segunda-feira, 4 de maio de 2015

Professores: a máscara selvagem do Estadão

O capitalismo bem sucedido precisa de uma boa Educação​

O Conversa Afiada reproduz artigo do professor Arthur Meucci:

Senti uma imensa tristeza ao receber o jornal O Estado de S. Paulo em pleno dia do trabalho. O jornal publicou um editorial, “Lições de Selvageria” (A3, 01/05/2015), classificando os professores como “partidários” e “selvagens”, chamando-os implicitamente de vagabundos, justificando assim o massacre da Polícia Militar contra a nossa categoria no Paraná com argumentos baseados em distorções: “não se poderia esperar outra reação da força de segurança destacada”. Fez-me adoecer tamanha insensatez e ignorância.

Alguns colegas me disseram: “Este jornal é de direita, já era de se esperar”. Não concordo. A verdadeira direita, liberal e republicana, jamais teria justificado o uso da força nem trataria os professores como “inimigos da democracia”. Pelo contrário, uma das bandeiras da direita é a educação pública de qualidade para garantir as condições de igualdade do livre mercado e o exercício da democracia. Os verdadeiros liberais flertam com os professores, os defendem mesmo quando discordam de suas opiniões. Por esse motivo os países liberais pagam excelente salários no campo da educação enquanto as ditaduras comunistas fizeram suas “revoluções culturais” aos moldes truculentos do PSDB. A “confusão de valores, a desinformação e a desmoralização das instituições” não advém dos professores como escreveram, mas da imprensa servil aos obscuros interesses políticos.

Os fundadores deste jornal, Francisco Rangel Pestana (1839-1903), Julio Mesquita (1862-1927) e Julio de Mesquita Filho (1892-1969), liberais autênticos, lutaram ao lado dos professores e intelectuais por escolas e universidades públicas de qualidade – ao contrário do que faz a atual geração, representada pelo sr. Francisco Mesquita Neto.

A direita no Brasil é um fenômeno raro e não tem um partido de verdade. UDN, Arena, PFL/DEM, PSDB, PSC e outros partidos considerados de “direita” estão em um leque entre “reacionários” e “fascistas”, defensores de uma sociedade de casta. Para disfarçar seus reais interesses autoritários, mão de obra barata e subserviente, distinção de espaços entre os senhores e seus servos, eles utilizam o discurso liberal como bem lhes convém e se autoproclamam como “direita”. 

Thomas Jefferson, Ludwig von Mises e Milton Friedman servem somente como figura retórica – os seus textos e ideias são recortados e descontextualizados para que os ideólogos ligados à elite possam mascarar suas políticas de exploração social. Como alguns religiosos fazem para ludibriar seus fiéis. Afinal, não convém escrever nos editoriais que os negros, pobres e nordestinos são inferiores e não merecem as benesses do Estado brasileiro. 

A sociedade defendida hoje pelas elites representadas por este editorial não é a sociedade ideal da verdadeira direita, defendida pelos pais fundadores do jornal que militavam pelos ideais abolicionistas, republicanos e liberais da igualdade entre os cidadãos, bem comum e de progresso social.

Para ter uma sociedade capitalista bem-sucedida é preciso uma boa educação e, pasmem, para que haja uma boa educação é preciso ter professores motivados e bem pagos. Os Mesquitas sabem, pois seus ancestrais ensinaram. Mas quem disse que nossa elite quer uma sociedade capitalista bem-sucedida? O pensamento crítico, a participação democrática da população e a igualdade social são tudo o que as novas gerações de empresários não querem – acham que a ralé não precisa de boa educação, mas de trabalho braçal para se ocupar e da violência policial para acabar com as subversões.

É de se questionar que tipo de jornalismo estão fazendo.

Fonte: Conversa Afiada, 04/05/2015

Professores pedem exoneração do secretário Helenilson Pontes

Izabel Sales, do Sintepp de Santarém, diz que Helenilson não entende de educação

Izabel Sales, do Sintepp de Santarém, diz que Helenilson não entende de educação

Um movimento que começou entre os professores lotados em Belém do Pará, pedindo a saída do titular da pasta da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Helenilson Pontes, recebeu apoio dos profissionais de educação de Santarém. Os motivos do pedido de exoneração de cargo de Helenilson Pontes, segundo os professores, são uma série de irregularidades que estão acontecendo dentro da Seduc e, que prejudica os profissionais em todas as regiões do Pará.

Entre as irregularidades apontadas pelos professores estão: contratação de funcionários fantasmas; desvio de funções; servidores cedidos para outros órgãos e funcionários readaptados do magistério, porém, lecionando em empresas privadas. Além dessas irregularidades, os professores revelam que a Seduc está servindo de cabide de emprego.

Em Assembléia do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Sub-sede de Santarém, ocorrida no último fim de semana, na Escola Estadual Maria Uchôa, a categoria decidiu por unanimidade pela continuidade da greve.

Dentre os motivos estão: falta de segurança nas propostas do governo, pois não há nada oficializado ainda, principalmente em relação à lotação com garantias de aulas suplementares, que não provoque redução de salário; o período de 18 meses propostos pelo governo para o pagamento do retroativo do piso salarial nacional do magistério 2015 soou como uma afronta à categoria; é imprescindível a fixação de uma data para o envio do projeto de lei “PCCR Unificado” à ALEPA; garantia oficial da realização de concurso público ainda neste ano; cronograma e transparência sobre reforma de escolas; cumprimento da jornada de trabalho dos vigias como pede o edital do concurso e decisão judicial, dentre outros pontos.

De acordo com a coordenadora do Sintepp de Santarém, Izabel Sales, vários municípios da região Oeste do Pará continuam em greve e, que a tendência é a classe reforçar mais e pressionar o Governo, para que ele cumpra os acordos firmados com os trabalhadores em educação.

“Hoje, Santarém também apóia o movimento que pede a saída do Secretário, até porque ele mostra que não entende de educação pública. Parece que ele nunca pisou em uma escola pública, pelo que a gente está vendo. Ele fala uma coisa, depois desfaz o que fala”, critica a professora.

Para Izabel Sales, em Santarém, se o Secretário for honesto, ele deve assumir o que disse para a classe, em uma reunião que participou na cidade, onde Helenilson Pontes falou que queria saber onde estavam milhares de servidores da educação, que ele não sabia o paradeiro deles.

“A gente também queria saber. Por isso que estamos reivindicando essa auditoria na Seduc, porque nós somos os principais interessados em saber onde estão esses trabalhadores de educação”, diz a professora Izabel.

Ela acredita que tem muita gente recebendo os 60% dos repasses da educação, que é destinado para os servidores das salas de aula e que não faz parte da categoria. “Então, isso é um desvio e se torna improbidade e, nós somos os maiores interessados para que seja feita uma auditoria na Seduc, com o acompanhamento do Sintepp, para descobrirmos onde estão esses funcionários fantasmas. Acreditamos que tem muitos servidores ganhando esse dinheiro, sem está trabalhando na Seduc”, denuncio Izabel Sales.

PROPAGANDA ENGANOSA: Em relação ao fato do Governo falar que já paga para os professores do Pará o 5º maior salário do País, segundo Izabel Sales, isso depende do que é o valor pra ele. “É o bruto? Porque ele tem colocado aqui que ninguém começa uma carreira, hoje, no magistério a nível estadual ganhando menos de R$ 3 mil. Isso aí, ele não está sendo honesto, porque é o salário bruto. Se for levado em consideração os descontos como Imposto de Renda, Fundo de Previdência, vamos constatar que não é todo esse valor”, explica a professora.
De acordo com ela, um professor em fim de carreira recebe um salário melhor. Porém, se for comparado à renda mensal de outros profissionais, como do Governador, secretários e de um Juiz, o ganho mensal do docente é bem menor. “Eles estudaram como a gente, que para ser professor tivemos que fazer um curso superior. Agora, por que a discriminação com os profissionais de educação? Os profissionais de educação estudaram, se formaram e por que recebem um salário inferior aos outros profissionais?”, questiona a professora Izabel.

CAMPANHA FORA HELENILSON: Os trabalhadores em educação da rede estadual aproveitaram o domingo passado, 26, para lançar a campanha “Fora Helenilson” e esclarecer à população os motivos de manutenção da greve, que chegou aos 35 dias. Segundo o Sintepp, a greve geral é graças à incapacidade do governador Simão Jatene (PSDB), de flexibilizar as negociações com o Sindicato.

“O governo utiliza seu poder econômico para custear a mídia burguesa na tentativa de confundir os educadores e manipular a sociedade. No entanto, as mentiras de Jatene e Helenilson serão desmascaradas”, avisa a professora Izabel Sales.

Ela destaca que a categoria está fortalecida e analisa de forma minuciosa as propostas dialogadas pelo Sindicato durante as reuniões com o governo. O Comando de Greve informa que não está medindo esforços para alcançar um consenso que garanta a não retirada sumária de direitos proposta pelo governo.

Diante das imposições do poder público, o Sintepp convoca os trabalhadores a participarem das atividades da greve. “Afinal, cabe aos educadores deliberarem pela continuidade ou não da paralisação”, diz a professora Izabel Sales.

O quadro de greve aponta manutenção da paralisação em cerca de 94% das escolas da capital e suspensão das aulas em 122 municípios, mesmo diante da ameaça de corte de ponto e contração de temporários.

O Sintepp esclarece que a desembargadora Gleide Moura não acatou ao pedido de abusividade da greve proposta pelo governo. Portanto, a Assessoria Jurídica do Sindicato já protocolou junto ao TJE Mandado de Segurança a fim de resguardar o direito constitucional dos trabalhadores de lutarem por melhores condições de trabalho sem retaliações ou assédio moral. Para o Sintepp, contratar trabalhadores para assumirem as tarefas educacionais, além de antipedagógico configura-se como violação aos direitos trabalhistas.

Fonte: RG 15/O Impacto

domingo, 3 de maio de 2015

10 sinais de que você é uma pessoa negativa


A vida tem fases. Ninguém precisa ser bipolar diagnostigado para ter variações de humor do tipo: uma hora tudo é incrível e, na outra, uma merda. Acontece que tem gente que vê o lado negativo de praticamente (ou absolutamente) tudo.

Se liga em 10 sinais de que você é uma pessoa negativa e descubra se você vê o copo meio cheio, ou meio vazio. :3

1. Se está frio: eu ODEIO o frio… 

2. Ou se está calor: eu ODEIO o calor.

3. Qualquer coisa que dá errado no seu dia é motivo para querer voltar para casa correndo e ficar na cama por 72 horas. 

4. Sempre que possível, você deixa compromissos e ideias de lado porque, é óbvio, vai dar TUDO errado.

5. Expectativas são frustrações - e isso é uma regra. 

6. Quando um amigo tenta te animar, você sempre acaba apontando os defeitos de todas as coisas boas que eles te falam.

7. Você simplesmente não aceita elogios e sempre retruca e retorce a situação. 

8. Quando vai fazer compras, você já entra na loja achando que não vai achar NADA com o seu número.

9. Para você, tudo está sempre ruim - um clássico! 

10. E na pior das hipóteses, as pessoas acabam se afastando de você, porque você só sabe falar dos seus problemas.
Maaaaaaaas, por via das dúvidas, é bom saber que:

Fonte: Msn, 03/05/2015





'Não se pode bater em quem ensina nossos filhos', diz ministro da Educação

Renato Janine Ribeiro disse ao G1 que reação da PM do PR foi 'chocante'. Ministro diz que MEC não pode interferir mas pode mediar negociação.

O ministro da Educação Renato Janine Ribeiro (Foto: Ana Carolina Moreno/G1)

O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou nesta quinta-feira (30) que considera "muito chocante" a reação da Polícia Militar do Paraná ao protesto de professores da rede estadual em greve.

"Há muito tempo não via fotos de professores feridos, e de tantos professores feridos", afirmou o ministro em entrevista exclusiva aoG1, em São Paulo. "Não se pode bater em ninguém, muito menos nos professores que ensinam os nossos filhos."

Janine Ribeiro explicou que o Ministério da Educação não tem autoridade para dar ordens nas redes municipais e estaduais, a não ser em caso "muito gritante" de descumprimento das normas. Mas, segundo ele, o MEC está à disposição para atuar como mediador da negociação entre o governo estadual e o sindicato de professores, se houver interesse.

O ministro disse ainda que, no âmbito federal, há metas de curto e médio prazo previstas no Plano Nacional de Educação (PNE) para obrigar as redes a aplicarem o piso salarial nacional da categoria, e a criar planos de carreiras para incentivar a permanência dos professores nas escolas públicas.

Veja a seguir trecho da entrevista concedida pelo ministro:

O que o senhor acha sobre a reação da Polícia Militar do Paraná ao protesto dos professores em greve na quarta-feira?

Muito chocante. É muito chocante, há muito tempo não via fotos de professores feridos, e de tantos professores feridos. Veja, o MEC tem uma política de colaboração com estados e municípios, para a definição dos pontos comuns. O MEC não dá ordem para estados e municípios. Então quando você tem uma campanha salarial, discussões, o MEC não tem como intervir, não tem como opinar a não ser que seja um caso muito gritante, descumprimento de normas muito fortes.

Que exemplo é dado quando você tem pessoas que têm um papel praticamente de extensão da família, de substituição em relação à família, que têm que então, ser respeitadas, antes de mais nada, quando a polícia os espanca?"


Agora, na hora em que a violência entra em cena isso muda de figura. Não se pode bater em ninguém, muito menos nos professores que ensinam os nossos filhos. Que exemplo é dado quando você tem pessoas que têm um papel praticamente de extensão da família, de substituição em relação à família, que têm que então, ser respeitadas, antes de mais nada, quando a polícia os espanca? E machuca nessa quantidade

Então isso foi muito chocante.
Já manifestamos essa opinião várias vezes. Ao mesmo tempo, nós nos colocamos à disposição do governo do estado [do Paraná], se ele quiser reabrir as negociações, porque tem que parar a violência, tem que voltar a conversa.

Tem sido uma constante as greves de professores, e isso acaba afetando a ponta final, que é o aluno. Como isso pode ser revertido futuramente?

Tem dois grandes pontos que estão previstos no Plano Nacional da Educação [PNE], e que devem equacionar isso muito melhor.

Um é realmente implementar o piso salarial de docentes, fixado em lei federal, mas que nem todos os estados até agora implantaram.

Dois, criar o plano de carreira dos servidores, professores municipais e estaduais, porque a maior parte dos casos não tem planos de carreira, alguns tem plano de carreira inconsistente, que cria problemas. Então tem várias discussões.

Quais seriam?
Por exemplo: se deve entrar com um piso muito baixo, depois vai progredindo até ter um salário alto na hora da aposentaria, o que desincentiva o ingresso, mas incentiva a permanência, por paradoxal que seja. Você tem um salário baixo pra entrar, mas depois tem todo o incentivo a ficar fidelizado à rede. Versus a ideia de você ter um piso inicial mais alto, competitivo no mercado, e um salário de aposentadoria que será um progresso em relação ao inicial, mas não será o dobro, o triplo, digamos.

Você tem duas filosofias aí, e nós temos que discutir muito isso, porque pela lei do PNE, daqui a um ano e dois meses, todos os municípios e estados teriam que ter implantado isso.

E um terceiro ponto do plano nacional: eu falei do piso e do plano de carreiras, mas o terceiro ponto é a meta 17 do PNE, que fala em até 2020 fazer que o salário dos professores da rede básica pública iguale o salário das pessoas que tiveram a mesma escolaridade, quatro anos de ensino superior, e que hoje ganham 38% mais que os professores. É outro gigantesco incentivo negativo pra você ser professor.

Então nós temos três metas, são ambiciosas, mas são justas. Você tem que ter uma valorização do professor. Essa valorização passa por essas medidas de salário, de reposição salarial, e passa também pelo respeito pelo professor, o que não aconteceu nos atos de violência que aconteceram no Paraná.

A posição que o MEC tem então é se colocar à disposição para mediar o diálogo entre as duas partes?

Se quiserem, se quiserem faremos o possível para baixar a temperatura e voltar com o clima de negociação.

G - 1, 30/04/2015

Dilma dá bofetada na Globo no Dia do Trabalho

“Estamos na Era Digital: é um recado inteligente, mesmo para os paneleiros que se movem sob a manipulação da imprensa e da própria ignorância.”


Existem problemas reais, e existem falsos problemas.

Falso problema é, por exemplo, Dilma falar ou não por rede de tevê no Dia do Trabalho.

Em plena Era Digital, exigir que Dilma apareça na televisão é uma questão de obsolescência mental.

Vi, sem surpresa, a oposição tentando tirar bovinamente proveito da decisão presidencial de limar a tevê. Aécio pontificou.

Aécio não perde a oportunidade de falar quando poderia ficar quieto. (E, como no caso dos professores do Paraná, de silenciar quando deveria falar.) Renan também nos obsequiou com suas imprescindíveis considerações sobre o gesto de Dilma. Não lembro mais o que Renan disse, mas foi com certeza alguma coisa fascinante.

Essa é a vida.

Mas, com alguma surpresa, vi gente de esquerda também indignada com Dilma.

Aí não faz, simplesmente, nexo.

Tudo que Dilma possa fazer para dessacralizar a televisão entre os brasileiros é bem-vindo, dado o mal que Globo e demais emissoras representam para a sociedade.

Repito: tudo.

Há uma tradição inercial pró-televisão, e particularmente pró-Globo, que deve ser rompida.

Por que, por exemplo, o último debate para presidente é ainda na Globo?

Os opositores dizem que por trás da decisão de Dilma está um alegado receio de um panelaço.

Ainda que seja esta a motivação: evitar as panelas dos analfabetos políticos. Mesmo assim, o fato, em si, é positivo.

Estamos na Era Digital: é um recado inteligente, mesmo para os paneleiros que se movem sob a manipulação da imprensa e da própria ignorância.

Eu até admitiria pensar duas vezes sobre o tema se Dilma fosse uma mestra da tevê, como Lula, mas definitivamente não é o caso.

De resto, importante, mesmo, é o conteúdo da fala.

Há vários assuntos importantes para os trabalhadores, como a terceirização.

O pronunciamento de Dilma, seja em que plataforma for, é uma chance para ela deixar claro que é contra – visceralmente contra — a terceirização das atividades fim, como querem Eduardo Cunha e seguidores.

Num plano mais sonhador, me ocorre que Dilma poderia também endereçar sua solidariedade, ainda que atrasada, aos professores do Paraná, tratados selvagemente pelo governador Beto Richa.

Veremos o que Dilma dirá.

De toda forma, rejeitar a televisão foi um gesto histórico – um reconhecimento de que são outros os tempos, e uma bofetada bem dada na Rede Globo.

Fonte: Conversa Afiada, 03/05/2015

Principais notícias da semana

Servidor municipal sofre grave acidente de trânsito


*O funcionário da Secretária Municipal de Meio Ambiente de Itaituba Jean Campos sofreu um grave uma grave na madrugada de quinta, 30, para sexta, 01, na Travessa 15 de Agosto com a 14ª Rua do Bairro Bela Vista. Ele trafegava em sua moto quando colidiu com outra moto, onde estava um casal; com a forte batida, todos os ocupantes das duas motos foram arremessados ao chão. Jean estava de capacete, mas, mesmo assim sofreu uma forte batida na cabeça, ficando desacordado no local ate a chegada do socorro. Foi levado a Santarém e está em tratamento médico.



Que a Globo cumpra a lei, só isso

Creio exagerado, neste momento, sair às ruas exigindo que o governo casse a concessão da Rede Globo. Esse pleito seria oportuno numa segunda etapa, após um grande movimento nacional a exigir que tanto a Globo como as demais emissoras de TV e Rádio enquadrem-se nos preceitos constitucionais e na legislação pertinente. *Como é sabido, os canais de Rádio e TV são bens públicos, no mundo inteiro, e o espectro eletromagnético é concedido de modo precário a empresas e grupos sociais, podendo ter a concessão cassada.



Sintepp não aceita migalhas e a greve continua 


O governo partiu do marco zero. A principio irredutível em não dar aumento. Com a pressão dos professores em greve as propostas foram surgindo, três, quatro e por ultimo cinco por cento e de lambuja o retroativo parcelado. O Sinserm e o Sindisaúde mais flexíveis aceitaram a proposta, mas o SINTEP depois da Assembléia que rejeitar por unanimidade a proposta da Prefeitura decidu que a greve continua. 


Mamãe eu quero ser prefeito, mesmo sem ser eleito e fazer a coisa acontecer
Este o sonho do vereador Cebola. Por isso, ele embarcou nessa onda que pode terminar em "pizza" ou provocar mudanças consideráveis  na história da politica de Itaituba.

 Agenda conservadora da Câmara não terá vez no Senado, diz Renan

Coluna Painel, da Folha de S. Paulo, hoje (2): Renan Calheiros (PMDB-AL – foto) avisou a aliados que vai se opor à “agenda conservadora” que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) chancelou como presidente da Câmara. Menos ruim


Professor para quê?
Quem poderia imaginar que um dia o professor seria tratado como bandido, a base de cassetete e a spray de pimenta, acuado por um bando de pitbus enfurecidos? Quem poderia ouvir, daquele que foi indicado para zelar pela educação, que foi vice-governador do Pará, que professor é mafioso e briga por míseros reais, quando deveria trabalhar? O que está acontecendo é o supra sumo do contra censo!

Trovão Azul é o mais regular



O Trovão Azul comprovou na noite de ontem, que é o time mais regular da atual Copa Ouro de futsal, pois não depende apenas de um ou dois jogadores, como outros candidatos ao título. Há um nivelamento por cima dos seus atletas, o que faz com que o ritmo de jogo seja mantido. A vitória de 4x0 sobre O GM Esporte Boteco do Fabão, construída no primeiro tempo, deixou isso bem claro. O tricampeão ditou o ritmo da partida, imprimindo a velocidade necessária de acordo com as circunstâncias. 

CPI JÁ COMEÇOU A TRABALHAR E PODERÁ ATÉ PEDIR AFASTAMENTO DA PREFEITA ELIENE NUNES

Isaac Dias "CPI não está para brincadeira vamos investigar todas as denuncias"

Após sua aprovação por 7X6, a Comissão parlamentar de Inquérito (CPI) criada para fazer uma devassa nas prestações de contas da prefeita Eliene Nunes já definiu sua comissão. Luiz Fernando Sadeck - Peninha-(PMDB) é o relator, Isaac Dias (PSB) presidente, Nicodemos Aguiar Vice, Dadinho Caminhoneiro membro. João Paulo um dos mentores da CPI acredita na seriedade dos trabalhos.;E a comissão já está agindo, quando enviou ofício a todas as secretarias da prefeitura, a justiça e outras entidades comunicando a sua instalação e início dos trabalhos pertinentes.

Descaso pela CIP pode ser mais um equívoco da prefeita Eliene Nunes

A manutenção da greve dos professores já era uma decisão esperada pelo governo, e a prefeita Eliene Nunes disse que agora a possibilidade de um acordo com a categoria para reajuste salarial fica praticamente esgota. Além do impasse com o SINTEPP, a prefeita ainda tem a Comissão Parlamentar de Inquérito, que começa a trabalhar partir desta segunda-feira, mas ela já disse reiteradas vezes que não está nem um pouco preocupada com o trabalho dessa CPI e que as investigações que serão feitas na sua administração não lhe tiram o sono. 

Das duas uma: Ou o sono da da prefeita é "pesado" ou remorso é algo que não lhe acompanha mais.

Olhar Digital: Praça da Bandeira


Praça da Bandeira localizada no centro da cidade (Foto Rick Pimentel)

Adepará lança Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa...


A Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) lançou nesta quinta-feira (30) a Campanha Estadual de Vacinação contra a Febre Aftosa/ Etapa Maio 2015. O evento ocorreu no município de Santarém, no oeste paraense, com a presença de autoridades de governo, sindicatos rurais e produtores. A vacinação do rebanho de bovinos e bubalinos do Estado será entre 1º e 31 de maio, em todo o território paraense, com exceção do Arquipélago do Marajó e municípios de Faro e Terra Santa. A Adepará é a responsável pela campanha, que tem importância estratégica para a balança comercial do Pará. 

...e contra gripe, para idosos, crianças e gestantes, começa na próxima segunda-feira



Com objetivo de reduzir as complicações e internações decorrentes das infecções pelo vírus da influenza, começam oficialmente na próxima segunda-feira, 4, em todo o Pará, as ações da campanha nacional de vacinação contra a gripe. Segundo a coordenadora estadual de Imunização, Jaíra Ataíde, os Estados da região Norte foram os primeiros a receber as doses da vacina. “Os 144 municípios paraenses já estão com as vacinas desde o dia 27 de abril, portanto, já estão imunizando a população”, explica. O público-alvo da campanha são os adultos com 60 anos de idade ou mais, as crianças na faixa etária de 6 mese a dois anos e e as gestantes.

1ª de maio dia do Trabalhador



Terceirização Total: será preciso um novo primeiro de maio?


Nos setenta e três anos da CLT, a lei de terceirização aprovada pela Câmara dos Deputados (PL 4.330/2004 com as inúmeras emendas e acréscimos) se mostra como o maior ataque à proteção trabalhista na história brasileira. A pretexto de regulamentar a corriqueira prática empresarial de terceirizar mão de obra, a proposta introduz no sistema trabalhista o padrão de duzentos anos atrás das relações de trabalho: a “*marchandage*”. De volta para o atraso!

Governador Flávio Dino parabeniza e destaca ações em prol dos trabalhadores maranhenses


A valorização do trabalho e a distribuição das riquezas do estado para o trabalhador maranhense integram a política da atual gestão do governo do Estado. No dia 1° de maio, data que se comemora a luta de trabalhadores e trabalhadoras por garantia de direitos, o governador Flávio Dino dirigiu mensagem a todos os maranhenses.

PMs se recusam a enfrentar educadores e são presos


[image: PMs se recusam a enfrentar educadores e são presos (Foto: Reprodução/Facebook APP)]Um grupo de 17 policiais militares do Paraná foi preso nesta quarta-feira (29) ao se recusar a participar do cerco aos professores em greve que realizavam uma ato ao lado da Assembleia Legislativa do Estado para acompanhar a votação do projeto que autorizava o governo a mexer no fundo de previdência dos trabalhadores. A ação foi marcada por um confronto entre os policiais e professores que deixou 150 feridos, quase todos profissionais da educação. 

Justiça ordena prosseguimento de demarcação de Terra Munduruku

Paralisação da demarcação foi provocada pelo projeto da barragem de São Luiz do Tapajós, que, se for mesmo construída. alagará a terra Sawré Muybu* A Justiça Federal ordenou que a Fundação Nacional do Índio (Funai) dê prosseguimento, no prazo de 15 dias, à demarcação da Terra Indígena Sawré Muybu, onde vivem índios Munduruku, no sudoeste do Pará. A ordem está em sentença do juiz Ilan Presser, de Itaituba e obriga também a Funai a pagar indenização por danos aos Munduruku, pela demora no processo demarcatório. 


MPF processa 36 pessoas por fraude no seguro defeso

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou 36 pessoas à Justiça pelo recebimento ilícito do seguro desemprego de pescador artesanal no município de Novo Repartimento, sudeste paraense. Ajuizadas neste mês, as oito ações apontam que, para ter acesso ao benefício pago aos indivíduos que têm na pesca artesanal a única fonte de renda, os acusados apresentavam declaração falsa ao Ministério do Trabalho e Emprego. O benefício, uma assistência financeira no valor de um salário mínimo que os pescadores artesanais recebem no período do defeso, foi pago de forma ilícita aos 36 denunciados.

Câmara Afasta prefeito de Novo Progresso Osvaldo Romanholi por 180 dias

Durante uma tumultuada sessão realizada na tarde/noite de terça-feira, dia 18, a Câmara Municipal de Novo Progresso, por 6 votos a favor e três contra, votou pelo afastamento do prefeito Osvaldo Romanholi, por 180 dias, até que denúncia de improbidade administrativa seja apurada. 

A sessão foi realizada após o Juiz da Comarca de Novo Progresso ter cancelado uma outra sessão realizada no último dia 11, que foi favorável ao Prefeito. 

Diz o ditado popular que: "Quando a barba do vizinho pega fogo, temos que colocar a nossa de molho!"



Associação Nacional do Ouro realiza evento em Itaituba


Edson Farias Melo representante do Ministério de Minas e Energia Foto: Gilson Vasconcelos Por: Andréia Siqueira. 

Associação Nacional do Ouro realizou evento nesta quarta-feira (29) em Itaituba para lançar a campanha de Educação Ambiental nos Garimpos, que busca, além do aspecto educacional, incentivar a regulamentação das atividades dos garimpeiros e das empresas ligadas ao mercado de ouro, buscando estimular a exploração racional de jazidas de ouro, instruir como preservar o meio ambiente e apoiar o processo de legalização dos garimpeiros e de sua produção. 

O DIA SEGUINTE... A CPI

Um misto de decepção e incredulidade irradiam alguns partidários de Eliene Nunes 

Com a decisão da Câmara Municipal de criar uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito - requerida e deferida no dia ondem no Poder Legislativo pela maioria dos Vereadores, os partidários da prefeita ficaram perplexos. A participação dos mesmos na sessão para pressionar os vereadores, para que não referendassem a criação da CPI, não adiantou nada. O grupo do Poder Executivo defrontou-se com a massa oposicionista, composta na maioria por professores que fortaleceram a decisão dos vereadores.
Fusão PPS-PSB começa a ser desenhada hoje
Coluna Painel, da Folha de S. Paulo, hoje (29): A cúpula do PSB identifica dois focos maiores de resistência à fusão com o PPS: os senadores João Capiberibe (AP) e Lídice da Mata (BA), aliados de Dilma. Eles não se opõem frontalmente, mas estão “reflexivos”, segundo um dirigente. 


Decisão torna inelegível os ex-prefeitos Valmir Climaco e Roselito Soares

O TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Pará julgou irregulares as contas dos ex-prefeitos de Itaituba Roselito Soares e Valmir Climaco, ambos do PMDB. A informação é do jornal *O Liberal*, edição de hoje (28). 

O processo já transitou em julgado, sendo que os nomes dos ex-prefeitos já foram incluídos na lista de contas rejeitadas do TCE, estando os dois na condição de inelegíveis. 


Tribunal reformou liminar que suspendeu greve dos professores de Itaituba







O Desembargador Roberto Moura, reformou a liminar concedida pelo juiz Cleitoney Passos, que suspendeu a greve dos professores no município de Itaituba. Provocado pela Procuradoria do Município, o juiz Cleitoney Passos concedeu liminar determinando a suspensão imediata da greve e determinando a volta dos professores a sala de aula. Também na liminar proibiu que os professores invadissem os prédios públicos. 

O 1º de Maio e a brutal repressão da polícia contra os professores

.

"As notícias deste primeiro de maio se traduzem agora nas greves dos professores. Do Paraná, vem a brutal repressão da polícia contra os professores. Ali, a pedagogia que está vencendo são bombas, espancamentos e balas de borracha. 213 feridos e gritos de hurra no palácio em Curitiba", esse foi o tom da coluna Prosa, Poedia e Política, tocada pelo jornalista e escritor Urariano Mota.


Durante sua reflexão ele lembrou que em outros estados a situação é a mesma. "Em Pernambuco, não é diferente. O governador, durante a campanha, prometeu um aumento de 100% para os professores. Isso mesmo: 100%. Mas agora, no governo, diante da greve dos mestres pernambucanos, fala que tudo mudou. Os professores querem, pelo menos, a aplicação do reajuste de 13,01% referente ao Piso Nacional dos Professores para todos mestres. Projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no dia 31 de março, prevê o reajuste para menos de 10% da categoria. Eu não sei como as pessoas prometem mundos e fundos na campanha, depois retiram o prometido, e saem com a cara mais limpa ao sol do meio-dia".

Fonte: Vermelho.org.br

sábado, 2 de maio de 2015

“Língua”

Poesia de Gilberto Mendonça Teles
Língua
Esta língua é como um elástico
que espicharam pelo mundo.
No início era tensa,
de tão clássica.
Com o tempo, se foi amaciando,
foi-se tornando romântica,
incorporando os termos nativos
e amolecendo nas folhas de bananeira
as expressões mais sisudas.
Um elástico que já não se pode
mais trocar, de tão gasto;
nem se arrebenta mais, de tão forte.

Um elástico assim como é a vida
que nunca volta ao ponto de partida.

Sindicato dos Petroleiro desmascara mídia: "“Descoberta do pré-sal feriu interesses internacionais”


O representante da FUP (Federação Única dos Petroleiros ) João Antônio de Morais deu uma entrevista esclarecedora para a Rede Record

” Nós trabalhadores, que somos mais de 85 mil diretos e 300 mil indiretos, estamos preocupados com toda essa movimentação da mídia. A descoberta do pré-sal feriu interesses internacionais e também de grupos nacionais ” (João Antônio de Morais)

vale a pena assistir:

Presidente do Sindicato dos Petroleiros é entrevista pela Record 

Fonte: Brasil 29, 06/02/2015

MP constata precariedade na merenda escolar de Itaituba, PA

Alimentos sem procedência e data de validade foram encontrados. Cozinhas estavam fora dos padrões de higiene e sujas de fezes de ratos.

Do G-1 PA, 25/09/2014

Vistorias realizadas pela promotoria de Justiça de Itaituba, sudoeste do Pará, constataram precariedades de algumas escolas municipais e das instituições de acolhimento de adultos, crianças e adolescentes, de acordo com dados do relatório divulgados na quinta-feira (25/04).

As vistorias tiveram o apoio das técnicas Maria do Carmo Andion Farias e Diana Barbosa Gomes Braga, lotadas na Câmara Técnica do MPE, e contou com o acompanhamento de agentes da Vigilância Sanitária do município.

Merenda
Itaituba escola (Foto: Divulgação/MPPA)
Nas escolas, a ação foi voltada para verificar a qualidade da alimentação escolar, quantitativo de corpo docente e infraestrutura das instituições escolares.

Dentre as irregularidades identificadas com a merenda escolar, destacou-se a escassez dos produtos utilizados no preparo da alimentação das crianças, acondicionamento incorreto, alimentos sem procedência e data de validade, cardápio improvisado e a falta de atuação de um profissional da área de nutrição.

Durante as vistorias dos fornecedores da alimentação escolar, o promotor João Batista conta que "houve diligência que culminou com a interdição da indústria de manipulação de alimentos Shyane, por falta de registro no órgão competente e ausência de condições higiênico-sanitárias durante a elaboração dos alimentos, produtos expostos à temperatura ambiente, inclusive a polpa de fruta destinada à merenda escolar".

Quanto à instituição de acolhimento de crianças e adolescentes, a higiene estava inadequada, cozinha fora dos padrões da legislação vigente, acondicionamentos inadequados dos alimentos, cardápio improvisados e não elaborados por nutricionistas, sem atentar para as diferentes faixas etárias das crianças e dos adolescentes, além de ter sido constatada uma grande quantidade de fezes de roedores na área externa do abrigo.

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sexta-feira, 1 de maio de 2015

Terceirização Total: será preciso um novo primeiro de maio?

Operários - Tarsila do Amaral

Murilo Oliveira*

Nos setenta e três anos da CLT, a lei de terceirização aprovada pela Câmara dos Deputados (PL 4.330/2004 com as inúmeras emendas e acréscimos) se mostra como o maior ataque à proteção trabalhista na história brasileira. A pretexto de regulamentar a corriqueira prática empresarial de terceirizar mão de obra, a proposta introduz no sistema trabalhista o padrão de duzentos anos atrás das relações de trabalho: a “marchandage”.

O que se diz como a “moderna” gestão da empresa é a velha marchandage, que era definida na França no Século XIX quando um mercador alugava seus trabalhadores para as empresas em troca de lucro. Na terceirização permitida para todos os setores da empresa, o empresário não precisará mais ter empregados, bastando alugar todos os seus trabalhadores perante um outro empresário (também vulgarmente chamado de “gato”) numa “terceirização” total. Ainda pior ocorreu no final da votação: foi incluído o permissivo para que um trabalhador de uma empresa seja agora contratado como “empresário individual”, logicamente sem nenhum direito trabalhista.

Admitir esse “aluguel” de pessoas colide com toda a história do Direito do Trabalho, uma vez que há quase cem anos se proclamou que “o trabalho não pode ser tratado como mercadoria” (art. 427 do Tratado de Versalhes de 1919 e texto da Declaração Universal dos Direitos do Homem de 1948). Não sendo mera mercadoria, não pode ser o trabalhador alugado na atividade principal e regular da empresa, embora em muitas terceirizações haja apenas “locação de mão de obra” da prestadora (empresa empregadora) em favor da tomadora (empresa na qual trabalha o terceirizado).

Mas se pode perguntar qual o problema em “alugar pessoas” para sua atividade empresarial permanente e principal? Para o empresário não há problemas, mas sim soluções, pois se poderá até conseguir reduzir custos, mesmo que tenha que pagar o lucro do “Gato”. No outro lado, o trabalhador não mais se vincula em termos de categoria econômica à empresa que trabalha, perdendo os direitos ajustados pelos sindicatos, em clara medida de enfraquecimento dos sindicatos. No caso da conversão do antigo empregado em “empresa individual”, há exclusão total dos direitos trabalhistas e da proteção social. 

Em breve, será perceptível que as empresas não terão mais empregados e sim apenas colaboradores terceirizados. Ficará claro, por exemplo, que mesmo trabalhando em um banco nas típicas atividades de bancário, o trabalhador não terá os direitos especiais dos bancários ou até que os frentistas de postos de gasolina serão doravante empresários individuais. Diante desta precarização, as lutas trabalhistas vão ressurgir na rua combatendo esta falsa regulamentação da terceirização. Relembrando o passado, a pergunta se impõe: Será preciso um novo primeiro de maio para lutar contra esta precarização dos direitos do trabalhador?

* Juiz do Trabalho e Professor da UFBA

Fonte: Blog do Gerivaldo Neiva,01/05/2015

Vaccari e Aécio: dois citados na Lava Jato. Enquanto um está preso, o outro pede impeachment


A imprensa sonha com o golpe de noite e tenta transformá-lo em realidade de dia. É assim que fazem os partidos de oposição ao governo federal (PSDB, DEM, PPS, PV e SD), estão se organizando para atuar conjuntamente no pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, mesmo sem haver qualquer prova ou indício que a envolva na Operação Lava Jato.

Cada dia fica mais claro que a Lava Jato que tem entre os seus indiciados parlamentares de vários partidos, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o do Senado, Renan Calheiros, e o ex-coordenador da campanha de Aécio Neves, ex-governador de Minas e atualmente senador Antonio Anastasia, está se tornando um segundo tempo da Operação Mensalão, quando todo o foco foi dirigido ao PT.

Nesse contexto chama atenção o tratamento diferenciado em dois casos emblemáticos, não só pela mídia, mas pela justiça. João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, que está preso. Vaccari foi citado nos depoimentos de delatores da operação. O juiz federal Sergio Moro foi atrás de algo que pudesse incriminar o petista.

Já no caso de Aécio Neves (PSDB), ele foi citado pelo doleiro Alberto Youssef que disse que o senador teria recebido recursos desviados de Furnas, através de sua irmã. O doleiro ainda afirmou que recolheu dinheiro de propina na empresa Bauruense, que prestava serviços para Furnas, duas vezes. Em uma delas, faltavam 4 milhões de reais. E foi avisado que o PSDB já havia coletado a quantia.

Mas as citações sobre o envolvimento de Aécio no caso de Furnas foram arquivadas pelo STF à pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

E agora, livre de qualquer investigação, Aécio comemora a prisão de Vaccari e a articula o impeachment de Dilma. E junto dele, com a mesma cara de pau, está o presidente do DEM, Agripino Maia, acusado de receber R$ 1 milhão em propina num esquema de inspeção de veículos em seu estado, o Rio Grande do Norte. Se o leitor quiser saber mais sobre o caso, basta lê-lo aqui.

A qualidade de uma democracia se avalia nos detalhes. Enquanto grãos-tucanos comprovadamente corruptos e envolvidos em grandes escândalos não forem presos e tratados como qualquer político de outra agremiação, não se poderá dizer que vivemos numa sociedade de direitos equivalentes.

É por isso que num recente debate pelo twitter com Vinicius Wu, assessor do Ministério da Cultura (Minc), o deputado Jorge Pozzobom (PSDB-RS), disse: “Me processa. Eu entro no Poder judiciário e por não ser petista não corro o risco de ser preso”.

Parabéns, professores do Paraná, vocês tiraram o bicho da toca



Ontem o Brasil viveu um dos episódios mais chocantes da história da luta dos professores em defesa da educação e dos seus direitos. A bárbarie perpetrada em Curitiba pelo governador Beto Richa e o seu secretário de Segurança Pública, Fernando Francischini, com centenas de educadores feridos, demonstra o quão violento é o braço político-judicial que se arma a partir do Paraná com o objetivo de endireitar o país.

Francischini é o símbolo mais caricato dessa troika. Ela se tornou secretário de Segurança do Paraná depois de ter virado símbolo nacional de uma guerra ao PT e aos direitos humanos na internet. Com uma ação muito bem coordenada na rede, esse inexpressivo delegado foi se tornando ícone daquela gente que desfilou no dia 15 de março fazendo selfies com a PM e portando faixas de intervenção militar.

A estratégia deu certo e lhe rendeu 160 mil votos, praticamente 3% do total do estado, o que é bastante para um candidato a cargo proporcional. E já em dezembro de 2014 Beto Richa nomeou-o secretário de Segurança Pública.

Até aquele momento o governador do Paraná era o bom moço que tinha sido reeleito no primeiro turno e que se vendia ao Brasil como eficiente administrador público. Já havia quem o recomendasse como uma opção tucana, inclusive, para disputar a presidência da República.

Do mesmo Paraná, o juiz Sérgio Moro foi se consolidando no final do ano passado como o algoz da corrupção. Impôs um estado policial no país a partir de sua jurisdição e se tornou o nosso Eliot Ness tupiniquim.

O 15 de março foi em boa medida construído a partir do que essa República do Paraná oferecia ao Brasil: combate à corrupção, guerra ao PT e aos direitos humanos. Inclusive a guerra suja na internet tem sido fortemente operada a partir do DDD 41, por gente que trabalha em gabinetes de parlamentares e em governos.

Ontem essa República do Paraná, porém, testou um dos limites mais caros à democracia. Ela não se importou em colocar suas tropas para massacrar professores.

Ao mesmo tempo, também ontem se descobriu que o delator do senador Anastasia, o policial federal conhecido por Careca e que foi libertado por Sérgio Moro, está foragido. Ou seja, o inquérito contra o parlamentar fica interrompido enquanto isso.

O jogo começa a ficar mais claro. A Operação Paraná mostra sua verdadeira face. E se por um lado isso deixa a disputa mais transparente, por outro é preciso saber como jogar esse novo jogo com uma nova direita violenta e golpista que se mostra articulada em várias esferas.

Os professores que ontem foram massacrados podem ser a chave para enfrentar esse processo. O Brasil tem uma dívida histórica com esse segmento e não há nada melhor do que investir em educação para se derrotar a estupidez e a barbárie. Parabéns, professores do Paraná, vocês tiraram o bicho da toca.

Fonte:Revista Forum, 30/04/2015

Modernidade tecnológica na Educação do Pará



Até a presente data, os professores da Educação Estadual do Pará, não têm acesso acesso aos seus contracheques e não foi pago o salário de abril. Não sabemos a nossa lotação. O site do SEDUC, que poderia disponibilizar essas informações aos servidores, está em manutenção. Isso não acontecia há uns 15 anos. É a modernidade tecnológica do Helenilson Pontes!

Inaugurada há 43 anos, Rodovia Transamazônica ainda não tem asfalto

Estrada corta sete estados e tem mais de quatro mil quilômetros de extensão. Primeiro trecho foi inaugurado em 1972



Entre as pessoas que vão pegar estrada nesse feriado, as que passarem pela Rodovia Transamazônica não vão ter diversão nenhuma. Ela corta sete estados, com mais de quatro mil quilômetros de extensão.

O primeiro trecho foi inaugurado em 1972, durante o governo militar. Mas, 43 anos depois, metade da Transamazônica ainda não recebeu asfalto. Os repórteres Mário de Paula e Fabiano Villela registraram o resultado disso no Pará.

Pegar a Transamazônica, no sudoeste do Pará, é como pilotar no deserto. Ou em uma trilha no meio da mata, cheia de buracos e pontes precárias. E quando você acha que nada pode ser pior: a viagem foi interrompida no quilômetro 211 da Transamazônica, entre os municípios de Rurópolis e Placas. Nenhum veículo consegue passar. A explicação está bem na frente: uma carreta e um ônibus atolados.

“Água é o que a gente ganha dos outros. Passa um dá água, passa outro arruma ou vai buscar. E a comida vai acabando”, afirma o caminhoneiro Oséas Ramos.

Para sair dos atoleiros, só com a ajuda dos colegas ou pagando até R$ 100 pelo serviço de um trator.

Em outro trecho da BR-230, entre Pacajá e Novo Repartimento, o motorista do caminhão de cimento pisa fundo, mas não consegue vencer o lamaçal. São tantos acidentes na rodovia que os motoristas tentam se prevenir.

Jornal Nacional: O que o senhor está fazendo?
Joviano José Antônio, caminhoneiro: Eu estou retirando a parte inferior do para-choque, porque onde tem esses barros, enrosca e arranca fora.

A gente acabou de conversar com o motorista que retirou o para-choque e ao lado, um o ônibus parou no buraco.

“Ainda bem que não está molhado, se tivesse molhado já era”, diz o motorista Gilmar Martins.

A situação também é crítica na ligação da Transamazônica com a BR-163, por onde vem a produção de soja de Mato Grosso em direção aos portos do Pará.

A camada de lama tem mais de um metro. E só quando faz sol e a estrada começa a secar é que os veículos mais pesados conseguem passar sem a ajuda dos tratores. Com a rodovia nesse estado, também sobrou para a equipe do Jornal Nacional.

Às 20h55 noite, a equipe está tentando voltar para Altamira, só que não consegue seguir viagem por causa de um atoleiro que se formou e ninguém consegue passar. Está tudo cheio de lama. O carro só conseguiu passar porque foi puxado por um caminhão.

Nos últimos cinco anos, é a terceira vez que o Jornal Nacional denuncia as péssimas condições da Transamazônica no Pará.

“Eu viajo aqui desde 81 e cada dia que passa em vez de melhorar, eles vão deixando”, lamenta um motorista.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes informou que as obras nas rodovias citadas não estão paralisadas. E que os repasses estão ocorrendo de acordo com a programação do órgão. O Denit explicou ainda que as obras entram em ritmo mais lento no período de chuvas na região Norte, de dezembro até mais ou menos maio. E que o ritmo aumenta na estiagem, a partir de junho.

A matéria foi exibida no Jornal Nacional. Assista o vídeo Rodovia Transamazônica continua sem asfalto pós 43 anos de sua inauguração

Fonte: G1, 30/04/2015