quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Deputado Chicão critica, na tribuna, atraso da obra do Hospital Regional do Tapajós

Deputado estadual Chicão (PMDB), alfineta Hilton Aguiar sobre demora do Hospital Regional

O deputado estadual Chicão (PMDB), ao usar a tribuna da Assembleia Legislativa na sessão itinerante que acontece na sede do Sintepp, não poupou críticas ao estágio em que se encontra a obra do Hospital Regional do Tapajós.

Ele disse que é inconcebível que passados mais de 700 dias de seu início, a obra esteja apenas 30% pronta, embora o prazo conforme a placa fosse de 540 dias. Para uem não sabe a obra foi iniciada no começo de julho de 2013

Tão ou mais grave do que o atraso, segundo o deputado, é o fato de ter sido feito um aditivo de R$ 3 milhões, o que é inexplicável, que passou a custar 123.062.137,48.

Chicão dirigiu-se ao seu colega de parlamento, o deputado estadual Hilton Aguiar, de Itaituba, ao qual disse que lamenta ter que levantar esse problema na terra de Hilton, mas, que não poderia calar diante desse descalabro e bote descalabro nisso.

Nas entrelinhas, Chicão cobrou algum posicionamento de Hilton sobre isso. O que não resolve pois Hilton é conivente nisso tudo.

O deputado do PMDB disse que o assunto vai render muito mais quando retornar a Belém, pois vai pedir explicações do governo do estado e da construtora responsável pela obra.

Fonte: Blog do J. Parente, 19/08/2015

Dilma apresenta a Merkel plano de investimento para alemães no Brasil

A presidente Dilma recebendo, Merkel, a chanceler alemã

Presidente Dilma recebe nesta quarta e quinta-feira 20 a chanceler alemã, para quem vai apresentar possibilidades de investimentos em infraestrutura no âmbito da segunda etapa do Programa de Investimentos em Logística, lançado em junho, para chamar a atenção de empresas alemãs aos projetos.

Além de negociações bilaterais, a pauta da visita envolve discussões sobre importantes temas internacionais, como acordos climáticos e a reforma do Conselho de Segurança da ONU.

Fonte: Brasil 247, 19/08/2015

Na TV, Lula reconhece crise e promete crescimento


Ex-presidente reconhece a gravidade da crise econômica e pede união nacional para o País encontrar a saída.

"O Brasil vai voltar a crescer", assegura Lula, em mensagem gravada ontem para inserção de TV do Partido dos Trabalhadores que será exibida no sábado 22.

Em inserção veiculada ontem, o partido convida para as manifestações que serão realizadas nesta quinta 20, em defesa da democracia. E em outro vídeo, alerta que, "de uma crise econômica, a maioria sai perdendo", mas que "em uma grave crise política, todos perdem, sem exceção".

"Será que tumultuar a política traz solução para a economia? Não se deixe enganar pelos que só pensam em si mesmos", diz a mensagem, mostrando fotos de líderes da oposição, como Aécio Neves, Carlos Sampaio, Ronaldo Caiado, Agripino Maia e Paulinho da Força.

O amor

O amor nos abala e nos embala

O amor nos consome e nos nutre

O amor nos enlouquece e embriaga

Com seu vinho e seu delírio

O amor nos desfolha e nos transporta

O amor nos desnuda e nos veste

O amor nos dissolve e nos envolve

Com seu fogo e seu vento

O amor nos acende e nos transcende

O amor nos indaga e nos responde

O amor nos vence e nos abraça

O amor nos absolve e nos consagra

Com seu mistério e sua prece.

Até que ponto pode chegar o delírio de um derrotado? Aécio conclama: “Dilma não é mais Presidente”


Em vídeo divulgado agora pouco através das redes sociais do PSDB, o senador Aécio Neves foi enfático: “Dilma pensa que é presidente, mas não é mais a Presidente da República".

Aécio disse que Dilma não tem iniciativa na agenda do país e delegou a economia e a política.

Com o mesmo blá blá blá derrotista de sempre, o senador “carioca” ainda disse que irá examinar todas as alternativas possíveis para um “possível” afastamento da presidente.

confira no vídeo

Fonte: BR29, 19/08/2015

Crise política tem motivo: Aécio não soube perder


"A crise política decorre da decepção e do inconformismo do PSDB com a derrota nas urnas em 2014, o que os leva a tentar erodir a legitimidade de Dilma", diz o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, uma das principais referências do Itamaraty.

Pinheiro Guimarães critica, também, a paralisia do Palácio do Planalto. "O Governo se retrai, não age politicamente nem mobiliza intensamente os movimentos sociais e os setores que poderiam apoiá-lo no enfrentamento a esta ofensiva conservadora que fará o Brasil recuar anos em sua trajetória de luta contra as desigualdades e suas vulnerabilidades, e de construção de um país mais justo, menos desigual, mais democrático, mais próspero e mais soberano".

Fonte: Brasil 247, 19/08/2015

PSDB conspira por Temer, mas já rifou "AÉCIO 2015"


A polêmica declaração do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre o 'gesto de grandeza' que seria a renúncia da presidente Dilma Rousseff, foi decodificada por especialistas em PSDB, como o colunista Merval Pereira, do Globo.

A má notícia é que os tucanos continuam apostando na instabilidade política e agora falam em dar sustentabilidade a um eventual governo do vice Michel Temer.

A boa é que desistiram do projeto 'Aécio 2015', que consistia em cassar Dilma e Temer, abrindo espaço para a antecipação das eleições; em resumo, os tucanos agora querem convencer o PMDB a abraçar o impeachment apenas da presidente Dilma, prometendo assim dar suporte a um eventual governo Temer, ou seja, continuam conspirando, mas já abrem mão do poder absoluto.

Fonte: Brasil 247, 19/08/2015

Ciro e Cid Gomes são os presidenciáveis do PDT


De olho em 2018, irmãos Ciro e Cid Gomes anunciam saída do PROS para o PDT, “a legenda mais forte para um projeto nacional”. 

"Meu candidato a presidente é Ciro Gomes", anunciou o ex-ministro da Educação; em artigo, Rodrigo Viana comenta a movimentação e destaca: ‘há gente pensando para além da crise. É mais um sinal de que a polarização PT/PSDB está encerrada. Num quadro menos pessimista, pode-se construir uma alternativa que não ponha em risco a soberania do país. Ciro e Cid representam essa possibilidade’.

Lula diz que "quebra de sigilo foi violação criminosa"

Se fazem isso com ele, imagine o que não farão comigo ou com você!

Em nota divulgada à imprensa nesta terça (18), o Instituto Lula divulgou a relação das empresas e entidades que contrataram palestras do ex-presidente por meio da empresa LILS Palestras e Eventos, para "esclarecer distorções, manipulações e prejulgamentos em torno dessa atividade e das empresas contratantes, como vem ocorrendo por meio de reportagens, artigos e até editoriais na imprensa".

"Trata-se de uma atividade legítima, que Lula exerce legalmente desde que deixou a Presidência da República. De 2011 até hoje, Lula fez 70 palestras contratadas por 41 empresas e instituições, e participou, gratuitamente, de mais de 200 conferências, palestras e encontros", informa; ele diz ainda que solicitou ao Ministério da Justiça, ao Ministério da Fazenda e à Procuradoria-Geral da República que apurem a violação criminosa do sigilo bancário da LILS.

Pesquisa e manifestação não definem legitimidade

Se assim fosse muitos prefeitos e governadores teriam perdido seus mandatos

Para o jornalista Hélio Doyle, "os tucanos querem inovar" ao afirmar que "o governante que tem baixa aprovação nas pesquisas e é atacado em manifestações de rua perde a legitimidade, não pode mais governar e, por isso, tem a obrigação de renunciar".

"Uma enorme besteira, obviamente, mas proclamada até pelo tucano mais homenageado por sua inteligência, conhecimento e seriedade: o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele mandou às favas sua imagem e, como todo humano, falou bobagem", destaca, em novo artigo para o 247.

Doyle lembra que, "por esse raciocínio, o correligionário deles, Beto Richa, governador do Paraná, já deveria ter renunciado há muito tempo". 

"Fernando Henrique ainda tem tempo de, como farsa, se repetir: esqueçam o que eu disse!", provoca.

Fonte: Brasil 247, 19/08/2015

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Alckmin é contra o golpe de FHC e pede serenidade


SP 247 – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), fez declarações nesta terça-feira 18 na linha da cautela a respeito da tese do impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, um dia depois de tucanos como os senadores Aloysio Nunes (PSDB-SP) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) terem abraçado oficialmente o golpe contra a democracia, ao pedirem a renúncia de Dilma.

"Se surgir uma proposta de impeachment, o partido tem o dever de analisar e votar. Hoje não existe uma proposta. Que você tem uma crise de governabilidade no país, isso é fato real. Agora, tem trâmites que devem ser seguidos. Você vai fazer um impeachment baseado num parecer do TCU? Mas ninguém conhece ainda esse parecer. Então acho que nós devemos aguardar os fatos e os desdobramentos das investigações em curso", declarou Alckmin.

Pré-candidato à presidência da República, o governador paulista faz parte de uma ala tucana mais moderada, que defende que Dilma cumpra seu mandato até o fim, em 2018. Ontem, ele foi chamado para uma conversa com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), seu provável adversário na próxima disputa ao Planalto. FHC, que também pediu a renúncia de Dilma como um "gesto de grandeza" nesta segunda, queria que os dois alinhassem seus discursos.

A fala de Alckmin nesta terça dá a linha de que ele pretende manter seu discurso contra o golpe, que não lhe interessa. O governador evitou comentar a declaração de FHC, que mudou de tom ao pedir a renúncia e chegou a causar surpresa em alguns tucanos. Para Alckmin, renúncia é "algo muito pessoal".

Segundo ele, o PSDB deve focar nas investigações das contas do governo Dilma de 2014, que correm no Tribunal de Contas da União (TCU), antes de pedir a saída da presidente. "O PSDB é um partido de oposição. Nós temos que ter o foco nas investigações", declarou.

Fonte: Brasil247, 18/08/2015

Manifestações dão sinais de terem chegado a um limite, diz analista da FGV

17/08/2015


Jorge Araújo/Folhapress
16.ago.2015 - Manifestantes carregam faixa pedindo impeachment da presidente Dilma Rousseff em São Paulo

As manifestações de rua deste domingo, 16, dão sinais claros de que esse tipo de protesto está chegando a um limite de potencial. A avaliação é do cientista político Francisco Fonseca, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Ele avalia que os três principais grupos Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados Online mostraram uma capacidade de envolver mais diretamente as classes média e média alta e não mostraram habilidade para desenvolver uma pauta propositiva, o que leva a limitações "endógenas" dessas passeatas.

"As manifestações até agora foram só o 'não', 'não quero a presidente', 'não quero o PT', mas qual é o projeto? Esse não veio, o que mostra uma completa contradição do que esses grupos expressam em termos de renovação política", avalia Fonseca. O professor vê como positivo o enfraquecimento desses grupos dada essa falta de proposição política para o País, com expressões de ódio e, no limite, abrindo espaço para pedidos de retorno da ditadura. "É o usar da democracia para acabar com a democracia. O descontentamento com um governo não precisa ser assim. A proposta política não precisa ser feita com ódio, mas com proposição, com debate de ideias, não com o objetivo de desrespeitar e exterminar o outro."

Ainda que menores que o 15 de março e com resultado mais fraco que o esperado pela oposição e por setores da mídia, que segundo o professor ajudaram a dar destaque para as manifestações, elas tiveram sim expressão e ainda inspiram cuidados ao governo. "O arrefecimento dessas manifestações é um bom sinal pro governo e pra sociedade, mas o fato é que houve manifestações relevantes pelo País e isso é um fato político."

O professor avalia que o caminho do impeachment, no atual contexto e patrocinado pelos grupos que estão indo às ruas, seria muito ruim para o País. A seu ver, não seria possível no cenário de hoje haver o impedimento de Dilma sem haver um clima golpista que lembre o afastamento de Fernando Lugo no Paraguai. Fonseca acredita que um impeachment agora poderia até gerar um clima de guerra civil no Brasil.
Saída progressista

Francisco Fonseca acredita que o resultado abaixo do esperado pelos grupos que organizaram os protestos é mais fruto da baixa consistência desses grupos que de acertos do governo, mas vê algum impulso das estratégias recentes do Planalto. "A Dilma tem saído mais do gabinete, se reunido com movimentos sociais, como na marcha das Margaridas, lançado propostas como o Plano de Proteção do Emprego", lembrou.

Para o cientista político, o governo Dilma, se quiser de fato "sair das cordas", deve continuar pela saída progressista, que é a que tem impacto com seu eleitorado. "A saída de Dilma tem que ser pela agenda progressista, pela pauta dos movimentos que a apoiam e não pela restrição de direitos." O professor avalia que o Planalto deveria dobrar essa aposta e corrigir erros políticos, como aproveitar a reforma ministerial para afastar ministros "fracos". "Ministros como o José Eduardo Cardozo (Justiça) e o (Aloizio) Mercadante (Casa Civil) são fracos, não compatíveis com as funções políticas que eles têm de exercer."

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

New York Times: "não há motivo para impeachment de Dilma"


Em editorial publicado nesta segunda (17), o mais importante jornal do mundo, o New York Times, saiu em defesa do mandato da presidente Dilma Rousseff.

"Dilma não fez - o que é admirável - nenhum esforço para constranger ou influenciar as investigações. Ao contrário, ela tem consistentemente enfatizado que ninguém está acima da lei, e apoiou a renovação da gestão do atual procurador-geral da república, encarregado das investigações sobre a Petrobrás, Rodrigo Janot", diz o texto, que ressalta ainda que "não há nada que sugira que nenhum dos líderes políticos que querem lhe tomar o lugar faria melhor do que ela em termos de política econômica".

Diário do Pará denuncia governador: JATENE dará R$ 200 MILHÕES a suspeito de CRIME

Jatene pretende entregar quase R$ 200 milhões a um empresário acusado de 
comandar uma quadrilha. (Foto: Fernando Araújo)

A denúncia é grave. O governador Simão Jatene pretende entregar quase R$ 200 milhões a um empresário acusado de comandar uma quadrilha de fraudadores de seguros de acidentes de trânsito. Uma licitação de R$ 198 milhões, realizada no dia 17 de junho, foi vencida por Alberto Pereira de Souza Junior, que chegou a ser preso, em março de 2008. A licitação é o Pregão Eletrônico 017/2015, realizado pela Secretaria Executiva de Educação (Seduc), para a contratação de um curso móvel de inglês, para 110 mil alunos das escolas públicas estaduais.

Quem venceu o pregão foi a empresa BR7 Editora e Ensino Ltda., que pertence a Alberto Pereira. A outra sócia da empresa, a advogada Angélica Laucilena Mota Lima, também acusada pelas mesmas fraudes no esquema de acidentes, e que atua em pelo menos 280 processos de seguros e acidentes de trânsito.

O contrato fechado com a Seduc renderá os quase R$ 200 milhões à BR7 Editora ao longo de um ano. A homologação do pregão (que foi realizado no sistema de Registro de Preços) foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 29 de junho, e incomodou a concorrência de Alberto. Outra empresa que também participou da licitação, a Positive Idiomas, ajuizou, em 9 de julho, mandado de segurança para tentar impedir a assinatura do contrato. A Positive aponta várias irregularidades no processo. Segundo a firma, o atestado de capacidade técnica apresentado pela BR7 é nulo. Além disso, a proposta apresentada Positive é R$ 130 milhões menor do que a da BR7. 

A própria Ata do Pregão, aliás, dá margem a suspeitas: pelo menos sete empresas apresentaram propostas menores que a da BR7, mas foram desclassificadas ou recusadas pelo pregoeiro. Uma delas, a Real&Oliveira Serviços Estratégicos, chegou a afirmar que havia indícios de direcionamento da licitação, para beneficiar a BR7, conforme ata do pregão.


Fonte: Diário do Pará - 09/08/2015

Em MG, o povo colocou o senador "carioca" pra correr

Ao ver a presença do tucano, um manifestante gritou: “Eu quero é o povo na rua, não político ladrão”

A aparição do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na manifestação dos coxinhas a favor da ditadura, do golpe e da corrupção tucana foi relâmpago.

Apesar do ambiente controlado e do cordão de isolamento formado pela assessoria tucana em Belo Horizonte, o que seus assessores temiam ocorreu.


Aécio mal ficou meia hora na manifestação. Chegou por vota das 11h30 em um carroque parou perto de um caminhão de som, caminhou alguns metros, cercado de seguranças e assessores tucanos. Subiu no caminhão e falou pouco, logo batendo em retirada, com medo de sua presença atrair hostilidade como ocorreu com o manifestante que gritou “político ladrão”.

Em uma área mais reservada dos olhares do público, protegido pela claque tucana, gravou cenas para os telejornais, posou para fotos e falou rapidamente para a imprensa. Foi embora às 12hs.

(Com informações de “O Tempo”)

Fonte: BR29, 16/08/2015

Serra: " O País gostaria que Dilma renunciasse

Para o PMDB e o PSDB governar mesmo que não tenha respaldo para isso, porque estão enlameados do mesmo jeito que o PT. Serra não entende que o povo cansou desse modelo, das falcatruas, dos conchavos que ocorrem há muito tempo e que coloca a classe política acima da sociedade


Senador tucano José Serra vê o ‘vácuo de poder’ na Presidência como a origem da crise atual e diz que é tal a fraqueza do governo, e a combinação da crise econômica, política e moral, que “se o fator militar estivesse presente hoje, como em 64, estaríamos tendo perturbações gravíssimas nessa área”.

Segundo ele, “a renúncia é prerrogativa de Dilma. Não tenho dúvida que o pais gostaria que ela renunciasse. Mas ela não vai fazer isso”.

Ele classifica como “ativa e burra” a política de ajuste de Joaquim Levy e fala em “insanidade” da política monetária-cambial; alerta ainda que a ameaça de bomba fiscal no Congresso continua.

Embora afirme não ter planos de disputar a presidência, Serra gostaria que o vice Michel Temer assumisse o comando; neste desenho, ele seria eventual ministro da Fazenda, podendo tornar-se candidato ao Palácio do Planalto em 2018.

Para especialistas, oposição demorou e novo protesto afeta pouco o governo

O terceiro grande ato nacional contra a presidente Dilma Rousseff, neste domingo (16), perdeu a força em relação aos protestos de março e abril e deve ter pouco efeito sobre a situação do governo, segundo especialistas ouvidos pelo UOL. Para eles, o Executivo conseguiu tornar a situação "menos pior" graças à sua reação nos dias que precederam o evento, e a oposição parece ter demorado demais para aderir às manifestações.

Veja abaixo o que dizem os pesquisadores Jairo Pimentel Júnior, da consultoria APPC; Fábio Wanderley Reis, da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais); e Hilton Cesário Fernandes, da Fespsp (Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo).


Divulgação
Para Jairo Pimentel Júnior, da APPC, consultoria de opinião pública, quem participou das manifestações votou na oposição, portanto já era do contra mesmo

Saldo para o governo: "Acabou sendo neutro, pois não acho que as manifestações vão afetar mais o governo do que já foi afetado. Não vai piorar por causa disso. Os eleitores que foram para a rua hoje foram, basicamente, quem votou na oposição e eles já estão mais do que zangados com a presidente. Os atos não vão piorar os índices de aprovação dela, que já são muito baixos. Para ocorrer o impeachment, é preciso ter elementos mais tangíveis, como descobrir que ela participou diretamente dos crimes da operação Lava Jato, ou por crime de improbidade no Tribunal de Contas da União. Enquanto isso, a imagem dela vai continuar negativa por conta da questão econômica, mas isso não vai levar ao impeachment".

Saldo para a oposição: "Foi um pouco negativo. Nesta manifestação, o foco foi o impeachment de Dilma, mas nas outras o foco foi mais geral. Como o público foi menor [em relação a março], creio que o movimento perdeu força nos últimos meses, independentemente da popularidade de Dilma ter caído nesse tempo. Para políticos da oposição que tentaram se vincular aos protestos, essa intenção não teve a força que poderia ter tido naquele período [o primeiro semestre]. A decisão deles de participar talvez tenha sido um pouco fora de hora, porque nesse momento há menos pessoas dispostas a ir para a rua".


Jefferson Coppola/Folhapress
Fábio Wanderley Reis, da UFMG, o saldo das manifestações para a oposição foi negativo porque ela deveria ter se vinculado no início

Fonte: Uol, 16/08/2015

domingo, 16 de agosto de 2015

Chacina: crise institucional na SP tucana


A “Paz do Marcola”: o PSDB diz que o PCC acabou e o PCC governa o crime !



O PiG deu moderada cobertura à maior chacina da história de São Paulo.

Policiais de São Paulo – aqui também chamada de Chuíça (ver no ABC do C Af) – são suspeitos de matar 18 pessoas em dez diferentes ataques, ao longo de duas horas, em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, no Estado governado pelos tucanos desde 1983.

(É sempre bom lembrar que o Padim Pade Cerra foi o Secretário do Planejamento do primeiro tucano governador, Franco Montoro. E daí nasceu a denúncia de que Cerra tinha enriquecido no cargo, segundo o Ministro Flavio Bierrenbach, que entende corrupção).

A chacina seria uma vingança pela morte de um policial militar, em Osasco, e de um agente da guarda municipal de Barueri.

Os policiais tucanos chegavam encapuzados nos bares, perguntavam quem tinha passagem pela polícia, e matavam à queima roupa.


Navalha
Trata-se de uma crise institucional na São Paulo tucana.
Uma crise se profundas repercussões.
Como se sabe, a Segurança da São Paulo tucana se sustenta numa aliança com o PCC, Primeiro Comando da Capital.
São Paulo, como se sabe, é o ÚNICO lugar do mundo em que o crime é dirigido DENTRO da cadeia, pelo PCC.
Essa aliança foi sagrada no Governo tucano de Geraldo Alckmin, para suspender a tomada da capital pelo PCC, em 2006.





Fez- aí a paz.

Ficou conhecida como a “Paz do Marcola”!

Estabeleceu-se esse vínculo institucional: os tucanos dizem que o PCC acabou e o PCC governa o crime.

Dentro e fora da cadeia.

Depois, é só administrar as estatísticas de criminalidade…

Essa chacina na noite de quinta-feira 13 de agosto, porém, rasgou o pacto.

A polícia matou dezoito.

Quantos, em represália, o PCC chacinará?

Quantos dos dezoito eram do PCC?

Quantas vidas de policiais valem um único quadro do PCC, morto?
(...)

É uma crise das instituições tucanas!

Gravíssima!

Só comparável ao lançamento do “Privataria Tucana”, do Amaury Ribeiro Jr, que, breve, produzirá devastadores resultados.

Não é isso, Dr Moro?

Já identificou quem é o “tarja preta”?

Paulo Henrique Amorim.

Enquanto isso queremos que o ministro da Justiça responda.
Quem está na Lista de Furnas?
Quem fez o buraquinho no Instituto Lula?
De que vive o Cerra?
Quem grampeou o mictório do doleiro?
Como é que chove dinheiro na Paraíba ?
Quem vaza para a Globo: o Moro, a PF ou o MPF?

Protesto da elite foi um fracasso !

Movimento que se caracteriza pelo desrespeito ao voto democrático, quer usurpar o mandato da presidente Dilma Rousseff 

Procure um negro nas imagens …
Manifestantes estiveram na Avenida Paulista na tarde deste domingo (16) (Foto: Isabel Leite/G1)

Foi um protesto dos BROCS (ver no ABC do C Af).

Vão ficar ainda três anos e meio protestando…

As manifestações não se tornaram uma Assembleia Nacional Constituinte, como pretendia o senador tucano associado àquele inusitado fenômeno meteorológico da chuva de dinheiro.

As manifestações não alteraram o funcionamento das instituições, como pretendia o Ataulpho Merval (também no ABC do C Af).

Até porque, se há alguma coisa a ser alterada é a queda vertiginosa da publicidade da Globo, como confessou um dos filhos do Roberto Marinho – eles não têm nome próprio.

Ataulpho, Ataulpho, isso ainda vai dar justa causa.

Alguns números da manifestação:

BELO HORIZONTE: Segundo a Policia Militar, à 12h eram 10 mil pessoas no local. O tucano Aécio Neves subiu em dois trios elétricos: o dos Patriotas e do MBL. “Meu partido é o Brasil”, disse ele. “Chega de tanta mentira, tanta corrupção e tanto desprezo ao povo brasileiro. E viva vocês”. Depois, a PM reduziu para seis mil o número de participantes no protesto desse domingo.

BRASÍLIA: Manifestantes se reuniram em frente ao Congresso Nacional. O grupo saiu do Museu Nacional da República. De acordo com a PM, entre 10 mil e 15 mil pessoas estiveram na Esplanada dos Ministérios. Segundo organizadores, a manifestação reuniu entre 50 mil e 55 mil. Senador Aloysio Nunes participou das manifestações. “O PSDB participa e apoia, mas não lidera as manifestações”, concluiu.

RIO DE JANEIRO: Polícia Militar informou que não divulgará o número de participantes. Os organizadores informaram que ainda não têm uma estimativa.

SÃO PAULO: manifestantes ocuparam a Avenida Paulista. A Polícia Militar estimou em 350 mil participantes, número menor que o das últimas manifestações.

SALVADOR: a PM informou que o protesto teve 5 mil pessoas. Os organizadores, no entanto, não chegaram a um consenso e variaram entre 6 mil e 15 mil pessoas.

CURITIBA: Cerca de 20 mil pessoas se reúnem em Curitiba, segundo a PM, na tarde deste domingo para protesto contra o governo da presidente Dilma Rousseff. Manifestantes estão recolhendo assinaturas a favor das medidas anticorrupção propostas pelo Ministério Público Federal.

Abaixo, fotos dos protestos:
Manifestação em Brasília (Foto: Alan Marques/Folhapress)

Imagem de Belo Horizonte (Foto: Raquel Freitas - G1)
Protestos no Rio de Janeiro (Foto: Wilton Junior/Estadão)


Manifestação em Pernambuco (Foto: Peu Ricardo/Estadão Conteúdo)

Paulistas protestam na avenida mais famosa da cidade (Foto: Fábio Tito/G1)

Manifestação em Curitiba (Foto: Estelita Hass Carazzai/Folhapress)

Centrais no Instituto Lula: “não vai ter Golpe!”

“O povo na rua / coxinha recua”, cantaram os apoiadores de Lula e Dilma.

"O Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo" (Foto: Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

Cerca de 5 mil pessoas foram ao Instituto Lula, localizado no bairro do Ipiranga, em São Paulo, neste domingo (16), para manifestar apoio à presidenta Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula. Os números são da organização do evento.

Vestidos de vermelho, representantes de centrais sindicais e apoiadores dos governos Lula e Dilma realizaram debates e defenderam o fortalecimento da democracia. O encontro foi um contraponto às manifestações que pediam a saída da presidenta.

Em clima animado, o grupo entoou cantos como “O povo na rua / coxinha recua”, “Não vai ter golpe!”, além do tradicional “O Lula é meu amigo, mexeu com ele mexeu comigo”.

Vagner Freitas, presidente da CUT, esteve no evento e explicou a frase que gerou polêmica durante a semana. “A nossa arma é a democracia, a nossa arma é a mobilização, a nossa arma são as greves, a nossa arma são os sindicatos fortes, organizados, em defesa da democracia e contra o retrocesso”, disse. “Precisamos de paz e tranquilidade para fazer o Brasil crescer. A nossa arma é a arma dos trabalhadores”, complementou Vagner Freitas.

O presidente da CUT ainda defendeu a investigação e a prisão dos culpados em casos de corrupção. Ressaltou, porém, a necessidade de que todos os partidos sejam investigados, e não somente o PT. “Gostaria que (a investigação e a punição) fosse para todos, todos que cometeram crimes. Não apenas para alguns”, disse Vagner.

Estiveram presentes representantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, da CUT, do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo, Sindicato dos Trabalhadores na Administração e Autarquias do Município de São Paulo, Sindicato dos Bancários, Sindicato dos Químicos e de movimentos sociais.

No dia 31 de julho, uma bomba foi arremessada contra o Instituto Lula e abriu um buraco – um buraquinho, segundo o Ataulpho Merval – no imóvel. Desde então, centrais sindicais fazem vigília na frente do Instituto.

Fonte: Conversa Afiada, 16/08/2015

Turbinada por protesto, oposição retoma golpismo

Mesmo sem ter nenhuma prova concreta contra a presidente Dilma

247 - Os protestos contra o governo que levaram cerca de 795 mil pessoas às ruas em diversas cidades do país neste domingo voltaram a insuflar os ânimos da oposição no desejo de levar adiante um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em nota, os líderes dos partidos de oposição afirmam que as manifestações apontam que o governo sofre uma "profunda rejeição" e que irão aumentar a pressão para que o Congresso leve adiante os pedidos de impeachment contra a presidente.

Por meio de nota, o presidente do PPS, Roberto Freire (SP), afirmou que o país vive uma crônica da "destituição anunciada" e que "essa manifestação foi uma vitória e ajuda as forças democráticas do País. Mostra que a sociedade não vai aceitar um acordão palaciano e entre os poderes da República".

O líder do PSDB na Câmara Federal, Carlos Sampaio (SP), também disse, por meio de nota, que "as vozes das ruas têm de ser ouvidas e respeitadas, pois representam o sentimento da esmagadora maioria de brasileiros que não aguenta mais tanta corrupção e tanta bandalheira praticadas por um governo incompetente e que levou o País ao caos político e econômico". Segundo ele, o sentimento nas ruas deve se "fazer ecoar na Câmara".

O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que os gritos de "fora Dilma" se transformaram em uma unanimidade nacional". Para o parlamentar, que pediu a antecipação das eleições, as manifestações só irão acabar quando a presidente Dilma deixar o cargo.

"A população veio às ruas para dizer em alto e bom som que esse governo que está aí não nos representa. Não tem governabilidade e não tem legitimidade. Foram eleitos mediante mentiras e dinheiro do petrolão. E é por isso que defendo: vamos antecipar as eleições e botar o País nos trilhos", disse.

O presidente do Solidariedade, deputado Paulo Pereira da Silva (SP), afirmou, também em nota, que o seu partido irá ampliar a pressão para que a presidente Dilma "seja cassada ou renuncie para que possamos construir um novo governo sem ela e sem o PT". "Esperamos que, a partir de agora, os demais deputados e senadores se convençam de que Dilma não tem mais legitimidade para governar. O País não pode passar mais três anos assistindo a roubalheira, a incompetência e a paralisia", ressaltou no texto.

Por que Lula não aceitou ser ministro de Dilma



A recusa do ex-presidente Lula em aceitar assumir um ministério no governo da presidente Dilma Rousseff é um "raro momento de grandeza na cena política brasileira", diz o jornalista Ricardo Amaral.

"Lula considera indigno de sua história buscar, no foro privilegiado, o salvo-conduto contra as arbitrariedades da hora", afirma.

Ele diz ainda que "virar ministro seria criar um constrangimento para o governo e para a presidenta, e isso Lula não fará jamais".

"É assim que se comporta um líder, que não precisa de cargos para exercer a política e dispensa refúgio para a dignidade afrontada".

Protesto anti-Dilma é menor, mas mostra força


Manifestações deste domingo, em várias capitais do País, são menores do que as ocorridas em março e abril deste ano, mas reuniram dezenas de milhares de pessoas.

Manifestantes pediam o impeachment da presidente Dilma Rousseff e gritavam palavras de ordem contra o PT, a corrupção e de apoio ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da operação Lava Jato.

Os protestos pelo impeachment de Dilma acontecem em meio a um certo alívio conseguido pela presidente na última semana.

Seu governo se reaproximou do presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do Senado, fazendo um contraponto à situação difícil enfrentada na Câmara dos Deputados, cujo presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rompeu com o governo após ser acusado por um delator da Lava Jato de pedir propina.

O Brasil escolheu o caminho da racionalidade

Por que a denúncia contra o aeroporto do tio de Aécio foi arquivada?

Pista de mais de 13 milhões de reais em Claudio, uma cidade de 30 mil habitantes, nas terras da família Neves

Uma das razões que levaram o Ministério Público de Minas Gerais a arquivar a denúncia contra o senador Aécio Neves pela construção do aeroporto de Cláudio é a explicação dada pelo governo do Estado, durante a gestão do próprio Aécio, em 2009, de que o aeroporto de Cláudio fazia parte de um “amplo programa” de modernização dos aeroportos do Estado. Outra é o conteúdo de uma carta do prefeito de Cláudio, aliado de Aécio, que diz que a chave do aeroporto ficava com a prefeitura, não com um parente de Aécio.

No inquérito, não existe uma perícia sobre o preço do pista – quase 14 milhões de reais. Tampouco há um estudo independente sobre a real necessidade do aeroporto na cidade, já que Divinópolis, a menos de 50 quilômetros dali, tem um aeroporto que serve à região.

Quatro promotores que atuam na defesa do patrimônio público de Minas Gerais conduziram a investigação: Maria Elmira Evangelina do Amaral Dick, Fernanda Caram Monteiro, Tatiana Pereira e José Carlos Fernandes Júnior. Eles poderiam ter ouvido o ex-vereador do município de Cláudio Israel de Souza, o primeiro a denunciar o aeroporto como símbolo da utilização de dinheiro público para fins privados. Israel conhece toda a história.

Não há depoimentos no inquérito do Ministério Público, só documentos, e todos eles são dos órgãos oficiais, e ainda por cima emitidos no tempo em que Aécio Neves ou seu sucessor e aliado Antônio Anastasia governaram o Estado. Também foi colhida a manifestação dos advogados de Aécio.

Eu estive em Cláudio no ano passado, depois que a Folha de S. Paulo publicou a denúncia do aeroporto, e vi agora o inquérito civil sobre aeroporto, que pela segunda vez o Ministério Público mandou arquivar. Segunda vez? É isso mesmo.

A investigação começou em 2009, quando Aécio governava o Estado. A origem é um e-mail enviado à ouvidoria do Ministério Público, por um homem que se apresenta como João Guilherme (provavelmente nome fictício).

O denunciante questiona a necessidade de construção do aeroporto na cidade que tem cerca de 30 mil habitantes e é vizinha de Divinópolis, onde já existia um aeroporto regional.

O denunciante não cita o nome de Aécio, dono de uma fazenda perto do aeroporto nem cita o fato de que o aeroporto foi construído na terra do tio-avô de Aécio, Múcio Tolentino, mas, pelos termos que utiliza, tudo indica que é para Aécio que ele quer que os promotores olhem.

Quase cinco anos depois, em 14 de fevereiro de 2014, quando Aécio tinha sido anunciado pelo PSDB candidato a presidente (não tinha sido oficializado, mas fazia campanha), promotores encerraram a investigação, com a decisão de arquivá-la, pois consideravam o aeroporto de Cláudio não representava mau uso de dinheiro público.

O nome de Aécio ou de qualquer membro de sua família não aparecem no inquérito. O nome do ex-governador só vai ser relacionado ao aeroporto em julho do ano passado, cinco meses depois da decisão do primeiro arquivamento do inquérito. Aécio já estava em campanha para presidente, quando a Folha de S. Paulo publicou a reportagem.

Com a publicação, o Ministério Público reabriu a investigação, para apurar ato de improbidade administrativa (um dos tipos de improbidade é caracterizado quando governante ignora o princípio da impessoalidade). Construir aeroporto nas terras da família não seria propriamente atitude desprovida de interesse próprio.

Mas, no último dia 7 de julho, decorrido um ano da reabertura do inquérito, os mesmos promotores decidiram mais uma vez arquivar a denúncia, e mais uma vez o inquérito só traz a versão oficial – a do governo do Estado ao tempo em que Aécio governava o Estado, e a da prefeitura de Cláudio no presente, que diz que é mentira a denúncia da Folha de que a chave do aeroporto ficava com o tio de Aécio.


Quando estive em Cláudio, ouvi de mais de uma pessoa que no aeroporto só entrava quem o tio de Aécio deixasse. Inclusive, por generosidade dele, é que aficionados do aeromodelismo usavam o local para festivais. Também vi que o cadeado era diferente daquele mostrado em foto da Folha. Segundo um morador, a troca ocorreu depois da denúncia, supostamente pela recusa de Múcio de devolver as chaves.

Em uma conversa com o filho de Múcio Tolentino, Kedo, primo de Aécio, ouvi o que ele disse sobre a intenção de um industrial da cidade em relação ao aeroporto. “O Pedro Cambalau me disse que, se o Múcio deixasse, ele usaria o aeroporto”. Como assim, Múcio deixasse? Não era a prefeitura que tinha as chaves?

Para verificar que em Cláudio o aeroporto foi colocado na frente de muitas prioridades, não é preciso muito esforço. Nas ruas, qualquer pessoa diz que é absurdo construir aeroporto numa cidade que não tem um grande hospital.

A denúncia anônima que deu origem ao inquérito não cita o município mineiro de Montezuma, onde família de Aécio tem uma fazenda e outro aeroporto foi reformado. Mas os promotores incluem o nome Montezuma e estabelecem uma relação entre esta obra e a de Cláudio, sem mencionar que a família de Aécio também, em tese, se beneficiou com a obra em Montezuma. Os promotores preferem falar de uma suposta suspeita de superfaturamento e afastá-la por completo.

“Restou esclarecido que as obras no aeródromo do Município de Cláudio-MG referem-se à ampliação e ao aumento da capacidade, seguindo rigorosos requisitos técnicos, enquanto que as intervenções no aeródromo de Montezuma-MG referem-se apenas a duas pequenas intervenções visando à recuperação e o apoio à estrutura já existente”, escreveram os promotores.

O que vi nos dois inquéritos do Ministério Público não é o mundo real. Mas produziu efeitos na realidade política do Estado. O PSDB de Minas divulgou nota para dizer que a decisão “demonstra a exploração política injusta que o tema teve durante as eleições do ano passado”. Aécio não quis comentar. E precisava?

Fonte: DCM, 16/08/2015

Comentário pertinente

Esses moralistas da lava jato devem rever seus procedimentos, pois até agora apenas o PT paga caro por atos que todos os partidos praticam. (Antonio Pereira)

sábado, 15 de agosto de 2015

Rurópolis, a futura capital do estado do Tapajós. Por que?



Não demora e vão encontrar um jeito para emancipar politicamente e administrativamente a região do Tapajós e aqui nascerá o Estado do Tapajós, um sonho acalentado a mais de um século.

O passo seguinte é a escolha da capital e a cidade que pode ser uma belíssima capital do Tapajós é Rurópolis. Por que? Fácil, Rurópolis é uma localidade plana, uma cidade pequena que pode dar lugar a uma cidade grande e planejada.

Além disso, Rurópolis fica na parte central do futuro estado o que possibilitaria e facilitaria o acesso dos interessados à capital. Melhor, Rurópolis é cortada por duas rodovias federais, a BR 230, conhecida como Transamazônica e a BR 163, conhecida como Cuiabá/Santarém. 

Eu diria mais, a escolha de Rurópolis como futura capital do estado do Tapajós, evitaria a ciumeira de muitos com relação a Santarém sediar o novo estado.

Mas, por falar em estado do Tapajós, que tal a gente acender essa chama? 

Lula acusa Globo de mentir sobre imóvel no Guarujá



Em nota, Instituto Lula afirma que o fato de negar que o ex-presidente seja dono de um apartamento no Guarujá – mesmo que tenha condições para isso, por sua trajetória e atividade profissional como palestrante – não impediu o jornal O Globo de dar uma matéria "mentirosa, com um título sensacionalista na primeira página chamando o edifício de 'prédio de Lula' e cravar de novo que Lula seria dono do tríplex" na última quarta-feira.

Ontem, nova reportagem sobre o assunto "levantou ilações sobre possíveis operações financeiras do empreendimento estarem relacionadas a empresas envolvidas na Operação Lava Jato".

O vale tudo da Polícia Federal contra Lula

Quem controla a PF? Até quando seremos obrigados a engolir vazamentos criminosos da Polícia Federal?  Ou será que viramos um estado policial, em que a PF não presta contas a ninguém?


Quebrar o sigilo bancário de Lula e passá-lo logo a quem, a Veja, foi um golpe de extrema sordidez. O objetivo foi apenas confundir uma parcela dos leitores incapazes de qualquer tipo de discernimento. Não houve nada de interesse público na operação. Ao contrário, foi um ataque sinistro ao interesse público, dado que o estado não pode invadir a conta de ninguém e nem, muito menos, torná-la pública por vias escusas. É, repito, uma manobra para manipular pessoas.

O que você esperar encontrar na conta de alguém que há quatro anos faz palestras na casa de 150 mil dólares? Lula é um dos mais caros e mais requisitados palestrantes do circuito mundial. Suponha que ele em determinado momento tenha feito duas palestras por semana. Vou até baixar o preço: 100 mil dólares. Oito por mês — o que configura uma agenda tranquila — dariam 800 mil dólares, coisa de 2,5 milhões de dólares no câmbio de hoje. Desconte impostos, taxa de agente, o dízimo petista e outras coisas. Sobra muito dinheiro, 1 milhão de reais por mês, por aí.

Desde que Lula deixou a presidência, já se passaram meses suficientes para que ele montasse um patrimônio considerável. Na última campanha, a Folha noticiou que Marina — que figura na segunda ou terceira liga das palestras — levantara com elas 1,6 milhão em três anos. E ela não tinha e não tem acesso ao roteiro internacional.

Fazer palestras milionárias ao fim da presidência se tornou comum com a globalização dos anos 1980. Ronald Reagan e Margareth Thatcher foram os primeiros ex-líderes a ganhar fortunas com isso. Seus sucessores, Clinton e Blair, se tornariam também estrelas das conferências. (O colunista da Veja Reinaldo Azevedo conseguiu dizer que Thatcher morreu pobre, no pseudo-obituário que fez. Apenas uma casa que ela deixou em Mayfair, a área mais nobre de Londres, vale mais de 10 milhões de dólares.)

No Brasil, o primeiro a palestrar com cachês milionários foi FHC. Numa matéria da Piauí, algum tempo depois de deixar o Planalto, ele contou que comprou malas vermelhas para facilitar recolher a bagagem em suas múltiplas viagens internacionais para fazer palestras.

Lula seguiu os passos de FHC, e de tantos outros. Uma questão honesta – e que valeria para todo mundo – é se os cachês não são absurdamente altos. Ex-presidentes têm pensões vitalícias exatamente para prevenir dificuldades pós-poder. Nos Estados Unidos, a pensão foi introduzida em 1955, por conta da precária situação financeira do ex-presidente Truman.

Mas é claro que nem a Polícia Federal e muito menos a Veja têm qualquer propósito honesto ao trazer à tona o saldo bancário de Lula. O mais irônico é que as consequências práticas serão irrelevantes.

No DCM, em circunstâncias completamente diferentes, abordei criticamente o mercado de palestras milionárias para ex-presidentes. Citei Lula, e vi depois qual era o tom com que os petistas reagiram. Imaginei que haveria algum tipo de indignação pelo menos em alguns. Nada. Os leitores diziam o seguinte: “Dos ricos, o Lula cobra muito. De nós, não cobra nada. Deixa ele em paz.”

De tudo isso, sobra que a direita quer, desesperadamente, pegar Lula. Não há ninguém, entre os conservadores, capaz de enfrentá-lo em 2018. E então vale tudo para tirá-lo da disputa — incluído aí transformar o Brasil num estado policial.

Fonte: DCM, 15/08/2015

PF passa para Veja dados da quebra de sigilo de Lula

Reportagem teve acesso a relatório sobre atividades da LILS, empresa de palestras do petista. Se a própria revista afirma que é legal e normal que ex-presidentes ministrem palestras – citando inclusive os casos de FHC e do norte-americano Bill Clinton –, por que apenas Lula teve seu sigilo bancário quebrado? Quem autorizou a quebra de sigilo bancário do Lula? Qual é a relação entre a PF e a Revista VEJA?


Oficialmente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não é investigado pela Operação Lava Jato, o que já foi dito por diversos integrantes da força-tarefa paranaense.

No entanto, surgem indícios eloquentes de que Lula talvez seja o próximo alvo da operação. Ontem, o jornal Estado de S. Paulo divulgou uma conversa grampeada pela Polícia Federal entre ele e Alexandrino Alencar, um dos diretores da Odebrecht presos na Lava Jato (leia mais aqui).

Hoje (15), a revista Veja quebra o sigilo bancário do ex-presidente. Segundo a publicação, os dados foram obtidos a partir de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) enviado à Polícia Federal e aos integrantes da força-tarefa paranaense.

De acordo com o relatório, a LILS, empresa de palestras do ex-presidente Lula, faturou R$ 27 milhões, desde que ele deixou a presidência da República. Destes, cerca de R$ 10 milhões teriam vindo de empresas investigadas na Lava Jato, como Odebrecht (R$ 2,8 milhões), Andrade Gutierrez (R$ 1,5 milhão) e OAS (R$ 1,4 milhão).

Essa devassa bancária contra um ex-presidente da República apontou também a destinação dos recursos. De acordo com o relatório, a LILS aplicou R$ 12,9 milhões, fez um plano de previdência privada no valor de R$ 5 milhões, recolheu R$ 3 milhões em impostos e fez transferências de R$ 4,3 milhões.

A quebra do sigilo bancário aponta até os repasses feitos por Lula a alguns de seus filhos. Lurian, por exemplo, recebeu R$ 385 mil. Luis Claudio ganhou R$ 209 mil e Sandro recebeu outros R$ 80 mil.

Veja abre sua reportagem dizendo que palestras de ex-presidentes não são ilegais. A revista afirma que Fernando Henrique Cardoso faz isso com frequência e que Bill Clinton é um dos campeões da modalidade, tendo recebido centenas de milhões de dólares por esse trabalho.

No entanto, apenas Lula, que deixou o Palácio do Planalto como o presidente mais popular da história do País, teve seu sigilo bancário quebrado, com a intenção clara de desmoralizá-lo.

Nas últimas semanas, o ex-presidente tem sido aconselhado por aliados a aceitar ser ministro do governo Dilma. Assim, ele passaria a ter direito ao foro privilegiado e só poderia ser alvo de ações movidas nos tribunais superiores.

Fonte: Portal Forum, 15/08/2015