quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Troca de acusações sobre corrupção marca início do segundo debate entre Aécio e Dilma

Tucano e petista participaram nesta quinta-feira (16/10) do segundo debate do segundo turno


Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se atacaram duramente nesta quinta-feira (16/10), no início do segundo debate do segundo turno da campanha à Presidência da República. Logo na primeira oportunidade, os candidatos discutiram a corrupção, um dos temas que mais incendiaram a campanha desde o primeiro turno.

"De quem é a responsabilidade por tantos desvios de dinheiro público na Petrobras?", cobrou Aécio, depois de listar os escândalos de corrupção na estatal. "A Petrobras virou uma rotina nos nossos debates", constatou Aécio antes da resposta de Dilma.

"Quem investigou? A Polícia Federal que, ao contrário do passado, não era dirigida por filiados ao PSDB", rebateu Dilma. Na sequência, a petista voltou a listar, como no primeiro debate do segundo turno, escândalos de corrupção da época em que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) estava na Presidência da República (1995-2002). 

"Eu tenho um compromisso diferente: o meu é investigar e punir. Aqueles governos que não investigam não acham", cutucou a presidente. 

"Todos esses casos foram investigados. Se as pessoas estão soltas, é porque não existiam provas", respondeu Aécio.

"Onde estão os corruptos do seu partido? Presos.", destacou o tucano. "De quem é a responsabilidade por tantos desvios de dinheiro público na Petrobras, que não cessam nunca?", voltou a cobrar Aécio. "Não é possível que a senhora não se sinta responsável por isso. Ou a senhora foi conivente ou incompetente para cuidar da maior empresa pública do Brasil", provocou o tucano.

"É estarrecedor. Essas pessoas que não foram condenadas em nenhum desses processos, é porque não foram ivnestigadas. Vocês engavetam e escondem debaixo do tapete", insistiu Dilma,sobre os escândalos da era tucana no governo.

"Se a senhora acha que houve tantos crimes cometidos no governo do PSDB, porque a senhora não investigou? Porque ou não existia o que investigar, ou a senhora prevaricou: a sua responsabilidade era investigar", se defendeu Aécio.

Fonte: Correio Braziliense, 16/10/14

A presidente Dilma teve mal-estar após debate na TV contra Aécio Neves

A candidata do PT afirmou que a sua pressão caiu e por isso teve que interromper a entrevista

A candidata do PT, Dilma Rousseff, teve um mal-estar no momento em que concedia entrevista para uma repórter do SBT. “Não estou me sentindo bem. Minha pressão caiu”, disse a presidente para a jornalista enquanto respondia uma pergunta ao vivo na emissora. Rapidamente assessores da petista a rodearam e fizeram com que ela sentasse em uma cadeira, a mesma que foi utilizada por ela durante o debate contra o tucano Aécio Neves.

Visivelmente constrangida com a situação, a repórter da emissora chamou, então, o link para o comentarista político da emissora, Kennedy Alencar, que deu prosseguimento à transmissão. Após tomar água e descansar por alguns instantes, Dilma disse que estava melhor e tentou dar continuidade à entrevista. "Um debate exige muito emocionalmente, por isso minha pressão caiu. Mas peço desculpas à você e aos telespectadores", disse à repórter

Segundo os assessores do PT, a presidente se alimentou mal durante o dia e não será necessário a realização de exames.

Aécio é assim

por Juca Kfouri, em seu blog e na Folha de S. Paulo, 16/10/14

Aécio Neves pediu a seu eleitor Ronaldo Fenômeno que tentasse uma aproximação com o pessoal do Bom Senso FC. Ao mesmo tempo, telefonou para José Maria Marin, outro eleitor dele, em Pequim, desejando-lhe sorte antes do jogo contra a Argentina e, depois, parabenizando-o pelo resultado, segundo a CBF divulgou.

Na reinauguração do Mineirão, em abril do ano passado, Marin participou das homenagens a Aécio e o sítio da CBF também noticiou com destaque, coisa que o político escondeu em sua página ao ocultar tanto a foto quanto o nome do cartola.

Atitudes que fazem parte do jeito dele de ser, mineiro, maneiro e, agora, marineiro.

Quando tinha apenas 25 anos, Aécio foi nomeado diretor de Loterias da Caixa Econômica Federal.

Era ministro da Fazenda, no governo Sarney, seu parente, Francisco Dornelles.

Havia três anos que a revista “Placar” denunciara o caso que ficou conhecido como o da “Máfia da Loteria Esportiva” e o presidente da CEF, ex-senador por Pernambuco, Marcos Freire, determinou que o banco, até então nada colaborativo nas investigações, não ocultasse coisa alguma, até para tentar restabelecer a credibilidade da Loteca.

Aécio fez que atenderia, mas não atendeu, apesar de publicamente lembrado do compromisso pelo diretor da revista num programa, na rádio Globo, comandado por Osmar Santos.

Em 2001 quando Aécio já era presidente da Câmara dos Deputados, uma nova simulação.

Corria um processo de cassação do mandato do deputado Eurico Miranda, presidente do Vasco da Gama, e do mesmo partido de Francisco Dornelles, o Partido Popular.

A cassação era dada como certa até que, no dia da decisão, sob a justificativa de comparecer ao enterro da mãe de Dornelles, Aécio se ausentou e o processo acabou arquivado pela mesa diretora da Câmara.

Aécio deixou uma carta a favor da abertura do processo, sem qualquer valor prático. E deixou de votar, o que teria consequência.

Conselheiro do Cruzeiro, foi Aécio quem fez do ex-presidente do clube, Zezé Perrela, o suplente de Itamar Franco, eleito senador, aos 80 anos, em 2010, e falecido já no ano seguinte.

Tudo isso, e apenas no que diz respeito, direta ou indiretamente, ao futebol brasileiro, revela um estilo, um modo de ser.

Que não mudará, caso seja eleito presidente da República, o futebol brasileiro, como Marin, aliás, acha que não tem mesmo de mudar.

Desconfiança tucana e alívio petista com resultados das novas pesquisas


O resultado das pesquisas do Ibope e do Datafolha, divulgados na quarta-feira, foi recebido com desconfiança pela campanha tucana e com alívio pelos petistas. Aliados de Aécio acreditam que os apoios declarados nos últimos dias, de Marina Silva e da família do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, falecido em agosto, ainda não tiveram efeito sobre as intenções de voto dos eleitores. Já os petistas comemoram que os fatos positivos para Aécio não tenham repercutido nos levantamentos.

Integrante da campanha de Aécio, o deputado Duarte Nogueira (PSDB-SP) diz acreditar que a mais recente pesquisa não teria captado ainda os efeitos do apoio de Marina e da família do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, declarados no último fim de semana. O deputado diz que o PT está usando uma estratégia agressiva porque está “desesperado” e que, mesmo assim, Aécio se mantém estável nas pesquisas. Duarte lembra, porém, que é preciso usar “sandálias da humildade” e evitar euforia de vitória antecipada.

— As pesquisas não captam o ato reflexivo do eleitor na reta final. A pesquisa que antecedeu a eleição mostrou isso claramente. Aécio vai crescer muito mais porque tem a seu lado o eleitor indignado com a corrupção, a inflação, o país que não cresce — afirmou.

O presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, afirma que, apesar da campanha de “vale-tudo” que acusa do PT de estar fazendo, Aécio irá subir nos próximos levantamentos, e destaca que a campanha tucana continuará investindo em temas para polarizar contra o PT, como mudança na forma de fazer política, situação da economia, corrupção, em particular na Petrobras, gestão e liderança para executar reformas necessárias.

— Acho que os institutos estão com uma postura conservadora de não apostar em viés de decisão, mas temos notícia de uma situação mais favorável para o Aécio. Tivemos uma semana ainda não totalmente drenada pela sociedade, com o anúncio de apoio de Marina e da família Campos, o PSB, que ainda vai produzir um efeito grande. E teve uma pancadaria do PT em cima do Aécio, uma campanha extremamente radical, raivosa, mostra que eles sabem que estão muito atrás — pontuou Pestana.

DILMA NÃO FALOU TUDO AINDA, DIZ PETISTA

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho (SP), afirmou que o resultado da pesquisa traz alívio para os petistas, que tinham uma expectativa de que os recentes anúncios de apoio a Aécio tivessem uma repercussão já neste levantamento. O deputado dá o tom de que o PT deverá continuar partindo para o ataque contra o tucano.

— Essa eleição vai se definindo a cada momento, a recomendação à militância é trabalhar até o último minuto a eleição da Dilma. Os dados trazem um alívio, pelo que se ouvia dizer por aí parecia que Aécio estava com 70, e Dilma com 30. Se está empatado, então é bom. Mostra que tem gente do PSB e da Marina se dividindo. Aécio está usando a mesma postura da Marina, tentando se colocar como vítima, e isso é ruim para ele. O povo não é bobo, o que a presidente Dilma fala tem comprovação, documentos, e o debate serve para isso. E ela não falou tudo ainda! — ameaça o petista.

O senador Humberto Costa, líder do PT no Senado, também comemorou o resultado. Para Costa, o acúmulo de fatos positivos ocorridos nos últimos dias para Aécio, com o anúncio de apoios e os fatos negativos para Dilma, com mais denúncias de corrupção na Petrobras poderiam ter produzido uma vantagem para o tucano, o que acabou não ocorrendo neste último levantamento.

— Achei excelente o resultado, pode até ser estranho, mas ao longo da última semana Aécio só acumulou fatos positivos e nós alguns negativos. Tudo que aconteceu semana passada foi favorável a ele. E mais, a rejeição dele cresceu e acho que depois do debate de ontem a tendência é a gente abrir vantagem — defende Costa.

Fonte:Msn Notícias, 16/10/14

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Aécio tem 51%, e Dilma, 49% dos votos válidos, apontam IBOPE e DataFolha

Levantamento com 3.010 eleitores foi feito entre os dias 12 e 14 de outubro. Margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Pesquisa IBOPE divulgada nesta quarta-feira (15) aponta os seguintes percentuais de votos válidos no segundo turno da corrida para a Presidência da República:
- Aécio Neves (PSDB): 51%
- Dilma Rousseff (PT): 49%

Para calcular esses votos, são excluídos da amostra os votos brancos, os nulos e os eleitores que se declaram indecisos. O procedimento é o mesmo utilizado pela Justiça Eleitoral para divulgar o resultado oficial da eleição.

A pesquisa foi encomendada pela TV Globo.

O Ibope afirma que o cenário para o segundo turno está indefinido e, neste momento, sem tendência visível de crescimento ou de queda para Aécio ou Dilma.

Votos totais
Se forem incluídos os votos brancos e nulos e dos eleitores que se declaram indecisos, os votos totais da pesquisa estimulada são:

- Aécio Neves (PSDB): 45%
- Dilma Rousseff (PT): 43%
- Branco/nulo: 7%
- Não sabe/não respondeu: 5%


Na margem de erro, os candidatos estão empatados tecnicamente.


No levantamento anterior do instituto, divulgado no dia 9, Aécio tinha 46% e Dilma, 44%.


O Ibope ouviu 3.010 eleitores em 204 municípios entre os dias 12 e 14 de outubro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de dois pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-01097/2014. 

Rejeição
O Ibope perguntou, independentemente da intenção de voto, em qual candidato o eleitor não votaria de jeito nenhum. Veja os números:
Dilma - 36%
Aécio - 35%


Expectativa de vitória
O Ibope também perguntou aos entrevistados quem eles acham que será o próximo presidente da República, independentemente da intenção de voto. Para 47%, Dilma sairá vitoriosa; 41% acreditam que Aécio ganhará; 12% não sabem ou não responderam.

G1 - São Paulo, 15/10/14 

Relatórios anuais do TCE de Minas Gerais somem do site

Problema começou na noite desta terça-feira, quando Dilma pediu no debate da TV Bandeirantes que a população consultasse a página

JULIANA DAL PIVA

Rio - Os pareceres técnicos sobre as contas do governo de Minas Gerais de 2006 a 2012, que estavam disponíveis para consulta no site na instituição, foram retirados da consulta pública entre a noite de terça-feira e o início da tarde de ontem. Antes disso, a página web também ficou fora do ar no mesmo período por quase 12 horas. 

Os problemas ocorreram depois que a presidenta Dilma Rousseff (PT) acusou o adversário Aécio Neves (PSDB) no debate da Band na terça-feira de não cumprir o mínimo dos repasses na área de Saúde e convidou os telespectadores que acompanhavam o debate a checar o dado na página do TCE. 

“No que se refere à Saúde pode-se entrar no site do TCE e lá vai estar claro que o governo de Minas foi obrigado a assinar um termo de ajustamento de gestão e que considerou-se que vocês desviaram em torno de R$ 7,6 bilhões”, acusou Dilma. O valor corresponderia aos 12% do orçamento que deveria ter sido destinado. 

O DIA questionou o tribunal sobre a instabilidade verificada para o acesso ao site e ainda sobre a ausência dos arquivos na aba “Fiscalizando com o TCE” às 16h49 da tarde de ontem e uma hora depois o site foi atualizado novamente com o retorno dos arquivos de todos os anos. 

O tribunal alegou, por meio de nota, que ocorreu uma falha técnica devido ao aumento excessivo de visitantes na noite de terça-feira e que o sistema “não ficou indisponível, mas sim, instável”. “O TCE possui capacidade para atender acessos de seus 3.334 jurisdicionados e também as demandas das diversas áreas da sociedade. Diariamente, são registrados, em média, 2.500 acessos”, informa a nota. 

De acordo com o TCE, o número simultâneo de usuários que normalmente é de 30 chegou a 920 a partir das 22 horas da terça-feira. “De acordo com o Google Analytics (ferramenta utilizada para aferição de portais em todo o mundo), neste mesmo período, o Portal do TCEMG recebeu 53.491 (cinquenta e três mil quatrocentos e noventa e um) acessos, em decorrência de buscas na página “Fiscalizando com o TCE”, finaliza o texto. 

O governo de Minas Gerais assinou um Termo de Ajustamento de Gestão (TAG) em abril de 2012 para começar a cumprir o mínimo constitucional de 12% de emprego dos recursos na área da Saúde e de 25% na Educação. O plano apresentado pelo governo mineiro já na gestão de Antonio Anastasia, sucessor de Aécio, previa que apenas em 2014 o valor passaria a ser cumprido integralmente.No acordo, foram fixados os percentuais de 9,68% e 10,64% para a saúde e 22,82% e 23,91% para a educação, definidos para os anos de 2012 e 2013. 

O TCE informou na nota ainda que o termo depois de aprovado acabou arquivado pois o governo passou a cumprir os índices. A emenda 29, que estabeleceu o investimento mínimo nessas áreas, foi sancionada por Dilma em 2012. Ontem, ela voltou a criticar o assunto e disse que Aécio “não está acostumado a receber críticas porque tinha uma certa blindagem quando foi governador”.

Fonte: O dia, 15/10/14

Dilma jantou Aécio com palitinhos no debate da Band


O debate da Band costuma ser o que decide a eleição. Em 2006, Geraldo Alckmin parecia ter ganho o debate de Lula. Este blogueiro foi contra a corrente e disse que achava o contrário. Em 2010, Dilma foi pra cima de Serra quando a sua vantagem diminuía em relação a ele e estava em 4%. A carta do Paulo Preto lhe foi tascada na testa. E Serra tremeu. Hoje, Dilma jantou Aécio. Aeroporto de Cláudio, agressão a mulheres, condenação por não investir o necessário na saúde, entre outras coisas, fizeram o tucano ficar completamente fora do prumo.

O que estava em jogo neste debate da Band não era a massa de eleitores, mas as suas militâncias e o percurso da campanha. Ou seja, se a linha estava correta para os 10 dias que se seguem. Dilma venceu fácil esse desafio.

Aécio fez um discurso do “pois bem telespectador” e do “o Brasil quer mudança”. Dilma foi pra cima na desconstrução da imagem do candidato e na demonstração de que ele não tem o que apresentar para implementar se sair vitorioso.

No primeiro bloco, Aécio empatou com Dilma. Na hora de falar sozinha, sem confronto, Dilma não é tão boa.

Mas Na hora do pau a pau, do confronto cara a cara, deu pena de Aécio. Parecia a disputa entre a mulher que viveu uma vida dura e sabia sair das dificuldades contra o mauricinho do Leblon. O garotão que se acha bom porque sabe mentir na hora certa.

Quando Dilma lhe perguntou sobre a Lei Maria da Penha, Dilma falava da reportagem que Juca Kfouripublicou. Você pode ler aqui. Na época, estupefato, este blogueiro não deu bola para a defesa que um colega de blogosfera fez de Aécio e foi entrevistar Juca. Porque outros amigos haviam lhe confirmado a mesma coisa, que de fato havia tido agressão na festa.

Quando Dilma lhe acusou de não cumprir o orçamento da saúde, Aécio tentou desmentir. Mas o processo continua em aberto. E o candidato do PSDB tentou tirar essa matéria de Fórum do ar via Google, mas não conseguiu.

Foi um massacre. Dilma jantou Aécio com palitinhos. Não precisou nem de garfo e nem de facas. E mais do que isso, lhe enfiou um excelente apelido Aécio Fabulação. No universo de Aécio, ele fez o melhor governo da história de Minas. Mas perdeu a eleição por lá. A máscara de Aécio caiu no debate da Band. E esse debate é o decisivo. Se Dilma abrir vantagem agora, o debate da Globo conta muito pouco e passa a não valer muita coisa.

Aécio foi completamente derrotado. Dilma fez o que precisava. E animou a militância de esquerda que é a que está ao seu lado na sua eleição.

Fonte: Blog O Quarto Poder, 15/10/14

Debate dos Presidenciáveis na Band

Não é bem assim: veja as incorreções de Dilma e Aécio

Do UOL, em São Paulo15/10/2014, Vinícius Segalla

PauloWhitaker/Reuters
Candidatos fizeram perguntas entre si em todos os blocos do debate

O debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) realizado na noite da última terça-feira (14) na Band privilegiou o confronto direto entre os presidenciáveis.

Sem perguntas de jornalistas, os participantes travaram um embate em que muitos números e fatos relacionados a administrações recentes do Brasil e de governos estaduais foram citados. Em meio a essas citações, os dois candidatos cometeram deslizes e incorreções em diversas oportunidades. Veja, abaixo, os principais deslizes de Dilma e Aécio no debate.

AÉCIO NEVES

Daniel Teixeira/Estadão Conteúdo


"O MPF [Ministério Público Federal] atestou a regularidade dessa obra [aeroporto de Claudio-MG]"

O tucano se referia ao aeroporto construído durante a sua gestão frente ao governo de Minas Gerais, erguido em terras de sua família, que foram desapropriadas para a construção da obra pública.

Na realidade, o que o MPF fez foi apenas rejeitar a representação criminal proposta pelo PT contra o candidato tucano, mas jamais atestou a regularidade da obra.

Ao invés disso, após a reportagem do jornal Folha de S.Paulo de agosto deste ano, sobre a construção do aeroporto, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, determinou que o Ministério Público Federal em Minas Gerais investigasse eventuais indícios de improbidade administrativa no planejamento e construção do aeroporto.
"Minas Gerais tem o melhor ensino fundamental do Brasil"

Assim como fez em debate no primeiro turno, o tucano superdimensionou os índices relativos à educação em Minas Gerais. O ensino fundamental é dividido em dois ciclos: do 1º ao 5º (antiga 4ª série) e do 6º ao 9º ano (antiga 8ª série). Na primeira etapa, Minas Gerais tinha a melhor nota no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) em 2011, ano seguinte à saída de Aécio do governo mineiro. O posto foi alcançado no Ideb de 2009.

No segundo ciclo, porém, Minas Gerais, com nota 4,6, cai para o terceiro lugar, atrás de Santa Catarina (4,9) e São Paulo (4,7). Já no Ideb 2013, quando Aécio não era mais governador do Estado e divulgado este ano, Minas aparece em primeiro lugar com 4,8. É importante lembrar que o primeiro ciclo é oferecido preferencialmente pelas redes municipais, enquanto o segundo fica a cargo dos Estado.
"Vamos falar de Educação. Infelizmente, em todos os rankings internacionais, estamos na lanterna"

O Brasil não está na lanterna de todos os rankings internacionais de educação. De acordo com o ranking da educação da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), organismo internacional com sede na França, de um total de 65 países analisados, o Brasil está na 58ª, 55ª e 59ª posições na avaliação, respectivamente, do ensino das disciplinas de matemática, leitura e ciências.

DILMA ROUSSEFF

Andre Penner/AP

"Eu quero dizer que o nepotismo é crime. O senhor teve uma irmã no seu governo"

Andréa Neves da Cunha, irmã de Aécio Neves, jamais teve cargos em comissão, de confiança ou função gratificada no governo de Minas Gerais durante a administração de Aécio Neves (2003-2010).

A irmã do tucano foi, na realidade, coordenadora do Grupo Técnico de Comunicação Social da Secretaria de Governo de Minas Gerais, desde que o órgão foi criado, em 2003, por meio do decreto estadual 43.245/2003, até a saída de Aécio do governo mineiro.

O órgão que a irmã do pessedebista comandava tem por missão "coordenar, articular e acompanhar a alocação de recursos financeiros aplicados em publicidade na Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo estadual".

Apesar disso, para efeito da legislação que rege a Administração Pública brasileira, Andréa nunca fez parte do serviço público mineiro, mas apenas de um grupo consultivo de uma das pastas do Estado.
"O meu governo garantiu uma inflação controlada dentro dos limites da meta"

Na realidade, a inflação medida nos últimos 12 meses está acima da meta estabelecida pelo governo federal. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 0,57% em setembro deste ano, o que representa mais do que o dobro do aumento de agosto, de 0,25%. 

Com esse resultado, a alta acumulada do IPCA nos últimos 12 meses atingiu 6,75%, acima do teto da meta de inflação anunciada pelo Banco Central (BC), que é de 6,5% ao ano. Foi a maior inflação em 12 meses registrada desde outubro de 2011 (6,97%).
"Vocês jamais aplicaram nenhum recurso em qualquer programa social"

A candidata se referia ao período em que Fernando Henrique Cardoso (PSDB) foi presidente da República, entre 1995 e 2002. Durante o período, foram criados programas sociais, como o Bolsa Escola e o Vale Gás. 



14.out.2014 - Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) se cumprimentam antes do debate da Band, o primeiro entre os presidenciáveis que concorrem no segundo turno das eleições presidenciais, na noite desta terça-feira Nelson Antoine/Frame/Estadão Conteúd

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vox Populi e Instituto Sensus: qual pesquisa está mentindo?

A edição do Jornal da Record de 13 de outubro divulgou pesquisa Vox Populi que foi a campo nos dias 11 e 12. Dilma Rousseff tem 45% dos votos absolutos e 51% dos votos válidos; Aécio Neves tem 44% no primeiro caso e 49% no segundo.

48 horas antes – na noite de sábado, 11 –, o instituto Sensus publicou pesquisa que mostrou Aécio com 52,4% dos votos absolutos e 58,8% dos votos válidos, e Dilma com 36,7% dos votos absolutos e 41,2% dos votos válidos.

Em votos válidos, são 17,6 pontos de diferença de Aécio para Dilma; no instituto Vox Populi, são 2 pontos de vantagem de Dilma sobre Aécio.

Quem está mentindo? Matéria publicada no mesmo dia no portal do jornal Mineiro O Tempo dá uma dica: o Sensus usou proporção incorreta de cidades onde Aécio venceu no primeiro turno. Ele venceu em 1/3 dos municípios brasileiros e Dilma, em 2/3. Mas o instituto usou amostragem com metade dos municípios em que o tucano venceu.

No primeiro turno, Dilma venceu em 3.648 municípios, enquanto Aécio ficou à frente em 1.821 cidades, e Marina obteve melhor votação em 99 municípios. Ou seja: Dilma venceu em 65,51% dos municípios, enquanto Aécio venceu em 32,70% e, Marina, em 1,77%.

No levantamento da Sensus, no entanto, das 136 cidades escolhidas, 66 deram vitória à presidente no primeiro turno, enquanto 61 deram vitória ao PSDB e 9 ao PSB. Portanto, na amostra do instituto, 48,52% das cidades foram “dilmistas” no primeiro turno, 44,85% foram aecistas e 6,61% preferiram Marina.

O caso é muito grave. Falsificação de pesquisas eleitorais é crime punível com prisão e multa. Essa situação tem que ser esclarecida. O Ministério Público Eleitoral ou a campanha de Dilma Rousseff deveriam propor uma investigação. Mesmo que não ocorra antes da eleição, Isso tem que ser esclarecido.

Não se consegue conceber que se possa promover algo como falsificar com tal suposta grosseria uma pesquisa que pode influir decisivamente em um processo eleitoral, como já ficou sobejamente provado em estudos de politólogos eminentes como Carlos Alberto de Almeida, autor de “A Cabeça do Eleitor”.

Alguém tem que tomar essa atitude em nome da cidadania brasileira.

Não se pode aceitar que promovam uma trapaça dessa magnitude em nosso país. Não somos uma república bananeira. Até parece que somos, mas não somos. Dilma não pode permitir que pesquisas fajutas elejam Aécio fazendo os brasileiros de trouxas.

Fonte: Brasil 247, 13/10/14

Roberto Amaral deixa presidência do PSB Nacional para apoiar Dilma

Quando se alia a Aécio Neves, o PSB renega seus compromissos programáticos e estatutários. Joga no lixo da história a oposição que moveu ao governo FHC e o esforço de seus fundadores para instalar no solo da paupérrima política local uma resistência de esquerda, socialista e democrática.

Nessa decisão em que o PSB jogou pela janela sua própria história e fez em pedaços a galeria de seus fundadores, movido pela busca do poder pelo poder, o partido renunciou ao seu futuro. Podendo ousar construir as bases do socialismo do século 21, democrático, optou pela cômoda rendição ao statu quo. O partido renunciou tanto à revolução como à reforma.

Um partido socialista não pode se conciliar com o capital em detrimento do trabalho, aceitar a pobreza nem a exploração do homem pelo homem, como se um fenômeno irrevogável fosse. Ora, ao dar apoio a Aécio Neves, o PSB resolveu se aliar à social-democracia de direita, abandonando o campo da esquerda.

O pressuposto de um partido socialista é o debate, o convívio com as diferenças e a prevalência da lealdade e da ética. Quando esse tronco se rompe, é impossível manter a copa de pé.

Anfitrião, recebi, segundo meus princípios éticos, o candidato escolhido pela maioria. Cumprido o papel, estou livre para lutar pelo Brasil que sonhamos, convencido de que apoiar a presidenta Dilma Rousseff é, hoje, nas circunstâncias, a única opção para a esquerda socialista, independentemente dos muitos erros do PT, no governo e fora dele.

Roberto Amaral é ex-presidente do Partido Socialista Brasileiro, foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (governo Lula)

Roberto Amaral: PSB renunciou ao seu futuro

Quando se alia a Aécio Neves, o PSB renega seus compromissos e joga no lixo da história a oposição que moveu ao governo FHC

A recém-revelada disputa interna no PSB não tem como cerne a disputa da presidência do partido. O que está –e sempre esteve– em jogo é a definição do modelo de Brasil que queremos e, por consequência, do partido que queremos. É nesse ponto que as divergências são insuperáveis, pois entra em jogo uma categoria de valores incompatível com a pequena política.

Quando se alia a Aécio Neves, o PSB renega seus compromissos programáticos e estatutários. Joga no lixo da história a oposição que moveu ao governo FHC e o esforço de seus fundadores para instalar no solo da paupérrima política local uma resistência de esquerda, socialista e democrática.

No plano da política imediata, essa decisão que dividiu o PSB, talvez de forma definitiva, revoga a luta pela qual Eduardo Campos se fez candidato (e os pressupostos de sua tese, encampada lealmente por Marina Silva na campanha), a saber, a denúncia da velha, nociva e artificial polarização entre PT e PSDB, que só interessa, dizia ele, aos verdadeiros detentores do poder.

Como honrar esse legado tornando-se refém de uma de suas pernas, justamente a mais atrasada? O resto é a pequena política, miúda, a politicagem dos que, não podendo formular, reduzem o fazer político aos golpes e aos “golpinhos”, à conquista das pequenas sinecuras das estruturas partidárias e à promessa de recompensa nos desvãos do Estado. Insistir nesse tipo de prática é outro erro.

Que a crise do PT sirva ao menos de lição. E quem não aprende com a história está condenado a errar seguidamente. Aliás, estamos em face de uma das fontes da tragédia brasileira: a visão míope, tomando o que é acessório como o principal, o episódico como o estratégico, a miragem como a realidade.

Nessa decisão em que o PSB jogou pela janela sua própria história e fez em pedaços a galeria de seus fundadores, movido pela busca do poder pelo poder, o partido renunciou ao seu futuro. Podendo ousar construir as bases do socialismo do século 21, democrático, optou pela cômoda rendição ao statu quo. O partido renunciou tanto à revolução como à reforma.

Um partido socialista não pode se conciliar com o capital em detrimento do trabalho, aceitar a pobreza nem a exploração do homem pelo homem, como se um fenômeno irrevogável fosse. Um partido socialista não pode desaparelhar o Estado para melhor favorecer o grande capital, muito menos renunciar à sua soberania e aliar-se ao capital financeiro internacional, que constrói e que construirá crises necessárias à expansão do seu domínio. Ora, ao dar apoio a Aécio Neves, o PSB resolveu se aliar à social-democracia de direita, abandonando o campo da esquerda.

O pressuposto de um partido socialista é o debate, o convívio com as diferenças e a prevalência da lealdade e da ética. Quando esse tronco se rompe, é impossível manter a copa de pé.

A vida partidária exige liturgia. Como presidente do Partido Socialista Brasileiro, procurei me manter equidistante das disputas, embora tivesse minha opção. Isento, ouvi as correntes e dirigi a reunião da comissão executiva que optou pelo suicídio político-ideológico que não pude evitar.

Anfitrião, recebi, segundo meus princípios éticos, o candidato escolhido pela maioria. Cumprido o papel, estou livre para lutar pelo Brasil que sonhamos, convencido de que apoiar a presidenta Dilma Rousseff é, hoje, nas circunstâncias, a única opção para a esquerda socialista, independentemente dos muitos erros do PT, no governo e fora dele.

(Artigo publicado originalmente na Folha de S.Paulo)

Roberto Amaral é ex-presidente do Partido Socialista Brasileiro, foi ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (governo Lula)

Fonte: Site do PT, 14/10/14

PSB dará apoio a Dilma em 4 Estados

Mesmo já tendo declarado apoio formal candidatura de Aécio Neves (PSDB), o PSB irá fazer campanha pela reeleição de Dilma Rousseff (PT) em ao menos quatro Estados.

O partido fechou com Dilma no Acre, na Bahia, no Amapá e na Paraíba. Nos dois últimos, os governadores do PSB disputam o segundo turno com o PT nas chapas.

O PSB nacional aprovou na semana passada o apoio a Aécio, mas deixou espaço para que fossem "ressalvadas as realidades dos Estados".

A brecha, que liberou os governadores Camilo Capiberibe (AP) e Ricardo Coutinho (PB), foi seguida por correligionários de outros Estados.

O PSB baiano, liderado pela senadora Lídice da Mata, anunciou apoio a Dilma aproveitando, nas palavras dela, "uma brecha objetiva".

"O documento [de adesão a Aécio] faz ressalva a especificidades dos Estados e não determina quais são; portanto, não nos sentimos rompendo com o partido", disse Lídice, que ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo, atrás do eleito Rui Costa (PT) e de Paulo Souto (DEM).

Editoria de Arte/Folhapress 


Pesou na decisão a aliança entre o PSDB de Aécio e o DEM do ex-governador Antônio Carlos Magalhães (1927-2007), rival do PSB da BA.

O apoio a Dilma, no entanto, colocou Lídice em campo oposto ao da ex-ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Eliana Calmon (PSB), com quem dividiu chapa.

Calmon disputou o Senado e também foi derrotada.

A ex-magistrada, ligada a Rede Sustentabilidade, partido que Marina Silva tentou fundar antes de se filiar ao PSB, anunciou apoio a Aécio e se colocou disposição para subir no palanque tucano.

"Eliana é uma grande companheira, mas nunca fez política no Estado. É diferente do PSB", minimizou Lídice.

A Rede havia defendido a neutralidade ou o apoio a Aécio entre seus militantes, medida que causou discórdia entre apoiadores da ex-senadora em vários Estados.

Em São Paulo, por exemplo, 7 dos 12 integrantes da executiva estadual da Rede deixaram a direção descontentes com a declaração de voto de Marina em Aécio.

SEM EXCLUSO

Escolhido nesta segunda (13) como novo presidente do PSB, Carlos Siqueira disse que a sigla "aceita a divergência", mas trabalhará para "levar adiante a vontade da esmagadora maioria, que decidiu pelo apoio ao Aécio".

Apesar de não se opor as opções divergentes no Amapá, na Bahia e na Paraíba, ele indicou que gostaria de "discutir com os companheiros" a decisão do PSB do Acre.

Na terra natal de Marina Silva, o partido integra a coligação do governador petista Tião Viana, que disputa o segundo turno contra Márcio Bittar (PSDB) e anunciou, na semana passada, que fará campanha para Dilma.

Segundo Siqueira, o apoio petista "não é assim tão unânime" no Estado, e o fato de o PSB não disputar cargos majoritários na chapa de Viana seria levado em conta.

O Acre foi um dos nicos Estados onde Marina venceu o primeiro turno. Ela teve 42% dos votos, ante 29% de Aécio e 28% de Dilma.

Fonte: Notícias Widi, 14/10/14

Marina ao decidir apoiar Aécio, pode acabar com dois partidos de uma só vez

A adesão de Marina Silva a Aécio Neves o seu caminho convencional, mas, para formular os argumentos vazios que invocou, não precisava de tantos dias, bastavam minutos. Além disso, Marina já tem convivência bastante com a política para saber que nenhuma condição exigida de Aécio tem valor algum: se eleito e por ela cobrado, no esqueceria o velho refrão político "as circunstâncias mudaram". Ao espichar as atenções por mais uns dias, no entanto, Marina instalou a implosão em dois partidos. Um feito, sem dúvida.

A demora de Marina proporcionou tempo para que uma ala do Partido Socialista Brasileiro, com o estandarte da viúva de Eduardo Campos, articulasse o abandono da linha tradicional do partido, de centro-esquerda, e a necessária derrubada dos dirigentes mais identificados com o PSB. Novo rumo: adesão a Aécio.

Em termos partidários, como se o PSB fosse extinto, com uma descaracterização que preserva apenas o nome e a sigla. Não de todo, aliás, com o humor já se referindo ao "novo PV": não de Partido Verde, mas Partido da Viúva.

O manifesto "A favor da nova política" tem argumentos consideráveis e reúne, em corrente própria, os que se integraram Rede Sustentabilidade, partido de Marina, para construir novos modos de fazer política. E consideram a adesão a Aécio, decidida por Marina, "grave erro" e contrária ao "projeto original da Rede Sustentabilidade", ao torná-la "parte da polarização PT x PSDB". A adesão agrava-se porque Aécio, diz o manifesto, tem "integração orgânica desconstituição de direitos, aos ruralistas e ao capital financeiro", três frentes a que a Rede se ope por princípio.

Para contornar a reação de correligionários valiosos, Marina Silva precisará de argumentos melhores do que lhe bastaram para aderir ao candidato do PSDB, em vez de "rejeitar as duas candidaturas". Rede se remenda. O PSB, não.

Fonte: Iberoamerica, Jânio Freitas, 14/10/14

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Movimentos sociais de Pernambuco decidem apoiar Dilma

Organizações da sociedade civil e movimentos Sociais de PE lançam, nesta segunda (13), manifesto de apoio a Dilma

reprodução

Organizações da sociedade civil e movimentos Sociais de Pernambuco lançam nesta segunda-feira, 13 de outubro, o Manifesto Pernambuco com Dilma 13. Será no auditório do SINTEPE, às 15h.

Alexandre Pires, coordenador do Centro Sabiá e um dos organizadores do evento, lista pelo menos três motivos para os movimentos sociais estarem fechados com Dilma Rousseff:

“A possibilidade de diálogo com os movimentos e organizações sociais, como vem ocorrendo nos últimos 12 anos, principalmente para que se avance ainda mais nas mudanças estruturais, como reforma política, reforma agrária e o debate sobre a democratização dos meios de comunicação”, diz.

“Temos sinalizações concretas do governo do PT nos últimos 12 anos de que as prioridades do governo estão de fato voltadas para as políticas e programas sociais em prol das comunidades mais pobres”, completa.

Pires prossegue afirmando que a população do campo e da periferia tem tido a oportunidade de viver com mais dignidade, sobretudo com a geração de trabalho e com a garantia da alimentação dessas pessoas, via políticas públicas como o Bolsa Família e o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf).

“Já temos confirmação da presença de 20 organizações, movimentos e fóruns do campo e da cidade, para participar do evento e assinar o manifesto”, conta.

Informações da assessoria do Manifesto PE com Dilma.

Fonte: Diário de Pernambuco, 13/10/14

O apoio de Marina a Aécio racha o PSB

O apoio a Aécio dividiu o PSB, sigla que abrigou Marina há um ano, quando a ex-senadora não conseguiu o registro da Rede na Justiça Eleitoral. Na semana passada, o PSB, que estiveram aliados ao PT de 2002 a 2013, no plano nacional, decidiu declarar apoio ao tucano.

Contrário ao apoio, o atual presidente da sigla, Roberto Amaral, acabou perdendo o posto e será substituído por Carlos Siqueira, escolhido em eleições internas realizadas hoje para substituí-lo. Fundador do PSB, Amaral foi ministro da Ciência e Tecnologia de Lula e sempre foi próximo ao PT.

Após ser preterido no comando da sigla, Amaral declarou apoio a Dilma e fez duras críticas ao correligionários, entre elas a de que já estão negociando ministérios num eventual governo tucano.

Antes de Amaral, a deputada federal Luíza Erundina (PSB-SP), favorável à neutralidade, já havia criticado a decisão do PSB, com o argumento de que apoiar o PSDB é incoerente com o discurso da nova política.

Os diretórios do PSB na Bahia, Acre, Paraíba e Amapá também apoiam Dilma. Nos dois últimos, o PT está na coligação que sustenta os candidatos ao governo --Ricardo Coutinho e Camilo Capiberibe. No Acre, o PSB apoia a reeleição do petista Tião Viana, amigo de Marina.

O diretório de Pernambuco, a mulher de Eduardo Campos, Renata, e os filhos do ex-governador, declararam apoio a Aécio. A prima de Eduardo, Marília Arraes, integrante da juventude do PSB, declarou voto em Dilma.

Com apoio de Marina a Aécio, membros da Rede deixam comando da sigla em SP

O apoio da ex-senadora Marina Silva (PSB) ao candidato do PSDB à sucessão presidencial, Aécio Neves, causou uma debandada na Executiva Estadual da Rede em São Paulo. 

Em carta, divulgada nesta segunda-feira (13), sete coordenadores do partido, que foi abrigado pelo PSB na disputa eleitoral deste ano, pediram renúncia de suas atribuições no comando estadual. 

No texto, o grupo afirma que o apoio a qualquer um dos candidatos à sucessão presidencial que passaram para o segundo turno reforça a polarização entre PT e PSDB, a qual foi criticada pela Rede no primeiro turno da disputa presidencial. 

"Um apoio, explícito ou velado, por parte da Rede a qualquer um dos candidatos finalistas reforça o argumento daqueles que acusam a sigla de ser mais do mesmo, de ser só uma nova roupagem para a velha e corrupta política que tanto nos dispusemos a combater", disse. 

Em uma crítica ao PSDB, o grupo afirma que não pode servir indiretamente a um projeto de poder que "já foi testado" e com o qual ele não concorda. 

"As nossas esperanças de um Brasil mais justo, mais ético e mais sustentável mostraram-se como mercadorias, à venda por promessas que não surtirão resultados a médio e a longo prazo", ressaltou. 

Ao todo, deixaram a Executiva da Rede em São Paulo os coordenadores executivos Valfredo Pires e Marcelo Pilon; os coordenadores de comunicação Emílio Franco e Renato Ribeiro; os coordenadores de finanças Gérson Moura e Marcelo Saes e o coordenador de organização Washington Carvalho. 

"No primeiro turno, a Rede tinha como discurso sair da polaridade entre PSDB e PT. E, agora, quebra-se essa posição", criticou Valfredo Pires. 

Em nota, divulgada na quinta-feira (9), a Executiva Nacional da Rede manifestou como legítimos no segundo turno os voto de seus militantes "em branco, nulo ou em Aécio Neves". 

O porta-voz da Rede em São Paulo, Alexandre Zeitune, lamentou a renúncia dos integrantes do comando estadual do partido. 

"Houve um debate interno e foi decidido seguir a decisão nacional. Há um grupo que se sentiu incomodado e a gente lamenta", disse. 

Fonte: Folha de S. Paulo, 13/10/14

Era para ser um massacre contra Mantega, mas Fraga decepcionou, diz FT

FERNANDO NAKAGAWA / TWITTER @FNAKAGAWA

Estadão, 13.10.14


Blog de jornal britânico mostra decepção com desempenho de Armínio Fraga em debate contra Guido Mantega e diz que PSDB precisa desconstruir ideia de que “o que é bom para os mercados é ruim para as pessoas”

LONDRES – Era para ser um massacre a favor de Armínio Fraga, mas o resultado foi decepcionante. É assim que o blog do jornal britânico Financial Times sobre mercados emergentes, o BeyondBrics, avalia o debate entre os dois representantes econômicos das candidaturas de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). Guido Mantega deveria ser um “alvo fácil”, mas Fraga pecou por um “pragmatismo frio e detalhes técnicos de um banqueiro central”, diz o blog.

Perfil. Mantega é “populista e coerente” e Fraga, “frio e técnico” / Divulgação

No texto “Em confronto com Mantega, Fraga decepciona”, o blog do FT comenta o debate entre Fraga e Mantega transmitido pela GloboNews na noite de quinta-feira. “Era para ser um dos maiores massacres da eleição do Brasil”, diz o texto que cita as fragilidades da atual gestão econômica, como o crescimento de “mísero 0,2%”, inflação acima da meta e o discurso do governo que culpa a crise internacional pelos problemas do Brasil. “Em suma, Mantega deveria ter sido um alvo fácil”.

O FT reconhece que o discurso de Fraga contra Mantega “certamente tinha os argumentos corretos”. “O governo precisa corrigir o modelo econômico, combater a inflação, aumentar o investimento, atrair capital, construir credibilidade e reduzir os empréstimos desnecessários do BNDES”, diz o blog ao enumerar os argumentos do assessor econômico do candidato tucano. “O que é música para os ouvidos dos investidores”.

Apesar disso, o resultado não foi tão favorável a Fraga. “Enquanto Mantega falou como um político confiante com narrativas populistas e coerentes (embora um pouco falhas), Fraga respondeu em grande parte com um pragmatismo frio e detalhes técnicos de um banqueiro central”, diz o FT. O blog reconhece que, após os anos do ministro Mantega, o mercado recebe positivamente esse pragmatismo de Fraga. “No entanto, não são essas pessoas que Fraga tem de convencer”, diz, ao comentar que a maioria do mercado já vota em Aécio.

“Fraga e o PSDB precisam encontrar uma maneira de transmitir a mensagem econômica para a média da população brasileira e desconstruir a crença comum de que o que é bom para os mercados é ruim para as pessoas e vice-versa”, diz o FT.

A corrupção é um câncer na vida do Brasil



O governo do PSDB, no passado, foi marcado pela corrupção. Portanto, não é o Aécio, do PSDB, que tem moral para falar contra a corrupção!

Governador da Bahia, Jaques Wagner diz: "Não reconheço em Aécio alguém que possa dar aula de ética"

Governador da Bahia, Jaques Wagner   Foto: Tácio Moreira / Metropress

Depois de ajudar a eleger Rui Costa o seu sucessor, o governador da Bahia, Jaques Wagner, do PT, agora se preocupa com a reeleição da sua correligionário Dilma Rousseff, que disputa o segundo turno com Aécio Neves, do PSDB. Em entrevista à Folha de S.P., Jaques criticou o tucano e disse que ele não pode falar de ética. "Há muita hipocrisia. Não reconheço em Aécio alguém que possa dar aula de ética. O povo sabe que tem santo e diabo em todos os partidos.Ninguém ganha eleição dizendo 'sou honesto'", disse.

O governador reconheceu que faltou pulso ao PT para promover a reforma política. "O grande erro do PT foi não ter tido mais pulso para fazer a reforma política, porque ou destrói a máquina eleitoral do jeito que está hoje ou todo mundo vai para o ralo. E não vejo o Aécio propor [sobre reforma política], a única coisa que fala é sobre fim da reeleição, para atender a pedido do Alckmin [governador de São Paulo]", completou.

Jaques voltou a criticar o presidenciável da oposição e acusou o PSDB de dividir o Brasil entre ricos e pobres. "Um título verdadeiro ao ex-presidente Lula é o de grande conciliador nacional. Ao contrário do que Aécio mente na TV, quem sempre dividiu o Brasil entre ricos e pobres foi o PSDB, que nunca trabalhou na permeabilidade social. Pobre não tem raiva de rico, pobre tem raiva da exclusão. E nós incluímos 40 milhões", afirmou.


Fonte: Radio Metropole, 13/10/2014