sexta-feira, 25 de julho de 2014

Prefeita acusada de aplicar calote

Empresário Pedro diz que Eliene Nunes não pagou serviço

Pedro, proprietário da churrascaria “O Bistecão”, diz que comprou caminhão para coletar lixo e prefeita Eliene Nunes não pagou serviço

Nossa reportagem foi procurada esta semana pelo empresário Pedro, do distrito de Moraes Almeida, no município de Itaituba – Pará, proprietário da churrascaria “O Bistecão”. Segundo ele, ainda em campanha foi procurado na época pela então candidata e hoje prefeita Eliene Nunes, que lhe pediu apoio. Depois de uma boa “lábia” da (professora), o empresário caiu na conversar e aceitou apoiá-la acreditando em seu plano.

O empresário relata que tudo mudou quando a professora Eliene Nunes conseguiu ganhar a eleição e, já como prefeita não teria cumprido nenhuma promessa feita ao distrito de Moraes Almeida, que hoje vive uma calamidade pública, pois quando não é poeira e lama, infra-estrutura péssima, falta de coleta de lixo, entre outros problemas. O empresário Pedro, devido ter pedido voto aos moradores do Distrito para a prefeita Eliene Nunes, está sendo cobrado pelos moradores que lhe perguntam sobre as promessas feitas por Eliene em campanha e perguntam até por ela mesmo que teria sumido do Distrito. O empresário também quer saber por onde anda a senhora Prefeita.

Pedro reclamou, ainda, que quando vai a Itaituba não consegue falar com a senhora prefeita Eliene Nunes, que só vive viajando, porém, quando está na cidade não o recebe. O empresário relatou indignado que o governo municipal está uma “vergonha” e pergunta: “Cadê a candidata que se dizia ser a “candidata dos pobres”?

CALOTE: O mais grave de tudo é que o empresário Pedro disse que comprou um caminhão para trabalhar na coleta de lixo do distrito de Moraes Almeida, sendo que trabalhou cerca de 05 meses, chegando a gastar mais de 1. 800,00 em combustível para que a coleta do lixo não parasse, recebeu uma parte, mas outra não, e não está conseguido receber seu dinheiro. Pedro vai à Prefeitura e não consegue falar com ninguém do governo que possa lhe pagar, e critica os membros da equipe da prefeita Eliene Nunes, chamando-os de “incompetentes”, com um atendimento péssimo, onde um fica empurrando para o outro.

“Aquele ‘pastor’ é coisa mais difícil achar ele”, disse o empresário. Já não aguentando tanto abandono, os moradores do distrito de Moraes Almeida estão articulando uma interdição na BR impedido o tráfego de veículo, até que a administração municipal faça algum trabalho no Distrito. Fica a pergunta no ar: “Para onde está indo o dinheiro de Itaituba?”. Com informações e foto de Junior Ribeiro.

Fonte: Blog do Nazareno Santos

Hidrelétrica do Tapajós pode ser leiloada

A construção da Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, no Pará, pode ser leiloada no fim deste ano, se não houver problemas com o licenciamento ambiental, informou hoje (25) o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim. Segundo ele, para definir a construção e a operação do empreendimento, será realizado um leilão exclusivo.

"É uma usina estruturante e vai ser um leilão só para ela, como foi no Rio Madeira e com Belo Monte. É claro que temos que aguardar, porque tem todo um processo de análise dos autos ambientais, parecer da Funai [Fundação Nacional do Índio], audiências públicas. Todo um rito que tem que ser respeitado. E é claro que a palavra final é da área ambiental, mas esperamos que tudo corra bem."

Apesar disso, Tolmasquim considera viável falar em leilão ainda neste ano: "Está andando. É viável sair neste ano, mas eu acredito que mais para o final. Certamente, no último trimestre", detalhou.

O presidente da EPE também falou sobre iniciativas para alavancar a produção de energia solar no Brasil, e adiantou que está em fase final a preparação de uma linha de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o setor. De acordo com Tolmasquim, recursos do Fundo Clima devem ser usados para baratear o financiamento.

"A diretoria deve apreciar isso brevemente, e eles vão anunciar a política para que as empresas interessadas possam saber se estão habilitadas, ou não, para o nível de financiamento", disse Tolmasquim. Para ele, a questão é progressiva, e esse tipo de ajuda é um primeiro passo para criar mercado e, com isso, estimular a fabricação de equipamentos no país.

"É claro que, no primeiro leilão, não se pode exigir que os empreendedores comprem equipamentos com alto conteúdo nacional, porque não vai ter. No entanto, começa-se lentamente e vai-se progredindo ao longo do tempo", concluiu Tolmasquim.

Fonte: Quarto Poder, 25/07/14

Estado de direito e prisões de ativistas

Habeas Corpus libera 23

Luiz Flávio Gomes *, em JusBrasil Notícias, 24/07/14

Que se entende por Estado de direito? De acordo com a doutrina de Norberto Bobbio (em Ferrajoli 2014: 789), o Estado de direito (no mundo ocidental) significa duas coisas: governo sub lege, ou seja, submetido às leis e governo per leges, isto é, governo pautado por leis gerais e abstratas. O Estado de direito é o modelo de Estado (mais civilizado que o humano já inventou) em que todos estão submetidos à lei (na verdade, ao direito, do qual a lei faz parte), incluindo tanto o indivíduo como o próprio Estado. Não existe verdadeiro Estado de direito sem normas (válidas) reguladoras da atividade pública e privada (normas que fixam direitos, deveres e que impõem limites), sem a separação dos poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) assim como sem a previsão de um conjunto de direitos fundamentais (seguindo a tradição do nosso direito –civil law -, esse conjunto normativo vem escrito ou positivado em várias fontes: leis, constituições e tratados internacionais). É inconcebível o Estado de direito com poderes desregulados e atos de poder sem controle. Todos os poderes são limitados por deveres jurídicos, relativos não somente à forma, mas também aos conteúdos do seu exercício, cuja violação é causa de invalidade judicial dos atos e, ao menos em teoria, de responsabilidade de seus autores (Ferrajoli: 2014: 790).

Os atos de vandalismo, sobretudo os praticados por meio de violência, de acordo com esse Estado de direito, são reprováveis (muitos deles, criminosos). Logo, não estão permitidos pelo ordenamento jurídico, porque vão muito além do direito de resistência e de manifestação que todos temos garantido pela Constituição (assim como pela tradição do estado liberal, desde Hobbes, Locke etc.). Mas não podemos punir os vândalos (e criminosos) de qualquer maneira, atrabiliariamente. O Estado de direito fixa a forma (e, nesse sentido, também a fôrma). Todo ato sancionador praticado por agentes do Estado que não respeita essa forma é ilegal e inconstitucional (para além de revelar nossa anomia crônica). Toda prisão desnecessária é tirania (já dizia Montesquieu, repetido por Beccaria). O crime de que os ativistas foram acusados (associação criminosa) é punido com pena de 1 a 3 anos de prisão. Quando armada a associação, a pena aumenta de metade (vai para um ano e meio a 4 anos e meio). No Brasil, toda pena até 4 anos (nos crimes não violentos) admite-se a substituição da prisão por penas alternativas. Logo, a chance de os ativistas serem presos, no final do processo, é remotíssima. Ora, se a pena final não implicará prisão, nenhum sentido tem a prisão preventiva, que é nula e irrita (gritando pela sua própria inconsistência), salvo por motivos cautelares genuínos (por exemplo: quando o réu ameaça uma testemunha).

Por força do Estado de direito, o que pode, pode, o que não pode, não pode. Todo ato inconstitucional e/ou ilegal, violador do Estado de direito, deve ser revogado. Ato que foge da forma (e da fôrma) é ato típico do Estado subterrâneo (quando se trata de uma prisão, ingressa-se na vertente subterrânea do Estado de polícia). O desembargador Siro Darlan, do TJRJ, cumprindo seu papel de “semáforo do ordenamento jurídico” (que está, a rigor, reservado a todos os juízes, consoante Zaffaroni), deu sinal vermelho para o ato ilegítimo do juiz e concedeu liberdade para todos eles. Ele disse: “Estou convicto de que não é necessária a prisão. Mas apliquei algumas medidas cautelares, como não se ausentar da cidade e comparecer regularmente à Justiça. Também mandei recolher os 23 passaportes” (Globo 24/7/14: 10). O juiz não teria individualizado a conduta de cada réu. Faltou, então, fundamentação legal idônea. Enquanto vigorar o Estado de direito no Brasil, o ato da prisão (em caso de extrema necessidade) não pode fugir dos estreitos limites impostos pelas leis, pela Constituição e pelos Tratados internacionais. Enquanto existirem juízes acolhedores do Estado de direito (enquanto existirem juízes em Berlim), não se justifica nenhum ato de “asilo” nas embaixadas ou consulados estrangeiros.

Grupos violentos (ou que pregam abertamente a violência: FIP, MEPR, “black blocs” etc. – que encaram o caminho legalista, parlamentar e pacifista como um caminho falido) devem ser devidamente investigados (com polícia de inteligência), processados e eventualmente condenados pelos seus abusos (típicos do estado de natureza, onde todos entram guerra contra todos, como dizia Hobbes). Porém, tudo dentro da legalidade e da razoabilidade. O “grampo” nos telefones dos advogados é de ilegalidade patente. O advogado tem direito ao sigilo nas suas comunicações com os clientes. Mais um ato nulo e irrito. Não tem nenhum valor jurídico a prova colhida a partir de um ato ilícito (prova ilícita). Já se disse que pior que os crimes dos criminosos são os crimes dos que atuam contra os criminosos. A linha divisória do Estado de direito para o Estado subterrâneo (de polícia) é muito tênue. O poder punitivo do Estado, portanto, deve ser manejado com extrema cautela e prudência (para não se enveredar para o mundo subterrâneo da ilicitude e/ou da inconstitucionalidade). Só podemos afirmar que o Brasil ainda conta com um Estado de direito (que não tem nenhuma eficácia frente a uma grande parcela da população: os desfavorecidos) quando os abusos são contidos (para eles tem que funcionar o semáforo vermelho, ou ingressaremos no caos total, já vivido pelos excluídos do Estado de direito).
Luiz Flávio Gomes
Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]

EUA acusam Rússia de disparar contra a Ucrânia

Pentágono diz que tiros demonstram envolvimento direto dos russos

Comboio que transportava os corpos recuperados do vôo abatido da Malaysia Airlines chega à cidade de Kharkiv, na Ucrânia - Sergey Bobok/AFP

Os Estados Unidos afirmaram nesta quinta-feira que a Rússia está efetuando disparos de artilharia a partir de seu território com o objetivo de atingir tropas ucranianas que combatem os separatistas no leste do país. Segundo o Pentágono, os disparos demonstram que a Rússia está desempenhando um papel ainda mais direto no conflito. 

De acordo com o Wall Street Journal, o porta-voz do Pentágono Steve Warren disse que os disparos da artilharia russa têm ocorrido há vários dias. Na terça-feira, o governo da Ucrânia fez acusações semelhantes. "É claramente uma escalada militar. Demonstra envolvimento direto dos russos na Ucrânia", disse. Segundo o porta-voz, não há estimativas dos estragos provocados pelos disparos que parecem destinados mais a "atormentar" as forças ucranianas.

O Departamento de Estado dos EUA também acusou os russos. "Temos novos indícios de que os russos pretendem entregar lançadores de foguetes mais pesados e mais potentes para as forças separatistas na Ucrânia, e temos evidências de que a Rússia está disparando artilharia de dentro da Rússia para atacar posições militares ucranianas", disse a porta-voz Marie Harf, esclarecendo que a informação tem como base relatórios de inteligência.

Os Estados Unidos têm apresentado novas informações apontando o envolvimento da Rússia com os separatistas desde que o Boeing 777 da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo foi atingido por um míssil disparado, segundo o governo americano, a partir do leste da Ucrânia dominado pelos grupos pró-Moscou. As equipes de inteligência dos EUA divulgaram imagens de satélite e outras provas de que militares russos treinaram os rebeldes.

Voo MH17 – Na região da queda da aeronave, tropas ucranianas e rebeldes continuam a se enfrentar. Peritos ocidentais continuam a trabalhar no local da queda, mas estão encontrando dificuldades para recolher pistas no local. Nesta quinta-feira, o governo holandês anunciou que pretende enviar quarenta policiais desarmados para a área com o objetivo de acelerar os trabalhos. O país perdeu 193 cidadãos no desastre, e lidera as investigações. Já a Austrália, que perdeu 28 cidadãos na queda do avião, informou que pretende mandar cinquenta policiais.

O chefe dos Serviços de Emergência da Ucrânia, Sergey Bochkovskiy, disse que “terroristas” cortaram o acesso à área após a partida do trem levando os cadáveres para a Carcóvia, região controlada pelo governo. “Vocês o chamam de terroristas, nós os chamamos de criminosos, uma vez que eles não nos dão acesso ao local”, disse o chefe da polícia holandesa, Jan Tuinder. A transferência dos corpos da Ucrânia para a Holanda deve ser concluída até sábado.

Fonte: Veja, 24/07/14




quinta-feira, 24 de julho de 2014

Ecoturismo/ Dicas para facilitar sua viagem de barco pela Amazônia

Barcos maiores, como o Ana Beatriz III, percorrem percursos maiores que podem durar alguns dias Daniel Ribeiro/UOL

Conhecer a Amazônia é uma experiência marcante na vida dos turistas. As maiores cidades da região contam com uma estrutura turística razoável, mas para descobrir os recantos escondidos e pouco visitados só há uma maneira de chegar: de barco.

Navios, barcos e pequenas canoas são essenciais em qualquer viagem pela região. Não importa se seu passeio será curto ou longo, ou se quer um turismo mais aventureiro ou sofisticado. Na Amazônia, em algum momento você precisará viajar sobre as águas.

Para trechos maiores ou menores, algumas informações são essenciais. Preparar uma viagem dessas é ir para o meio do mato, literalmente. Por isso, é preciso ter tudo preparado de antemão porque para chegar a uma lojinha ou farmácia pode demorar dias.

Um dos roteiros mais tradicionais é entre Belém (PA) e Manaus (AM), com uma parada estratégica em Santarém (PA), onde fica Alter do Chão, uma das praias de rio mais conhecidas e cobiçadas do Brasil. Este trajeto pode durar de quatro a sete dias, dependendo do tamanho da embarcação.

Os cruzeiros pelo Rio Negro ganharam notoriedade e grandes navios, como o Amazon Star, vêm conquistando muitos turistas exigentes. Rotas igualmente populares são os trechos entre Macapá (AP) e Belém ou para as cidades da Ilha de Marajó (PA). As menos turísticas, apesar de pouco estruturadas, são ideais para quem prefere viver uma experiência nativa. 

Rede
A maioria das viagens de barco na bacia amazônica é feita em barcos de transporte que, para a população local, são como os nossos ônibus de viagem. Por isso, a estrutura de muitas dessas viagens não tem qualquer luxo. É possível encontrar lugares em cabines com cama, mas o mais divertido é viajar em redes. Cada passageiro leva a sua, que deve ser comprada antes de embarcar.

As melhores redes são as de linha trançada com pelo menos um metro e meio de largura, que são fortes e ajudam a esquentar durante as noites mais frias. As redes estreitas de tecido sintético, conhecidas como rede de garimpeiro, não esquentam no frio e são quentes no calor, além de estreitas. Nesse caso, o barato sai caro.

Daniel Ribeiro/UOL
O emaranhado de redes será a cama do turista nas noites em que estiver no barco

Fazer xixi no rio
Na Amazônia, esta prática pode provocar grande arrependimento. O rio Amazonas e seus afluentes são habitados pelos peixes Candiru (Vandellia cirrhosa), um parasita que tem a capacidade de nadar contra a corrente da urina, entrar na uretra e se alojar na bexiga dos seres humanos. Por isso, procure um banheiro ou um lugar seco para urinar, nunca faça isso na água, pois o peixe é quase transparente e provavelmente você não irá vê-lo.

Repelente
Nas cabines dos barcos maiores e nos navios, geralmente há ar-condicionado que mantém os mosquitos longe. Nos barcos abertos, não há problemas enquanto estiver em movimento, já que venta constantemente. Durante a noite, a presença dos mosquitos é mais intensa, por isso, repelente é fundamental. Quando o barco estiver parado durante o dia, também.

Comida
Todos os barcos e navios que fazem viagens mais longas oferecem uma estrutura básica de lanchonete e, alguns, refeições. As opções são limitadas e muitas vezes com pouca qualidade. Os preços, por outro lado, compensam. As refeições são baratas, principalmente nas rotas mais usadas pelos nativos como transporte entre vilas e cidades.

Roupas
A região amazônica é muito quente durante o dia e à noite tende a esfriar. Embora os locais digam que o fim do ano é a época fria, as temperaturas são bastante altas, com média superior a 20°C. Ainda assim, recomenda-se levar camisetas de manga comprida e calça para dormir e fazer trilhas. Nos barcos há banheiro e chuveiro, geralmente apertado e somente com água fria. Durante o dia, as roupas devem ser o mais fresca possível.

Arremesso de pacotes
As comunidades ribeirinhas são abundantes na bacia amazônica. São pequenos aglomerados de casas de palafita na margem dos rios. Essas vilas têm pouco ou nenhum acesso aos grandes centros urbanos e por isso uma forma de interagir com a cidade é pelos passageiros dos navios.

Os ribeirinhos sabem o horário em que as embarcações passam e remam para perto delas para receber sacolas de roupas e mantimentos que os passageiros habitués atiram na água. Os desavisados chegam a reclamar que as pessoas estão jogando lixo no rio até perceberem a dinâmica.

Fonte: Uol, 24/07/14

Bolsa Família é exemplo de política em que todos ganham, diz estudo da ONU

Sílvio Guedes Crespo, 24/07/2014

Sueli Dumont, de Jaboatão dos Guararapes (PE), beneficiária do Bolsa Família

O mais recente Relatório para o Desenvolvimento Humano, da Organização das Nações Unidas, defende um conjunto de medidas de proteção social e regulação estatal para combater a pobreza e a desigualdade no mundo.

O estudo afirma que os programas Bolsa Família, do Brasil, e Oportunidades, do México, são “exemplos de políticas ganha-ganha”.

Para a ONU, as iniciativas tiveram um duplo papel após 2008. No curto prazo, suavizaram os efeitos negativos da crise internacional sobre o poder de compra dos mais pobres, ajudando a manter o nível de consumo. Adicionalmente, trouxeram benefícios de longo prazo uma vez que as famílias, para receberem o benefício, precisam manter os filhos na escola.

Programas de transferência de renda, diz o estudo, foram importantes para diminuir o impacto que a população sofreu com o aumento dos preços de alimentos que se seguiu à crise de 2008.

Segundo o relatório, o Bolsa Família contribuiu com 20% a 25% da redução da desigualdade no país em 2008 e 2009, ao custo de 0,3% do PIB (Produto Interno Bruto).

Mas os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, são apenas uma das iniciativas possíveis para combater a pobreza, reduzir a vulnerabilidade da população e construir resiliência na sociedade, afirma a entidade.

Os governos devem atuar, também, por meio de regulação financeira e de políticas macroeconômicas que possibilitem diminuição da pobreza, segundo o estudo. Ainda, o relatório defende que os países ofereçam à população acesso universal à saúde e à educação e também uma rede de proteção social.

“Todos os indivíduos têm igual valor e têm o mesmo direto de proteção e ajuda. Portanto, é preciso haver um amplo reconhecimento de que aqueles mais expostos a riscos e ameaças, as crianças ou pessoas com deficiência podem requerer apoio adicional para que suas chances na vida sejam iguais às dos demais”, afirmou o estudo.

Salário mínimo

Outro ponto defendido no relatório é o aumento do salário mínimo, apesar de vários economistas no Brasil afirmarem que tal política provocou redução da produtividade das empresas.

“O salário mínimo deve ser aumentado para estimular [a economia] a se mover na direção de atividades de produtividade mais alta”, afirma o texto. Essa frase remete a uma nota de rodapé que diz: “O aumento do salário mínimo foi uma resposta à crise no Brasil e contribuiu para aumentar os salários e a distribuição de renda”.

Em seguida, o texto acrescenta: “As reformas do modelo neoliberal no mercado de trabalho precisam ser cuidadosamente reavaliadas da perspectiva da redução da vulnerabilidade do emprego''.

Fonte: Uol, 24/07/14

Faça-se entender, falando!

Viva com simplicidade

Destroços de avião da Argélia que estava desaparecido são encontrados no Mali


Mapa mostra trajeto do voo AH5017, que partiu de Uagadugu, capital de Burkina Faso, em direção a Argel, capital da Argélia. De acordo com autoridades aéreas, o avião da empresa espanhola Swiftair estava com 116 pessoas a bordo. Ainda não há informações sobre mortos ou feridos Arte UOL

Equipes francesas estacionadas no Mali localizaram nesta quinta-feira (24) os destroços do avião da companhia aérea Air Algérie que havia sumido dos radares 50 minutos após a decolagem. O voo AH5017 havia partido de Uagadugu, capital de Burkina Fasso, em direção a Argel, capital argelina.

Os destroços foram encontrados em Tilemsi, no meio do caminho entre as cidades de Gao e Kidal, uma zona desértica de acesso difícil. 

"Os serviços de navegação aérea perderam o contato com um avião da Air Algérie que voava nesta quinta-feira de Uagadugu a Argel, 50 minutos após a decolagem", anunciou a companhia aérea, cujas informações foram divulgadas pela APS, agência estatal de notícias da Argélia. 


Avião com 116 pessoas a bordo cai na África

A aeronave teria caído em Kidal, no Mali; jatos franceses foram encaminhadas à região para voos de reconhecimento

O avião da Air Algérie que estava desaparecido após perder contato nesta quinta-feira com 116 pessoas a bordo caiu, confirmaram autoridades envolvidas na investigação. Até o início da tarde, não havia confirmação oficial de mortos e causas do acidente.

A aeronave, que fazia o voo AH5017 de Burkina Faso à Argélia, teria caído na região de Kidal, no Mali. Dos 116 a bordo, 110 eram passageiros e 6, membros da tripulação; mais cedo, a companhia, através da agência estatal APS, havia informado que havia 119 pessoas viajando no avião.

Segundo uma autoridade da aviação civil argelina, o último contato com o avião ocorreu 50 minutos após a decolagem, que aconteceu à 1h17 locais (21h17 em Brasília), quando sobrevoava a cidade de Gao, no Mali. No entanto, autoridades da aviação em Burkina Fasso afirmaram ter passado o controle do avião para a torre de Niamey, no Níger, à 2h38 (22h38 em Brasília), tendo perdido o contato com o aparelho logo depois das 4h30 locais (0h30).

Entre os passageiros havia 51 franceses, 24 burquineses, 8 libaneses, 6 argelinos, 5 canadenses e 4 alemães, informou a empresa aérea argelina. Também viajavam um cidadão suíço, um belga, um camaronês, um ucraniano, um egípcio, um nigeriano e um malinês, além de uma tripulação composta por seis espanhóis. O avião que operava este voo entre Burkina Fasso e Argélia pertencia à companhia espanhola Swiftair.

Um funcionário argelino chegou a afirmar ao jornal inglês The Mirror que, em seu último contato, o avião estaria sobrevoando a cidade de Gao, no Mali, quando o piloto pediu para desviar da rota devido ao tempo ruim e má visibilidade. Segundo a agência de notícias argelina APS, a Air Algérie chegou a executar seu plano de emergência para lidar com alguma situação anormal durante o voo.

Terceiro acidente em uma semana

Em uma semana, este é o terceiro incidente envolvendo aviões internacionais. Na última quinta-feira, um avião da Malaysia Airlines caiu no leste da Ucrânia com quase 300 pessoas a bordo, derrubado por um míssil. Nessa quarta-feira, um avião da TransAsia Airlines sofreu um acidente que matou pelo menos 48 pessoas em Taiwan, após uma tentativa de pouso forçado pelo mau tempo na região.

Há quase quatro meses, outro Boeing da empresa Malaysia Airlines desapareceu após sair da capital Kuala Lumpur, Malásia, e ia em direção à China. Os restos do avião ainda não foram encontrados.

Em fevereiro deste ano, um Hercule C-130 da companhia Air Argelie que voava entre Tamanrasset (2.000 km ao sul de Argel) e Constantine (450 km a leste de Argel) caiu pouco antes de sua aterrissagem, fazendo 76 mortos. Um passageiro sobreviveu.

Fonte: IstoÉ Online, 24/07/14

Premiê da Ucrânia renuncia ao cargo em meio a crise política

Arseni Yatseniuk anunciou decisão enquanto o país lida com um conflito armado com os separatistas pró-russos

O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia, denunciando a dissolução da coalizão governamental no Parlamento, em plena crise econômica e em meio a um conflito armado com os separatistas pró-russos. "Eu anuncio a minha renúncia, dada a dissolução da coalizão parlamentar, o que bloqueia as iniciativas governamentais", declarou Yatseniuk, denunciando um "crime político e moral".

Pouco antes, o presidente da Assembleia, Olexander Turchynov, declarou que "a coalizão parlamentar 'Escolha europeia' deixou de existir no Parlamento", o que abre caminho para eleições antecipadas. Mais cedo, no início do dia, dois partidos políticos ucranianos, Udar, do ex-boxeador Vitali Klitschko, aliado do presidente Petro Poroshenko, e Svoboda (Liberdade, direita nacionalista) anunciaram sua retirada da coalizão governista.

O presidente Poroshenko, que prometeu eleições legislativas antecipadas logo após sua eleição, em 25 de maio, saudou a decisão dos dois grupos. "Esta atitude mostra que uma parte dos deputados não está agarrada aos seus assentos e está ciente do sentimento dos eleitores", ressaltou em um comunicado.

"Todas as pesquisas e todos os encontros com pessoas mostram que a sociedade deseja uma revisão completa do poder", continuou ele, citando o slogan preferido do Maidan, o movimento pró-europeu e anti-corrupção que derrubou em fevereiro o regime pró-russo do presidente Viktor Yanukovytch.

Muitos ex-aliados deste último seguem no Parlamento, incluindo os comunistas acusados de apoiar os separatistas pró-russos e cujo grupo parlamentar foi dissolvido nesta quinta-feira pelo presidente do Parlamento.

As eleições antecipadas devem permitir que o presidente Poroshenko constitua uma sólida maioria, capitalizando seu sucesso na eleição presidencial, onde recebeu quase 55% dos votos. No entanto, para dissolver o Parlamento e convocar eleições antecipadas a Assembleia deve oficialmente constatar que o governo de coalizão deixou de existir depois de trinta dias e que neste período não pode ser reformulado.
Quando essas condições forem atendidas, o presidente pode convocar as legislativas, a serem realizadas dois meses depois. Udar e Svoboda apoiam este projeto, enquanto que um terceiro grupo, a mais importante formação da atual coalizão, o partido Batkivchtchina (Pátria) de Yulia Tymoshenko, se opõe.

Fonte: IstoÉ Online, 24/04/14

Governo refuta dados e diz que Brasil estaria em 67º no IDH

Ministros dizem que relatório da ONU utiliza dados desatualizados; País ficou em 79º no rankingTerra


O governo federal afirmou nesta quinta-feira que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil subiria de 0,744 para 0,764, passando virtualmente de 79º para a 67º no ranking de 187 países divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O recálculo do governo não leva em conta como os outros países ficariam na lista se alterados os índices.

“Nós reconhecemos a complexidade de fazer um relatório de mais de 180 países e da necessidade que se tenha parâmetro para permitir que sejam comparáveis. Ocorre que o Brasil tem dados disponíveis no relatório e outros países tem dados mais atualizados. Nós temos dados no relatório que são de 2009 e vários países contam com dados de 2012”, disse a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello.

Para o governo, o Pnud levou em conta os dados de renda de 2012, mas não considerou números atualizados da educação e da saúde. Em entrevista coletiva concedida nesta manhã, ministros do governo Dilma Rousseff afirmaram que o indicador de expectativa de vida usado foi o de 2010 e a média de anos de estudo da população é de 2009, sendo que há informações mais novas disponíveis.

“O IDH brasileiro não reflete o que aconteceu nos últimos quatro anos, porque os dados estão desatualizados”, disse a ministra. "Há muitos países que têm dados disponíveis de 2012. O Brasil quer ser medido e avaliado por indicadores atuais, e não de 2009", acrescentou.

Com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2012, a expectativa de vida atual do brasileiro é de 74,8 anos, e não 73,9, como aponta o relatório do Pnud; os anos esperados de escolaridade passariam de 15,2 para 16,3; e a média de anos de estudo subiria de 7,2 para 7,6.

Apesar de contestar os dados, o governo comemorou a melhora no IDH e as diversas citações do país como exemplo em políticas sociais e ações em resposta à crise de 2008.

Embora o relatório mostre o Brasil como um país desigual, o governo considerou que o índice que aponta o problema vem caindo. O IDH ajustado à desigualdade em 2006 era de 29,6% e passou para 27% em 2013. Dados oficiais mostram que a renda entre os 5% mais pobres cresceu 20,1%.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, também comemorou o aumento de 11 anos na expectativa de vida do brasileiro desde 1980 e apresentou políticas públicas que repercutiram na melhora do índice. O Brasil, no entanto, apresenta expectativa de vida menor que de países como a Líbia (75,3 anos), palco recente de uma guerra civil.
Apesar de o Brasil não ser uma zona de conflito, o ministro lembrou que fatores externos, como homicídios e acidentes de trânsito contribuem para que o índice não seja mais elevado.

“Nós não vivemos um conflito, mas é absolutamente considerável as situações que temos em homicídio em relação aos adultos jovens do sexo masculino e os problemas de acidentes de trânsito que ainda tem um impacto”, disse o ministro.

Fonte: IstoÉOnline, 24/07/14

Dilma lidera entre os mais pobres, mas perde para Aécio entre os ricos

Conclusão óbvia é a favorita nesta eleição para presidente da República


Pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira (22) mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, tem 38% das intenções de voto. O senador Aécio Neves, candidato do PSDB, aparece em segundo lugar com 22%. O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) é o terceiro colocado, com 8%.

O Ibope entrevistou 2.002 pessoas em 143 municípios entre 18 e 21 de julho. A margem de erro é dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Contratada pela TV Globo e pelo jornal “O Estado de S. Paulo”, a pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-00235/2014.

Dilma tem o melhor desempenho entre os mais pobres, mas perde para Aécio entre os mais ricos. 

Fonte: O Quaro Poder, 23/07/14

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Acusado de mandar matar advogada em Itaituba, será ouvido amanhã, pela Justiça

O advogado Altair Santos será ouvido nesta quinta-feira (24) durante a audiência de instrução sobre o assassinato da advogada Leda Martha Lucyk dos Santos, da filha de 9 anos e da secretária, Hellen Taynara Siqueira Branco. Altair é ex-marido da advogada e acusado de ser o mandante do crime.

A audiência ocorrerá no Fórum da Comarca do município de Itaituba, localizado na região sudoeste do Pará. Ao todo, mais de vinte testemunhas serão ouvidas, entre acusação e defesa. Por fim, haverá a qualificação e interrogatório do acusado.

A presidente da subseção da OAB em Itaituba, Cristina Bueno, afirma que há elementos suficientes para que o ex-marido de Leda Martha seja pronunciado. “Nós entendemos que não há dúvida quanto ao envolvimento dele no crime. A Leda não tinha desafetos, não tinha inimigos. Por conta disso, entendemos que o ex-marido idealizou tudo”.

As três vítimas foram assassinadas no dia 22 de fevereiro deste ano. No dia 25 de fevereiro, o ex-marido de Leda foi preso pela Polícia Civil do Pará, após ter a prisão temporária decretada.

No decorrer das investigações, Dejacir Ferreira de Souza foi apontado como executor dos homicídios. Ele foi reconhecido por meio das imagens gravadas em circuito interno. Ele está foragido.

Fonte: DOL com informações da OAB-PA, 23/07/14

Escritor e dramaturgo Ariano Suassuna morre aos 87 anos

O autor estava internado na UTI Neurológica do Real Hospital Português, após sofrer um acidente vascular cerebral hemorrágico

O escritor e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna, 87 anos, morreu nesta quarta-feira (23/7), no Recife-PE, em decorrência de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) Hemorrágico. Suassuna foi internado no Real Hospital Português, às 20h de segunda-feira (21) com um sangramento intracraniano. Ele foi levado para a sala de cirurgia em um procedimento emergencial. Em agosto do ano passado, o escritor sofreu infarto e AVC em intervalo de uma semana. O corpo será velado à partir das 23h, no Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco. O sepultamento ocorrerá no Morada da Paz, em Paulista, às 16h.

Em abril deste ano, Ariano foi aplaudido de pé ao entrar no auditório do Museu Nacional, onde recebeu homenagem na II Bienal Brasil do Livro e da Leitura. Ele prendeu a atenção do público durante a aula-espetáculo que, como todas as outras que fez durante a vida, teve por mote a valorização da cultura popular. Ariano reivindicava nas palestras o Brasil como berço de sua própria manifestação cultural.

Lúcido, Ariano concedeu entrevista exclusiva ao Correio na última vez em que esteve na capital federal. Falou sobre crenças, militância artística, e sobre o andamento do livro O jumento sedutor, que escrevia há mais de 30 anos.

Vida: presentes e perdas

O autor paraibano sempre foi muito interessado pelas relações humanas e acreditava que a convivência com os seres humanos poderia ser rica de significados e experiências. O talento, que descrevia como um dos presentes que ganhara de Deus, dava a ele a habilidade para transformar o modo como costumava ver os trâmites da vida em histórias, tanto no teatro como na literatura. "Acho a vida um espetáculo maravilhoso, tem momentos muito duros, mas a convivência com o ser humano é muito enriquecedora, muito boa."

Católico, Ariano levava para todos os lugares a imagem de Nossa Senhora gravada em uma medalha. Era ela que, segundo ele, mediava as conversas que tinha com Deus, principalmente, quando os pedidos eram muitos. "Converso muito com Deus, todos os dias. E entra muito assunto, muitos pedidos. Vergonhosamente, acho que tem mais pedido que agradecimento. Quando acho que estou incomodando muito, recorro a medianeira de todas as graças, que me acompanha a todo momento e para todo o lugar que vou, levo."

As perdas na vida de Ariano vieram cedo. Aos 3 anos de idade, o pai foi assassinado e esse episódio o marcaria pelo resto da vida. "Éramos nove irmãos e hoje somos quatro, ou seja, eu perdi cinco irmãos e de homem só restou eu. Essas foram as piores perdas, além de outras perdas familiares, como uma tia, porque sou um homem que teve duas mães. Além da perda da minha mãe, teve a perda dessa tia." Mas os presentes também vieram dentro da própria família. "Tive uma família maravilhosa, inclusive, meu pai exerceu uma grande influência, apesar de ter convivido tão pouco."


Prêmio Nobel
Ariano chegou a ser indicado pelo Senado Federal, em 2012, para concorrer à premiação. O nome de Suassuna foi defendido por ser um dos escritores brasileiros mais reconhecidos, mas principalmente pela valorização na sua obra da cultura nacional e, em especial, sertaneja. “Parece-me um prêmio político. Vou te dar um exemplo. O (político e primeiro-ministro britânico) Churchill, com todo seu pensamento belicista, começou a reivindicar, no fim da carreira, o Prêmio Nobel da paz. Ficaram com vergonha e deram o de literatura! (risos) Tolstói perdeu. Não deram. O jovem sueco (e dramaturgo Johan August) Strindberg ainda fez campanha, mas não deram. Acabaram dando para um outro sueco que só quem lembra o nome sou eu. Complicado. Problemas de geopolítica”, opinou o escritor.

Obras

ROMANCES
- O romance d'A pedra do reino e o príncipe do sangue do vai-e-volta. Rio, José Olympio, 1971; Agir, 2005
- História d'O rei degolado nas caatingas do sertão: ao sol da Onça Caetana. Recife, Diario de Pernambuco, 1975-1976; Rio, José Olympio, 1977
- As infâncias de Quaderna, Recife, Diario de Pernambuco, 1976-77 (folhetins semanais)
- Fernando e Isaura [1956],Recife, Bagaço, 1994
- História de amor de Fernando e Isaura, Rio de Janeiro, José Olympio, 2006

PEÇAS TEATRAIS
- Uma mulher vestida de sol – Recife, Imprensa Universitária 1964
- O auto da compadecida – Rio de Janeiro, Agir, 1957
- O casamento suspeitoso – Recife, Iguarassu, 1961
- O santo e a porca – Recife, Imprensa Universitária, 1964
- A pena e a lei – Rio de Janeiro, Agir, 1971; 2005
- A farsa da boa preguiça – Rio de Janeiro, José Olympio, 1974
- A história do amor de Romeu e Julieta – São Paulo, Folha de S. Paulo, 19/01/1997

Fonte: Correio Braziliense, 23/07/14

Para o Tribunal de Contas da União Dilma é inocente na compra de Pasadena

Para Corte de Contas, executivos devem ser responsabilizados por prejuízo de US$ 792,3 mi na compra da refinaria, em 2006


Rio - O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou onesta quarta-feira, 23, por unanimidade, relatório que aponta prejuízo de US$ 792,3 milhões à Petrobrás pela compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, e isenta de responsabilidade a presidente da República Dilma Rousseff, que presidia o conselho de administração da estatal na época em que o negócio foi aprovado, em 2006.

Para o TCU, os possíveis responsáveis pelo prejuízo são o ex-presidente da Petrobrás José Sergio Gabrielli, o ex-diretor internacional Nestor Cerveró e o ex-diretor de abastecimento Paulo Roberto Costa, alvo da Polícia Federal na Operação Lava Jato e acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro, e outros oito dirigentes da estatal.

Gabrielli, Cerveró e Costa compunham a cúpula, segundo o tribunal, que produziu documentos para embasar a aprovação da compra de Pasadena pelo conselho de administração.

O ministro José Jorge, autor do relatório acatado por seus colegas, disse que não incluiu os integrantes do conselho de administração entre os responsáveis porque, “neste momento”, quer focar a investigação nas “pessoas que realmente fizeram o negócio” com a empresa Astra, de origem belga.

Os 11 dirigentes da Petrobrás apontados como possíveis culpados pelo prejuízo terão seus bens bloqueados até que haja uma definição sobre eventuais ressarcimentos de valores aos cofres públicos. O prejuízo apontado pelo TCU, de US$ 792,3 milhões, é maior do que aquele que vinha sendo admitido pela Petrobrás, que falava em perdas de US$ 530 milhões.

'Distinto'. O conselho de administração da estatal, afirmou Jorge em seu relatório, está em “situação distinta” da diretoria executiva porque tomou a decisão com base em um resumo feito pela diretoria internacional, à época dirigida por Cerveró.

A decisão do TCU não é definitiva sobre a atribuição de culpa. O tribunal, agora, abrirá uma Tomada de Contas Especial para seguir as investigações. Esse procedimento não tem prazo definido para terminar, mas de acordo com o presidente da corte, Augusto Nardes, servirá para “aprofundar” as investigações.

Para a tomada de contas começar é preciso, primeiro, que a decisão seja oficialmente publicada e que as partes ofereçam suas explicações. Depois, a área técnica do TCU analisará os argumentos das defesas e apresentará um estudo para José Jorge produzir um novo relatório. Quando tudo isso terminar, o caso estará pronto, mais uma vez, para ser analisado pelo plenário. Aí sim haverá uma decisão final. Essa decisão será, posteriormente, encaminhada para o Ministério Público a fim de que medidas judiciais sejam tomadas.

O relatório apresentado por José Jorge surpreendeu a corte. Havia a expectativa de que ele recomendasse aos colegas a responsabilização da presidente. O Palácio do Planalto escalou o ministro José Múcio para convencer os colegas do TCU a votar pela isenção da presidente. Na terça, o chefe da Advocacia-Geral da União, ministro Luís Inácio Adams, fez périplo por todos os gabinetes do tribunal em defesa da presidente. “Fui discutir com os ministros a questão da própria decisão. É uma decisão que faz justiça, porque o conselho de administração, de fato, não esteve envolvido, não foi o responsável pela decisão 'negocial'”, afirmou Adams antes da decisão do plenário. / COLABORARAM ANDREZA MATAIS e FÁBIO FABRINI

Fonte: MSN, 23/07/14

CBF anuncia comissão técnica da seleção brasileira com Taffarel e Mauro Silva

Também foram anunciados Andrey Lopes, o Cebola, como auxiliar-técnico e o preparador físico Fábio Mahseredjian

Dunga e Gilmar Rinaldi anunciaram a nova comissão técnica da seleção

A nova comissão técnica da seleção brasileira terá dois ex-jogadores que foram tetracampeões mundiais em 1994: Taffarel será o preparador de goleiros e Mauro Silva trabalhará como auxiliar-técnico pontual nos primeiros amistosos. O anúncio dos 13 nomes foi feito nesta quarta-feira pelo técnico Dunga e pelo coordenador-geral Gilmar Rinaldi, que também formaram o grupo campeão do mundo há 20 anos.

Taffarel no treino Seleção Brasileira na Copa do Mundo 2010

Também foram anunciados Andrey Lopes, o Cebola, como auxiliar-técnico e o preparador físico Fábio Mahseredjian, que vai substituir Paulo Paixão. O médico Rodrigo Lasmar, do Atlético-MG, vai continuar na seleção.

Taffarel estava trabalhando como preparador de goleiro no Galatasaray, da Turquia, e agora volta ao Brasil. Mauro SIlva vai participar da comissão nos primeiros amistosos, nos dis 5 e 9 de setembro, contra Colômbia e Equador respectivamente, ambos nos Estados Unidos. A ideia da CBF é convidar outros ex-atletas para fazerem esta função em outros jogos.

"O Mauro Silva foi convidado para ser um auxiliar-técnico pontual. Chamamos alguns ex-jogadores para que possam fazer parte. Para esses jogos nos Estados Unidos, será o Mauro. Vamos repetir isso e fazer essa integração com esses campeões do mundo", explicou Gilmar Rinaldi.

Dunga escolheu para ser seu auxiliar Andrey Lopes, como antecipou o ESPN.com.br na última segunda-feira. Os dois já estiverem juntos quando o treinador comandou o Internacional, em 2013. Em sua primeira passagem pela seleção, Dunga teve Jorginho como seu assistente.

"Trouxemos alguns campeões do mundo para a seleção ter um DNA de campeão, para transportar essa experiência e qualidade", afirmou Dunga, que fez o anúnico no site da CBF.

Fonte: Msn, 23/07/14

terça-feira, 22 de julho de 2014

Onça mata e devora homem

Jacareacanga - Noticia-se nesta cidade, desde a tarde de ontem (21) que uma enorme onça próximo a comunidade de Barra de São Manoel, teria morto e devorado um homem, comunitário daquele aglomerado humano. A Barra de São Manoel localiza-se na junção de três estados (AM, MT, E PA.) tem sua densidade populacional formada por forte mestiçagem de índios das etnias Munduruku e Apiaká e nordestinos que marcam presença naquele local desde os tempos do esforço de guerra na coleta de látex.

Não é inédito na região de Jacareacanga, principalmente nas Terras Indigenas, devido a grande superfície e a baixa densidade populacional, a presença e ataques de onças, em animais domesticos nos aldeamentos. Também são registrados ataques a bovinos e ovinos em fazendas contíguas à sede do município, ocasionando prejuízos aos criadores.

Nicolau Karo Munduruku, um octagenario indígena da Aldeia Sai Cinza, retornando de tratamento médico da cidade de Belem, após vários meses de tratamento, retornou à sua aldeia saudoso de suas investidas para caça na floresta circunvizinha a sua aldeia, e revigorado e com farta saúde, embrenhou-se no mato, e subitamente uma onça faminta atacou e matou seu preferido cachorro de caça; ato seguido o velho indígena acompanhado de um genro saiu à caça do selvagem e feroz animal, que tocaiado sendo perseguido, atacou os dois arrancando dois dedos do genro de Nicolau Karo.

Persistente o velho indígena depois de socorrer seu parente com parte da mão dilacerada, retornou à caça da onça e para assombro do aldeamento, dois dias depois de ser constatado que Nicolau Karo não retornara, alguns indígenas foram fazer buscas e encontraram o ancião morto e devorado pela caça que virou caçador.

-Estamos entrando em agosto, diz uma liderança indígena - é o tempo das onças estarem na vadiagem, a onça nesse período é muito perigosa.

Fonte: Blog do Válter Tertulino, 22/07/14

Os fortes andam comigo!

Fim do político profissional

Luiz Flávio Gomes* 

Os gregos, na antiguidade, chamavam de idiotés quem não participava da política, ou seja, quem egoistamente ficava isolado em sua casa, obcecado em suas mesquinharias, sem oferecer nenhuma contribuição para a comunidade, para apolis(cidade) (veja Savater, Política para meu filho). Desse idiotés no sentido grego deriva nosso idiota atual, que você sabe bem de quem se trata. Somos contra o político que faz da política seu único meio de vida, abandonando sua profissão. Ao mesmo tempo, temos que ser contra, sobretudo quando se trata de um jovem, quem não se interessa absolutamente nada pela política, nem sequer par criticá-la (que é a tarefa mais fácil de se realizar).

Lançamos uma campanha denominada fim do político profissional (vejawww.fimdopoliticoprofissional.com.br ). Por político profissional entendemos o que abandona sua profissão para ocupar cargos eletivos eternamente, como no caso de José Sarney. Lutamos, dentre outras, por três coisas: 1ª) nenhum político pode deixar de exercer a sua profissão particular, compatibilizando-a com suas obrigações públicas; 2ª) nenhum político pode ser reeleito para o mesmo cargo executivo (salvo depois de uma longa quarentena) e 3ª) nenhum político pode exercer mais que dois mandatos consecutivos nos cargos legislativos (só podendo voltar depois de uma longa quarentena). José Sarney não teria exercido (nefastamente, diga-se de passagem) mais de 60 anos de vida pública se essa regra já estivesse valendo.

Mas por que acabar com o político profissional? Porque essa é uma das maiores fontes da endêmica corrupção no nosso país, sobretudo entre o político e o mundo empresarial e financeiro (os três formam uma troyka maligna quando atuam pensando exclusivamente nos seus interesses, em detrimento do povo). Para se entender quais são esses “interesses” basta parafrasear um influente (e desqualificado) político norte-americano (citado por Cristóbal Montes, 2014: 130), que dizia: “O que os homens de negócios [especuladores] não compreendem é que eu opero com os votos exatamente o que eles fazem com as especulações e os lucros ilícitos”.

O Brasil não necessita apenas dos movimentos horizontais (povo nas ruas exigindo ética na política, melhores serviços públicos etc.), sim, sobretudo, dos verticais, para extirpar da nossa cultura seus aspectos nefastos, incluindo seus fundamentos personalistas (herança ibérica) e aristocráticos (que conduzem a privilégios e mordomias, violando-se flagrantemente a igualdade entre todos). Nunca o Brasil será um país confiável se os velhos costumes, as crenças arcaicas e as ideologias desgastadas não forem dissolvidos, de uma vez por todas (a começar pelo voto). Nunca atualizaremos o país, de acordo com o mundo globalizado e técnico que vivemos, se a velha ordem colonial e patriarcal, dos senhores de engenho escravagistas, dos políticos corruptos clientelistas, não for revogada terminantemente (veja S. B. De Holanda 1995: 180).

Um político ficha-suja não deveria jamais poder concorrer a novas eleições (por um longuíssimo período). Faz muito mal para o Brasil a existência do político profissional (o que faz da política um meio de vida, reelegendo-se eternamente). O aprimoramento das nossas instituições passa pela proibição das seguidas reeleições. O velho sistema político está morto (e deslegitimado). Ocorre que o novo ainda não nasceu. É hora de lutar por profundas mudanças nos nossos costumes e tradições. Temos que promover uma lei de iniciativa popular para limitar a possibilidade de os políticos fazerem carreiras eternas na política.

Lutar pelo fim do político profissional (o que se perpetua nos cargos eletivos) significa lutar contra a corrupção, que tem nele uma das maiores fontes de irradiação. O político profissional (o que abandona sua profissão de origem para ocupar eternamente cargos eletivos, com todos os privilégios e mordomias) tem imperiosa necessidade de reeleição e essa necessidade de reeleição está para ele como a ganância desmedida está para o empresário e o banqueiro inescrupulosos e parasitários. Junta-se a fome com a vontade de comer. O político, no nosso sistema cultural, “naturalmente padece do vício de dar primazia às conveniências particulares em detrimento dos interesses de ordem coletiva. Isso já significa fazer predominar o emotivo sobre o racional. Por mais que se julgue achar o contrário, a verdadeira solidariedade só se pode sustentar realmente nos círculos restritos e a nossa predileção, confessada ou não, pelas pessoas e interesses concretos não encontra alimento muito substancial nos ideais teóricos ou mesmo nos interesses econômicos em que se há de apoiar um grande partido. Assim, a ausência de verdadeiros partidos não é entre nós, como há quem o suponha singelamente, a causa de nossa inadaptação a um regime legitimamente democrático, mas antes um sintoma dessa inadaptação” (Sérgio Buarque de Holanda 1995: 182-183).


Veja o vídeo aqui:

Luiz Flávio Gomes
Professor
Jurista e professor. Fundador da Rede de Ensino LFG. Diretor-presidente do Instituto Avante Brasil. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001). [ assessoria de comunicação e imprensa +55 11 991697674 [agenda de palestras e entrevistas] ]