocasse eleições e povo pudesse voltar a exercer seu direito de voto", disse Lula.

Na entrevista, Lula também voltou a dizer que poderá ser candidato à Presidência em 2018.

(...)

Moro pede licença para passar um ano nos EUA


Juiz federal Sergio Moro protocolou nesta segunda-feira 28 um pedido de licença acadêmica na Universidade Federal do Paraná, de Curitiba, para ir aos Estados Unidos, onde pretende passar um ano estudando, depois de concluída a Operação Lava Jato.

O magistrado estaria aguardando a deliberação do Conselho Universitário da UFPR.

A informação foi confirmada à colunista Mônica Bergamo pela secretária do departamento de ciências jurídicas da instituição, que não detalhou os motivos.

A viagem estaria sendo planejada para 2018 ou 2019.

Chapecoense: Lula presta solidariedade às famílias das vítimas


"Espero que todas as torcidas do Brasil abracem o time catarinense e se unam neste momento de extrema dor para todos nós, brasileiros", disse o ex-presidente.

Filósofo desmonta a fala de Temer sobre Geddel


Para o filósofo Leandro Karnal, Michel Temer jamais poderia ter sugerido a Marcelo Calero que se entendesse com Geddel Vieira Lima, a respeito da polêmica sobre o imóvel ilegal na Bahia. "Eu não posso dizer vá se entender com outro em torno do ilícito".

Karnal também ironizou o fato de se criticar Calero por ter gravado Temer e seus ministros – e não o teor da gravação em si.

‘Temer devia ter se demitido’, sugere deputado


Líder do PC do B na Câmara dos Deputados e presidente do partido na Bahia, Daniel Almeida avalia que a atuação do ex-ministro Geddel Vieira Lima no governo Temer não proporcionou nenhum benefício à Bahia, e diz que Michel Temer deveria aproveitar o ensejo da saída de Geddel e renunciar à presidência.

"Acho que Michel teria feito um bem muito maior se ele tivesse se demitido, porque os fatos para a saída de Geddel ele também praticou. De qualquer jeito, esse é um fato grave que vai merecer a repercussão no Congresso, na sociedade. Vai ficando claro que esse governo está inviabilizado", diz o líder comunista.

Temer reprova no detector de mentiras


Segundo o perito em veracidade Mauro J. Nadvorny, da empresa Truster Brasil, Michel Temer não foi verdadeiro durante a coletiva de imprensa que concedeu neste domingo 27, na qual relatou circunstâncias de encontros com o ex-ministro Marcelo Calero.

Segundo o relatório, Temer “não está sendo verdadeiro quando afirma que havia um conflito de órgãos da administração e o relato que faz dos dois encontros com o ex-ministro Marcelo Calero é em sua maior parte totalmente fantasioso”.