sábado, 20 de março de 2021

De acordo com a denúncia, o Hospital Prontocor, do qual foi administrador, não repassava ao INSS as contribuições previdenciárias que descontava de seus funcionários

Brasil 247, 2/03/2021, 13:29 h Atualizado em 20/03/2021, 13:29
   Marcelo Queiroga (Foto: Agência Senado)

DCM - O médico Marcelo Queiroga, escolhido por Jair Bolsonaro (sem partido) para suceder o Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde é réu de uma ação movida pelo Ministério Público da Paraíba por crime contra o patrimônio público. As informações foram publicadas no site O Antagonista.

De acordo com a denúncia, o Hospital Prontocor, do qual foi administrador, não repassava ao INSS as contribuições previdenciárias que descontava de seus funcionários. A ação foi julgada improcedente em 2017.

O valor do débito é de R$ 25 milhões.

sexta-feira, 19 de março de 2021

Brasil é o 52º colocado no ranking mundial de vacinação contra a Covid-19

No Brasil, nem 5% da população recebeu a primeira dose do imunizante, que representa 4,6% da população. Enquanto apenas 1,6% foram vacinados com as duas doses necessárias para a imunização

Brasil 247, 19/03/2021, 18:48 h Atualizado em 19/03/2021, 19:27
   (Foto: Agência Brasil)

Apesar do Brasil ser o 5º país do mundo que mais aplicou doses da vacina contra a Covid-19, conforme declarou Jair Bolsonaro a apoiadores no Palácio do Planalto nesta sexta-feira, 19, o país é o 52º colocado no ranking de vacinação contra a Covid-19 no mundo, segundo dados compilados pelo jornal norte-americano The New York Times.

No Brasil, foram 13 milhões de doses aplicadas de vacinas contra o novo coronavírus, mas o ranking leva em conta a proporcionalidade em relação à população, que é o relevante para efeitos de disseminação do vírus.

Nem 5% da população recebeu a primeira dose do imunizante, que representa 4,6% da população. Enquanto apenas 1,6% foram vacinados com as duas doses necessárias para a imunização ter efeito contra o vírus. 75% das doses aplicadas são da vacina CoronaVac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac, produzida no Brasil pelo Instituto Butantan.

À frente do Brasil na América do Sul estão países como Argentina (50º lugar, com 5,1%), Uruguai (46º lugar, com 7,6%) e o Chile (4º lugar, com 29%). Os Estados Unidos aparecem em 6º, com 23%.
Governo assina contratos com Pfizer e Janssen

O governo federal assinou nesta sexta-feira, 19, contratos com os laboratórios Pfizer/BioNTech e Janssen, da farmacêutica Johnson & Johnson, para a entrega, no total, de 138 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

De acordo com os contratos, 100 milhões dessas doses correspondem ao imunizante da Pfizer/BioNTech e as outras 38 milhões são do braço farmacêutico da Johnson & Johnson.

As vacinas serão entregues ao longo do ano de 2021 em três etapas distintas. A primeira, prevista para o segundo trimestre do ano, consistirá em 13.518.180 doses da vacina da Pfizer, enquanto as 86.482.890 restantes deverão chegar no terceiro trimestre. Já as 38 milhões de doses da Janssen estão previstas para o quarto trimestre.

O canal Cortes 247 reúne clipes com os melhores momentos das entrevistas e dos programas jornalísticos da TV 247, que produz mais de dez horas diárias de conteúdo jornalístico original.

Pesquisa Fórum: preferência pelo PT dispara após volta de Lula ao cenário político

Retorno de Lula ao cenário político reverteu tendência de queda do partido na preferência do eleitorado. PT ainda é, de longe, o partido com maior simpatia entre os brasileiros

Brasil 247, 19/03/2021, 16:18 h Atualizado em 19/03/2021, 16:21
  (Foto: Amanda Perobelli/Reuters)

Revista Fórum - A preferência dos eleitores pelo PT entre todos os partidos políticos disparou e atingiu 17,9% dos eleitores após a decisão de Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que anulou as condenações e devolveu a elegibilidade ao ex-presidente Lula.

Os dados são da 8ª edição da Pesquisa Fórum, realizada entre 12 e 16 de março, em parceria com a Offerwise. O levantamento mostra uma reviravolta na preferência pelo partido de Lula, que vinha caindo desde o primeiro levantamento, de maio de 2020, quando estava em 13,76%. Em junho do mesmo ano, o porcentual foi para 11,38%, baixou para 9,8% em outubro e chegou ao menor patamar em novembro, com 9,3%.

O PT lidera a lista, seguido pelo PSDB, que marcou 5,6% na última pesquisa – 0,8% acima da anterior. A terceira posição é do PSL, partido usado por Jair Bolsonaro (Sem partido) para chegar ao Planalto, que marcou 4,2%.

Leia mais na Fórum.

Com UTIs em colapso pelo Brasil, Queiroga quer ir a hospitais checar se pessoas estão morrendo de Covid

O anunciado como novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, diz em conversas que, ao assumir, pretende ir aos hospitais numa espécie de blitz para conferir pessoalmente se as UTIs estão lotadas e se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid

Brasil 247, 19/03/2021, 15:00 h Atualizado em 19/03/2021, 15:29
   Marcelo Queiroga (Foto: Reprodução)

Marcelo Queiroga, médico anunciado como ministro da Saúde, pretende ir aos hospitais checar se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid. A informação é do colunista Lauro Jardim, do O Globo.

Enquanto a pandemia avança em seu pior momento no país, com falta de vagas em UTIs para tratamento de Covid e aumento do número de óbitos, sem que o governo tenha um plano nacional efetivo de combate e de imunização, o anunciado como novo ministro da Saúde - que ainda não tomou posse - diz em conversas que, ao assumir, pretende ir aos hospitais numa espécie de blitz para conferir pessoalmente se as UTIs estão lotadas e se as pessoas estão mesmo morrendo de Covid.

A medida lembra as invasões a hospitais de campanha por bolsonaristas em São Paulo, que apareciam de surpresa para verificar a ocupação de leitos durante a pandemia do coronavírus, em junho do ano passado.

Como faz desde o início da pandemia, Jair Bolsonaro mantém a campanha negacionista e coloca em dúvida o número de mortes pela doença, ignorando o avanço da pandemia.

"Parece que só morre de Covid. Você pega, você pode ver... Os hospitais estão com 90% das UTIs ocupadas. Quantos são de Covid e quantos são de outras enfermidades?", disse Bolsonaro.

Segundo o colunista, Queiroga, nestas conversas, tem também se mostrado preocupado com a vacina de Oxford, a que a Fiocruz está produzindo. Disse que a suspensão de sua aplicação em diversos países europeus deve ser acompanhada com muita atenção.

Governo assina contratos com Pfizer e Janssen para aquisição de 138 milhões de doses de vacina

No caso da Pfizer, contratos preveem 13,5 milhões de doses no segundo trimestre e 86,4 milhões no terceiro; 38 milhões de doses da Janssen devem ser entregues no quarto trimestre. Imunizante da Pfizer possui registro definitivo no Brasil

Brasil 247, 19/03/2021, 14:30 h Atualizado em 19/03/2021, 20:24
   (Foto: Dado Ruvic/Reuters)

Sputnik Brasil - O governo federal assinou nesta sexta-feira (19) contratos com os laboratórios Pfizer/BioNTech e Janssen, a farmacêutica da Johnson & Johnson, para a entrega, no total, de 138 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19.

De acordo com os contratos, segundo informou o site G1, 100 milhões dessas doses correspondem ao imunizante da Pfizer/BioNTech e as outras 38 milhões são do braço farmacêutico da Johnson & Johnson.

Além disso, as vacinas serão entregues ao longo do ano de 2021 em três etapas distintas: a primeira, prevista para o segundo trimestre do ano, consistirá em 13.518.180 doses da vacina da Pfizer, enquanto as 86.482.890 restantes deverão chegar no terceiro trimestre. Já as 38 milhões de doses da Janssen estão previstas para o quarto trimestre.

A assinatura dos contratos acontece depois que o ministro da Saúde Eduardo Pazuello, que será substituído no cargo por Marcelo Queiroga, anunciou no início desta semana que havia chegado a um acordo com os laboratórios para o fornecimento das vacinas.

Até o momento, apenas o imunizante da Pfizer/BioNTech recebeu o registro definitivo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Outras duas vacinas, Oxford/AstraZeneca e CoronaVac, já contam com autorização para uso emergencial e estão sendo utilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações.

O imunizante da Janssen, por sua vez, ainda não possui registro nem autorização, mas, assim como o medicamento da Pfizer, conta com a autorização para uso emergencial da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, a vacina desenvolvida pelo braço farmacêutico da Johnson & Johnson é a única no mundo que requer apenas uma dose por pessoa.

Os contratos com as duas farmacêuticas preveem um preço de US$ 10 (cerca de R$ 55) para cada dose, com isso, o valor total estimado do acordo com a Pfizer é de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões). Já o contrato com a Janssen será de US$ 380 milhões (R$ 2 bilhões), com o pagamento de uma primeira parcela de US$ 95 milhões (R$ 523 milhões).

Além das vacinas já mencionadas, o Brasil faz parte do consórcio Covax Facility, uma iniciativa coordenada pela OMS para a distribuição de imunizantes, que prevê a entrega de 42 milhões de doses para o país. Está previsto que o primeiro lote, com um milhão de doses, chegará neste fim de semana.

O governo brasileiro também informou que está negociando a compra de 13 milhões de doses da vacina do laboratório norte-americano Moderna e de outras 10 milhões da russa Sputnik V, o primeiro imunizante registrado no mundo contra a COVID-19, desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya com apoio do Fundo Russo de Investimentos Diretos (RFPI, na sigla em russo).

quinta-feira, 18 de março de 2021

Bolsonaro ataca Lula e já reconhece que deve enfrentá-lo em 2022

Fazendo sinal de número nove com as mãos, em referência ao petista, Bolsonaro chamou Lula de "capitão corrupção" e "velho barbudo", e já afinou o discurso sobre sua possível reeleição: "não tenho obsessão por ser presidente"

Brasil 247, 18/03/2021, 20:06 h Atualizado em 18/03/2021, 20:23
   Lula e Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

Com o país colapsando diante da pandemia, alcançando a marca de três mil mortes diárias por Covid-19 e vendo pessoas morrerem sem acesso a UTIs, Jair Bolsonaro arrumou tempo em sua live semanal nesta quinta-feira (18) para atacar o ex-presidente Lula.

Fazendo um sinal de número nove com as mãos, Bolsonaro chamou Lula de "capitão corrupção", em referência ao apelido que lhe foi dado, de "capitão cloroquina", em razão de suas sucessivas defesas em favor do inexistente tratamento precoce contra a Covid-19. "Não vamos remar contra, falar mal. 'Capitão cloroquina', está pensando que está me ofendendo é? Vocês vão ter o capitão corrupção, pelo que tudo indica, concorrendo em 2022. Aquele velho barbudo, capitão corrupção. Vocês sabem de quem eu estou falando. Eles estão felizes com esse cara".

Reconhecendo, portanto, que Lula deve ser seu principal adversário em 2022, Bolsonaro afinou o discurso sobre sua possível reeleição: "não tenho obsessão por ser presidente, por candidatura. Fiquei 28 anos dentro da Câmara, dois anos como vereador, nunca tive problema nenhum. A gente vai tocando o barco".

Negacionista no Brasil, Edir Macedo se vacina contra a Covid-19 nos Estados Unidos

Apesar de ter sido vacinado nos EUA, Macedo, no Brasil, apoia uma política negacionista e é aliado de Jair Bolsonaro, que já disse que não se vacinaria contra o novo coronavírus e estimulou movimentos contra a vacinação

Brasil 247, 18/03/2021, 18:46 h Atualizado em 18/03/2021, 19:23
  Edir Macedo sendo vacinado (Foto: Reprodução/Instagram)

O chefe da Igreja Universal da Igreja de Deus, Edir Macedo, se vacinou contra Covid-19 em Miami, nos Estados Unidos. No Instagram, ele divulgou vídeo sobre sua vacinação e de sua mulher, Ester Bezerra. O casal recebeu a dose da Janssen, da Johnson & Johnson.

Apesar de ter sido vacinado nos EUA, Macedo, no Brasil, apoia uma política negacionista e é aliado de Jair Bolsonaro, que já disse que não se vacinaria contra o novo coronavírus e estimulou movimentos contra a vacinação, apesar de nos últimos dias ter decidido se imunizar.

Lula pede união mundial, como na Segunda Guerra contra o nazismo

Para o jornalista Alex Solnik, o ponto alto da entrevista do ex-presidente Lula à CNN Internacional foi a sua exortação à união mundial contra a covid- 19, tal como “na Segunda Guerra Mundial contra o nazismo”

18 de março de 2021, 20:06 h Atualizado em 18 de março de 2021, 20:23
  Jornalista Christiane Amanpour, da CNN Internacional, e o ex-presidente Lula 
(Foto: Reprodução)

Por Alex Solnik

O ponto alto da entrevista de 20 minutos que Lula concedeu à jornalista Cristiane Amanpour, transmitida hoje, pela CNN internacional às 16h00 (hora de Brasília) foi a sua exortação à união mundial contra a covid- 19, tal como “na Segunda Guerra Mundial contra o nazismo”.

Citou Biden várias vezes.

“Quando vi que Biden tem 77 anos, pensei que eu que tenho 75 também posso fazer como ele”.

Pediu para Biden liderar esse movimento pela vacinação mundial convocando uma reunião de emergência do G-20.

“Não pediria se o presidente fosse Trump”, afirmou.

À questão central da conversa – será candidato em 2022? - respondeu com sabedoria:

“Não vou recusar se for convidado por meu partido e aliados. Mas não vou discutir candidatura agora. Agora vou me empenhar em salvar o meu país”.

Biden manda carta protocolar e Planalto divulga como se presidente dos EUA desejasse aproximação com Bolsonaro

A íntegra da carta não foi divulgada. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência publicou apenas uma nota com trechos e referências do texto destacando a "estreita colaboração" entre os países. Divulgação aconteceu um dia depois da entrevista de Lula à CNN na qual ele pediu a Biden para convocar o G-20

18 de março de 2021, 08:38 h Atualizado em 18 de março de 2021, 11:21
  Jair Bolsonaro e Joe Biden (Foto: ABr | Reuters)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou uma carta protocolar de agradecimento ao Brasil pela mensagem enviada na sua posse, mas apenas trechos e referências do texto foram divulgados pelo Planalto. A divulgação aconteceu um dia depois de Lula dizer à CNN que pedirá a Biden para reunir o G20 com o objetivo de discutir a pandemia e a distribuição global das vacinas "Eu peço isso ao presidente Biden para fazer isso, porque eu não confio no meu governo", disse Lula.

O conteúdo foi divulgado em nota pela Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência nesta quinta-feira (17). Nos fragmentos que foram publicados, Biden lembra as visitas que fez ao Brasil quando vice-presidente e diz que "não há limites para o que o Brasil e os EUA podem conquistar juntos".

"O presidente Biden saudou a oportunidade para que ambos os países unam esforços, tanto em nível bilateral quanto em fóruns multilaterais, no enfrentamento aos desafios da pandemia e do meio ambiente", diz a nota.

No fim da carta, Biden também "salientou que seu governo está pronto para trabalhar em estreita colaboração com o Governo brasileiro neste novo capítulo da relação bilateral".

As informações foram reportadas no Globo.

Datafolha indica que fiéis a Bolsonaro não passam de 14% da população A gestão do enfrentamento à pandemia de Covid-19 fez encolher a base de apoiadores de Jair Bolsonaro. O grupo de pessoas efetivamente fiéis a Bolsonaro representa apenas 14% da população 18 de março de 2021, 09:45 h Atualizado em 18 de março de 2021, 10:25 51 (Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL) Siga o Brasil 247 no Google News Assine a Newsletter 247 247 - Pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (17) sobre a avaliação de Jair Bolsonaro, aponta que apenas 14% da população brasileira é composta por pessoas efetivamente fiéis ao presidente brasileiro. Este segmento, que responde por 45% das avaliações positivas que Bolsonaro recebe, é formado por aqueles que acreditam em tudo o que Bolsonaro fala, negam a gravidade da pandemia e se posicionam contra a vacinação. Há um segundo grupo, que corresponde a 21% da população, equivalente a 31% das menções positivas, que se mostra favorável às vacinas contra a Covid-19 e ao distanciamento social. O terceiro grupo de apoio se concentra entre a população de menor renda e que é beneficiada pelo auxílio emergencial. “Aqueles que prezam pelas normas sanitárias e elegeram Bolsonaro, mas não são tão fiéis, correm o risco de abandonar o barco. E quanto aos que se converteram devido ao auxílio emergencial, mas não votaram nele, o apoio é incerto, porque o benefício deve voltar com valor menor e por menos tempo”, disse o cientista político e professor da FGV, Marco Antonio Teixeira, em entrevista ao jornal O Globo. O cientista político Eduardo Grin avalia que a pesquisa captou um crescimento do segmento antibolsonarista. “Cresce a rejeição na pandemia e um sentimento de antibolsonarismo. O eleitor “pendular”, mais moderado, vê que do outro lado tem outros candidatos, como o Lula e outros nomes no campo do centro”, avaliou. Apesar do aumento da rejeição a Bolsonaro, 50% da população se mostra contrária a abertura de um processo de impeachment, contra 46% dos que dizem ser a favor da medida.

A gestão do enfrentamento à pandemia de Covid-19 fez encolher a base de apoiadores de Jair Bolsonaro. O grupo de pessoas efetivamente fiéis a Bolsonaro representa apenas 14% da população

Brasil 247, 18/03/2021, 09:45 h Atualizado em 18/03/2021, 10:25
  (Foto: FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL)

Pesquisa Datafolha, divulgada nesta quarta-feira (17) sobre a avaliação de Jair Bolsonaro, aponta que apenas 14% da população brasileira é composta por pessoas efetivamente fiéis ao presidente brasileiro.

Este segmento, que responde por 45% das avaliações positivas que Bolsonaro recebe, é formado por aqueles que acreditam em tudo o que Bolsonaro fala, negam a gravidade da pandemia e se posicionam contra a vacinação. Há um segundo grupo, que corresponde a 21% da população, equivalente a 31% das menções positivas, que se mostra favorável às vacinas contra a Covid-19 e ao distanciamento social. O terceiro grupo de apoio se concentra entre a população de menor renda e que é beneficiada pelo auxílio emergencial.

“Aqueles que prezam pelas normas sanitárias e elegeram Bolsonaro, mas não são tão fiéis, correm o risco de abandonar o barco. E quanto aos que se converteram devido ao auxílio emergencial, mas não votaram nele, o apoio é incerto, porque o benefício deve voltar com valor menor e por menos tempo”, disse o cientista político e professor da FGV, Marco Antonio Teixeira, em entrevista ao jornal O Globo.

O cientista político Eduardo Grin avalia que a pesquisa captou um crescimento do segmento antibolsonarista. “Cresce a rejeição na pandemia e um sentimento de antibolsonarismo. O eleitor “pendular”, mais moderado, vê que do outro lado tem outros candidatos, como o Lula e outros nomes no campo do centro”, avaliou.

Apesar do aumento da rejeição a Bolsonaro, 50% da população se mostra contrária a abertura de um processo de impeachment, contra 46% dos que dizem ser a favor da medida.