domingo, 23 de junho de 2013

Três mil garimpos clandestinos no Pará ameaçam Rio Tapajós

Dado é do Instituto Chico Mendes, que monitora áreas de conservação federais

Cleide Carvalho Publicado: 17/06/13 - 9h30
 Dragas remexem o leito do Rio Tapajós em busca de ouro no município de Itaituba, no Pará Foto: Terceiro / Divulgação/Prefeitura de Itaituba
Dragas remexem o leito do Rio Tapajós em busca de ouro no município de Itaituba, no Pará Terceiro / Divulgação/Prefeitura de Itaituba
Cerca de três mil garimpos clandestinos ameaçam unidades de conservação, reservas indígenas e rios na região do Tapajós, no Sul do Pará, a área mais preservada da Amazônia Legal. Em cada um trabalham de dez a cem homens, mas alguns chegam a ter 500. Só num trecho de dois quilômetros há 63 dragas cavando o leito do Rio Tapajós em busca de ouro. O número está num relatório do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que monitora as unidades de conservação federais. Segundo o documento, mesmo garimpos com autorização de lavra não têm estudos de impacto ou licença ambiental.

— Neste trecho do Rio Tapajós onde as dragas operam está a maior concentração acumulada de ouro. O problema é que a venda (do ouro) é clandestina, fica muito pouco para o município — diz Valfredo Pereira Marques Júnior, diretor de Meio Ambiente e Mineração da Secretaria de Meio Ambiente de Itaituba.

A extração legal de ouro paga aos cofres públicos apenas 1% de Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), dos quais 12% vão para a União, 23%, para o estado e 65%, para o município. Hoje, o ouro ocupa o segundo lugar na exportação mineral do país, atrás apenas do ferro.

O ouro começou a ser explorado na década de 50 no Rio das Tropas, afluente do Tapajós, e sempre foi a principal fonte de renda da população. Com o aumento do preço no mercado internacional, acentuado a partir de 2008, só a região de Itaituba — que inclui os municípios de Trairão, Jacareacanga e Novo Progresso — recebeu cerca de cinco mil novos garimpeiros. 

A rapidez da destruição assusta até quem apoia o garimpo. Em fevereiro, o deputado federal Dudimar Paxiúba (PSDB-PA), de Itaituba, ex-garimpeiro, discursou na Câmara federal e se disse preocupado pelo fato de as reservas naturais “estarem sendo depredadas com rapidez impressionante”.

— Pelo menos metade das dragas chegaram de dezembro para cá. Os clandestinos são ousados, operam também com escavadeiras na mata. E não é só o ouro. Estão retirando areia, pedras, brita e cassiterita — conta Marques Júnior.
 
Segundo o Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará, só em 2010 foram dadas pelo Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) duas mil autorizações para a instalação de lavras de garimpo na região. Segundo levantamento do GLOBO, das 610 lavras garimpeiras de ouro ativas no país, 473 estão no Pará, sendo 457 em Itaituba. Alguns garimpos ainda são manuais e usam mercúrio, poluindo a água e contaminando peixes.

Em abril, o governo do Pará proibiu dragas e pás carregadeiras no leito do Tapajós. Houve protestos dos garimpeiros e foi iniciada uma negociação. Segundo Marques Junior, uma instrução normativa deve ser editada pelo estado este mês. 

Apenas em Itaituba, a estimativa é que sejam retirados cerca de 250 quilos de ouro por mês e que 80% do dinheiro em circulação venham do garimpo. A compra e venda de ouro é tão comum que há balanças para pesar o metal em farmácias, bares e armazéns.


Fonte: O Globo, 17/06/13

sábado, 22 de junho de 2013

O povo brasileiro quer mudanças Já!!!

 Concentração popular hoje na MASP, em São Paulo

A Imprensa Internacional disse que não sabe qual nome dar para essa manifestações no BRASIL que ganhou os jornais do Mundo. 



Aqui vai aí uma Dica para eles: já que estão dizendo que algo tão parecido assim aconteceu no Movimento DIRETAS JÁ há mais de 25 anos, ou seja em 1984, então vamos chamar esse momento tão ímpar para o planeta de ...MUDANÇAS JÁ!!!! 


Esse nome ENGLOBA tudo que o Povo ANSEIA em Justiça e Valores em todos as Classes SOCIAIS!!!!  Então..."MUDANÇAS JÁ"

domingo, 16 de junho de 2013

Enquanto isso faltam ambulâncias!


Tribunal de Contas dos Municípios é cabide de empregos!

TCM é um monumental cabide em empregos que serve para coisa nenhuma. Já deveria ter sido extinto, como aconteceu em outros estados. Suas decisões não são respeitadas pelas câmaras municipais. 

Se as decisões desse tribunal fossem aplicados, um monte de corruptos que continua exercendo cargo público estaria fora.

Seus pareceres são rejeitados sem a menor cerimônia, apenas por critério político, ignorando-se totalmente os pareceres técnicos. Então, porque ele ainda existe? De quebra, querem aumentar mais essa despesa para nós contribuintes pagarmos!

Marajás

Os deputados estaduais terão oportunidade de prestar um bom serviço à sociedade se rejeitarem o Projeto de Lei que tramita na Assembleia Legislativa do Pará, para criar, - vejam só - o Gabinete Militar do Tribunal de Contas dos Municípios.

Em plena vigência de um tempo de total insegurança pública, a intenção da presidência do TCM é tirar dos quartéis 21 praças e 3 oficiais para assessorá-la em assuntos militares que ninguém sabe quais são, e de segurança do restrito grupo de conselheiros. 

Nascido em 2012, o projeto já passou pela CCJ.

Fonte: Blog do J. Parente, 16/06/13

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Ministro anuncia R$ 150 milhões para irrigação na Amazônia

Investimentos federais foram anunciados em Macapá, durante audiência pública realizada pela Comissão de Desenvolvimento Regional
Presidente da comissão, Valadares (de pé) coordena audiência pública em Macapá 
Foto: Assessoria do senador Antonio Carlos Valadares

A região amazônica receberá do governo federal investimentos de R$ 150 milhões para expansão do abastecimento de água, em atividades de inclusão produtiva e no estímulo à agricultura irrigada. O anúncio foi feito ontem, pelo ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, durante ­audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR) em Macapá. 

O presidente da CDR, Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), comemorou as medidas e programou para julho, em Aracaju, outro encontro para discutir desenvolvimento regional e turismo no Nordeste. João Capiberibe (PSB-AP), anfitrião do encontro, afirmou que o objetivo era apresentar opções para o desenvolvimento da região e para agilizar processos de financiamento.

Pelo Programa Água para Todos, segundo Bezerra, serão destinados R$ 69,5 milhões para instalação, recuperação e ampliação de sistemas coletivos de abastecimento de água em localidades do Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins. Outros R$ 63,4 milhões vão promover a inclusão produtiva da população em situação de extrema pobreza, por meio de ações voltadas à estruturação das cadeias do pescado, ­ecoturismo, fruticultura, aquicultura e hortifrutigranjeiros nos estados do Amapá, Amazonas e Pará. A ideia é fortalecer os arranjos produtivos locais.

Além disso, o ministro informou que autorizou investimento de R$ 27 milhões, mediante termo de compromisso com o governo de Roraima, para projeto de irrigação. Por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), na primeira etapa do projeto, os recursos serão utilizados para a implantação da infraestrutura de irrigação para produção agrícola em uma área de 1.000 hectares em Boa Vista. Os recursos federais vão permitir ainda modernizar a estrutura e os equipamentos em funcionamento nos 400 hectares já em operação.

O governador do Amapá, Camilo Capiberibe, destacou que os debates vão ajudar a encontrar um modelo de desenvolvimento que aproveite os recursos naturais e as potencialidades econômicas da região para a geração de emprego e renda na Amazônia.

Participaram o governador de Roraima, José de Anchieta Júnior; o presidente do Banco da Amazônia, Valmir Rossi; o superintendente de Desenvolvimento da Amazônia, Djalma Bezerra Mello; o superintendente-adjunto de Planejanamento da Zona Franca de Manaus, José Nagib da Silva Lima; entre outros.

Fonte: Jornal do Senado, 14/06/13