sábado, 3 de outubro de 2015

Lula escreve carta em resposta a José Eduardo, filho de Hélio Bicudo

Em outros tempos

Lula escreveu uma carta a José Eduardo Pereira Wilken Bicudo, filho de Hélio Bicudo. José Eduardo deu um depoimento ao DCM em que manifestou seu descontentamento com a guinada conservadora do pai.

“O pedido de impeachment do qual meu pai é signatário é uma das inúmeras decorrências de sua infeliz trajetória nos últimos dez anos”, disse, dando sua visão para o que chamou de “rancor desmedido em relação ao PT e sobretudo a Lula”.

A resposta de Lula foi enviada com exclusividade ao DCM. Confira:

Caro José Eduardo,

Agradeço, de coração, o testemunho isento que você prestou sobre minha convivência com seu pai. Seu depoimento denota um grande força de caráter, pois imagino o quanto deve ser doloroso para um filho divergir publicamente do pai em questões dessa natureza.

Poucas coisas na vida são tão importantes quanto manter o respeito e a consideração pelas pessoas, acima de eventuais divergências, mesmo que o tempo nos leve a trilhar caminhos distintos.

Nos últimos anos, tenho recebido em silêncio os sucessivos ataques do doutor Hélio Bicudo, pontuados de um rancor cujos motivos, José Eduardo, você caracteriza claramente em seu depoimento.

Tais manifestações, no entanto, ultrapassaram todos os limites numa recente entrevista, na qual ele atacou frontalmente minha honra pessoal e fez acusações caluniosas, ofensivas e desprovidas de qualquer fundamento.

Diante desses ataques, não posso permanecer calado, em respeito à minha família, aos meus companheiros e aos que sempre compartilharam conosco a luta por um Brasil melhor e mais justo.

Por isso dirijo a você essa mensagem, caro José Eduardo.

São infâmias proferidas por uma pessoa que, no passado, destacou-se pela defesa da lei e da verdade. E que tristemente se apequena aos olhos do presente e do futuro.

Compartilho com você o sentimento de repúdio ao comportamento oportunista de setores da imprensa que exploram politicamente essa triste situação.

Espero que as deliberadas injustiças que o doutor Hélio Bicudo hoje comete não ofusquem a contribuição que ele já deu ao Estado de Direito no nosso país. Mas a calúnia rancorosa e sua exploração pela imprensa servem para nos alertar sobre a necessidade de limites morais na disputa política.

Querido José, eu até pensei em tomar medidas judiciais a propósito dessas injúrias. Mas não o farei em atenção a você e a seus familiares. Eu e seu pai somos cristãos e ele tem consciência de que Deus sabe que ele está mentindo.

Luiz Inácio Lula da Silva

O erro de Padilha ao ser novamente hostilizado num restaurante de SP

Alexandre Padilha foi novamente hostilizado em um restaurante de São Paulo.

Não é a primeira vez. Em maio, no Itaim Bibi, um sujeito o xingou falando do Mais Médicos, programa implementado em sua gestão.

A segunda vez foi há dias no Jardim Paulista. Padilha almoçava, tomando uma cerveja, num lugar chamado Aldeia. Um bando numa mesa atrás da dele passou a fotografá-lo e a filmá-lo. Padilha os interpelou e então vieram os insultos de “ladrão”, “filho da puta” etc.

No vídeo, é possível vê-lo trocando algumas palavras com os homens, mas não dá para entender o que diz. O secretário de saúde finalmente sai e eles ficam ali, sem maiores, na paz.

De acordo com um funcionário da casa ouvido pela Folha, Padilha estava tranquilo e falou que não ligava porque “já está acostumado” e “faz parte da política”.

Mais tarde, ele divulgou um comunicado: “Meus amigos e amigas, repudio toda e qualquer manifestação de ódio e intolerância”. Condenou “pessoas que querem expulsar do convívio social quem pensa e age diferente delas”.

Padilha errou.

Errou porque esse tipo de covardia deixou de “fazer parte da política”, como ele argumentou, para se tornar um modus operandi que precisa de uma resposta na forma da lei. Não faz sentido achar normal ser expulso de um estabelecimento comercial por uma escória.

Constrangimento ilegal é crime previsto no Código Penal. É necessário chamar a polícia. Depois, como fez Mantega, que se processem os caras. A omissão favorece o canalha.

Em agosto, um protesto de neonazis em Liverpool foi humilhado. Houve um enfrentamento com antifascistas, que atiraram ovos e garrafas pet nos manifestantes. Encurralados na estação de trem, tiveram de desistir do programa.

“Uma coisa é a liberdade de expressão, pela qual temos todo o apreço. Outra é a pregação da violência e da barbárie e isso nós não permitiremos na nossa cidade”, afirmou um morador.

Paulo Maluf nunca foi incomodado em nenhum local público de São Paulo. Eduardo Cunha, se andasse por Moema, provavelmente seria ovacionado e daria autógrafos.

Cretinos podem exercer sua indignação seletiva à vontade. Mas não estão acima da lei, ao menos por enquanto.

Fonte: DCM, 03/10/2015

Ueba! Cunha impicha o Cunha!

Folha, 03/10/2015

Buemba! Buemba! Macaco Simão Urgente! O Esculhambador Geral da República!
*José Simão
Manchete da Folha: "Cunha controla quatro contas secretas na Suíça".
Manchete do Piauí Herald: "Cunha engaveta pedido de impeachment de Cunha".

Manchete do Sensacionalista: "Cunha muda o Estatuto da Família. Família agora é formada por homem, mulher e quem tem conta na Suíça". Rarará!

E eu tenho conta na padaria, no açougue e na farmácia. E um amigo tem conta na banca de jornal e no carrinho de churros! E um outro disse que tem conta na zona, na Maria Machadão! Rarará!

E o Cunha não é mais penta: cinco denúncias. Agora é hexa: saiu a sexta denúncia. Plágio do Maluf! Tá plagiando o Maluf! "Eu não tenho conta no exterior" é copirraite do Maluf. Mas eles não estão mentindo! O dinheiro não é deles. É NOSSO! Rarará!

E o Cunha seguiu a trajetória do político atual: primeiro rouba, depois vira evangélico e depois anti- Dilma. E está perdoado!

E o Lula, o Lulalelé?  O Lula agora é ex-presidente em exercício.  E a Granda Chefa Toura Sentada Dilma atendeu aos meus pedidos. O novo ministro da Saúde é psiquiatra. Tá todo mundo louco no Brasil. Intervenção Psiquiátrica Já! Todo mundo no Rivotril!  Ministério da Saúde mudou de nome pra Ministério do Rivotril!  Mas tem uns loucos por aí que precisam de tiro de calmante. Aqueles que botam elefante pra dormir no Natgeo! Rarará!

E o Cunha não viajou pro exterior. Com medo de dividir cela com o Marin! Rarará!  E uma amiga minha; "com tanto ator gato na Globo, vazam nudes do Stênio Garcia?". Culpa da crise. É o que temos para o momento.

E adorei a charge do Duke com um cara no celular: "Credo! Vazaram fotos do Eduardo Cunha exercendo seu mandato".
Viva o Stênio Garcia!  Viva os Nudes!  Rarará!
Nóis sofre mas nóis goza!  Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!

ANGRA 3: Investigação inclui Lobão, Renan e Jucá


247 - Investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o esquema de propina no contrato de construção da usina Angra 3 inclui os senadores do PMDB Edison Lobão (MA), Renan Calheiros (AL - presidente do Senado) e Romero Jucá (RR). Além dos políticos, as investigações se estendem ainda aos ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) Aroldo Cedraz (presidente da corte) e Raimundo Carreiro; e o advogado Tiago Cedraz (filho de Aroldo).

O Inquérito é sigiloso e tramita no gabinete do ministro do Supremo Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato na corte, conforme matéria da Agência Estado.

A investigação é fundamentada na delação do dono da UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, que teria relatado pagamentos mensais a Tiago Cedraz em troca de influência e informações sobre o TCU. Pessoa disse ainda ter negociado pagamento de R$ 1 milhão com o advogado para liberação, pelo tribunal de contas, das obras da usina de Angra 3 – que teve a UTC entre as empreiteiras que formavam consórcio contratado para execução do projeto. O processo foi relatado pelo ministro Raimundo Carreiro.

O senador Edison Lobão, então ministro de Minas e Energia, teria articulado os repasses ao PMDB em troca do negócio da usina de Angra 3, sob responsabilidade da Eletronuclear.

O executivo Flávio Barra, da Andrade Gutierrez Energia, disse em depoimento à Justiça Federal no Paraná que Pessoa informou às empreiteiras integrantes do consórcio vencedor da obra que o peemedebista havia solicitado contribuição eleitoral para o partido.

A investigação que inclui Tiago Cedraz, Carreiro e Lobão começou a correr antes no Supremo do que a apuração envolvendo Renan e Jucá. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República enviaram um adendo à investigação, recentemente, para incluir o nome dos dois senadores, supostos beneficiários também de pagamentos indevidos oriundos de corrupção na Eletronuclear.

Fonte: Brasil 247, 03/10/2015

A revista ÉPOCA volta a atacar a ação comercial de Lula em favor do Brasil

Qual presidente ou ex-presidente que não colabora para o crescimento econômico de seu País?

Reportagem de capa da revista Época deste fim de semana volta a disparar contra o ex-presidente Lula; como já fizera em edições anteriores, Época criminaliza a atuação de Lula em defesa de empresas brasileiras no exterior.

Desta vez, o foco foi a construção de obras na Guiné Bissau, depois que Lula se encontrou com o presidente Teodoro Obiang.

“A diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços, que passaram de US$ 50 bilhões para quase US$ 200 bilhões”, disse o Instituto Lula.

O ex-presidente também decidiu processar jornalistas da revista semanal do grupo Globo.

Vaticano dispensa padre após ele revelar ser gay

O padre Krzystof Charamsa e seu parceiro, Edouard

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Vaticano dispensou um padre de seu posto em um serviço da Santa Sé neste sábado, depois que ele disse a um jornal que é gay e exortou a Igreja Católica a alterar a sua posição sobre a homossexualidade.

O monsenhor Krzystof Charamsa foi removido de sua posição na Congregação para a Doutrina da Fé, braço doutrinal do Vaticano onde trabalhava desde 2003, segundo um comunicado.

Charamsa, de 43 anos e teólogo polaco, anunciou que é gay e tem um parceiro em uma longa entrevista com o jornal italiano "Corriere della Sera" neste sábado.

Em seguida, ele realizou uma entrevista coletiva com o seu parceiro, um homem espanhol, e ativistas gays em um restaurante de Roma. Eles haviam planejado uma manifestação em frente ao Vaticano, mas mudaram o local várias horas antes do momento em que o evento deveria ter começado.

O Vaticano disse que a demissão de Charamsa não tem relação com seus comentários sobre sua situação pessoal, que afirmou "merecer respeito".

Mas o Vaticano disse que ter dado a entrevista e a manifestação prevista foram atos "graves e irresponsáveis", dado o seu calendário, às vésperas de um sínodo de bispos que vai discutir questões de família, incluindo como chegar aos gays.

O Vaticano acrescentou ainda que as ações do padre sujeitariam o sínodo, que o Papa Francisco deve abrir no domingo, a "pressão da mídia indevida".

Fonte: Uol, 03/10/2015

VEJA retira de Lula a condição humana

A revista VEJA fede

Revista da família Civita conseguiu produzir a capa mais abjeta de sua história; nela, o ex-presidente Lula não é mais retratado como um ser humano real, de carne e osso, mas sim como um boneco alegórico criado por movimentos de extrema direita.

A decisão não foi acidental. Ontem, ao noticiar que Lula será ouvido como informante num dos inquéritos da Lava Jato, o site de Veja não publicou a imagem de Lula, mas sim do mesmo boneco.

Ao transformar o presidente mais popular da história do País numa alegoria criada por seus agressores, Veja contribui para a escalada do ódio e do discurso fascista na sociedade brasileira.

Nesta edição, Veja também conseguiu uma proeza: fingiu desconhecer os US$ 5 milhões de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, na Suíça, e não publicou uma mísera linha a respeito.

Fonte: Brasil 247, 03/10/2015

Pimentel costutrou a reaproximação Lula-Dilma


"Presidente, o lugar que o senhor precisa estar é em Brasilia. É lá que o senhor é indispensável", disse o governador mineiro Fernando Pimentel, num encontro recente com o ex-presidente Lula. "De cada 10 deputados, 6 já foram da sua base e pelo menos 4 acompanharão o senhor aonde for. Ainda mais se houver sinais de que o senhor poderá voltar em 2018".

Em seguida, Pimentel foi a Brasília e convenceu a presidente Dilma Rousseff a seguir os conselhos de Lula. Os bastidores foram apurados pelo jornalista Luis Nassif.

Cunha desce, Dilma sobe


"A melhor notícia para o governo Dilma Rousseff, em nove meses desse turbulento segundo mandato, veio da Suíça, com a revelação de que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), possui pelo menos quatro contas secretas no paraíso fiscal, com depósitos – já bloqueados – que somam cerca de US$ 5 milhões", diz Leonardo Attuch, editor do 247.

Agora, mesmo que decida se vingar, ele perde completamente as condições de conduzir eventual processo de impeachment.

"A dúvida, agora, diz respeito ao comportamento do Palácio do Planalto, que poderá, eventualmente, preferir um Cunha enfraquecido no cargo do que trabalhar abertamente por sua queda".

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

STF autoriza que Lula seja ouvido na Lava Jato na condição de informante

Relator da Lava Jato no STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Teori Zavascki autorizou nesta sexta-feira (2) que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja ouvido, na condição de "informante", em inquérito que investiga políticos com mandato no esquema de corrupção da Petrobras.
Ex-presidente Lula
Na mesma decisão, o ministro rejeitou o pedido do PSDB para que o STF se manifeste sobre se a Polícia Federal poderia investigar a presidente Dilma Rousseff na operação. O relator ainda prorrogou por 80 dias as investigações do inquérito que investiga quadrilha na Lava Jato.

Em relação a Lula, Teori atendeu ao pedido da Polícia Federal, que também recebeu aval da Procuradoria Geral da República. O ministro destaca que o fato de o petista prestar depoimento não o coloca como investigado.

Em parecer enviado ao STF, o procurador-geral destaca que não há elementos objetivos para incluir o petista como investigado na Lava Jato e que as apurações de pessoas sem prerrogativa de foro, como é o caso do ex-presidente, ocorrem na primeira instância, sendo concentradas na Justiça do Paraná.

O depoimento de Lula foi pedido pelo delegado da Polícia Federal Josélio Azevedo de Sousa. Em seu relatório, o delegado afirma que, apesar de não haver provas do envolvimento direto de Lula, a investigação "não pode se furtar" a apurar se o ex-presidente foi ou não beneficiado pelo esquema na Petrobras.

O delegado cita que o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa "presumem que o ex-presidente tivesse conhecimento do esquema de corrupção", tendo em vista "as características e a dimensão" do caso. Mas frisa que ambos não dispõem de elementos concretos que impliquem a participação direta do então presidente Lula nos fatos.

Em nota, a assessoria de imprensa do Instituto Lula afirmou que Lula não será nem mesmo ouvido como testemunha e que está a disposição para prestar esclarecimentos.

"A manifestação do ministro Teori Zavaski confirma o entendimento do Procurador Geral da República: o ex-presidente Lula não pode ser investigado nos inquéritos sobre a Petrobras, porque não há qualquer razão para isso", afirmou o instituto.

Com informações da Folha.Uol, 02/10/2015

Ruiu o império de Eduardo Cunha

Leonardo Meirelles, Alberto Youssef, Fernando Soares Baiano, Julio Camargo, João Augusto Henriques e Eduardo Musa... Já são seis os delatores da Operação Lava Jato que apontam seus indicadores paraEduardo Cunha (PMDB/RJ), o atual presidente da Câmara dos Deputados, e afirmam em uníssono: o deputado também se locupletou com o esquema de corrupção que sangrou a Petrobras por tantos anos.

Jean Wyllys, Deputado
Federal/PSOL/RJ
Ontem foi a vez de o Ministério Público da Suíça repassar ao Ministério Público Federal do Brasil mais informações sobre a existência de contas secretas em instituições financeiras daquele país, todas no nome do deputado e no de familiares, com dinheiro que se suspeita proveniente desses e de outros esquemas investigados pela Justiça estrangeira desde abril deste ano.

A grande imprensa, obcecada em implicar a presidente Dilma Rousseff na Lava Jato, deu (com exceção do Estado de S. Paulo e da Folha de S.Paulo) a notícia em capas dos principais veículos. Mas, surpresa! Um silêncio enervante tomou conta do Plenário nesta quinta-feira, quando o meu companheiro Chico Alencar, líder da bancada do PSOL, perguntou na tribuna:

- É simples assim: presidente Eduardo Cunha, vossa excelência tem ou não tem contas na Suíça?

Silêncio ensurdecedor.

Acuado a cada hora que passa, Eduardo Cunha recorreu à habitual arrogância para se manter em silêncio, como se tivesse esse direito diante da pergunta, que é de toda a sociedade brasileira.

Esse comportamento desnuda o (mau) caráter desse homem que, enquanto se envolve em esquemas de corrupção e intimida potenciais delatores, sustenta um discurso público de "defensor dos valores familiares" e toca uma pauta legislativa que atenta contra os direitos de indígenas, mulheres, população negra pobre e LGBTs – tudo com o apoio de deputados evangélicos e da bancada da bala.

Os indignados da internet, movidos numa atuação já denominada “ativismo de sofá”, e mesmo muitos dos que foram às ruas reclamar da "corrupção do PT" também silenciam providencialmente agora. Quem sabe ficaram sem ter o que dizer das selfies feitas alegre e intimamente ao lado de Cunha há poucos meses?

A indignação desses "revoltados" e "indignados" não é movida a ética, mas a oportunismo político e ódio de classe. Farão boneco inflável de Eduardo Cunha vestido de presidiário? Claro que não! Ora, quem financiou a confecção do boneco de Lula – sobre quem até agora não pesa nenhuma denúncia formal dos órgãos de investigação e da Justiça – comunga no altar do presidente da Câmara.

O Brasil sério entra em compasso de espera por alguma definição.

E, lembremos: não é a primeira denúncia de corrupção que Cunha enfrenta. Em cada cargo público que ocupou, desde a época em que chegou ao poder pelas mãos de PC Farias e Fernando Collor de Melo, ele esteve sempre envolvido em escândalos.

As denúncias se acumulam, Cunha faz um cínico silêncio “tô nem aí”, seus cúmplices entre os parlamentares mantêm-se calados e, pior que isso, a presidência da Câmara usa a estrutura pública para organizar a defesa de um parlamentar em vias de se tornar réu.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a Câmara elaborou modelos de requerimento para os parlamentares do PMDB assinarem, em que se solicita a produção de relatórios que, supostamente, teriam alguma serventia na defesa de Cunha – estratégia pífia de seus advogados.

Somos nós, todos os brasileiros, financiando essa defesa obviamente indefensável. A House of Cunha é um teatro dos absurdos.

É o Brasil sendo engolido mais uma vez pela enorme hipocrisia e o jogo retórico fajuto do PMDB, o partido do poder, dos negócios e da chantagem permanente — ao qual o governo Dilma não para de ceder mais e mais, entregando a eles cada dia mais poder e ministérios.

Diferentes discursos que giram em torno da "moralidade" são colocados no centro do debate público. Uma moralidade seletiva, que, quando fala em corrupção, aponta apenas para o PT (ao mesmo tempo em que o chantageia para conseguir o que quer).

Uma visão de moralidade que, quando fala em degeneração, associa esse conceito à sexualidade dos outros (entendida como nas épocas da Inquisição); que quando fala em "bandidos" só enquadra adolescentes jovens e negros vítimas da marginalidade; quando fala em combate ao crime, não entende como crime os milhões de dólares desviados para contas bancárias no exterior, roubados de empresas estatais (embora seja capaz de cuspir num "maconheiro").

O discurso moralista hipócrita que une as bancadas da bala, do boi, da Bíblia e o baixo clero do PMDB e dos partidos fisiológicos é uma cortina de fumaça para esconder a escandalosa imoralidade: o roubo de dinheiro público e o financiamento da política pelo grande capital.

Cunha tem que cair. A Câmara dos Deputados não pode continuar presidida por um sujeito sobre quem pesam tantas acusações de corrupção – como se seu legado de retrocesso nos direitos humanos e no avanço das políticas sociais já não fosse derrota bastante para o Brasil.

Cunha tem que cair, mas não sozinho. Que leve junto para os desníveis onde em breve se encontrará, graças à ação da Justiça, em que confiamos, todo o sistema hipócrita de ladrões, vendilhões do templo, exploradores da fé alheia, inimigos dos direitos humanos, fascistas, latifundiários opressores de índios e policiais e militares nostálgicos da ditadura que tomaram o parlamento brasileiro.

Fonte: Brasil 247, 02/10/2015

Ibovespa vira e sobe forte após corte de ministérios


Índice consolida uma expressiva alta nesta sexta-feira 2, após o corte de 8 ministérios e de 10% no salário dos ministros, conforme reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma.

Às 13h, alta era de 1,80%; com isso, o Ibovespa se descola das bolsas internacionais, que caem; dólar cai.

Com impeachment distante, PSDB tenta o plano B

Vai ser birrento assim lá nos quintos dos infernos

No mesmo dia da reforma ministerial, que fortalece a base de apoio ao governo Dilma no Congresso Nacional, tornando mais remota a possibilidade de impeachment, o PSDB insistiu no seu plano B para o golpe.

Foi ao TSE e protocolou uma nova petição para ligar a campanha da presidente Dilma Rousseff às denúncias de corrupção na Petrobras. O pedido é para que laudos da Polícia Federal sobre doações da empreiteira UTC à campanha do PT de 2014 sejam inclusos na ação que corre no tribunal e que pede a cassação do mandato da presidente e do vice, Michel Temer.

O partido de Aécio Neves detalha, em comunicado à imprensa, os valores doados pela empresa a Dilma, uma soma de R$ 7,5 milhões, mas não menciona que ele próprio recebeu mais do que isso – R$ 8,7 milhões – também no ano passado. 

Vai ser hipócrita assim mais adiante!

Dilma diz que o Brasil precisa de estabilidade política

Presidente anuncia o corte de oito ministérios, de 39 para 31, de 30 secretarias nacionais, redução em 20% de gastos de custeio e contratação de terceiros e em 10% de salários dos ministros. Serão extintos três mil cargos comissionados. 

Segundo Dilma Rousseff, a reforma é uma "ação legítima" que visa "criar estabilidade política" e "ambiente de diálogo" para "fazer o País voltar a crescer".

A presidente também anunciou a criação de uma comissão permanente de reforma do Estado, que trabalhará pela reorganização da administração pública, e ressaltou que "essas iniciativas terão que ser reforçadas permanentemente" para ajudar no reequilíbrio fiscal e "para que o Brasil saia mais rapidamente da crise".

Fonte: Brasil 247, 02/10/2015

Insustentável

BRASÍLIA - A pergunta ecoou em claro e bom som no plenário da Câmara: "O presidente Eduardo Cunha tem ou não tem contas secretas na Suíça?". A tribuna era ocupada pelo deputado Chico Alencar, líder do PSOL. Sentado a poucos metros dele, Cunha virava o rosto para o outro lado, fingindo não ouvir.

"Essa é uma pergunta que interessa à cidadania, deve ser reiterada e tem que ser respondida", insistiu Chico. O presidente da Câmara se manteve em silêncio, como se não devesse explicações aos colegas e à sociedade que lhe paga o salário, as refeições, os voos em jato da FAB e a residência oficial em Brasília.

A rigor, a pergunta já foi respondida. Em março, um deputado do PSDB indagou ao peemedebista se ele tinha contas na Suíça. "Não tenho qualquer tipo de conta em qualquer lugar que não seja a conta que está declarada no meu Imposto de Renda", afirmou Cunha, resoluto, em depoimento à CPI da Petrobras.

A negativa caiu por terra com a confirmação de que ele é beneficiário de ao menos quatro contas bloqueadas na Suíça. Os dados já estão no Brasil, e a Procuradoria-Geral da República vai denunciá-lo de novo por corrupção e lavagem de dinheiro.

Desta vez, a tropa de Cunha não poderá repetir o discurso de que é preciso esperar o julgamento do STF. Ao negar a existência das contas, o presidente da Câmara mentiu à CPI e omitiu informações relevantes sobre seu patrimônio, o que caracteriza quebra de decoro parlamentar.

Cunha continua a confiar na covardia do governo e na cumplicidade da oposição, a quem se aliou na causa do impeachment. No entanto, aliados já admitem que a sua permanência na presidência da Câmara está se tornando insustentável.

Se a previsão se confirmar, restará ao peemedebista deixar a cadeira e lutar para não perder o mandato de deputado. O foro privilegiado é o que ainda o mantém a salvo da caneta do juiz Sergio Moro e de uma visita matutina da Polícia Federal.

Fonte: Folha.Uol, 02/10/2015

Novo ministro da Saúde diz que não se curva a pressões


'Serei um ministro inimpressionável', promete Marcelo Castro (PMDB) contra pressões da bancada peemedebista na Câmara pela distribuição de verbas do setor; para provar sua ‘independência’ lembra que, como relator da reforma política, se recusou a apoiar o distritão e foi destituído do cargo pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Sobre o governo Dilma Rousseff, considera 'remotíssima' chance de impeachment: "A força da Dilma está na sua respeitabilidade pessoal. Em toda a Lava Jato, não apareceu nada contra ela"; "Estão fazendo isso para tirar proveito político", acrescentou.

Fernando Henrique é favorável ao aumento de impostos para superar a crise


Em entrevista ao STF, ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso reconhece que, com o ‘déficit público brutal’, a saída da crise deve passar pelo aumento de tributos: ‘Imposto ninguém quer, ninguém gosta. Todo mundo prefere não pagar imposto. Mas vai ser necessário. A dificuldade agora é que as pessoas não estão acreditando que mesmo dando imposto vai dar certo’, diz.

Sobre o governo, ele avalia que a reforma ministerial poderá dar “sobrevida” a presidente Dilma Rousseff e que “impopularidade” não é motivo para impeachment, mas ressalta que o PT “abusou do poder” e Lula virou “político tradicional” - embora defenda a diplomacia comercial presidencial feita no governo do sucessor: “É normal que os presidentes defendam os interesses das empresas do seu país”.

Dilma acomoda PT, PMDB e PDT e conclui reforma


A presidente Dilma Rousseff concluiu na noite desta quinta (1º) a reforma ministerial que anunciará na manhã desta sexta (2) em solenidade com os novos ministros; o atual secretário-geral da Presidência, Miguel Rossetto, da corrente Democracia Socialista do PT, vai comandar a pasta de Trabalho e Previdência, que foram fundidas.

Tereza Campelo continuará comandando Desenvolvimento Social, Benedita da Silva assume a nova pasta da Cidadania; Patrus Ananias fica em Desenvolvimento Agrário.

PMDB ganhou sétima pasta, que será a de Ciência e Tecnologia, a ser ocupada pelo deputado Celso Pansera. Amaior conquista dos peemedebistas, entretanto, foi a Saúde, a ser ocupada pelo deputado Marcelo de Castro. Com André Figueiredo nas Comunicações, Dilma reconquistou o PDT. Mantiveram as pastas que já ocupavam PP, PSD e PR.

Cunha tem quatro e não uma conta na Suíça


Autoridades suíças teriam identificado quatro contas abertas em nome do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em diferentes instituições bancárias, e não apenas uma, como se suspeitava.

Uma delas tem a esposa do parlamentar, a jornalista Claudia Cordeiro Cruz, como beneficiária, além do próprio deputado. O montante nas contas soma US$ 5 milhões. Em março, ao depor na CPI da Petrobras, o peemedebista assegurou que não mantinha contas fora do Brasil, hoje, questionado sobre o tema durante sessão no plenário pelo deputado Chico Alencar (Psol-RJ), Cunha simplesmente não respondeu.

Após denúncias da Suíça, grupo de deputados voltou a pedir o afastamento do presidente da Câmara.


Rossetto será ministro da super pasta da Seguridade

O ministro Miguel Rossetto, que comanda a Secretaria-Geral, será o novo ministro da nova pasta que reunirá Previdência, Trabalho e Desenvolvimento Social.

O anúncio será feito nesta sexta (2) pela presidente Dilma Rousseff durante coletiva de imprensa.

O atual ministro da Previdência, Carlos Gabas, vai continuar comandando o setor dentro dessa nova pasta.

Tereza Campelo, que é ministra do Desenvolvimento Social, chefiará a área dentro do novo ministério.

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cunha é cobrado em plenário sobre conta na Suíça, mas não responde

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi questionado em plenário no início da tarde desta quinta-feira (1º) se possui ou não conta bancária na Suíça, mas se recusou a responder.

A pergunta foi feita da tribuna do plenário pelo deputado Chico Alencar (RJ), líder da bancada do PSOL. Cunha, que presidia a sessão, não olhou para o deputado em nenhum momento do discurso e, ao final, não tocou no assunto.

"É simples assim, a pergunta está reiterada: presidente Eduardo Cunha, tem ou não tem contas na Suíça sob investigação do Ministério Público de lá, como nos comunica o Ministério Público do Brasil? Será que esse assunto vai ficar abafado aqui na Câmara dos Deputados do Brasil?", discursou Alencar.

Ao final da fala do deputado do PSOL, Cunha retomou a palavra e seguiu com a votação de um projeto na área de segurança pública. "Como vota a Rede?", se limitou a dizer.

Nenhum outro dos deputados presentes à sessão se manifestou sobre o assunto.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, autoridades da Suíça mandaram ao Brasil documentos mostrando que o presidente da Câmara e familiares são investigados por ter contas secretas naquele país.

Desde então, Cunha se nega a dizer se é ou não titular de conta fora do país. Suas declarações à Justiça Eleitoral não trazem essa informação.

Omissão de conta no exterior com saldo superior à US$ 100 mil representa crime de evasão de divisas, com pena de dois a seis anos de prisão. A prática também é listada pelo Código de Ética da Câmara como um dos motivos para cassação do mandato.

REQUERIMENTO

Quinze deputados de cinco partidos (PSOL, PT, Rede, PSB e PMDB) apresentaram nesta quinta requerimento à Mesa da Câmara questionando Cunha formalmente sobre a existência ou não de contas suas e de familiares na Suíça.

Os deputados dizem que se não houver resposta vão apresentar o mesmo requerimento ao Conselho de Ética da Casa. Encabeça o pedido o deputado Chico Alencar. O peemedebista do grupo é o ex-governador Jarbas Vasconcelos (PE).

Folha: Folha.Uol, 01/10/2015


quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Janot confirma: Cunha tem contas secretas na Suiça


Agora é oficial: por meio de nota divulgada nesta noite, a Procuradoria-Geral da República, comandada por Rodrigo Janot, confirmou que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e seus familiares possuem contas secretas na Suiça, cujos valores foram bloqueados pelas autoridades helvéticas.

"As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações lá iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores", diz a nota do MP.

Com a denúncia, Cunha, que já foi citado por cinco delatores da Operação Lava Jato, perde as condições de se manter à frente da Câmara, onde seus aliados tramam um golpe.

Suíça transfere para Brasil investigação criminal contra Cunha

Estadão, 30/09/2015

A Suíça transferiu para o Brasil investigação criminal contra o presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), denunciado por corrupção e lavagem de dinheiro na Operação Lava Jato. Com a remessa das informações contra o peemedebista naquele país europeu, a Procuradoria-Geral da República, em Brasília, poderá investigá-lo e processá-lo. Eduardo Cunha teria recebido, na Suíça, propina relativa a contratos da Petrobras.

A transferência da investigação criminal foi feita por meio da autoridade central dos dois países (Ministério da Justiça). O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, aceitou a transferência feita pelo Ministério Público da Confederação Helvética.

As informações do MP da Suíça relatam contas bancárias em nome de Cunha e familiares. As investigações na Suíça iniciaram em abril deste ano e houve bloqueio de valores.

Os autos serão recebidos pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional do Ministério da Justiça e posteriormente serão remetidos à PGR.

Por ser brasileiro nato, Eduardo Cunha não pode ser extraditado para a Suíça. O instituto da transferência de processo é um procedimento de cooperação internacional, em que se assegura a continuidade da investigação ou processo ao se verificar a jurisdição mais adequada para a persecução penal.

"Com a transferência do processo, o Estado suíço renuncia a sua jurisdição para a causa, que passa a ser do Brasil e de competência do Supremo Tribunal Federal, em virtude da prerrogativa de foro do presidente da Câmara", diz nota da PGR.

Este é o primeiro processo a ser transferido para o Supremo a pedido da Procuradoria-Geral da República e o segundo da Operação Lava Jato. A primeira transferência de investigação foi a de Nestor Cerveró para Curitiba.

Aécio Neves no lado errado da história de novo

O tempo se encarrega de nos mostrar quem é a favor ou contra os interesses da sociedade

"Aécio Neves perdeu uma ótima oportunidade para tomar uma decisão que interessa ao país, faz bem ao povo e até poderia contribuir para melhorar biografias marcadas por demonstrações frequentes de falta de compromisso com as regras da democracia, como se vê no esforço permanente para encaminhar um projeto de impeachment de Dilma Rousseff sem apoio em fatos ou provas", diz o colunista Paulo Moreira Leite, ao comentar a disposição do líder tucano de contestar o fim do financiamento empresarial de campanhas.

"O resultado mais visível que essa atitude pode produzir é confirmar um comportamento hipócrita, de quem adora cobrar respeito à lei, mas se recusa a aceitar uma deliberação legítima da mais alta corte da justiça brasileira, quando o resultado final não lhe convém".

Suiça investiga Cunha por corrupção e lavagem

E assim o contestador vai de herói a vilão 

Aberta em abril na Suíça, a investigação apura o suposto envolvimento do presidente da Câmara em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no esquema da Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Segundo o delator João Augusto Rezende Henriques, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) recebeu propina por vazamento de informação privilegiada na venda de um campo de petróleo no Benin, na África, para a Petrobras.

A possível conta bancária do deputado, onde teria sido depositado o dinheiro, foi bloqueada por autoridades suíças e as informações repassadas ao Brasil; o valor da propina não foi revelado.

Lula diz que "só imprensa cega criminaliza a diplomacia


Assessoria de imprensa do Instituto Lula rebate jornais que noticiaram e-mail apreendido pela Polícia Federal e que aponta que o ex-presidente teria feito lobby para a Odebrecht em um encontro com o presidente da Namíbia em 2009.

"Em seus dois mandatos, Lula chefiou 84 delegações de empresários brasileiros em viagens por todos os continentes. A diplomacia presidencial contribuiu para aumentar as exportações brasileiras de produtos e serviços (...) e isso representou a criação de milhões de novos empregos no Brasil. Só uma imprensa cega de preconceito e partidarismo poderia tentar criminalizar um ex-presidente por ter trabalhado por seu país e seu povo", diz trecho da nota.

A assessoria aponta ainda "uma repetitiva, sistemática e reprovável tentativa de alguns órgãos de imprensa e grupos políticos de tentar criminalizar a atuação lícita, ética e patriótica do ex-presidente Lula".

Conheça 5 pontos da nova lei eleitoral sancionada por Dilma

Presidenta Dilma anuncia medidas de modernização do futebol

Sancionada ontem (29), com vetos, pela presidente Dilma Rousseff (foto), a chamada minirreforma eleitoral (Lei nº 12.891/2013), aprovada pelo Congresso Nacional, traz mudanças na legislação atual.

A presidente vetou 5 dispositivos do texto encaminhado à sanção. Foram alteradas ou introduzidas normas relativas à propaganda eleitoral, contas de campanha, cabos eleitorais, período das convenções partidárias e substituição de candidaturas, entre outros temas.
Abaixo, alguns pontos incluídos na nova lei.

1) Propaganda

A propaganda eleitoral somente será permitida após o dia 15 de agosto do ano da eleição.

2) Filiação

Para concorrer às eleições, o candidato deverá possuir domicílio eleitoral na respectiva circunscrição pelo prazo de, pelo menos, um ano antes do pleito, e estar com a filiação deferida pelo partido no mínimo 6 meses antes da data da eleição.

3) Oficialização de candidaturas

A escolha dos candidatos pelos partidos e a deliberação sobre coligações deverão ser feitas no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano em que se realizarem as eleições, lavrando-se a respectiva ata em livro aberto, rubricado pela Justiça Eleitoral, publicada em vinte e quatro horas em qualquer meio de comunicação.

4) Rádio e TV

As emissoras de rádio e de televisão e os canais de televisão por assinatura mencionados reservarão, nos 35 dias anteriores à antevéspera das eleições, horário destinado à divulgação, em rede, da propaganda eleitoral gratuita.

5) Horário eleitoral

As eleições para prefeito, a propaganda eleitoral no rádio e TV será de segunda a sábado: a) das sete horas às sete horas e dez minutos e das doze horas às doze horas e dez minutos, no rádio; b) das treze horas às treze horas e dez minutos e das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e quarenta minutos, na televisão.
Fonte: Blog do Jeso, 30/09/2015

Mercadante na Educação e Jaques Wagner, na Casa Civil


Presidente atende aos pedidos do antecessor e aceita tirar do comando da Casa Civil o ministro Aloizio Mercadante, considerado por ela seu principal aliado.

A saída era defendida até por alas do PT; Dilma Rousseff já teria conversado com Mercadante e lamentado ter de abrir mão do assessor. O ministro deve voltar a assumir a Educação, pasta que comandava anteriormente; mais cotado para a Casa Civil é Jaques Wagner, da Defesa, que esteve reunido ontem com a presidente.

Nome do petista é defendido por Lula desde o ano passado.

Quem ganha com as deserções da esquerda?


"O que está acontecendo é mais um indício de que a derrota eventual do PT e do governo não carrega em seu bojo o fortalecimento de uma suposta esquerda da esquerda, mas a escalada das forças mais conservadoras", diz o colunista Breno Altman, ao comentar as mudanças partidárias do senador Randolfe Rodrigues, do prefeito Luciano Cartaxo, de João Pessoa, da ex-senadora Heloísa Helena, e do deputado Alessandro Molon.

"A despeito das ilusões nas franjas aparentemente mais radicalizadas da esquerda, as correntes progressistas, gostem ou não da ideia, só terão futuro se forem capazes de resistir à ofensiva conservadora em curso, pressionando pela mudança de rumo do governo Dilma e viabilizando o aprofundamento da agenda vitoriosa há quase treze anos", afirma.

Petrobras aumenta diesel em 4% e gasolina em 6%


Decisão de aumentar os preços de venda de seus combustíveis nas refinarias foi anunciada na noite de ontem e já vale a partir desta quarta-feira (30).

“Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado não incluem os tributos federais CIDE e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, especificou a estatal em nota.

A recomposição de preços é uma estratégia da companhia, presidida por Aldemir Bendine, para recuperar sua situação financeira e permitir a manutenção dos investimentos previstos.

Fux: É inaceitável que Congresso insista em doação privada


Segundo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux a votação de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que permita o financiamento empresarial de partidos e campanhas políticas após a decisão da Corte de declarar inconstitucionais as doações é “atentado à dignidade da jurisdição, uma maneira de burlar decisão do STF”.

“É inaceitável que depois de decisão do Supremo o Congresso Nacional insista em algo que não é o sentimento constitucional admissível, qual seja o de que empresas que não têm ideologia nenhuma continuem a financiar campanhas políticas”, afirmou.

Na noite desta terça-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros, contrariou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que queria incluir o veto presidencial sobre a questão na pauta da sessão, na intenção de derrubá-lo e permitir a volta das doações privadas.

Direita faz chantagem pela volta das doações



E ainda ameaça recolocar em votação a chamada pauta-bomba, caso não haja apoio do Planalto à medida que contraria decisão do STF que baniu o financiamento empresarial de campanhas.

A proposta é defendida pelos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e foi costurada com apoio do PMDB, do PSDB de Aécio Neves, do DEM de Agripino Maia, além de PP, PR e PTB.

A intenção da oposição é derrubar o veto que a presidente Dilma já anunciou à lei que permite as doações de empresas em campanhas ainda nesta semana, para atender à regra de que alterações na legislação eleitoral só valem pelo menos um ano antes da próxima eleição.

Polícia Federal enta mais um tiro contra ex-presidente Lula



E-mail interceptado pela Polícia Federal na fase Erga Omnes da Operação Lava Jato envolve o ex-ministro do Desenvolvimento do governo Lula, Miguel Jorge, que escreveu a dois executivos da Odebrecht, em fevereiro de 2009, que "PR fez o lobby" para a empreiteira ao presidente da Namíbia, com quem havia se encontrado na época.

Para os investigadores, a frase é uma "provável referência" ao Presidente da República. Ao comentar o caso, Miguel Jorge foi tranquilo e defendeu que fazer lobby para as empresas do país é papel dos chefes de Estado e ministros. 

"A primeira visita da rainha da Inglaterra ao Brasil nos anos 70 foi especificamente para vender aviões ingleses, de uma empresa que depois foi uma das que formaram a Airbus. Acho que esse é o papel dos governantes, de realmente se esforçarem para ter um comércio exterior maior para os seus países", disse.

Aécio Neves desafia o Supremo e defende doações privadas


247 - Presidente do PSDB, o senador Aécio Neves discordou, nesta terça-feira (29), da decisão do Supremo Tribunal Federal que proibiu as doações empresariais para as campanhas eleitorais. Em coletiva, o tucano citou algumas posições tomadas pelo STF que, segundo ele, geraram consequências negativas. Aécio defendeu que o Congresso vote a proposta de financiamento das campanhas mesmo após o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski afirmar que o projeto não terá validade.

"Acho que é necessário que se vote aqui, independentemente de qual seja o resultado. Quero aqui externar uma preocupação que tenho com essa decisão do Supremo, tomada obviamente com a melhor das intenções. Da mesma forma em que foi muito bem intencionado que o Supremo, lá atrás, por exemplo, revogou a cláusula de barreira, que havíamos, em um trabalho muito árduo, aprovado aqui na Câmara. Isso trouxe como consequência um número enorme de partidos políticos. Hoje, se ela estivesse funcionando, ou vigendo, teríamos 7 ou 8 partidos políticos no país. Temos 30 partidos políticos no Congresso. Foi com a melhor das boas intenções que o STF definiu que o mandato pertencia aos partidos, mas criou uma saída, para os novos partidos é possível que se mude e que se leve o tempo de televisão e uma parcela do fundo partidário. A consequência qual foi? Essa proliferação de novos partidos políticos por coisas inusitadas. Partidos que já nascem garantindo uma coligação com outro determinado partido, que são tudo, menos partidos políticos", afirmou Aécio.

"Caixa 2"

Segundo o tucano, a decisão do Supremo "sem a devida discussão pode estar, no futuro, nos remetendo ao tempo do Caixa 2, ao tempo em que aqueles que têm estrutura política, portanto que detêm nacos de poder e são governo, terão uma prevalência, terão um favorecimento muito grande em relação aos outros candidatos".

"Estabelecer limites e transparência para o financiamento privado mais rígido do que os atuais, acho que é algo que me parece mais adequado ao funcionamento do sistema político do que essa decisão. Ela deve ser respeitada, é uma decisão do Supremo, mas quem faz as leis é o Congresso", afirmou.

Aécio argumentou que se "o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) hoje tem uma dificuldade muito grande para investigar dez empresas que são denunciadas por serem empresas de fachada e que atuaram na campanha da presidente da República, vocês imaginam se os Tribunais Regionais Eleitorais e o Tribunal Superior Eleitoral terão condições de averiguar a capacidade de centenas de milhares de doadores individuais".

"Se eles tinham lastro, se eles tinham condições financeiras para fazer aquela doação? Temo que possamos estar dando, com a melhor das intenções dos senhores ministros do STF, um passo atrás. Não sou o dono da razão, mas a minha experiência parlamentar e a minha posição como dirigente de um importante partido político me levam a trazer à luz do dia essa discussão. E acho que aqui, no Senado, onde se fazem as leis, e na Câmara dos Deputados, que essa questão tem que ser decidida", reforçou.

Veto de Dilma

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta terça-feira (29) o projeto de lei da reforma política aprovado pelo Congresso, mas decidiu vetar o trecho que permitia a doação de empresas a campanhas eleitorais. O veto foi publicado em edição extra do "Diário Oficial da União". O artigo vetado pela presidente é o 24-B, que tinha ficado com a seguinte redação após ser aprovado no Congresso: "Doações e contribuições de pessoas jurídicas para campanhas eleitorais poderão ser feitas para os partidos políticos a partir do registro dos comitês financeiros dos partidos ou coligações". Ao justificar o veto, Dilma se baseou na decisão do Supremo.