terça-feira, 11 de dezembro de 2012

EXTRAÇÃO DE OURO ILEGAL NO TAPAJÓS: EMPRESÁRIO FAZ DENÚNCIA GRAVE

Francisco Rafael delatou empresários e políticos que dificultam as aquisições das permissões para negociatas das áreas de garimpos.

Francisco Rafael da Silva, teme por sua vida
De acordo com o empresário, um grupo formado por empresários e políticos chegam a cobrar 300 reais por uma carteira de garimpeiro e trinta mil reais pela Permissão de Exploração de Lavras Garimpeiras (PLG), com o intuito de dificultar a legalização dos garimpeiros e dos garimpos, visando a desvalorização e a compra das áreas por preços simbólicos e posteriormente revenda para as empresas multinacionais por valores que chegam ao patamar de dois milhões de reais.

Um mês após a operação Eldorado, desencadeada pela Polícia Federal em diversos estados do Brasil, o que culminou com o fechamento de vários comércios de compra de ouro e prisão de diversas pessoas em Itaituba e região, o empresário Francisco Rafael da Silva, da Karu Metais, alega ser vítima de perseguições por um grupo de que comanda irregularmente o setor mineral em Itaituba.

Após sentir-se rejeitado em diversos meios de comunicação onde tentou levar ao conhecimento público, o que diz ser a realidade do maior fator econômico de Itaituba e região, Rafael procurou a redação do Jornal Folha do Oeste, onde disse ser filho natural de Itaituba, onde vive a 55 anos e conhecedor de toda a sociedade itaitubense. Falando francamente a nossa reportagem, com relação a origem do ouro comprado em Itaituba, o empresário disse que a comercialização é feita baseada nas informação repassadas pelo garimpeiro, portanto, não tendo como identificar fielmente onde o produto foi extraído.


“Em virtude de minha boa vontade e confiança nas pessoas, eu sofri as conseqüências de ser confundido como um dos magnatas do comércio ilegal de ouro na região, fato este desmentido pelo próprio delegado da Polícia Federal, que reconheceu haver um equívoco nas investigações. Nas investigações eu era tido como um bilionário, dono de mansões, de garimpos, dragas no Teles Pires, formação de quadrilha e com possibilidade de atrapalhar a administração pública,” relatou.

Rafael questiona como as denúncias de forma errôneas foram direcionadas justamente a sua pessoa que está a apenas a cinco anos da atividade de compra de ouro, enquanto que muitos estão a mais de 30 anos e não foram citados nas denúncias. “Será que esses ditos grandes compradores nunca compraram ouro ilegal? O fato é que nós não aceitamos comprar ouro para algumas pessoas e o nosso crescimento no mercado preocupa essa máfia que age contra as pessoas de bem do município.”


Questionado para que o mesmo citasse nomes que poderiam está com interesse em lhe prejudicar, o empresário citou o nome do empresário Dirceu Frederico, pelo mesmo ter problemas pessoais com Francisco Rafael. “O Dirceu não gosta de mim desde a época em que eu trabalhava na Celpa. Um desentendimento que ocorreu no 'Clube dos Trinta', onde eu proibi sua entrada. Outra questão foi uma dívida de entorno de oitocentos gramas que eu tive que constituir advogado para receber, além de outras contendas que tivemos na área comercial,” declarou.

Citando outros nomes que vêm tentando lhe prejudicar ao longo dos anos, Rafael disse que na sua concepção está claro o interesse de alguém em ligar seu nome ao comércio ilegal de ouro. “Eu não sou bandido. Não é em meu comércio que se faz negociatas que prejudicam a garimpagem na região. Quem faz certos acertos em Itaituba e não é segredo pra ninguém é o Ivo Preto, o advogado Antunes, Sérgio Aquino, Seme Sefrian, do meio ambiente, Afábio Borges. Daí vem o seu Peninha e seu Vilmar, e lá por trás, tranquilamente está sentado o prefeito Valmir Climaco. E quem pinta esses homens de anjinho para a sociedade é o SBT,” disparou.


Afirmando que esse grupo age contra os garimpeiros na região, Rafael denunciou que se alguém for tirar uma carteira de garimpeiro com validade de um ano tem que pagar trezentos reais, dizendo que lhe cobraram duzentos. No caso de pessoas que têm garimpo, para tirar uma PLG têm que gastar trinta mil reais. Mas segundo o empresário, o valor cobrado não é para pagar taxa do governo, mas sim para ratear entre o referido grupo.


As denúncias do empresário vão mais além com relação às possíveis negociatas do grupo envolvendo a Amot e Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Ele afirmou que após os membros desse grupo identificarem que o proprietário do garimpo não tem condições de custear o valor cobrado, oferecem em torno de três vezes mais o valor cobrado para a legalização pela compra do garimpo que se encontra paralisado por não possuir a permissão, fazendo com que o dono venda o garimpo, que posteriormente é vendido pelo grupo a empresas internacionais por valores exorbitante, chegando ao patamar de dois milhões de reais.


“Esse grupo vem agindo no agenciamento dessas situações, nunca em favor do garimpeiro. Eles conseguiram apreender cerca de cem maquinários e aplicaram 80 mil reais de multa para que os proprietários dos maquinários chegarem ao acordo de pagarem duzentos gramas por mês, o que dá em torno de 20 quilos de ouro. Isso foi feito pela Secretaria de Mineração de Itaituba que fez o rateio o que deu em uma grande confusão,” denunciou.

O empresário disse ainda que o mesmo grupo tentou negociar com os dragueiros para fazerem uma cooperativa para que pudessem continuar trabalhando na região, entretanto, como não deu certo, eles denunciaram e tentaram jogar a culpa no deputado Dudimar. 

“O fato do deputado Dudimar Paxiúba haver declarado ser contra a exploração de ouro por essas dragas potentes no leito do Rio Tapajós, não teve nada haver com a Operação Eldorado. A operação não investigou a esse respeito, mas sim a extração e comércio ilegal de ouro das áreas indígenas. 


O pleito defendido pelo deputado eu sou totalmente a favor. Eu não concordo que o Rio Tapajós seja destruído por essas pessoas irresponsáveis que pra cá vieram e estão tendo apadrinhamento das autoridades locais. Eu sou contra a destruição do meu ambiente. Já defendi a praia do Sapo, estando na luta em defesa da praia do meio onde estão tirando areia constantemente.

Francisco Rafael nos informou que a operação Eldorado partiu de uma exigência do atual vereador eleito de Jacareacanga Valter Tertulino, quando convidado pelos indígenas para retornar a direção da Funai. De acordo com o empresário, a condição imposta por Valter, seria a retirada de todos os garimpeiros da região indígena, ocasião em que declarou já haver conseguido a retirada de quinhentos garimpeiros. Reunião esta, que teria sido gravada em vídeo, o que chegou ao conhecimento da Polícia Federal, que desde o mês de fevereiro vinha atuando nas investigações que redundaram na operação Eldorado.  

Para Rafael, o fato de ter sido preso na operação Eldorado representou prejuízo em sua vida social, entretanto, representou negativamente para sua empresa, que além dos dias em que passou com estabelecimento fechado, está tendo um grandioso trabalho para resgatar todos os nossos clientes.

Com relação às denúncias prestadas ao Jornal Folha do Oeste, o empresário confessou que, por se tratar de um grupo que julga perigoso, teme por sua vida, entretanto, pelo bem de Itaituba, não poderia deixar de levar ao conhecimento da população os citados fatos.  


O bêbado na missa!Piada


O Senhor é a salvação!


sábado, 8 de dezembro de 2012

Consciência!


BNDES e Belo Monte – Financiamento para quem?

As obras em Belo Monte serão financiadas em boa parte com impostos pagos pela população

Na semana passada, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou o financiamento de R$ 22,5 bilhões para a Norte Energia S/A construir a barragem de Belo Monte, no rio Xingu (PA).
O empréstimo é o maior da história do banco, três vezes maior que o segundo colocado, os R$ 9,7 bilhões destinados à refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Além disso, representa 80% dos R$ 28,9 bilhões previstos para a construção da obra.
A maior parte desse dinheiro virá do bolso dos próprios brasileiros, pois o BNDES depende cada vez mais de recursos do Tesouro Nacional, ou seja, do dinheiro arrecadado dos impostos pagos pelos cidadãos, para bancar empréstimos como este. De acordo com o jornalValor Econômico, de janeiro de 2009 até hoje, os repasses do Tesouro ao banco estatal responderam por mais da metade (51,4%) dos R$ 538,2 bilhões desembolsados pelo BNDES no período.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) questiona: quem é que vai pagar esse empréstimo? Esse valor, como sabemos, será repassado para as contas de luz. Enquanto isso, os beneficiados serão as grandes construtoras – Andrade Gutierez, Camargo Correa, Queiroz Galvão e Odebrecht, três grandes empresas de máquinas e equipamentos – Voith, Alstom e Andriz – e seguradoras envolvidas no Consórcio Construtor de Belo Monte (CCBM).
A venda da energia, por sua vez, nos 30 anos de contrato de concessão da barragem, vai gerar um faturamento acima de R$ 100 bilhões. Os beneficiários desse montante serão as empresas que formam a sociedade dona da barragem, a Norte Energia: a Iberdrola, a Vale, a Cemig, fundos de pensão e parte da Eletrobras. A estatal, por sua vez, também ficará com o prejuízo de cerca de R$ 500 milhões por ano referente à parcela da energia do mercado livre.
Ou seja, enquanto a população brasileira paga a conta, as empresas lucram com a apropriação dos rios e da energia.
E pagando a conta, o que resta para a população? Até agora, a construção de barragens no Brasil tem deixado um legado de violação de direitos humanos. O caso de Belo Monte, que deverá ser a 3ª maior usina do mundo, atrás apenas de Três Gargantas e Itaipu, não é diferente: somente na cidade de Altamira, mais de 30 mil pessoas terão de deixar suas casas no próximo ano, e ainda não tem garantia de reassentamento. Mais de 30 povos indígenas são afetados, segundo o Conselho Indígena Missionário. Os pescadores, que dependem do rio para sua sobrevivência, não são reconhecidos como atingidos. Na região, as ocorrências policiais aumentaram, a especulação imobiliária atingiu níveis semelhantes a grandes metrópoles, há pressão sobre os sistemas de educação, saúde e transporte, além da degradação do bioma amazônico. E as obras das condicionantes – para as quais foi destinada a quantia de R$ 500 milhões, muito pequena perante os valores da obra – estão reconhecidamente atrasadas.
Por esses e outros motivos, Belo Monte é alvo de 15 ações civis públicas do Ministério Público Federal. Também já foi multada pelo Ibama em R$ 7 milhões no início deste ano. Esses fatos são desconsiderados pelo BNDES, que, em tese, só pode financiar obras que estão regulares perante a Justiça e os órgãos do meio ambiente.
Belo Monte é mais uma ação de violação dos direitos humanos e ambientais na Amazônia brasileira, financiada com dinheiro público, sem nenhuma restrição ou preocupação com os problemas que esta obra já causou, está causando e virá a causar. A dívida histórica do Estado com os atingidos pelo setor vai crescendo e acrescentando novos credores.
Iury Paulino faz parte da Coordenação Nacional do MAB no Pará. 
Fonte: Jornal Correio do Brasil, 04/12/12

Para Benedita, deputado é um cidadão diferente!


Senadora Benedita da Silva (PT) defende José Dirceu, administrador do Mensalão e diz que somente a Câmara Federal pode cassar mandatos de deputados. 

Ela fala assim, porque sabe que na Câmara os mandatos dos condenados pelo Supremo seriam mantidos, o que caracterizaria a impunidade e desacreditaria ainda mais os políticos com mandato!


sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Brasil é 69º lugar no ranking da corrupção da Transparência

O Brasil está na 69ª posição, em ordem crescente, no ranking da corrupção em 176 países. Foi o que revelou ontem a organização não governamental (ONG) Transparência Internacional (TI), sediada em Berlim, por meio do estudo Percepções da corrupção índex 2012. Na América Latina, os brasileiros ficam atrás apenas do Chile e do Uruguai, que estão no 20º lugar. Compartilham o topo da lista, com menos casos de corruptos, a Dinamarca, a Suécia e a Nova Zelândia. As piores posições no ranking da ONG são ocupadas pelo Afeganistão, a Coreia do Norte e a Somália.


Nas Américas e no Caribe, as colocações mais negativas são as do Haiti, em 165º lugar, e do Paraguai, em 150º. Em comunicado, a TI declara que os níveis de corrompimento no mundo ainda são elevados, assim como casos de abuso de poder e relações sigilosas. Para a ONG, é necessário intensificar as ações em busca da transparência de dados e informações referentes aos órgãos públicos e sua atuação.

A presidente da TI, a canadense Huguette Labelle, defendeu a integração de ações governamentais em busca do combate à corrupção além da concessão de mais espaço para a sociedade participar dos debates. Segundo ela, é fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para campanhas políticas, além da definição de normas transparentes para a contratação de serviços públicos. Huguette acrescentou que a intenção do estudo é incentivar os governos a tomar decisão mais dura contra o abuso de poder. De acordo com ela, os casos considerados mais graves estão no Oriente Médio e na África, pois, em geral, os números indicam que houve estagnação e retrocesso.

No caso da Dinamarca, Finlândia e Nova Zelândia, a ONG considera o esforço público, associado aos sistemas de informação e a regras claras, que regem o comportamento dos que ocupam cargos públicos, como preponderante para evitar corrupção. Quanto ao Afeganistão, Coreia do Norte e Somália, a ONG diz faltar líderes responsáveis e instituições eficientes. Na zona do euro, a Itália aparece na 72ª posição e a Grécia na 94º. ( das agências de notícias )

ENTENDA A NOTÍCIA

Dois terços dos 176 países analisados obtiveram uma pontuação inferior a 50, numa escala que vai de 0 (percepção de altos índices de corrupção) a 100 (percepção de baixos índices de corrupção). O Brasil está incluído nos dois terços.

Números

73ª foi a colocação do Brasil na última pesquisa

43 foi a pontuação do Brasil em uma escala de 0 a 100

165º lugar ocuparam Venezuela e Haiti juntos, os piores da América

Fonte: JusBrasil Notícias, 06/12/12