sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Nélio: “Senador tramou contra o município de Santarém”

(O Impacto) - Inconformado com o anúncio de que a concessão da rodovia Santarém-Cuiabá (BR-163) chegará somente até o Porto de Miritituba, o médico e ex-deputado estadual Nélio Aguiar fez sérias revelações sobre a possível causa da privatização da estrada não chegar até o marco zero, no Porto da Companhia Docas do Pará (CDP), em Santarém.
Para ele, a disputa comercial entre as empresas graneleiras Amaggi e Cargill é o principal problema da concessão não chegar até Santarém. Tudo isso, segundo Nélio Aguiar, está acontecendo por causa da Amaggi, de propriedade do ex-governador do Estado do Mato Grosso e atual Senador, Blairo Maggi, ter o planejamento de construir um porto graneleiro em Miritituba, onde já existem dois funcionando e há o projeto de construção de mais oito portos.

“A gente questiona a existência de interesses comerciais, até porque a gente sabe da concorrência das empresas do Blairo Maggi, ex-governador do Mato Grosso, em relação à própria Cargill, que está instalada em Santarém. Existem outros interesses, não somente políticos, mas também comerciais, de deixar Santarém de fora desse projeto”, afirma Nélio.
Ele esclarece que vem fazendo o alerta sobre a concessão da BR-163 desde o ano passado, quando revelou que governo Federal planejava privatizar a rodovia Santarém-Cuiabá, somente até o Porto de Miritituba. “No ano passado eu estive em Brasília, em uma audiência com o Ministro do Planejamento e também numa reunião na Associação Comercial e Empresarial de Santarém (ACES) sobre a intenção do governo Federal na concessão da BR-163, que está previsto que ela chegue só até Miritituba. Eu fiz esse questionamento em Brasília. Eu disse: Ministro, a BR-163 não começa e nem termina em Miritituba, o marco zero da rodovia é no porto da CDP, em Santarém”, lembra Nélio Aguiar.

Para ele, tanto a população quanto as autoridades devem ter a visão de que a concessão deve chegar até o porto da CDP, em Santarém, porque os munícipes sofrem o mesmo impacto do escoamento da soja, no País. “Então, não é só Miritituba que vai ter necessidade de ter uma rodovia bem asfaltada e segura. Nós também temos essa necessidade. Por isso, há a necessidade de que Santarém não fique de fora dessa concessão, isso é uma injustiça! Nós temos que lutar. Os nossos representantes em Brasília têm que se envolver cada vez mais”, comenta Nélio Aguiar.

Sonho antigo dos empresários do agronegócio, a chamada ‘saída pelo Norte’ começou a virar realidade em abril de 2014, quando a empresa americana Bunge inaugurou o complexo portuário em Miritituba e Vila do Conde, no Pará. Miritituba e Santarenzinho, às margens do rio Tapajós, são os locais com o maior número de projetos de construção de portos, segundo a Secretaria de Portos (SEP). Ao todo 8 novos portos devem ser construídos em Miritituba e Santarenzinho, de acordo com a SEP. A lista inclui as empresas Cianport, Hidrovias do Brasil (Pátria), Cargill, Unirios, Amaggi, Dreyfus, Odebrecht e Bertolini.

O corredor abre uma nova rota para a exportação da soja e do milho colhidos no entorno dos municípios de Sinop, Sorriso, Nova Mutum e Lucas do Rio do Verde, cortados pela BR-163. Hoje, mais de 70% da safra mato-grossense é escoada pelos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), a mais de 2 mil quilômetros da origem. Alguns caminhões vão ainda mais longe, até São Francisco do Sul (SC) e Rio Grande (RS).

O objetivo é transformar o Distrito de Miritituba em uma espécie de “hub”, capaz de receber a produção do Médio-Norte de Mato Grosso e distribuí-la em comboios de barcaças para os portos exportadores de Santarém (PA), Vila Rica (PA) e Santana (AP).

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS: Além de Santarém estar sendo deixada de fora da concessão da BR-163, de acordo com médico Nélio Aguiar, a cidade também foi excluída das audiências públicas sobre o projeto de privatização da zona de escoamento da soja. Na última segunda-feira, 18, uma audiência pública realizada em Brasília, no Distrito Federal, avaliou o trecho enquadrado da BR-163, no Programa de Exploração da Rodovia (PER), para a concessão.

Além dela, no dia 21 deste mês, aconteceu uma audiência pública, em Itaituba, onde debateu o corredor de escoamento de soja pela Região Norte do Brasil. Para o dia 26 deste mês também foi confirmada uma audiência em Sinop, no Estado do Mato Grosso.
“Pra gente ter uma idéia, até das audiências públicas Santarém ficou excluída. Nos excluíram até da oportunidade de nós participarmos da discussão e do debate. 

Se quisermos participar da discussão nós temos que nos deslocar até Itaituba ou Sinop, porque em Santarém não vai ser realizada nenhuma audiência pública. As três audiências públicas todas serão fora de Santarém. Então, aqui em Santarém nós sofremos diretamente o impacto da exportação da soja”, diz Nélio Aguiar.

Ele aponta que a população é testemunha da quantidade de carretas que estão chegando em Santarém, o que está aumentando a cada ano e a tendência é não diminuir. Nélio destaca que existe a previsão da construção de mais quatro portos em Santarém, o que significa que mais carretas devem circular com destino a cidade.

“Então, por que vamos ficar de fora? Por que essa visão de fazer uma concessão somente até Miritituba? E os demais 320 quilômetros, desde o quilômetro 30 até o porto de Santarém vão ficar abandonados? Vão ficar esburacados? Vão ficar sem ser duplicados? Porque o governo federal não vai dar conta disso. O governo federal não vai ter recursos para isso”, dispara Nélio Aguiar.

Fonte: Blog do Jota Parente, 22/01/2016

Em depoimento à PF, Lula diz que esquema de compra de MP é "coisa de bandido"

De Brasília, 22/01/2016

Em depoimento à Polícia Federal no inquérito que apura a compra de medidas provisórias em seu governo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou que nunca recebeu lobistas enquanto presidente da República e classificou de "coisa de bandido" a combinação com empresários para viabilizar normas de interesse do setor automobilístico.

Ernesto Rodrigues/Folhapress
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Em 10 páginas de depoimento prestado no último dia 6 de janeiro, obtidas pelo jornal "O Estado de S. Paulo", o ex-presidente afirmou que não foi comunicado por um dos seus filhos, o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, de que havia sido contratado por R$ 2,5 milhões pelo lobista Mauro Marcondes Machado, preso sob acusação de operar o suposto esquema de compra de medidas provisórias. O esquema, que resultou na Operação Zelotes, foi revelado em série de reportagens de "O Estado de S. Paulo" publicadas em outubro.

Lula, conforme transcrição da PF, "fez questão de registrar" que não recebia lobistas e que "tanto ele quanto seus parentes jamais exerceram lobby ou consultoria empresarial". O petista alegou que nunca obteve "benefício decorrente" dessa atividade.

O ex-presidente "afirmou ainda que mesmo após sua saída do cargo público, nunca nem ele nem seus parentes realizaram atividade de lobby ou consultoria empresarial. Disse que fazia questão de informar que realiza conferências no Brasil e no exterior, sempre em defesa do interesse nacional, e que tomou como decisão de honra não interferir na gestão do novo governo", registrou a PF.

Lula disse acreditar "que Luís Cláudio tenha procurado Mauro Marcondes para obter patrocínio para seu projeto na área de futebol americano" e que, pelo que sabe, o filho foi contratado para estudos na área do esporte".

O ex-presidente ressaltou que ele e o Instituto Lula não têm qualquer tipo de relacionamento financeiro com a empresa do filho, a LFT Marketing Esportivo. Aos investigadores, sustentou nunca ter indicado "potenciais clientes ao seu filho, como também ele nunca lhe pediu". Acrescentou ainda não saber dizer quando Mauro Marcondes e sua mulher, Cristina Mautoni, conheceram Luís Cláudio.

Bandido

O ex-presidente foi questionado pela PF sobre arquivo encontrado no computador da empresa de Marcondes, no qual estava registrado: "A MP foi combinada entre o pessoal da Fiat, o presidente Lula e o governador Eduardo Campos (morto em 2014)". "Combinação nesse tipo é coisa de bandido", reagiu o petista, acrescentando que não ocorreu a transação mencionada.

Lula afirmou que participou de uma reunião, a pedido de Eduardo Campos, na qual o ex-governador de Pernambuco levou o dirigente da Fiat na América Latina Cledorvino Belini. O ex-presidente, porém, diz não se recordar se o empresário ainda era da Fiat ou se já estava na Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

Lula explicou que, no encontro, foram esclarecidos os benefícios da instalação da fábrica da montadora em Pernambuco. A partir dessa reunião, afirmou, as discussões transcorreram dentro dos setores técnicos dos ministérios.

Ciro Gomes diz que só idiota acredita na reaproximação de Michel Temer

Reconquistar a confiança é um processo difícil e demorado

Ex-ministro Ciro Gomes (PDT) voltou a atacar o vice-presidente Michel Temer (PMDB) e questionou sua tentativa de se reaproximar do governo: “Só quem for idiota acredita. Agora isso não quer dizer que a presidenta tenha que repudiar isso. Até porque a política vive desses bailados”, afirmou, em coletiva ao lado do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi.

“O que é importante é não acreditar, porque ele está no golpe e é capitão dele”, acrescentou. Ciro tem sido indicado como a aposta do ex-presidente Lula para 2018 caso decida não entrar novamente na disputa. 

Segundo Lupi, há uma "parcela significativa" do PT que enxerga "com muita simpatia" o nome do ex-ministro como candidato mais provável do PDT ao Planalto no próximo pleito.

Por que Lula deve processar João Dória

"Os marqueteiros do ex-presidente que me perdoem, mas se você, Lula não processar o candidato tucano à prefeitura, João Dória, mais esta vez, pelas ofensas pessoais que lhe fez ontem pelos jornais, estará prestando um enorme desserviço à democracia", diz Ivo Pugnaloni, em carta aberta ao ex-presidente.

"Se a honra de alguém é sua maior fortuna, Lula, você, eu e todos os brasileiros somos roubados toda vez que você é xingado, caluniado, acusado. Então não hesite em, no nosso nome, recorrer à Justiça, pois é para isso que ela existe", afirma o articulista.

Em entrevista, Doria chamou Lula de "sem-vergonha" e disse que pediria ao juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato, para adiar a prisão do ex-presidente. Dória, "falou pelos cotovelos".

Desembargador Siro Darlan faz desagravo a Chico


“Quando nossa desilusão voltava diante de tantas perdas, famílias separadas, liberdades suprimidas, censura impedindo qualquer tipo de manifestação, vinha o poeta e nos enchia de esperança anunciando que amanhã seria outro dia com o galo cantando e a gente se amando”, ressalta o desembargador Sirlo Darlan.

Ao comentar as agressões sofridas pelo musico, completa: “Diz pra eles, Chico, que pode te odiar nunca mais olhar para ti, mas não faz, não faz mais assim e respeita teu direito de ser Mangueira, Fluminense, Politheama e o que mais quiseres, assim como respeitas o direito de serem o que querem”.

Caluniador de Chico ataca também neto de Dilma

Que mal fez esse inocente a esse pseudo ser humano?

Jornalista João Pedrosa, que está sendo processado por Chico Buarque por ter xingado o músico e sua família no Instagram, também disparou uma ofensa contra o nascimento do neto da presidente Dilma.

Segundo a colunista Mônica Bergamo, em uma foto postada pela empresária Rosângela Lyra –que pedia bênçãos para a criança e criticava o "momento de ódio exacerbado"–, ele escreveu: "Maldita até a sétima geração!!!" e agora diz que não tem "nada a comentar".

Infelizmente, existem determinadas pessoas que são movidas pelo ódio, pela irracionalidade, pela perseguição ao próximo e dá nisso!






Quem governa para a maioria da sociedade corre riscos

A pretensa destruição de Lula busca intimidar qualquer um que decida contrariar uma elite que só se manterá elite com a permanência da pobreza, da miséria e da ignorância. A pretensa destruição de Lula é um aviso: não governem para o povo ou serão destruídos.

EDUARDO GUIMARÃES, 20/01/16, em artigo no Brasil 247

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

A riqueza dos 1% mais ricos supera a de 99% no mundo


Relatório da ONG internacional Oxfam, divulgado a dois dias do Fórum Econômico Mundial, em Davos, revela que a desigualdade atingiu níveis alarmantes em todo o mundo.

Os dados comprovam que o patrimônio do pequeno grupo de bilionários que compõem o 1% mais rico do mundo, do qual fazem parte empresários como Bill Gates, Carlos Slim, Warren Buffett e o brasileiro Jorge Paulo Lemann, já é maior do que a riqueza de 99% da população mundial.

"No ano passado, a Oxfam estimava que isso fosse ocorrer em 2016. No entanto, aconteceu em 2015, um ano antes", destaca a ONG, que pretende pressionar os líderes presentes em Davos a combater a desigualdade mundial.

Uma das medidas propostas é o fim dos paraísos fiscais.

domingo, 17 de janeiro de 2016

Ex-marido da presidente Dilma diz que a revista ÉPOCA deveria investigar seus patrões


"Fui surpreendido com tanta maldade. Isso é coisa de jornalismo bandido", disse ao jornalista Paulo Moreira Leite o advogado Carlos Araújo, ex-marido da presidente Dilma Rousseff, ao comentar a capa desta semana da revista Época, que tenta ligá-lo à Operação Lava Jato.

"É puro jornalismo marrom, que atende a finalidades políticas e só isso. Como todos descobriram que não têm como publicar uma denúncia capaz de atingir Dilma diretamente, pois não há nada contra ela, tentam agir por via indireta, tentando atingir pessoas do círculo próximo, como eu".

Segundo ele, os irmãos Marinho deveriam explicar porque estariam vivendo em Miami, "um dos endereços preferidos pela máfia internacional".

Araújo conta que o repórter de Época tentou se passar por cliente de seu escritório e anuncia que irá processar a Globo para assegurar indenização e direito de resposta.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Polícia Federal chantageou lobista para obter delação contra Lula?


O advogado Roberto Podval, responsável pela defesa do lobista Mauro Marcondes, diz que o delegado Marlon Oliveira Cajado, um dos responsáveis pelas investigações da Operação Zelotes, "chantageou" seu cliente para que fizesse acordo de delação premiada.

A proposta era uma forma de Marcondes evitar a transferência de sua mulher e sócia, Cristina Mautoni, da prisão domiciliar para o regime fechado, em uma unidade prisional.

A decisão pela transferência foi determinada nesta sexta-feira 15 pela Justiça. Em uma eventual delação do lobista poderia haver detalhes de pagamentos feitos ao empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

O delegado não quis comentar as declarações do advogado.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Um dos maiores criminalistas do País diz que há um esforço para criminalizar Lula


Contratado para reforçar a equipe de defesa do ex-presidente Lula, Nilo Batista, um dos principais criminalistas do Rio de Janeiro, diz que sua estratégia será "mostrar movimentos processuais e as hipóteses fantasiosas" utilizadas para "criminalizar" o petista.

"Há um esforço para a criminalização do ex-presidente", afirmou; “Estou certo de que, se Brizola fosse vivo, me diria para ajudá-lo”.

Nilo Batista foi governador do Estado em 1994, quando Leonel Brizola (PDT) se afastou do cargo para concorrer à Presidência. Sondado por Lula, em 2003, para assumir uma vaga no STF, ele se junta aos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira na defesa da família Lula.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

FHC: Compra da Pecom foi "Caso em Havard"


Ex-presidente FHC (PSDB) tenta encerrar o assunto delicado que envolve sua gestão; o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró apontou propina de R$ 100 milhões ao seu governo na compra da empresa argentina PeCom pela estatal brasileira, em 2002.

O tucano alega que o preço da operação "foi considerado baixo, pois a Argentina estava em crise" e diz que a compra da empresa citada pelo delator "se transformou em um 'case' em Harvard, tão limpamente foi feita".

Os analistas de mercado, no entanto, criticaram duramente a operação.

"Foi uma grande negociata", disse, na época, Fernando Leite Siqueira, que era presidente da Associação dos Engenheiros da Petrobras, que apontou sobrepreço de R$ 300 milhões.

O governo deveria tratar a imprensa como um partido de oposição?

Na verdade, a imprensa está se comportando como um partido de oposição

Muito dinheiro público nisso aí

Mino Carta escreveu, em seu editorial na última edição da Carta Capital, que o governo deveria tratar a mídia como um partido de oposição.

O mesmo ponto fora defendido, dias antes, pelo escritor Emir Sader.

Não sei exatamente o que isto significaria na vida prática. Um corte substancial no bilionário Mensalão da publicidade oficial posta nas grandes empresas jornalísticas, provavelmente.

Um olhar mais rigoroso para empréstimos a juros maternos do BNDES para essas mesmas companhias, também.

Considere.

Em 2011, o BNDES liberou um empréstimo de pouco menos de 30 milhões de reais para que a Abril reformasse sua TI no departamento de Assinaturas.

Faz sentido?

Quando se lê, hoje, que os Civitas despejaram 450 milhões de reais na Abril para mantê-la de pé fica claro que não.

A família tinha e tem recursos para não recorrer ao dinheiro público de um banco mantido pelos contribuintes.

Isso foi no governo Dilma.

Na era FHC, o BNDES financiou a nova – e pateticamente inútil – gráfica da Globo. (A Globo não enxergou a internet.)

De novo: fazia sentido?

Veja a riqueza pessoal dos Marinhos para chegar a uma rápida resposta. Não, não e ainda não.

Um parêntese. Em editoriais vigorosos, jornais e revistas reclamam sempre cortes de gastos do governo. Alguém já viu um único editorial condenando as despesas bilionárias com propaganda?

O mesmo vale para o BNDES. São denunciados com frequência brutal empréstimos que teriam propósitos mais políticos do que qualquer outra coisa.

Mas e os empréstimos para empresas de jornalísticos cujos donos estão entre as pessoas mais ricas do país? Por que eles não investem seu próprio dinheiro em novos empreendimentos?

Isto é capitalismo: arriscar. A Globo apostou obtusamente no aumento das circulações quando a internet já se avizinhava. Mas quem pagou o preço do erro não foi a empresa. Fomos nós, o povo.

É coisa do Brasil.

Cerca de 25 anos atrás, Murdoch enxergou uma oportunidade da tevê por satélite. Era um investimento altíssimo, e ele teve que recorrer a empréstimos – mas de bancos particulares.

Quase quebrou, porque foi uma aposta fora de hora. Para que sua companhia não entrasse em colapso, Murdoch foi obrigado, sob pressão dos credores, a se associar a um rival na tevê por satélites. Só há pouco tempo, muitos anos depois, ele teve recursos suficientes para comprar a parte que teve que vender.

A isso se dá o nome de capitalismo. De verdade. Não o capitalismo de araque que existe no Brasil e do qual desfrutam, esplendidamente, as empresas de jornalismo.

Eu acrescentaria o seguinte: rever a publicidade oficial e os empréstimos (doações) de bancos públicos deveria ter sido prioridade no governo PT. Em nome da decência, da transparência e, por que não, até de um capitalismo moderno.

Meu ponto é: o governo não precisa tratar a imprensa como um partido de oposição, embora ela se comporte como tal.

Basta tratá-la sem os privilégios vergonhosos, sem as mamatas abjetas que parece impossível derrubar.

Fonte: DCM,12/01/2016

Brito desmascara a "acusação" de Cerveró contra Lula

E reproduz o incrível "interrogatório" sem perguntas ao delator
        No twitter de Turquim


O C Af reproduz texto de Fernando Brito, no Tijolaço:


Cerveró – Então eu fui indicado para a diretoria da BR Distribuidora por reconhecimento do Presidente pela ajuda que prestei para resolver aquele problema do empréstimo da Schahin.

Procurador – Sim, o como é que o senhor soube do reconhecimento do presidente Lula a isso?

Cerveró – .... (silêncio)

Procurador – Ele disse isso ao senhor, pessoalmente ou por telefone?

Cerveró – Não, senhor...

Procurador – E como é que o senhor soube disso?

Cerveró – .... (silêncio)

Teria sido assim o interrogatório do senhor Nestor Cerveró que lhe rendeu redução da pena?

Deve ter sido, porque a "ligação" de Lula à sua nomeação e a razão dela ter sido a "gratidão" presidencial pela operação ocuta exatas duas linhas e meia no depoimento premiado de Cerveró, que, há coisa de uma hora, foi liberado pelo "vazador" para ser publicado. Sim, porque duvido que um repórter experiente como o do Estadão fosse "deixar para depois" de ser furado pela Folha que havia uma menção a Lula, justo na primeira página do documento.

Mas vamos ao que diz o papelucho, cuja guarda estava a cargo dos procuradores Fábio Mangrinelli Coimbra e Rodrigo Telles de Souza.

QUE, como reconhecimento da ajuda do declarante nessa situação (a quitação do empréstimo), o Presidente da República LUÍS INÁCIO LULA DA SILVA decidiu. indicar o declarante. para uma diretoria da BR DISTRIBUIDORA, a Diretoria Financeira e de .Serviços.

Só. Nada mais, oficialmente, foi dito ou lhe foi perguntado, porque não está no depoimento, nem que seja para dizer "que, indagado, não soube explicar que...etc..."

Inacreditável. Aliás, na página seis, Cerveró diz que Delcídio " também era considerado responsável pela indicação do. declarante para a diretoria da BR DISTRIBUIDORA". Era considerado ou era? Foi Delcídio que falou a Cerveró da suposta gratidão de Lula?

A única operação concreta a que Nestor Cerveró se refere é um suposto empréstimo do Banco do Brasil ao usineiro João Lyra, em 2010, por influência de Fernando Collor e que teria irritado Renan Calheiros. Há, porém, um "probleminha": informa oficialmente o Banco do Brasil que o empréstimo foi recusado e não saiu...

Qualquer delegado novato de DP no pé do morro aqui no Rio interroga melhor. Até porque sabe que um depoimento destes, sem materialidade e sem concatenação é lixo no tribunal.

Mas, no tribunal em questão, parece "não vir ao caso" e o depoimento é totalmente adequado ao que se busca, de fato: acusar Lula assim na base do "ouvi dizer".

Não precisa nem dizer de quem ouviu dizer.

PS. Detalhe intrigante: a delação não é o mesma que estava nas mãos de André Esteves e Delcídio do Amaral por uma simples razão: ambos foram presos no dia 25 de novembro e o depoimento foi prestado dia 7 de dezembro. É uma nova versão, certamente revista e talvez ampliada. Assim se conduz uma montagem.

Fonte: Conversa Afiada,12/01/2016


Constatação

A PF vaza, a globo espalha e o PSDB fatura.
Edson Marcon


O que o Brasil deve à direita?


O cientista político Emir Sader resgata "a experiência de mais de duas décadas de poder absoluto da direita no Brasil", durante a ditadura militar, e avalia que houve "destruição da democracia e a imposição de um modelo econômico que favorecia centralmente as grandes corporações".

Ao falar sobre FHC, lembra que "essa nova fase da direita" trouxe a "estabilidade monetária – conseguida inicialmente, embora a inflação retornasse posteriormente –, sem políticas sociais que atacassem o problema central do país"; para ele, a volta da direita ao governo, hoje, tão batalhada por Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014, "seria uma restauração conservadora, tanto do ponto de vista do regime político, como das políticas econômicas, com seus duros reflexos no plano social".


Lula nega relaçao pessoal e "gratidão" a Cerveró

Os proprietários dos grandes jornais e canais de televisão ficariam muito felizes se pudessem, algum dia, divulgar a prisão de Lula
 

Instituto Lula diz que "as questões levantadas pela imprensa com base em delação atribuída a Nestor Cerveró já foram esclarecidas pelo ex-presidente no foro apropriado: um depoimento à Polícia Federal em 16 de dezembro de 2015", no âmbito da Operação Zelotes.

"Lula não tem e não teve relação pessoal com o delator, muito menos o sentimento de 'gratidão' subjetivamente atribuído a ele", diz a nota.

Segundo a assessoria, Lula negou ainda "ter tratado com qualquer pessoa sobre supostos empréstimos ao PT ou sobre a contratação de sondas pela Petrobras".

Cerveró disse ter sido indicado a um cargo na BR Distribuidora por "gratidão" de Lula, após ele supostamente ter ajudado o PT a quitar um empréstimo.

Propinas da era FHC têm tratamento discreto nos jornais que tanto atacam o PT e o governo Dilma

Em outras palavras os grandes jornais são contrários aos governos petistas e fazem questão de dizer isso claramente, o que fere a Lei de Imprensa do País

247 – Embora Nestor Cerveró tenha dito que uma única transação da área internacional da Petrobras, fechada no apagar das luzes do governo FHC, tenha gerado uma propina de US$ 100 milhões para o PSDB, a imprensa brasileira deu tratamento discreto ao caso nesta terça-feira (leia maisaqui).

Em nenhum dos três principais jornais do País, o caso recebeu tratamento de manchete principal. A Folha julgou mais importante outro trecho da delação de Cerveró: a parte em que ele diz ter sido nomeado diretor da BR Distribuidora graças à "gratidão" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do PT por ter viabilizado um negócio com o grupo Schahin (leia aqui).

Globo e Estado, no entanto, não conseguiram compensar a denúncia que atinge o governo FHC com outra relacionada a Lula. Enquanto o jornal dos Marinho manchetou sua edição de hoje com a crise do setor aéreo, o Estado, dos Mesquita, deu destaque maior a mais um impasse político na Venezuela.

A tendência é que, nos próximos dias, o trecho da delação de Cerveró que atinge o PSDB desapareça dos jornais. Outra incógnita diz respeito ao tratamento que será dado à delação do ex-deputado Pedro Corrêa, ex-presidente nacional do PP – ele já citou o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e avisou que também pretende delatar o que ocorreu na compra de votos para a reeleição de FHC.

Ato em São Paulo tem bombas, feridos e presos


Policiais jogaram bombas de gás contra a multidão durante manifestação contra o aumento da tarifa do transporte na capital paulista no início da Avenida 23 de Maio.

O local transformou-se em campo de batalha. Alguns manifestantes arremessaram garrafas e pedras nos PMs. Cordões de policiais cercavam o local da concentração do ato, na Praça do Ciclista, na Avenida Paulista.

Fonte: Brasil 247, 12/01/2016

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Aliados dizem que Temer se arrependeu de carta enviada a Dilma

De Brasília12/01/201613h07

O vice-presidente Michel Temer tem reconhecido a interlocutores que teria se precipitado ao enviar uma carta de desabafo à presidente Dilma Rousseff no início de dezembro, poucos dias após a abertura do processo de impeachment da petista na Câmara. Na opinião de auxiliares, o peemedebista dá sinais de que reconhece que a forma como escreveu alguns trechos do texto foi equivocada.
Segundo um aliado, Temer avalia que poderia ter redigido a carta de maneira diferente. Um dos exemplos citados por interlocutores é o trecho em que o vice reclamou a Dilma sobre o fato de não ter sido convidado para o encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no início de 2015. Um interlocutor próximo a Temer diz que o peemedebista poderia ter se manifestado de forma diferente, dizendo que Dilma rebaixou o Brasil ao tratar com um vice-presidente, quando a diplomacia estabelece que presidente fala com presidente.

Temer estaria, ainda de acordo com assessores, demonstrando reconhecer ter agido por impulso, em meio a uma forte pressão de peemedebistas por uma posição mais dura dele em relação ao impeachment, postura que, segundo aliados, não faz parte de seu comportamento político.

Um auxiliar do vice afirma que, neste momento, ele não repetiria a mesma fórmula, que acabou desgastando o peemedebista. A avaliação de que Temer errou é propagada por aliados em meio a movimentos do peemedebista e de Dilma para diminuir a tensão na relação entre eles. O discurso de relação "harmoniosa" do vice nos últimos dias também interessa ao Planalto.

A presidente pretende mostrar que tem o apoio de Temer, presidente nacional do PMDB. Já ao vice interessa obter pelo menos a neutralidade do Planalto na eleição para presidência nacional do PMDB, em março, principal preocupação dele neste momento.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O perdão é uma qualidade dos fortes

Como a mídia vai tratar a propina da época do FHC denunciada por Cerveró?

Dará a mesma ênfase que dá quando a denúncia é contra governos petistas?

A notícia mais relevante deste início de 2016 é a delação premiada de Nestor Cerveró, em que ele aponta uma propina de US$ 100 milhões (ou "um Barusco") numa operação polêmica fechada pela Petrobras, no apagar das luzes do governo FHC.

À época, engenheiros da Petrobras já falavam em sobrepreço de US$ 300 milhões. Pelas redes sociais, FHC se revoltou com o que chamou de "afirmações vagas", mas não custa lembrar que a delação de Cerveró pode ser apenas o princípio de uma investigação. 

Além disso, Cerveró cresceu sob as asas de Delcídio Amaral, que já foi filiado ao PSDB, tendo sido nomeado diretor no governo FHC. Para completar, o operador Fernando Baiano conheceu Cerveró pelas mãos de Gregório Marin Preciado, parente de José Serra que já foi arrecadador de recursos para o PSDB. 

A isenção e o rigor investigativo da imprensa serão testados.

domingo, 10 de janeiro de 2016

Prioridade do PT é 2016 é reeleger Fernando Haddad como prefeito de São Paulo


O PT já definiu sua meta mais estratégica para 2016: trata-se de garantir a reeleição do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.

Embora Celso Russomano, do PRB, lidere as pesquisas, a direção do PT avalia que a grande adversária será a ex-prefeita Marta Suplicy, que trocou o PT pelo PMDB.

Nos últimos meses, Haddad ganhou pontos com o eleitorado mais jovem com políticas urbanas modernas como as ciclovias e o estímulo ao transporte público. Sua aposta mais recente é a eleição direta de subprefeitos, tese contestada tanto por Marta como por adversários no PSDB.

O PT sabe que a reeleição é difícil, mas não a considera impossível.

Ministério Público Federal vê Nardes como chefe de esquema de corrupção


Ministro do TCU que capitaneou o voto contra a presidente Dilma Rousseff na questão das 'pedaladas fiscais' é apontado pela Procuradoria da República como "mentor" das atividades de lobby da Planalto Soluções, uma das empresas investigadas na Operação Zelotes.

Para o MP, embora negue, Nardes continua sócio da empresa e se vale da posição de ministro do TCU para praticar condutas que extrapolam as atribuições do cargo. Segundo a Zelotes, a Planalto recebeu R$ 2,5 milhões, entre 2011 e 2012, da SGR Consultoria, uma das principais suspeitas de pagamentos a conselheiros do Carf.

As anotações indicam que o "tio" de Carlos Juliano, que para os investigadores é uma referência ao ministro do TCU, recebeu R$ 1,6 milhão na mesma época. Nardes já foi citado como destinatário de R$ 1,8 milhão para colaborar na anulação, pelo Carf, de R$ 150 milhões em dívidas da RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, terra do ministro.

Tem que vazar a íntegra do Wagner!

Por que só um pouquinho? Porque não tem nada dentro!


Sugestão da Dona Mancha

O Conversa Afiada reproduz considerações afiadas do amigo navegante Walter Bom Braga :
Por que a mídia só vazou que o Jaques Wagner estava no celular da empreiteira mas não vazou o conteúdo? Já o conteúdo da conversa com Cunha foi vazado.

Por que a denúncia contra Aécio Neves ocorreu em Junho de 2014 e só vazou na forma de uma tímida nota ?

Está claro que existe um movimento seletivo, que tem acesso as informações privilegiadas, e escolhe as que são contrários aos alvos políticos da mídia.

Certamente a mídia não vazou o conteúdo da conversa de Jaques Wagner porque não era nada demais: preferiu só vazar o ocorrido para deixar em suspense os golpistas, para fazer sensacionalismo de oposição.

Se fosse alguma coisa grave ou comprometedora certamente teria sido vazada na íntegra como vem ocorrendo com Eduardo Cunha.

Este se tornou inimigo recente da mídia, pois contaminou o golpe, com suas graves acusações de corrupção. A mídia o elegeu alvo, para descontaminar o golpe da imagem de Eduardo Cunha.

Só no Brasil que se combate corrupção estimulando a corrupção, pois comprar informações sigilosas de agentes públicos, com finalidades políticas é corrupção, praticada escandalosamente pela mídia sem que ninguém seja preso por isso.

A Lava Jato deveria se chamar Vaza Jato.

Mas só de quem vem ao caso.

Fonte: Conversa Afiada, 09/01/2016

sábado, 9 de janeiro de 2016

O Brasil está dividido entre quem tem medo de Lula e quem tem esperança nele


Para o sociólogo e colunista do 247 Emir Sader, "desde que mudou o país, trazendo crescimento com distribuição de renda e controle da inflação, recuperando o papel do Estado e retirando milhões de brasileiros da pobreza e da miséria, o ex-presidente Lula é alvo de toda artilharia possível da direita, para acumular suspeitas em busca da rejeição do povo ao ex-presidente".

"Já terminaram com a reeleição – como já tinham feito uma vez -, contra o Lula, diminuíram o tempo de campanha, pelo pânico do Lula falando para todo o país", afirma.

Para Emir, o Brasil está dividido entre quem tem medo do Lula e que tem esperança nele.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Saída de Álvaro Dias é o começo da implosão tucana?


Aparentemente, há projetos presidenciais demais para um único PSDB, hoje dominado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG). Seu colega Alvaro Dias foi o primeiro a puxar a fila, trocando o ninho tucano pelo PV, mas há ainda duas dissidências no forno, o senador José Serra (PSDB-SP) pode migrar para o PMDB e o governador Geraldo Alckmin namora o PSB.

A fragmentação da direita pode ser um bom cenário para a esquerda em 2018, seja com Lula, seja com Ciro Gomes.

Por trás dos vazamentos seletivos

Existem ações políticas na Polícia Federal para desgastar o Governo Federal. O outro fato é que eles não estão nem aí com o seu superior hierárquico


Segundo o colunista do 247 Héio Doyle, o vazamento de informações "é um dos instrumentos utilizados pelos oposicionistas e seus aliados no Judiciário, no Ministério Público, na Polícia Federal e na imprensa para cumprir o objetivo de desgastar e inviabilizar o governo e criar um ambiente favorável ao afastamento da presidente".

O jornalista aponta, no entanto, "interesses menores" por trás, como o prestígio com os jornalistas ou "o vazamento em troca de dinheiro". Doyle defende que "apurar todas as denúncias de corrupção é fundamental", mas alerta que "essa investigação não pode ser seletiva nem ter fins políticos e partidários, com vazamentos direcionados e manipulados".

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, mandou a PF apurar vazamentos de mensagens envolvendo ministros do governo.

Fonte: Brasil 247, 08/01/2016

'PMDB é uma gangue que quer o impeachment para controlar a PF'


Jornalista Gilberto Dimenstein afirma que, ao ler reportagem "com diálogos tirados de um celular do ex-presidente da OAS, você sai com a sólida suspeita de que o PMDB não é um partido. Mas uma gangue. 

E suspeita ainda de mais uma coisa: a motivação desse pessoal com o impeachment não é conquistar a presidência. Mas a PF. Para evitar ir para a cadeia".

A matéria aponta pressão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a Léo Pinheiro, da OAS, por doações a políticos.

Celular da OAS revela um câncer: doação privada


As mensagens de SMS do celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revelam como o financiamento empresarial de campanhas políticas, abolido em 2015 por decisão histórica do Supremo Tribunal Federal, levou à metástase o sistema político brasileiro.

As mensagens apontam, por exemplo, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), fez 27 pedidos a Léo Pinheiro e o executivo da OAS, por sua vez, fez 26 solicitações ao deputado. Numa das mensagens, Cunha diz que Moreira Franco (ex-ministro da Secretaria da Aviação Civil) conseguiu levantar "5 paus" para o vice Michel Temer.

A OAS, concessionária do Aeroporto de Guarulhos (SP), aparentemente, gostava dessa relação de troca, pois quando o PT começou a defender o fim do financiamento privado, Léo Pinheiro protestou: "Ficou louco. Isso é hora de demonizar empresário?".

Analogia

A PF do zé faz com o Lula o que os militares fizeram com JK.

Paulo Thadeu

Wagner é o da vez. O neto da Dilma é o próximo!

Deixar vazar não é combater a corrupção


O governador da Bahia Jaques Wagner conversou com dirigente da empreiteira OAS sobre matéria relacionada a seu Governo.

Esse vazamento dará origem a uma interminável campanha pigal para desqualifica-lo como homem-chave na estratégia política da Presidenta Dilma.

Nada de novo. Há 8.937 vazamentos por semana, devidamente dirigidos aos vazos.

O Conversa Afiada, o Nassif e o Azenha não recebem vazamentos.

O Brasil criou essa nova jabuticaba, desde o mensalão (o do PT, porque o do PSDB sumiu com o time do Corinthians).

Os vazadores são, como se sabe, e porque confessam, o Juiz do Não Vem ao Caso, a PF do , que o Governo Dilma transformou no centro da Sedição, e o próprio Ministério Público – não só os que tem o wi-fi de Deus, mas, agora se vê, o Procurador Geral, que faz distribuição farta de indícios e suspeitas sobre o FGTS.

O efeito eleitoral da produção dessa indústria será limitado, como se sabe. Não atinge, por exemplo, a estrela do PT que reluz com mais brilho, o Fernando HaddadNem fará com que o PT tenha um candidato a Presidente, se o Lula não for.

Porque o PT não teria quem suceder a Dilma, desde que o mensalão ceifou sua liderança, a começar pela mais capaz, o José Dirceu. (E, por isso, o Não Vem ao Caso tratou de prende-lo depois de preso, para ter o prazer de diminui-lo, em Curitiba.)

O objetivo da Casa Grande e seus instrumentos no PiG é fazer a Dilma sangrar: quanto mais melhor! Impedir que governe. Que leve os “bovinos” à Universidade. 

Em nome de um “ilícito. Era o ilícito pedir dinheiro para campanha? O PSDB pega dinheiro em quermesse? Não era isso o que o Ministro Gilmar (PSDB-MT) mais queria: que a grana das empreiteiras rolasse solta?

O inexplicável é que o Governo e seu Ministro (?) da Justiça assistam a tudo como se estivessem no cineminha do Alvorada, a contemplar o Star Wars, a Força!

Essa indústria do vazamento é crime! Os que vazam e os vazos cometem crimes previstos em lei!  Isso não existe em nenhum lugar do mundo civilizado (ou não)!

E não há repressão! Não há culpados! Cometem-se crimes 9.539 vezes por semana e o Brasil a contempla-los como se fosse tão natural quanto consultar a lista de novidades da Netflix!

Vaza, vaza, vaza – e nada. O Ministro da Justiça, o zé, mandou apurar o vazamento com que começou a artilharia contra Wagner! 

Quá, quá, quá! Mandou a Polícia Federal apurar quem vaza! Quá, quá, quá! A mesma Polícia Federal que vende delação ao André Esteves e grampeia mictório de preso sem autorização de juiz! É como pedir ao Aecím para denunciar a roubalheira em Furnas da tribuna do Senado!

Esse será um dos legados do Governo Dilma. Assim como a Globo vendeu aos incautos que uma Ley de Meios seria uma ameaça à liberdade de imprensa (dela, a Globo), a autonomia ilegal, anti-republicana, irrestrita da Polícia Federal se transformou numa virtude: nunca ninguém combateu a corrupção como nós!

Ora, faça-me um favor! Só em ditaduras a Policia tem autonomia! Não é isso, Otavim?

Quando Papai emprestava as camionetes – os torturadores trabalhavam com autonomia ou não? Irrestrita. Inclusive autonomia orçamentária, como agora o Dr Moro assegurou aos neo-torturadores.

Combater a corrupção com crimes, com vazamento ilegal, com a seleção de vazamentos para atingir apenas um lado do espectro político. Isso não é combater a corrupção, mas instalar um sistema institucionalmente stalinista, como denunciou o eminente Professor Pedro Serrano.

Já se sabe o desfecho do processo judicial antes de concluído! Isso não tem nada de “combater a corrupção”. Isso é uma disseminação do crime! Da arbitrariedade. De totalitarismo!

Desmoralizar pessoas, destruir reputações, arruinar famílias e empresas em nome de uma suspeita que, quem sabe?, um dia, no século XXII se materializará!

Oh, Gushiken! Genoino, esse multibilionário, um Midas! E o Daniel Dantas, pobrezinho? E o Aecím? E o Tarja Preta?

Wagner está irremediavelmente frito. O próximo alvo será o neto da Dilma.

Em tempo: a propósito, ler o Paulo Pimenta, um dos últimos petistas a ter voz alta. Por falar nisso, quando a Zelotes vai pegar os gordos?

Paulo Henrique Amorim em Conversa Afiada, 08/01/2016