segunda-feira, 25 de julho de 2016

O terror na era Temer

*Lelê Teles

Fonte: Brasil 247, 25 de Julho de 2016


Tudo em Temer é falso, começando pela cor dos seus cabelos.

Poeta de araque, pseudo presidente, amigo da onça...

Desde que o Jaburu se empoleirou no Planalto, o Brasil vive uma vexosa ópera-bufa.

Trôpegos, seus ministros não param em pé, a todo momento cai um.

E para piorar, o usurpador recebe ordens por editorial, em jornalões, como uma autêntica mari(nh)onete.

Na deprimente proto-midiocracia que o Brasil se tornou, o nosso Tuiuiú é tratado como um objeto abjeto, nunca sujeito.

É um mero presidente decorativo.

Não demora muito e Temer escreve uma carta para si mesmo - latindo no título - reclamando-se por seu não protagonismo. 

E para piorar sua inação, o cabra está cercado de sujeitos ficha-suja, uns moralistas imorais de notória incapacidade técnica que compõem seu inoperante machistério. 

Os seus auxiliares - indicados por Cunha, pela mídia e pelo mercado - estão a ser escrachados por subordinados insubordinados, ninguém os respeita. 

Nem um deles chegou às suas repartições sob aplausos, todos entraram forçando a porta, debaixo de vaia. 

O ministro sem educação trocou Paulo Freire por Alexandre Frota, só pra ficar num exemplo. 

Por essas e outras, o Interino é motivo de chacota em todos os quadrantes do planeta, não é à toa que só o presidente da grande nação paraguaia veio apertar-lhe a mão. 

Assim mesmo o vizinho tratou de se desinfetar com álcool em gel logo em seguida.

Temer é o vazio ocupando o vácuo.

QUE HORROR 

E de onde nada se espera tudo pode acontecer, inclusive nada. 

Veja essa, no Brasil de Temer um caipira vendedor de galinhas é preso como terrorista. 

Antes prendiam-se ladrões de galinha, agora aprisionam os que comercializam as penosas, não demora e teremos galináceos encarcerados. 

É que rastreando hashtags, veja que moderna sofisticação – por essa o Daesh não esperava - os arapongas tabajaras de Temer descobriram algo que assombrou o mundo: galinhas estavam a ser treinadas para se espatifarem em aeroportos. 

As galinhas-bomba são uma invenção 100% nossa. assim como os brasileiríssimos terroristas de Facebook e aqueles perigosos cuspidores de fogo de sinais de trânsito. 

Mas as novidades não param por aí. acabam de descobrir uma nova célula do Daesh no Brasil, e também utilizando outro método 100% tupiniquim. 

Trata-se do recrutamento de prostitutas siliconadas para implantarem próteses com explosivos. 

As piriguetes-bomba iriam bombar durante os jogos. porém, foram desmascarados pela inteligência do secretário do PCC. 

Ele tá careca de saber que os turistas não vêm ao Brasil para ver aquelas chatas partidas de badminton ou as porcas provas de canoagem numa Guanabara onde flutuam cocôs, pneus, sofás e carcaças de geladeiras. 

Os jogos são uma desculpa para despistar as esposas. ]

Eles vêm farejando funk e fuck. o Ridjanêro é um paraíso para todo sexólatra inveterado.
Eles querem o fio dental, a garota de Ipanema, as tropicais mulheres frutas, o pecado da luxúria. 

E é aí que entram os caipiras de Alá e as piriguetes-bomba. 

Como se sabe, as pré-pago brasileiras costumam implantar silico nos lábios, seios e nas nádegas; por isso, popozudas estão a ser apalpadas por agentes secretos em qualquer local de grande aglomeração, sobretudo em bailes de bate coxa ou bate bunda.

Ronaldo, o Fenômeno, com experiência de três copas, é o olheiro do Ministério da Justiça.
Como ninguém, ele conhece do babado. 

Certa vez envolveu-se com três garotas na orla carioca, mas no apalpar conférico, ele percebeu que cada uma delas levava dentro das minúsculas calcinhas uma enorme banana de dinamite. 

Eram as virgens de Alá em fase de teste. 

Porém, mesmo sem as burcas, elas foram desmascaradas pelo sagaz centroavante.
O mundo, felizmente, está livre dessa ameaça. 

Mas ainda há outra notícia que deixou o planeta de queixo caído: um terrorista brasileiro acaba de se entregar à polícia, fato inédito no mundo. 

Como um Garrincha de alcorão, o sacana deu o drible da vaca no Daesh e em Alá. 

Ele achou que esse troço de virgens no céu era uma furada, mesmo porque só se é virgem uma vez. 

Depois do defloramento, pensou ele, o que farei no paraíso com aquele bando de barbudo que não bebe e com aquelas mulheres de bigode e sem cabaço? 

A brincadeira por lá logo perderia a graça.

DELAÇÃO PREMIADA
Ishperto e sem grana para ver os jogos, o sujeito já prepara uma delação premiada.

Entregará o chefe do terror, um barbudo com nove dedos, e com isso ganhará o perdão penal, a liberdade, duas virgens de capricórnio, um engradado de Heineken e alguns ingressos para a abertura e encerramento dos jogos olímpicos. 

Fez barba, cabelo e bigode, como diria morraméde.

Dito isso, digo mais.

O único fundamentalismo religioso que assombra o Brasil é o de Malafaia e Feliciano.

É a igreja de Cunha, com seu radicalismo pseudo puritano, que dá argumentos para que tarados saiam às ruas torturando travestis e transexuais, espancando gays e estuprando mulheres. 

Abominações. 

O Livro que essa gente se baseia para doutrinar midiotas, ordena o apedrejamento até a morte de adúlteras, narra a destruição de uma cidade inteira por causa do apelo homoerótico de alguns de seus habitantes e mostra, Alá seja louvado, um pai disposto a cortar a garganta do próprio filho para demonstrar sua fé no deus invisível. 

O perigoso livro de cabeceira de Malafaia, Cunha, Temer e Feliciano faz apologia a um deus suicida, pregado numa cruz, esquálido e com o corpo banhado em sangue. 

Esse era também o livro de cabeceira dos inquisidores que queimavam pessoas vivas, era o livro dos cruzados, dos genocidas matadores de índios, dos assassinos escravagistas, era o livro de cabeceira dos fabricantes da bomba atômica.

É o livro de Davi, o herói assassino.

É o Livro de Jacó, que deu porrada em um anjo e enganou o próprio pai para se dar bem. 

É nesse livro que deus expulsa seu primeiro filho de casa, com a nora e os netos juntos, só porque o casal pegou uma maçã na geladeira na calada da noite.

Velho sovina.

É nesse mesmíssimo livro que um deus furioso mata todos os bebês primogênitos do Egito, sem piedade, envenena as águas dos rios e mata afogado os soldados de faraó.

Aliás, é nesse livro que deus inunda a terra inteira, matando tudo o que vivia, salvando apenas uma família e um par de cada espécie de animal.

Um deus iracundo e perigoso.

Alá não aguenta meio round com ele.

Como se vê, os seguidores do deus de Temer são muito mais perigosos para todos nós do que um miserável caipira criador de galinhas.

E digo ainda mais.

TORNOZELEIRA-BOMBA
Se eu fosse Temer, eu pararia com esse jogo de cena e me preocuparia com terroristas de verdade. 

Há um homem-bomba solto nas ruas, um tal Cunha que chora sem verter lágrimas, aquele das pautas-bomba, o que iria implodir a República. 

O escroque agora está no meio da rua, Bíblia sob o sovaco, faca nos dentes e o pino da granada solto. 

Grita a plenos pulmões que sua esposa, a zoiúda, se nega a ser instrutora de squash nas celas de Bangu 1.

Cunha fará como o nosso Garrincha de alcorão: deletará, será premiado com a liberdade, as Heinekens, os ingressos e irá aos jogos com sua tornozeleira-bomba, ameaçando quem chegar perto. 

Por sua vez, Temer periga assistir aos jogos olímpicos numa TV de 14 polegadas, ao lado de alguns sujeitos com a barba por fazer. 

É o preço da traição. 

É como se pode ler nas escrituras que ainda não foram escritas:
Aqui se faz, aqui se paga.

*Jornalista, publicitário e roteirista

quinta-feira, 21 de julho de 2016

‘Somente Dilma, com o aval do Congresso, poderia propor novas eleições’

 

No mês passado, um grupo de seis senadores apresentou a ideia em forma de proposta de emenda constitucional e contou com apoio até de parlamentar peemedebista; joje, o texto conta com 30 assinaturas de senadores que apoiam ao menos a discussão.
 
Em entrevista ao InfoMoney, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) disse que a única forma possível para que sejam convocadas novas eleições sem que haja cassação da chapa Dilma-Temer no TSE seria por meio de projeto enviado pela própria presidente.

Datafolha real: 81% defendem o Fora, Temer!

 

247 publica os números reais da pesquisa Datafolha, corrigindo o erro deliberado cometido pela Folha de S. Paulo no último domingo, quando o jornal divulgou que 50% dos brasileiros acreditam que o melhor para o País seria a permanência de Michel Temer na presidência da República até 2018.
 
Na realidade, como a Folha excluiu do universo de sua amostragem os 62% dos brasileiros que preferem novas eleições, fez uma pesquisa com os 38% contrários a uma nova disputa eleitoral.
 
Se 50% destes preferem que Temer continue, eles representam 19% do total – o que significa dizer que a esmagadora maioria dos brasileiros (81%) defende uma outra saída para a crise política.
 
Os 19% de Temer são coerentes com os 14% que consideram sua administração ótima ou boa, mais 5% que preferem deixar tudo como está.

Lindbergh cobra desculpas do Datafolha e exige pesquisa verdadeira

 

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) cobrou do Datafolha um pedido de desculpas decorrente na fraude da pesquisa Datafolha, que apontou, de forma distorcida, que 50% defendem a permanência de Michel Temer no poder, quando o número real é de apenas 19%, enquanto 81% querem a saída do interino.
 
"Não foi imprecisão não, foi fraude mesmo", disse ele. Se a Folha de São Paulo e o Datafolha tivessem respeito ao povo brasileiro, eles pediriam desculpas e fariam uma outra pesquisa. Uma pesquisa verdadeira. Aí eu queria ver como está a popularidade desse presidente interino Michel Temer".


A presidente eleita Dilma Rousseff comentou nesta manhã, em entrevista à Rádio Pampa, do Rio Grande do Sul, a fraude na elaboração da pesquisa Datafolha e principalmente na divulgação dos resultados no fim de semana, que apontou que 50% da população brasileira queria a permanência de Michel Temer no poder, o que é falso.
 
"Não costumo comentar pesquisa, mas um fato deve ser olhado. Uma diferença de 3% pra 62% em relação ao que quer a população não é trivial", disse Dilma, sobre o percentual que defende novas eleições – o primeiro foi o divulgado pelo jornal e o segundo foi o que a pesquisa efetivamente identificou nas respostas dos entrevistados.
 
"Não é um descuido, o que é lamentável, porque todo mundo tinha em alta conta esse instituto de pesquisa", acrescentou a presidente.

Centrais preparam reação à reforma trabalhista

  "Na quarta-feira próxima, dia 26, a CUT e outras centrais sindicais vão se reunir em São Paulo para articular a reação à proposta de reforma trabalhista que foi anunciada pelo ministro interino do Trabalho, Ronaldo Nogueira, cujo objetivo principal é liquidar com as garantias da CLT, permitindo que os acordos trabalhistas prevaleçam sobre a lei", anuncia Tereza Cruvinel, colunista do 247.
 
"Estamos nos preparando para reagir, se for preciso, com uma greve geral", diz Maria das Graças Costa, diretora de relações de trabalho da CUT.
 
"Nós já conhecemos as propostas desta reforma, embora o governo esteja escondendo o jogo. Se aprovadas, na prática estarão sendo revogadas todas as conquistas já obtidas pelos trabalhadores e até mesmo a Lei Áurea, porque vão proliferar as condições de trabalho análogas à escravidão", completa a líder sindical.

Dilma: Decisão do Tribunal Internacional é um marco



Presidente recebeu nesta quinta-feira 21, no Palácio da Alvorada, grupo de juristas de vários países que sentenciaram ontem, no Tribunal Internacional pela Democracia, no Rio de Janeiro, que o processo de impeachment no Brasil viola a Constituição, se configura um golpe de Estado e deveria ser anulado.
 
"O fato de ser um tribunal internacional, com personalidades tão significativas representando, tudo isso dá para nós uma grande força e uma grande arma de disputa", disse Dilma.
 
"É fundamental para minha resistência", acrescentou.
 
Dilma disse que o cenário atual, que dá a impressão de que o problema foi resolvido com seu afastamento, "só pode acontecer com o imenso esforço da mídia, que culminou agora nessa pesquisa, que é uma verdadeira fraude jornalística".

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Doleira posa quase nua. E desnuda a PF

Por que ela está solta, Dr. Moro?

Fonte: Conversa Afiada, 20/07/2016
No Instagram de Ulisses Campbell, a foto de Jefferson Coppola, depois de outra foto ter sido rejeitada no Facebook (Reprodução: Marcelo Auler)


O Conversa Afiada publica irretocável reportagem de Marcelo Auler, que sofre uma implacável perseguição judicial de supostos servidores públicos, lotados interinamente na Polícia Federal, a sede da sedição.

(Marcelo também participa, com competência e profissionalismo, das denúncias que envolvem o Presidente interino em atos de corrupção.)

Pelas informações do jornal O Estado de S.Paulo de domingo (17/07), graças às delações premiadas, quinze dos condenados pela Operação Lava Jato já reduziram suas penas em 326 anos Isso corresponde a 28% dos 1.149 anos de prisão sentenciados pelo juiz Sérgio Moro.

Sorte maior, porém, teve a doleira Nelma Kodama. Com uma primeira condenação de 15 anos e investigada em mais 15 inquéritos ainda em andamento, mesmo sem ter delatado ninguém nas investigações da Lava Jato, teve a prisão domiciliar antecipada em três meses por Moro. Foi uma decisão atípica, em um despacho cujo teor está sendo mantido em segredo, como ele determinou:

“Por ora mantenho o sigilo sobre estes autos em relação a terceiros”.

Com isso, desde o final de junho ela está em casa, em São Paulo. Aproveitando-se da tornozeleira eletrônica de uso obrigatório, estreou como modelo em um ensaio fotográfico para a revista Veja.

Mensagem do repórter Ulisses Campbell no Instagram admitindo fotos mais ousadas.

É verdade que a foto que a revista publicou na edição desta semana (16 a 22 de julho) é até bem comportada entre outras da série clicada pelo fotógrafo Jefferson Coppola. Como admitiu no Instagram o jornalista Ulisses Campbell, autor da matéria na revista, houve fotos “mais ousadas”. Teriam sido, inclusive, rejeitadas pelo Face book.

Aguarda-se os próximos capítulos desta “novela” da doleira. Quem sabe ela não surgirá nas revistas masculinas apenas com a tornozeleira, única peça que não pode despir, sob o risco de voltar para detrás das grades?

Para antecipar o benefício da doleira, Moro, que já admitiu que a presa tem a “personalidade voltada para o crime”, substituiu a prisão preventiva que ele havia decretado em domiciliar. Com isso, descobre-se que Nelma, mesmo já estando condenada em segundo grau – o TRF-4 ao analisar seu recurso, reduziu-lhe a pena para uma condenação de 15 anos – continua presa preventivamente, e não pelo cumprimento da sentença.Agora, em prisão domiciliar.

Na edição da revista, a foto publicada é uma em que Nelma aparece mais comportada, feita por Jefferson Coppola (Reprodução)

A doleira foi a primeira a ser detida na Operação Lava Jato, na noite de sábado, 15 de março de 2014. Não havia sequer mandado de prisão contra ela. No aeroporto internacional de Guarulhos, onde ela embarcaria para Milão (Itália) o delegado Mauricio Moscardi Grillo e o agente Ronaldo Massuia, repassaram a seus colegas de plantão uma “história cobertura”, para justificar a prisão sem falarem das investigações da Lava Jato: ela estaria transportando dinheiro ilegalmente. Usaram o argumento de denúncia anônima, para explicar a informação que pode ter sido captada pelas escutas telefônicas que vinham sendo feitas.

Encarregado do plantão na delegacia do aeroporto naquela noite, o delegado federal Cássio Luiz Nogueira comandou pessoalmente a busca nos pertences da passageira e nada encontrou. A solução foi mandar chamar a única agente federal, Eliane (hoje delegada da Polícia Civil no Paraná) que estava no mesmo plantão, mas em outro ponto do aeroporto. Foi ela que ao fazer uma revista íntima, no banheiro feminino, encontrou o paco de dinheiro muito bem embalado – “parecia embalagem à vácuo”, comenta um dos presentes – com 200 mil Euros, alojado na calcinha. O que ela nega.

Só assim pode ser feito o flagrante e ela ser mantida presa. Mas criou-se um outro problema. As três celas existentes no aeroporto estavam ocupadas por traficantes homens,. Nelma passou a noite sentada em um banco, com um dos braços algemado a um cano, até ser transportada na manhã seguinte para a Superintendência do DPF em São Paulo, no bairro da Lapa.

Com medo de que a notícia da prisão dela vazasse e atrapalhasse a execução dos demais mandados contra doleiros, inclusive Alberto Youssef, previstos para serem cumpridos na segunda-feira, 17 de março, houve até uma tentativa de convencê-la a adiar a viagem. Ocorreu dias antes, através de um telefonema de um agente da polícia federal, sem que ele se identificasse como tal, para uma pessoa próxima à doleira. A empreitada, porém, não teve êxito.
Na decisão, mantida em segredo, Moro confessa que a situação de Nelma é complicada. Mesmo ela ainda sendo investigada em outros inquéritos – 15, segundo a revista Veja – ele antecipou em três meses a progressão da pena. Mas, como declarou, a prisão da doleira era preventiva e passou a domiciliar. Reprodução editada da decisão de Moro

Duas delações – Pelo que se sabe, o único prejuízo que essa antecipação pode ter causado, foi nas buscas e apreensões realizada na casa dela, em São Paulo. Ao chegar lá, na segunda-feira, a polícia deparou-se com sinais de que haviam estado ali e remexido gavetas, como narra o jornalista Vladimir Neto no livro “Lava Jato” (Editora Primeira Pessoa), lançado recentemente.
A situação de Nelma na Operação Lava Jato é, no mínimo, atípica.

Muito embora a Polícia Federal tenha espalhado que ela foi para a prisão domiciliar por conta da delação premiada, isto, de fato, não ocorreu. O próprio juiz Moro, em sua decisão, negou tal fato. Ele mesmo admitiu que a “situação processual da condenada é complicada”. E explicou na decisão mantida em segredo, como se constata na reprodução ao lado:

“A situação processual da condenada é complicada, pois foi feito um acordo de colaboração entre ela e a autoridade policial cuja validade é disputada pelo MPF.

Na pendência da resolução desta questão, surgiu outro complicador, a possível revelação, no acordo, de crime envolvendo pessoa com foro por prerrogativa de função”.

Pelo que se pode interpretar, a doleira fez uma “delação” na polícia e outra no MPF, onde entregou uma “pessoa com foro por prerrogativa de função”, cujo nome é mantido em sigilo.

Tem algum político? 
- Nelma foi condenada meses depois a 18 anos de prisão por Moro, pela lavagem de R$ 221 milhões. Em dois anos, ela teria enviado para o exterior U$S 5,2 milhões por meio de 91 operações de câmbio irregulares. A sentença foi revista pelo TRF-4. Depois de sentenciada, ela anunciou, em maio de 2015, que faria delação. Mas, já era tarde. Segundo sua própria versão, o interesse em delação premiada foi específico.

Como noticiamos em Quem com ferro fere… Força Tarefa da Lava Jato pode tornar-se alvo de delação premiada, a própria doleira, em carta endereçada ao desembargador Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, relator dos recursos nas ações da Lava Jato, explicou os motivos de não ter feito a delação logo ao ser presa. Ao chegar à custódia da Polícia Federal de Curitiba, ouviu do delegado Marcio Adriano Anselmo e do procurador Deltan Dallagnol um recado bastante claro e direto, como escreveu de próprio punho:

“Quando cheguei à Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, fui ouvida pelo delegado Márcio Anselmo, os procuradores Deltan Dallagnol e Orlando Martelo, os quais me perguntaram: A senhora tem algum político, ou negócio com tráfico de Drogas? Algum fato novo? Porque se a Sra. só tiver operaçõezinhas com chinesinhos não é do nosso interesse“(sic)

Conhecendo o inferno

– Depois, ela foi procurada pela delegada Andréa, de Brasília, para que falasse do doleiro Fayed Traboulsi. Foi no dia em que o ministro Teori Zavascki determinou a liberação dos presos da Lava Jato, mas o juiz Sérgio Moro questionou a medida, Aguardava-se uma nova decisão de Zavascki. Nelma, então, propôs esperar a manifestação do ministro, no que a delegada não concordou. Na carta, a doleira descreveu o que lhe aconteceu:

“No dia 11 de junho de 2014, descem à sala da carceragem dois agentes federais, a Dra. Andréa e ela disse rudemente que eu seria transferida para o ‘Complexo Penitenciário, para o sistema’, que lá eu teria tempo de sobra para pensar na resposta do Ministro. Deram-me cinco minutos para pegar meus remédios, uma roupa e me algemaram nas
mãos e nos pés e me transferiram para o Presídio Feminino de Piraquara”.

Ela continuou:

“Excelentíssimo desembargador,
eu conheci o inferno, em meio
a 450 detentas, fui ameaçada (abri inquérito) e nas minhas condições de saúde emagreci 15 quilos e fiquei emocionalmente abalada” (sic).

Da penitenciária ela foi retirada em março de 2015, quando então prestou depoimento ao delegado Mario Renato Fanton, endossando a tese de que seu ex-advogado, Marden Maués, junto com o advogado paulista Augusto de Arruda Botelho Neto, o delegado federal Paulo Renato Herrera e o ex-agente da polícia Federal, Rodrigo Gnazzo, estariam preparando um dossiê contra a Operação Lava Jato.

Neste período, acabou protagonizando um desentendimento entre Fanton e a delegada Daniele Gossenheimer Rodrigues, chefe do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e esposa de Igor. Tudo por conta de a presa ter reconhecido, entre as fotografias que lhes foram apresentadas, o Agente Fabio do NIP ligado a Daniele, como um dos presentes quando ela foi ouvida pelo delegado Moscardi em uma sindicância. De certa forma isto poderia significar o envolvimento do agente com o então seu advogado, Maués. Fanton manteve nos autos este reconhecimento, feito em cima de fotos mostrada à presa pelo delegado Igor. Daniele não queria que esta peça foi anexada ao inquérito. Achava inadmissível o agente Fabio ter sido reconhecido pela doleira. Tudo girava em torno do suposto dossiê contra a Lava Jato que estaria sendo preparado.


Contribuição de Nelma
– A versão da existência desse dossiê, montado por um grupo “dissidente” surgiu da lavra do delegado Igor Romário de Paulo, Coordenado Regional da Delegacia de Repressão a Organizações Criminosas (DRCOR). Coincidentemente, a história do dossiê aparece após O Estado de S. Paulo, em novembro de 2014, divulgar postagens de delegados da Lava Jato no Face book apoiando o candidato tucano Aécio Neves e criticando o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua candidata Dilma Rousseff. Pelo que os delegados da Lava Jato levantaram, até com a estranha colaboração de jornalista, as postagens teriam chegado à imprensa após passarem pelas mãos de Herrera e Botelho Neto. Entre as postagens uma era de Igor.

As informações que Igor disse ter recebido de “fontes humanas” foram endossadas pela doleira Nelma. Ela então passou a ser peça fundamental nesta história. Após esse depoimento, com sua amiga e fiel companheira Iara, foi mantida na custódia da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, mesmo depois de confirmada a condenação em segunda instância. Mas, como se viu acima no despacho de Moro, ainda cumpria prisão preventiva.

Na época, quem tomou conhecimento dos três depoimentos de Nelma ficou com a nítida impressão de que ela, após a condenação a 18 anos – seu recurso não havia sido julgado – , estava desesperada para reverter a pena. Para tal, seria capaz de falar o que fosse conveniente. .

A questão é que não havia mais como reduzir esta condenação,. Afinal, ela não aceitou a delação premiada sobre a Lava Jato. Foi quando a Polícia Federal, para justificar sua permanência na custódia, obteve outro tipo de delação, ainda mantido em segredo, pois não homologada oficialmente. Pelo que saiu publicado na imprensa, ela confessou que fazia operações de câmbio para comerciantes da 25 de Março, principal centro de comércio informal de São Paulo. Seriam os “chinesinhos” dos quais Marcio Anselmo e Deltan não queriam saber?

Corrupção imaterial
– O fato é que após o seu depoimento confirmando a existência do dossiê que jamais foi encontrado, Nelma não mais retornou à penitenciária, Continuou dividindo a cela da custódia da SR/DPF/PR com a amiga inseparável Iara. Com o retorno de Fanton para Bauru, sua delegacia de origem, o inquérito 737 que apurava a suposta existência do dossiê passou a ser presidido pela delegada Tânia Fogaça, da Corregedoria em Brasília. Ela não encontrou dossiê, tampouco descobriu qualquer pagamento aos “dissidentes”. Nos diversos depoimentos que tomou de advogados que militam na Justiça Federal, nenhum confirmou a existência do documento.

Ainda assim, o delegado Herrera foi indiciado por “corrupção passiva” e os demais por contribuírem para o crime ser efetivado. Foi a chamada corrupção imaterial, cujo ganho seria a queda da chefia da superintendência. Até hoje este inquérito não se encerrou, mas Nelma, que ajudou a deslanchá-lo, já se beneficiou com a prisão domiciliar, voltando para seu apartamento de 500 metros quadrados que, embora confiscado pela Justiça, ela continua a usufruí-lo.

Como disse à Veja, terá que recomeçar a vida. Alega estar sem dinheiro e devendo, inclusive ao advogado Maués. Talvez, mais do que nunca, possa repetir o que um dia escreveu em um e-mail:

“Sou um ser humano e não só a tia de aço. Como todos e muitos carrego defeitos e emoções às vezes a flor da pele… (…) Eu ainda tenho e carrego uma cicatriz muito exposta do meu passado … Primeiro obviamente como mulher … e obviamente a mais exposta … e dolorida. Segundo como pessoa jurídica … Pois ao longo desses anos e diante dessa profissão a qual muito me orgulho e confesso com tesão … Sou doleira sim e com muito orgulho …. KKK É, talvez eu seja mesmo a última dama do mercado tão respeitado e, hoje, infelizmente, tão avacalhado“.

O recomeço, quem sabe, tenha acontecido, com ela posando de modelo.

Gleisi: Datafolha mostra “a mão da mídia nesse golpe”


Em vídeo nas redes sociais, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) denuncia que o resultado da última pesquisa Datafolha "não corresponde à realidade" e afirma que a "pesquisa induziu à opinião de quem entrevistou" ao não perguntar ao eleitor sobre novas eleições.

Com isso, o percentual que prefere um novo pleito caiu de 79% para 3%. "Isso é manipulação de dados, é indução. E nós temos que ter cuidado", afirma Gleisi.

Ela aponta ainda uma campanha em favor da avaliação de Temer, completamente diferente do que se fazia durante o governo Dilma.

"Agora eles estão dizendo que nós não temos crise, que as coisas estão melhorando e que a população aceita o Temer", observa. O motivo, diz a senadora, é o fato de o Ministério Público ter confirmado que a presidente eleita não cometeu crimes.

"Querem criar um clima agora de que a saída da presidenta é melhor para o Brasil".

Decretos de Temer colocam TCU num beco sem saída


Como a perícia do Senado já deixou claro que a presidente Dilma Rousseff não participou das "pedaladas fiscais" e o Ministério Público Federal indicou que elas não constituem crime, restaram, como argumento para o impeachment, os decretos de crédito suplementar editados pela presidente.

No entanto, há um novo problema na trama atual: tais decretos foram feitos por todos os presidentes na história do País e continuam a ser editados até pelo interino Michel Temer, como um instrumento natural de gestão.

Diante desse imbróglio, o Tribunal de Contas da União agora se vê numa enrascada: ou isenta a presidente Dilma Rousseff de crimes inexistentes ou também condena o interino Temer.

Estrella: O Pré-Sal é nosso


Na primeira de uma série de entrevistas ao diretor do 247 em Brasília, Paulo Moreira Leite, o geólogo Guilherme Estrella, líder da equipe que liderou a descoberta das reservas do pré-sal, explica que o fator político foi decisivo para dar um novo rumo à Petrobras, que em 2002 tinha reduzido suas atividades de pesquisa a quase à metade e corria o risco real de enfrentar uma "situação fora de controle, de perda de sustentabilidade", nos dez anos seguintes.

O adversário de primeira hora do projeto privatizante em debate no Congresso, Estrella afirma que a empresa só conseguiu recuperar-se após as mudanças iniciadas no governo Lula, que levou a Petrobras a ampliar a aquisição de novas reservas para "reassumir sua posição de principal condutora do setor petrolífero".

Empresa ligada a Jucá recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras


A Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermediação de Negócios, citada em delação de um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Jucá (PMDB), ex-ministro de Michel Temer, recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas na Lava Jato.

De acordo com o Ministério Público Federal, os repasses foram feitos pela Andrade, Mendes Junior e OAS, de 2010 a 2012.

O atual presidente do PMDB, Jucá já foi citado em outras delações como beneficiário de propina por obras da Petrobras e por contratos no setor elétrico.

Foi também ele quem afirmou que o impeachment deveria ocorrer para "estancar a sangria" da Lava Jato.

MPs de Temer podem levar TCU a mudar julgamento de Dilma


Ministros do TCU têm questionado não haver diferença substancial entre as medidas provisórias editadas por Dilma Rousseff e condenadas pelo tribunal e as que o governo interino Michel Temer defende e vem adotando durante sua interinidade.

O ministro Bruno Dantas reconheceu que o TCU está numa “posição incômoda” e afirmou que não é papel do órgão dar “conforto prévio” ao governo federal.

Para que as "pedaladas" de Temer não se tornem crime, TCU deve mudar o julgamento de Dilma – mas sem inocentá-la, claro.

Datafolha admite erro pró-Temer em sua pesquisa


O Instituto Datafolha confirma que cometeu uma "imprecisão", ao divulgar pesquisa, no último domingo, informando que 50% dos brasileiros querem que Michel Temer continue presidente e apenas 3% defendem novas eleições – quando o número real é próximo a 60%.

A fraude foi apontada por 247 no último domingo e denunciada ontem pelo jornalista Glenn Greenwald.

Folha chegou aos 50% pró-Temer ao excluir da questão "Dilma ou Temer" a hipótese de novas eleições.

O erro foi reconhecido por Luciana Schong, diretora do Datafolha, que afirmou, no entanto, que as perguntas foram determinadas pela Folha, de Otávio Frias Filho.

Segundo Greenwald, ao incitar um golpe e manipular informações para que ele se consolide, a mídia brasileira representa uma ameaça à democracia e à liberdade de expressão.

Indicado por Renan para Ministério do Turismo é réu por falsidade ideológica

Deputado é acusado de ter apresentado ao Ministério da Previdência comprovantes de repasse e recolhimento contendo informações falsas. Nomeação está prevista para amanhã (hoje)

Fonte: Congresso em foco, 19/07/2016
Câmara dos Deputados

Em seu primeiro mandato na Câmara, o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL) vive a expectativa de ser anunciado pelo presidente interino, Michel Temer, como novo ministro do Turismo. Indicado pelo presidente do Senado, o seu conterrâneo e correligionário Renan Calheiros (PMDB-AL), Beltrão é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsidade ideológica. O deputado é acusado de ter apresentado ao Ministério da Previdência Social comprovantes de repasse e recolhimento contendo informações falsas.

Devido ao recesso branco na Câmara (17 de junho a 1º de agosto), o deputado não está em Brasília. Sua assessoria disse ao Congresso em Foco que Marx não vai se pronunciar, alegando não fazer sentido que ele se antecipe a uma nomeação ainda não confirmada.

Caso sua nomeação seja confirmada, Marx Beltrão substituirá Henrique Eduardo Alves (PMDB), que ocupou o cargo também no governo Dilma. Investigado na Operação Lava Jato, Henrique Eduardo deixou a pasta após ser alvo da delação premiada do ex-senador Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Na Ação Penal 931, relatada pelo ministro Roberto Barroso, Marx Beltrão responde por ato relativo à sua passagem pela prefeitura de Coruripe. De acordo com o Ministério Público Federal, o então prefeito e o presidente da Previcoruripe, autarquia responsável pela gestão do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos do município, fraudaram a quitação previdenciária do município ao Ministério da Previdência.

Segundo a denúncia, o objetivo da fraude era tornar Coruripe adimplente com a União e, assim, receber transferências voluntárias de recursos e financiamentos de instituições financeiras federais. Com a manobra, prossegue a acusação, a prefeitura deixou de repassar ao Fundo de Previdência do município cerca de R$ 626 mil de contribuições devidas, entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011.

O prefeito e o presidente da autarquia, no entanto, assinaram seis comprovantes de repasse atestando o recolhimento integral da parcela patronal no período. De acordo com o Ministério Público, os próprios denunciados reconheceram a falsidade das informações ao parcelarem os valores da dívida junto à Previdência.

Comprovantes de depósitos que integram o inquérito policial mostram que Marx Beltrão depositou R$ 991,1 mil na conta do Previcoruripe apenas em julho de 2012 para quitar a dívida. Ou seja, à época da elaboração e apresentação dos Comprovantes do Repasse e Recolhimento ao Regime Próprio, o município não havia feito o repasse integral dos valores.

O envio dos comprovantes é obrigatório para atestar repasses ao regime próprio de previdência e evitar a suspensão do repasse de verbas federais. O deputado alega que não houve má-fé de sua parte e que não pode ser responsabilizado. Caso sejam condenados, Marx Beltrão e Márcio Barreto, presidente da Previcoruripe à época, poderão receber pena de reclusão de um a cinco anos, além de pagar multa.

Criada em 2010, a Previcoruripe é a autarquia responsável pela gestão do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos municipais de Coruripe. Como todo regime de previdência social, o Previcoruripe é custeado por contribuições do orçamento geral do município, dos servidores ativos, inativos e dos pensionistas. Mas é o Ministério da Previdência Social o responsável pela orientação, supervisão e acompanhamento dos regimes previdenciários próprios, tendo sido criado o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) para atestar que o regime encontra-se adimplente e assim possibilitar ao município o recebimento de verbas federais, observa o Ministério Público Federal.

Proposta de Temer para educação vai destruir o Fies, diz Humberto


Senador e líder do PT no Senado, Humberto Costa (PT-PE), criticou duramente as mudanças propostas pelo governo interino de Michel Temer (PMDB) realizadas no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Na última sexta-feira (15), o ministro da Educação, o pernambucano Mendonça Filho (DEM), anunciou as primeiras mudanças onde parte da remuneração destinada aos bancos será custeada pelas faculdades que participam do programa. As entidades afirmam que a mudança deve gerar impacto no reajuste das mensalidades já no ano que vem.

"Essa medida prejudica apenas os estudantes. São eles que, no final, vão pagar essa conta. Pelos cálculos do governo interino, serão cortados incentivos da ordem de R$ 400 milhões para o programa. E tem gente que ainda quer que a gente acredite que essa é uma medida boa", disparou.

Cineastas registram últimos momentos de Dilma antes da votação do impeachment


Anna Muylaert, Cesar Charlone e Lô Politi estão bancando do próprio bolso o custo inicial do filme em que acompanham Dilma Rousseff depois que ela foi afastada do mandato.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, Politi diz que eles foram seduzidos pela ideia de lançar um filme sobre "um período absolutamente inédito da história", em que o Brasil tem uma presidente que não exerce o poder e outro, Michel Temer, que ainda não é presidente mas cumpre a função praticamente em sua plenitude.

Charlone será diretor de fotografia, Anna Muylaert, a roteirista e Lô assinará a direção.

Sede da Polícia Federal é atacada a tiros em Goiânia

 

Fachada da instituição, que fica no Setor Bela Vista, bairro nobre da capital goiana, ficou crivada de balas.
 
As imagens de câmeras de segurança que monitoram o local registraram, no momento do ocorrido, um carro branco passando em frente ao prédio.
 
Os policiais federais que estavam no plantão ouviram os disparos, mas ninguém se feriu. A PF ainda não se manifestou sobre o episódio

terça-feira, 19 de julho de 2016

Deputado é acusado de ter apresentado ao Ministério da Previdência comprovantes de repasse e recolhimento contendo informações falsas. Nomeação está prevista para amanhã
Câmara dos Deputados

Deputado substituirá Henrique Alves, abatido por denúncias da Lava Jato
Em seu primeiro mandato na Câmara, o deputado Marx Beltrão (PMDB-AL) vive a expectativa de ser anunciado pelo presidente interino, Michel Temer, como novo ministro do Turismo. Indicado pelo presidente do Senado, o seu conterrâneo e correligionário Renan Calheiros (PMDB-AL), Beltrão é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por falsidade ideológica. O deputado é acusado de ter apresentado ao Ministério da Previdência Social comprovantes de repasse e recolhimento contendo informações falsas.

Devido ao recesso branco na Câmara (17 de junho a 1º de agosto), o deputado não está em Brasília. Sua assessoria disse ao Congresso em Foco que Marx não vai se pronunciar, alegando não fazer sentido que ele se antecipe a uma nomeação ainda não confirmada.

Caso sua nomeação seja confirmada, Marx Beltrão substituirá Henrique Eduardo Alves (PMDB), que ocupou o cargo também no governo Dilma. Investigado na Operação Lava Jato, Henrique Eduardo deixou a pasta após ser alvo da delação premiada do ex-senador Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.

Na Ação Penal 931, relatada pelo ministro Roberto Barroso, Marx Beltrão responde por ato relativo à sua passagem pela prefeitura de Coruripe. De acordo com o Ministério Público Federal, o então prefeito e o presidente da Previcoruripe, autarquia responsável pela gestão do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos do município, fraudaram a quitação previdenciária do município ao Ministério da Previdência.

Segundo a denúncia, o objetivo da fraude era tornar Coruripe adimplente com a União e, assim, receber transferências voluntárias de recursos e financiamentos de instituições financeiras federais. Com a manobra, prossegue a acusação, a prefeitura deixou de repassar ao Fundo de Previdência do município cerca de R$ 626 mil de contribuições devidas, entre dezembro de 2010 e dezembro de 2011.

O prefeito e o presidente da autarquia, no entanto, assinaram seis comprovantes de repasse atestando o recolhimento integral da parcela patronal no período. De acordo com o Ministério Público, os próprios denunciados reconheceram a falsidade das informações ao parcelarem os valores da dívida junto à Previdência.

Comprovantes de depósitos que integram o inquérito policial mostram que Marx Beltrão depositou R$ 991,1 mil na conta do Previcoruripe apenas em julho de 2012 para quitar a dívida. Ou seja, à época da elaboração e apresentação dos Comprovantes do Repasse e Recolhimento ao Regime Próprio, o município não havia feito o repasse integral dos valores.

O envio dos comprovantes é obrigatório para atestar repasses ao regime próprio de previdência e evitar a suspensão do repasse de verbas federais. O deputado alega que não houve má-fé de sua parte e que não pode ser responsabilizado. Caso sejam condenados, Marx Beltrão e Márcio Barreto, presidente da Previcoruripe à época, poderão receber pena de reclusão de um a cinco anos, além de pagar multa.

Criada em 2010, a Previcoruripe é a autarquia responsável pela gestão do Regime Próprio de Previdência dos servidores públicos municipais de Coruripe. Como todo regime de previdência social, o Previcoruripe é custeado por contribuições do orçamento geral do município, dos servidores ativos, inativos e dos pensionistas. Mas é o Ministério da Previdência Social o responsável pela orientação, supervisão e acompanhamento dos regimes previdenciários próprios, tendo sido criado o Certificado de Regularidade Previdenciária (CRP) para atestar que o regime encontra-se adimplente e assim possibilitar ao município o recebimento de verbas federais, observa o Ministério Público Federal.

Diretor da Fiesp que deve R$ 6,9 bilhões à União renuncia ao cargo


Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) informou nesta quarta-feira, 20, que o empresário Laodse de Abreu Duarte renunciou ao cargo de diretor não remunerado.

Laodse Duarte é apontado como o maior devedor pessoa física do Brasil, com uma dívida de R$ 6,9 bilhões à União.

"A Fiesp não faz pré-julgamentos sobre casos que estão na esfera judicial. A Fiesp reafirma seus princípios: da mesma forma como condena a excessiva carga tributária do país, é intransigente no combate à sonegação e à corrupção", disse a entidade em nota à imprensa.

Temer tem tudo a perder com a Olímpiada e Dilma tudo a ganhar


"Temer terá que fazer de tudo – inclusive rezar - para evitar um atentado terrorista", destaca Alex Solnik, colunista do 247.

"Se acontecer", prevê o jornalista, passará a imagem de que o governo "não tem capacidade de proteger nem brasileiros nem turistas vai perder rapidamente o já parco apoio popular que ainda tem".

Sobre protestos, "o governo vai se defrontar com um dilema atroz: se não reprimir vai deixar que o mundo veja que a população protesta contra o golpe do impeachment. Se reprimir, vai mostrar ao mundo sua face repressora".

"Se a Olimpíada, antes de começar, já é rejeitada pela metade da população tudo o que acontecer de negativo será debitado na conta de Temer e não na de Dilma", analisa Solnik.

Jornalista diz que a Folha de São Paulo fraudou pesquisa para ajudar Temer


O jornalista Gleen Greenwald publica nesta terça (19), em parceria com o repórter Erick Dau, no The Intercept, matéria em que acusa a Folha de S. Paulo de “comprometer-se com a maior fraude jornalística para impulsionar o presidente provisório Michel Temer".

Greenwald falam do sumiço das pesquisas e, sobretudo, do “sumiço” das maiorias que as mesmas pesquisas diziam, há três meses, desejarem novas eleições.

Os jornalistas ainda questionam a “maioria pró-Temer” jamais registrada antes: 50% desejando que ele permaneça no comando do país.

No último fim de semana, o 247 também questionou os dados do Datafolha tomando como base os números de pesquisa realizada pelo mesmo instituto em abril na qual 60% dos brasileiros pediam novas eleições.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

Temer quer mandar no Copom e a imprensa se cala


"O que diriam mercados e mídias se Dilma Rousseff, na Presidência, declarasse que mandou a equipe econômica reduzir os juros?", questiona Tereza Cruvinel, que já imaginou a cena.

"Seria um Deus nos acuda: intervencionismo, voluntarismo, violação da independência do Banco Central, manipulação do Copom e outras acusações que foram muito frequentes antes do afastamento dela".

"A jornalista critica o "silêncio benevolente da mídia, mercado e oposição" diante de "uma declaração de Temer que seria intolerável se partisse de Dilma ou de outro. Em entrevista à GloboNews, ele revelou com a maior candura ter pedido à área econômica que reduza os juros".

Tom Zé: Brasil sofreu golpe e vive ditadura mascarada


Em entrevista ao Diário de Notícias, um dos principais jornais de Portugal, o músico brasileiro Tom Zé denuncia o golpe contra Dilma Rousseff: "A gente vive uma ditadura mascarada. [É] Um governo fazendo tudo o que uma democracia não faz e que não quer ser chamado de ditadura. 

Todo o dia mudam a acusação [contra Dilma], agora no Senado disseram que ela não tem nada com pedaladas fiscais [a deliberação veio do Ministério Público Federal, em relação ao caso Safra, onde foi decidido não existir crime do governo de Dilma]. Se muda a acusação têm de tirar todo o processo de impeachment"

Agripino minimiza papel do crime de responsabilidade no impeachment


“O crime de responsabilidade é a peça jurídica que é exigida para que o processo exista, mas a necessidade de troca de comando, de exaustão do modelo do PT é que levou a tantos votos para o andamento do processo”, afirmou o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia.

Ele comemora a eleição de Rodrigo Maia à presidência da Câmara e diz que seu desafio será agregar, ser o presidente de todos e obter a aprovação de medidas para que o país saia da crise.

Sugere ainda uma dívida com o PSDB: “há uma intenção de em 2017 o DEM apoiar um nome do PSDB para comanda a Câmara”.

Requião: Dilma com plebiscito tem 40 votos!

Bye-bye, Traíra! 

Requião assegura que “não vai ter golpe no Senado” e contabiliza 40 votos contrários ao impeachment

Fonte: Conversa Afiada, 17/07/2016
Cride.jpg
O Conversa Afiada reproduz post do Blog do Esmael:


O senador Roberto Requião (PMDB-PR), um dos coordenadores da vota de Dilma Rousseff, garante que já são 40 senadores contrários ao afastamento definitivo da presidente da República. A animação do parlamentar é procedida de uma sentença lacônica: “Já está resolvido: não vai ter golpe no Senado!”.

Para arquivar o processo de impeachment no Senado são necessários apenas 27 votos, ou seja, um terço dos 81 senadores (para aprovar o golpe são necessários dois terços, ou 54 votos).

A afirmação do senador peemedebista “coincide” com números desesperados do Datafolha, divulgados às pressas neste fim de semana, tentando salvar o interino Michel Temer (PMDB) e induzir senadores ao erro.

A pesquisa em tela é tão tosca ao ponto de assegurar que os brasileiros são favoráveis à política econômica de Temer, isto é, do desemprego crescente e do possível aumento da jornada para 80 horas semanais aos trabalhadores (sic).

Enfim, o Datafolha tortura os números para chegar a uma realidade que não existe no país.

“A experiência interina foi ruim. Vamos recomeçar, Dilma volta, apoia plebiscito e a decisão será do povo brasileiro. Questão de dignidade!”, exemplificou Requião.

Em seu Twitter, o senador do PMDB mostra o que podem ser os verdeiros números sobre a rejeição do interino Michel Temer. Nada mais nada menos que 87% responderam favoravelmente ao retorno da presidente eleita em enquete do parlamentar.

“Não vai ter golpe no Senado por que não teve crime de responsabilidade da presidente Dilma, segundo o Ministério Público Federal. Portanto, prevalece o princípio da legalidade nullum crimen nulla poena sine lege, que é cláusula pétrea da Constituição Federal de 1988″, disse Requião.

domingo, 17 de julho de 2016

O crime do Lula

 

Para o colunista Jeferson Miola, "Lula comete o crime de liderar todas as pesquisas eleitorais"; "A resistência do ex-presidente mais popular da história do Brasil é um pecado.
 
É uma heresia que afronta o dogma do poder conspirador da mídia. E é, em razão disso, um indicador de que a direita deverá empreender ataques mais violentos para destruí-lo", escreve.
 
"Eles farão de tudo para prendê-lo, mesmo de maneira injusta e ilegal. Por absoluta falta de motivos, e como não conseguirão prendê-lo, tentarão cassá-lo politicamente, impedindo sua candidatura para retornar à Presidência do Brasil na eleição de 2018", prevê Miola.
 
Para ele, "o golpe de Estado perpetrado através da farsa do impeachment não autoriza ilusões: a direita cada vez mais fascista não hesita em lançar mão de recursos totalitários, se isso for indispensável para concretizar seus interesses estratégicos".