sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Ibovespa vira e sobe forte após corte de ministérios


Índice consolida uma expressiva alta nesta sexta-feira 2, após o corte de 8 ministérios e de 10% no salário dos ministros, conforme reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma.

Às 13h, alta era de 1,80%; com isso, o Ibovespa se descola das bolsas internacionais, que caem; dólar cai.

Com impeachment distante, PSDB tenta o plano B

Vai ser birrento assim lá nos quintos dos infernos

No mesmo dia da reforma ministerial, que fortalece a base de apoio ao governo Dilma no Congresso Nacional, tornando mais remota a possibilidade de impeachment, o PSDB insistiu no seu plano B para o golpe.

Foi ao TSE e protocolou uma nova petição para ligar a campanha da presidente Dilma Rousseff às denúncias de corrupção na Petrobras. O pedido é para que laudos da Polícia Federal sobre doações da empreiteira UTC à campanha do PT de 2014 sejam inclusos na ação que corre no tribunal e que pede a cassação do mandato da presidente e do vice, Michel Temer.

O partido de Aécio Neves detalha, em comunicado à imprensa, os valores doados pela empresa a Dilma, uma soma de R$ 7,5 milhões, mas não menciona que ele próprio recebeu mais do que isso – R$ 8,7 milhões – também no ano passado. 

Vai ser hipócrita assim mais adiante!

Dilma diz que o Brasil precisa de estabilidade política

Presidente anuncia o corte de oito ministérios, de 39 para 31, de 30 secretarias nacionais, redução em 20% de gastos de custeio e contratação de terceiros e em 10% de salários dos ministros. Serão extintos três mil cargos comissionados. 

Segundo Dilma Rousseff, a reforma é uma "ação legítima" que visa "criar estabilidade política" e "ambiente de diálogo" para "fazer o País voltar a crescer".

A presidente também anunciou a criação de uma comissão permanente de reforma do Estado, que trabalhará pela reorganização da administração pública, e ressaltou que "essas iniciativas terão que ser reforçadas permanentemente" para ajudar no reequilíbrio fiscal e "para que o Brasil saia mais rapidamente da crise".

Fonte: Brasil 247, 02/10/2015

Insustentável

BRASÍLIA - A pergunta ecoou em claro e bom som no plenário da Câmara: "O presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas secretas na Suíça?". A tribuna era ocupada pelo deputado Chico Alencar, líder do PSOL. Sentado a poucos metros dele, Cunha virava o rosto para o outro lado, fingindo não ouvir.

"Essa é uma pergunta que interessa à cidadania, deve ser reiterada e tem que ser respondida", insistiu Chico. O presidente da Câmara se manteve em silêncio, como se não devesse explicações aos colegas e à sociedade que lhe paga o salário, as refeições, os voos em jato da FAB e a residência oficial em Brasília.

A rigor, a pergunta já foi respondida. Em março, um deputado do PSDB indagou ao peemedebista se ele tinha contas na Suíça. "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda", afirmou Cunha, resoluto, em depoimento à CPI da Petrobras.

A negativa caiu por terra com a confirmação de que ele é beneficiário de ao menos quatro contas bloqueadas na Suíça. Os dados já estão no Brasil, e a Procuradoria-Geral da República vai denunciá-lo de novo por corrupção e lavagem de dinheiro.

Desta vez, a tropa de Cunha não poderá repetir o discurso de que é preciso esperar o julgamento do STF. Ao negar a existência das contas, o presidente da Câmara mentiu à CPI e omitiu informações relevantes sobre seu patrimônio, o que caracteriza quebra de decoro parlamentar.

Cunha continua a confiar na covardia do governo e na cumplicidade da oposição, a quem se aliou na causa do impeachment. No entanto, aliados já admitem que a sua permanência na presidência da Câmara está se tornando insustentável.

Se a previsão se confirmar, restará ao peemedebista deixar a cadeira e lutar para não perder o mandato de deputado. O foro privilegiado é o que ainda o mantém a salvo da caneta do juiz Sergio Moro e de uma visita matutina da Polícia Federal.

Fonte: Folha.Uol, 02/10/2015

Novo ministro da Saúde diz que não se curva a pressões


'Serei um ministro inimpressionável', promete Marcelo Castro (PMDB) contra pressões da bancada peemedebista na Câmara pela distribuição de verbas do setor; para provar sua ‘independência’ lembra que, como relator da reforma política, se recusou a apoiar o distritão e foi destituído do cargo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Sobre o governo Dilma Rousseff, considera 'remotíssima' chance de impeachment: "A força da Dilma está na sua respeitabilidade pessoal. Em toda a Lava Jato, não apareceu nada contra ela"; "Estão fazendo isso para tirar proveito político", acrescentou.

Fernando Henrique é favorável ao aumento de impostos para superar a crise


Em entrevista ao STF, ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso reconhece que, com o ‘déficit público brutal’, a saída da crise deve passar pelo aumento de tributos: ‘Imposto ninguém quer, ninguém gosta. Todo mundo prefere não pagar imposto. Mas vai ser necessário. A dificuldade agora é que as pessoas não estão acreditando que mesmo dando imposto vai dar certo’, diz.

Sobre o governo, ele avalia que a reforma ministerial poderá dar “sobrevida” a presidente Dilma Rousseff e que “impopularidade” não é motivo para impeachment, mas ressalta que o PT “abusou do poder” e Lula virou “político tradicional” - embora defenda a diplomacia comercial presidencial feita no governo do sucessor: “É normal que os presidentes defendam os interesses das empresas do seu país”.

Dilma acomoda PT, PMDB e PDT e conclui reforma


A presidente Dilma Rousseff concluiu na noite desta quinta (1º) a reforma ministerial que anunciará na manhã desta sexta (2) em solenidade com os novos ministros; o atual secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto, da corrente Democracia Socialista do PT, vai comandar a pasta de Trabalho e Previdência, que foram fundidas.

Tereza Campelo continuará comandando Desenvolvimento Social, Benedita da Silva assume a nova pasta da Cidadania; Patrus Ananias fica em Desenvolvimento Agrário.

PMDB ganhou sétima pasta, que será a de Ciência e Tecnologia, a ser ocupada pelo deputado Celso Pansera. Amaior conquista dos peemedebistas, entretanto, foi a Saúde, a ser ocupada pelo deputado Marcelo de Castro. Com André Figueiredo nas Comunicações, Dilma reconquistou o PDT. Mantiveram as pastas que já ocupavam PP, PSD e PR.

Cunha tem quatro e não uma conta na Suíça


Autoridades suíças teriam identificado quatro contas abertas em nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em diferentes instituições bancárias, e não apenas uma, como se suspeitava.

Uma delas tem a esposa do parlamentar, a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, como beneficiária, além do próprio deputado. O montante nas contas soma US$ 5 milhões. Em março, ao depor na CPI da Petrobras, o peemedebista assegurou que não mantinha contas fora do Brasil, hoje, questionado sobre o tema durante sessão no plenário pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ), Cunha simplesmente não respondeu.

Após denúncias da Suíça, grupo de deputados voltou a pedir o afastamento do presidente da Câmara.


Rossetto será ministro da super pasta da Seguridade

O ministro Miguel Rossetto, que comanda a Secretaria-Geral, será o novo ministro da nova pasta que reunirá Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social.

O anúncio será feito nesta sexta (2) pela presidente Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa.

O atual ministro da Previdência, Carlos Gabas, vai continuar comandando o setor dentro dessa nova pasta.

Tereza Campelo, que é ministra do Desenvolvimento Social, chefiará a área dentro do novo ministério.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cunha é cobrado em plenário sobre conta na Suíça, mas não responde

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi questionado em plenário no início da tarde desta quinta-feira (1º) se possui ou não conta bancária na Suíça, mas se recusou a responder.

A pergunta foi feita da tribuna do plenário pelo deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL. Cunha, que presidia a sessão, não olhou para o deputado em nenhum momento do discurso e, ao final, não tocou no assunto.

"É simples assim, a pergunta está reiterada: presidente Eduardo Cunha, tem ou não tem contas na Suíça sob investigação do Ministério Público de lá, como nos comunica o Ministério Público do Brasil? Será que esse assunto vai ficar abafado aqui na Câmara dos Deputados do Brasil?", discursou Alencar.

Ao final da fala do deputado do PSOL, Cunha retomou a palavra e seguiu com a votação de um projeto na área de segurança pública. "Como vota a Rede?", se limitou a dizer.

Nenhum outro dos deputados presentes à sessão se manifestou sobre o assunto.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, autoridades da Suíça mandaram ao Brasil documentos mostrando que o presidente da Câmara e familiares são investigados por ter contas secretas naquele país.

Desde então, Cunha se nega a dizer se é ou não titular de conta fora do país. Suas declarações à Justiça Eleitoral não trazem essa informação.

Omissão de conta no exterior com saldo superior à US$ 100 mil representa crime de evasão de divisas, com pena de dois a seis anos de prisão. A prática também é listada pelo Código de Ética da Câmara como um dos motivos para cassação do mandato.

REQUERIMENTO

Quinze deputados de cinco partidos (PSOL, PT, Rede, PSB e PMDB) apresentaram nesta quinta requerimento à Mesa da Câmara questionando Cunha formalmente sobre a existência ou não de contas suas e de familiares na Suíça.

Os deputados dizem que se não houver resposta vão apresentar o mesmo requerimento ao Conselho de Ética da Casa. Encabeça o pedido o deputado Chico Alencar. O peemedebista do grupo é o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PE).

Folha: Folha.Uol, 01/10/2015