terça-feira, 16 de março de 2021

Lava Jato destruiu 4,4 milhões de empregos e custou 3,6% do PIB, afirma estudo da CUT e Dieese

Com a força-tarefa, país perdeu investimentos, empresas e estatais foram prejudicadas, houve aumento do desemprego e economia ainda não se recuperou

Brasil 247, 16/03/2021, 18:17 h Atualizado em 16/03/2021, 20:21
    (Foto: Divulgação)

CUT - O estrago econômico e social provocado pela Operação Lava Jato de Curitiba, comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro, foi intencional e teve como objetivo possibilitar a implementação de um projeto que beneficia os interesses estrangeiros sobre o petróleo brasileiro, avaliou o presidente da CUT, Sérgio Nobre, durante a apresentação oficial, na tarde desta terça-feira (16), do estudo realizado pelo Dieese, a pedido da Central, que mostra os impactos negativos da operação na economia brasileira.

A Petrobras, assim como grandes outras empresas, foi o principal alvo da operação, ressaltou Sérgio. “Desde o início dessa operação, nós já dizíamos que empresas não cometem crimes, pessoas sim. E são elas que têm que ser investigadas e punidas. Não as empresas”, disse o presidente da CUT.

Os dados mostram que a operação, propagandeada com uma das maiores de todos os tempos no combate a corrupção, na verdade, foi responsável pelo caos econômico e social que o país vive.

Intitulado de “Implicações econômicas intersetoriais da operação Lava Jato”, o estudo mostra que Brasil perdeu R$ 172,2 bilhões de reais em investimento no período de 2014 a 2017.

O montante que o país perdeu em investimentos é 40 vezes maior do que os recursos que os procuradores da força-tarefa da lavo jato do Paraná anunciaram ter recuperado e devolvido aos cofres públicos, ressaltou o dirigente.

Seguramente, se a Lava Jato não tivesse existido, com o papel que teve, se tivesse preservado as empresas e não tivesse perseguição política, não teríamos os 14 milhões de desempregados, gente que não sabe como vai ser o dia de amanhã. Não teríamos milhares de pequenas empresas fechando a crise que se agrava a cada dia mais - Sérgio Nobre

No total, a Lava Jato contribuiu para exterminar cerca de 4,4 milhões de postos de trabalhos.

O presidente da CUT reafirmou que não há ninguém mais interessado no combate à corrupção, aos desvios de verbas públicas, do que a classe trabalhadora, segmento que mais se beneficia de recursos públicos quando bem utilizados, mas a atuação da república de Curitiba não estava interessada nisso.

A maneira como as denúncias eram feitas visava a desmoralização e a destruição da imagem de empresas, inclusive paralisando atividades, resultando em perda de postos de trabalho, disse. “Foi uma exposição sem precedentes para a marca e para a credibilidade dessas empresas. Ninguém negocia com empresas expostas na mídia como corruptas, irregulares”, disse Sérgio Nobre.

Este foi o método, disse ele, utilizado contra a Petrobras, uma das petrolíferas mais importantes do mundo e um importante instrumento de desenvolvimento do país. O objetivo era claro, queriam destruir a empresa para depois privatiza-la.

Paralelamente, empresas do ramo de engenharia que vinham ganhando destaque no setor de construção civil e até conquistando mercado internacional, como Odebrechet, Camargo Correia e outras, também viraram alvos de investigação e igualmente sofreram as consequências da Lava Jato.

A Lava Jato foi também um instrumento de perseguição política que possibilitou ao projeto radical de direita chegar ao poder, destruindo o Brasil.

Sérgio Nobre relacionou a operação à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), afirmando que a situação de caos vivida pelo Brasil poderia ter sido diferente , já que Bolsonaro foi eleito tendo como cabo eleitoral os membros da operação.

“Estaremos daqui há pouco batendo os 300 mil mortos e mais da metade dessas vidas poderia ter sido salva se não tivéssemos Bolsonaro como presidente”, disse Sérgio Nobre

Ele reforçou ainda que a narrativa de que o PT quebrou o Brasil tem que ser combatida porque “é uma mentira” e o estudo do Dieese comprova isso. Ainda de acordo com o dirigente, o levantamento, que em breve será lançado também em forma de livro, contando a história da farsa da Lava Jato, será neste primeiro momento um instrumento de diálogo com as bases – os trabalhadores – para que se conscientizem sobre os reais motivos da operação e os prejuízos que ela trouxe à sociedade.

O estudo será também entregue aos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG); e aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), para que, com base nos fatos e números estudados pelo Dieese, seja feita uma investigação profunda e que os responsáveis sejam punidos.
Mais dados

O coordenador-Técnico do Dieese, Fausto Augusto Jr, detalhou outras informações levantadas ao longo de mais de um ano de trabalho. Para ele, é importante destacar a quantidade de empregos perdidos por causa da Lava Jato.

Somente no setor de construção civil, cerca de 1,1 postos de trabalho foram extintos. Mas os reflexos também se estendem a outros setores como comércio e serviços, transportes, alimentação e até mesmo, indiretamente, nos serviços domésticos.

Com os impactos negativos da redução de investimentos e do emprego, a massa salarial foi reduzida em cerca de R$ 85 bilhões. “São 85 bi que poderiam ter circulado na economia, movimento o comércio, gerando mais empregos e renda”, disse Fausto.
A redução de investimento na Petrobras

O estudo detalha ainda a diminuição de investimentos na estatal após o início da operação, em 2014, e o montante que vinha sendo aplicado no desenvolvimento de tecnologia após a descoberta do pré-sal em 2006.

De acordo com o coordenador do Dieese, as consequências da Lava Jato são sentidas pela população nos dias de hoje. “Quando não há investimento público, a economia tem impacto em cadeia. Por isso tivemos a perda milhões de empregos em outros setores que não tem a ver com a Lava Jato. Se investimentos tivessem sido feitos, nosso PIB poderia ter sido maior e hoje a economia seria diferente”, diz Fausto Augusto Jr.

Delfim Netto diz que Lula voltará à presidência com o seu voto

O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto fez a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que gostaria de votar nele em 2022. “Lula tem sido objeto de uma perseguição ridícula. Com o meu voto, ele voltará à presidência”, declarou

Brasil 247, 16/03/2021, 11:13 h Atualizado em 16/03/2021, 11:17
  (Foto: Divulgação)

O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto fez a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e disse que gostaria de votar nele em 2022.

“Lula tem sido objeto de uma perseguição ridícula. O governo de Lula foi bastante bom. Deixemos Lula ser candidato se for a vontade do povo. E com o meu voto, ele voltará à presidência.”, declarou o ex-ministro à Rádio Bandeirantes nesta terça-feira (16).

Aos 91 anos, Delfim Netto não vê boas perspectivas para o Brasil enquanto durar o governo Bolsonaro.

"Com as intervenções do governo na economia e com o descaso pela pandemia, o mundo pode virar as costas para o Brasil”, disse ao jornalista Lauro Jardim, no dia 28 de fevereiro.

Negacionista, Zema muda de posição, decreta fase roxa e diz que sistema de saúde "entrou em colapso" em MG

Negacionista e alinhado a Bolsonaro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou na noite desta segunda-feira (15) início da fase roxa em todas as regiões do estado. Nesta terça, admitiu que sistema de saúde mineiro entrou em colapso

Brasil 247, 16/03/2021, 10:04 h Atualizado em 16/03/2021, 10:23
  Governador de Minas, Romeu Zema (Foto: Divulgação)

Negacionista e alinhado ao bolsonarismo, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), confirmou na noite desta segunda-feira (15) o início da fase roxa em todas as regiões do estado, que vive seu pior momento na pandemia, após o sistema de saúde entrar em colapso em decorrência da alta de internações por conta do vírus. A ocupação de leitos de terapia intensiva chegou a 93,4% nesta segunda-feira. A fase roxa terá início na próxima quarta-feira.

Segundo reportagem do portal G1, na fase roxa irão funcionar apenas serviços essenciais. Estão suspensas cirurgias eletivas, restrição de circulação de pessoas (só poderão sair de casa para atividades essenciais), será imposto toque de recolher das 20h às 5h e aos finais de semana, ocorrerá a proibição de pessoas sem máscara em qualquer espaço público ou de uso coletivo, ainda que privado, além da proibição de circulação de pessoas com sintomas de gripe, a menos que estejam indo para consulta médica.

A fase roxa também proíbe eventos públicos ou privados, reuniões presenciais, inclusive entre parentes que não morem na mesma casa e implantação de barreiras sanitárias de vigilância, implantação de barreiras sanitárias de vigilância e fechamento de bares e restaurantes (funcionamento apenas por delivery).

Mesmo com cenário de mortes, a fase roxa ganha resistência de bolsonaristas no estado. Em Belo Horizonte, ocorreu nesta segunda-feira (15) uma carreta contra o fechamento do comércio e um cinegrafista so jornal Estado de Minas que cobria a ação foi agredido pelos extremistas.

Em Juiz de Fora, a prefeita da cidade, Margarida Salomão (PT-JF), sofreu ameaças de morte por implementar a fase roxa na principal cidade da Zona da Mata mineira.

Alinhado ao bolsonarismo

Zema, contrário dos demais governadores, assiste ao fracasso do Governo Federal no combate à pandemia de forma passiva e muitas vezes se posicionou contra medidas restritivas de circulação.

O governador mineiro foi um dos chefes de Executivo estaduais que não assinou uma nota de repúdio contra Jair Bolsonaro (sem partido), emitida no dia primeiro de março, acusando o ex-capitão de mentir sobre os repasses financeiros do executivo para os estados. Além de Zema, Gladson Cameli (PP-AC), Wilson Lima (PSC-AM), Ibaneis Rocha (MDB-DF), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS), Marcos Rocha (PSL-RO), Antonio Denarium (PSL-RR) e Carlos Moisés (PSL-SC) não assinam o documento.

Amôedo diz que Bolsonaro é pior do que pensava e fala em volta da esquerda ao poder

João Amoêdo diz que o fracasso de Jair Bolsonaro abre caminho para a volta da esquerda ao poder, sobretudo com a volta do ex-presidente Lula no cenário político: "É pior do que a gente poderia imaginar"

Brasil 247, 16/03/2021, 07:33 h Atualizado em 16/03/2021, 09:21
  Amôedo, Lula e Bolsonaro (Foto: ABr)

João Amôedo, um dos fundadores do partido Novo, sigla que apoiou Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições de 2018, diz que o fracasso do atual presidente abre caminho para a volta da esquerda ao poder, sobretudo com o resgate dos direitos políticos do ex-presidente Lula (PT). "É pior do que a gente poderia imaginar", disse ele sobre Bolsonaro em em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo veiculada nesta quarta-feira (16).

"Pode reforçar o retorno da esquerda que ele [Bolsonaro] tanto dizia combater, por total ineficiência e por uma visão ideológica extremada e distorcida", disse ele nesta quarta-feira (16)

Amôedo é incisivo quanto à gestão da pandemia por Bolsonaro: "Ele faz o contrário do que recomendam as boas práticas, faz ataques desnecessários aos gestores públicos e incentiva a população a descumprir medidas. E os resultados que estamos colhendo são reflexo da liderança dele, uma atuação que compromete vidas de brasileiros".

Para Amôedo, Paulo Guedes está "fazendo figuração", e há um "desempenho desastroso" do governo na pandemia.

Ele defende o impeachment de Bolsonaro e espera o melhor momento para que o processo seja aberto no Congresso: "Do ponto de vista político, ainda não existe clima, mas acredito que continuará crescendo o apoio à ideia.".

Centrão faz ameaça velada e diz que Bolsonaro tem sua última chance de acertar

A escolha do novo ministro da Saúde marcou mais um episódio de crise política em que Jair Bolsonaro voltou a se isolar

Brasil 247, 16/03/2021, 04:33 h Atualizado em 16/03/2021, 09:25
  (Foto: ABr)

A substituição do general Eduardo Pazuello e a nomeação do cardiologista Marcelo Queiroga nesta segunda-feira (15) para a pasta da Saúde constituíram mais um episódio da crise política do governo Bolsonaro, em que o titular do Planalto voltou a se isolar. Os constrangimentos que marcaram as duas conversas da médica Ludhmila Hajjar com Jair Bolsonaro fizeram políticos do Centrão lavar as mãos sobre a indicação do novo ministro da Saúde. Bolsonaro volta a ficar isolado.

Reportagem do Estado de S.Paulo informa que um influente político do Centrão resume. Bolsonaro quis escolher um nome sozinho. Não tem problema. Mas terá que acertar na seleção do seu quarto ministro da Saúde porque, caso seja necessário fazer uma nova troca, o país não vai parar para discutir quem será o quinto, mas sim o próximo presidente da República. Na versão de um deputado, ninguém mais ficará brincando de escolher ministro.

No Supremo Tribunal Federal (STF), o tratamento dado à médica Ludhmila Hajjar foi considerado lamentável.

Felipe Neto e Dória chamam Bolsonaro de genocida

Felipe Neto reitera acusação de genocídio contra Bolsonaro e diz que não vai se intimidar. Por sua vez, Doria também chama Bolsonaro de genocida e diz que vai levá-lo a tribunais internacionais

Youtuber foi procurado pela polícia após denúncia apresentada pelo vereador Carlos Bolsonaro e acusado de crime contra a segurança nacional

Brasil 247, 16/03/2021, 06:57 h Atualizado em 16/03/2021, 07:09
   Felipe Neto (Foto: Reprodução YouTube)

O youtuber Felipe Neto, que passou a ser investigado por crime contra a segurança nacional, após chamar Jair Bolsonaro de genocida e receber denúncia apresentada pelo vereador Carlos Bolsonaro, um dos chefes do chamado "gabinete do ódio", postou um pronunciamento nas redes sociais, em que reitera a acusação e diz que não se calará. Confira:

Pronunciamento a respeito da acusação de crime contra a segurança nacional.

Obrigado a todos que assistirem e puderem ajudar com um RT. pic.twitter.com/b3QL7piaNQ— Felipe Neto (@felipeneto) March 16, 2021

Doria também chama Bolsonaro de genocida e diz que vai levá-lo a tribunais internacionais

"O que ele está promovendo no Brasil é um genocídio", disse o governador de São Paulo

Brasil 247, 16/03/2021, 06:09 h Atualizado em 16/03/2021, 06:16
   Jair Bolsonaro e Doria segurando a vacina CoronaVac 
(Foto: REUTERS/Adriano Machado | GOVSP)

"O governador de SP, João Doria, afirmou que vai ajudar a levar o presidente Jair Bolsonaro a julgamento em tribunais internacionais por sua condução no combate à pandemia de covid-19 no País", aponta reportagem do jornal Estado de S. Paulo.

Doria declarou que pretende auxiliar para que Bolsonaro "seja julgado por esse genocídio que está cometendo contra os brasileiros". Segundo o governador, "daqui a pouco vai faltar oxigênio, daqui a pouco vão faltar condições básicas para o País, que vive a sua maior tragédia, e temos um Presidente que sorri, que anda de jet-ski, que come leitãozinho e despreza a vida. Pois eu desprezo Jair Bolsonaro e desprezo todos que, como ele, são negacionistas", afirmou o tucano. "O que ele está promovendo no Brasil é um genocídio."


Lula apoia Felipe Neto e denuncia "tentativa de intimidação e censura" de Bolsonaro

Brasil 247, 16/03/2021, 10:53 h Atualizado em 16/032/2021, 11:42
  (Foto: Divulgação)

O ex-presidente Lula usou suas redes sociais nesta terça-feira (16) para prestar solidariedade a Felipe Neto, após o youtuber sofrer censura e ser intimado a depor após chamar Jair Bolsonaro de “genocida”, no âmbito da Lei de Segurança Nacional.

O youtuber foi procurado pela polícia após denúncia apresentada pelo vereador Carlos Bolsonaro e acusado de crime.

“Manifesto minha solidariedade a @felipeneto. Que a tentativa de intimidação e censura desse desgoverno não o impeça de continuar se manifestando livremente, como é próprio da democracia, independente de sua posição. O silenciamento é uma das armas do fascismo”, declarou Lula.

Na noite desta segunda-feira (15), Felipe declarou que não irá se intimidar pelas ameaças do clã.

Polícia Federal abre inquérito para apurar negócios suspeitos de Renan Bolsonaro

Filho de Jair Bolsonaro é suspeito de promover tráfico de influência com o governo para beneficiar empresas privadas

Brasil 247, 16/03/2021, 07:17 h Atualizado em 16/03/2021, 07:25
   (Foto: Reprodução/Instagram)

Não é apenas Flávio Bolsonaro que está na mira de investigações por relações suspeitas. A Polícia Federal abriu nesta segunda-feira (15) um inquérito para apurar negócios envolvendo Jair Renan, filho de Jair Bolsonaro. A informação é do jornal Folha de S.Paulo.

O grupo capixaba Gramazini Granitos e Mármores, que tem como lobista Jair Renan Bolsonaro, o filho “04” de Jair Bolsonaro, obteve em setembro de 2019 um benefício fiscal que concede 75% de desconto no pagamento do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) até 2028.Segundo reportagem de Pedro Capetti, no jornal O Globo neste domingo (14), trata-se de benefício muito diferente do praticado pela grande maioria das empresas brasileiras. Com o desconto, a empresa paga apenas 25% do imposto que deve à União.

Levantamento no Diário Oficial da União mostra ainda que apenas em 2021 a empresa obteve amis de 15 autorizações da Agência Nacional de Mineração (ANM) para prospectar novas áreas para produção de minério.

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento preliminar para apurar “possíveis crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro” na proximidade entre o grupo empresarial e o filho de Bolsonaro.

Carro de R$ 90 mil

No final do ano passado, a Gramazini Granitos e Mármores deu um carro elétrico no valor de R$ 90 mil a Jair Renan, que estava inaugurando a empresa no estádio Mané Garrincha – a Bolsonaro Jr.

Sakamoto: ex-mulher de Bolsonaro desponta como novo Queiroz em "esquema familiar de rachadinha"

Jornalista Eduardo Sakamoto observa que Ana Cristina Siqueira Valle, ex-esposa de Jair Bolsonaro, "está presente em indícios de esquemas nas três esferas: Congresso Nacional, Assembleia Legislativa do Rio e Câmara dos Vereadores do Rio"

Brasil 247, 16/03/2021, 09:29 h Atualizado em 16/03/2021, 10:23
   (Foto: Felipe L. Gonçalves/Brasil247 | Reprodução)

O jornalista Eduardo Sakamoto afirma que “ segunda esposa de Jair Bolsonaro, Ana Cristina Siqueira Valle, é peça-chave para entender como funcionava o esquema familiar de "rachadinhas" no gabinete do então deputado estadual e, hoje, senador, Flávio Bolsonaro, mas também no do vereador Carlos Bolsonaro e no do próprio presidente da República, quando era deputado federal”. “Ela está presente em indícios de esquemas nas três esferas: Congresso Nacional, Assembleia Legislativa do Rio e Câmara dos Vereadores do Rio”, escreve Sakamoto em sua coluna no UOL.

Para ele, “muito se fala sobre o papel do ex-policial e ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz em organizar o recebimento do dinheiro desviado na Assembleia Legislativa do Rio” mas “o comportamento de Ana Cristina (que após se separar de Jair e ir morar na Noruega, voltou ao Rio e, agora, se tornou servidora no gabinete de Celina Leão (PP-DF) no Congresso Nacional, como revelou Juliana Dal Piva, no UOL) também mostra que há outros operadores desse esquema familiar”.

“O clã Bolsonaro pagava salários a 18 parentes de Ana Cristina através de seus gabinetes. Foi pai, mãe, irmão, cunhados, tias, tio, primos, madrasta de primo contratados para atuar como servidores de Jair, Flávio e Carlos. Desses, dez estão sendo investigados e tiveram sigilos quebrados. Entre eles, Andrea, irmã de Ana, que aparece como funcionária do gabinete do então cunhado deputado federal entre 1998 e 2006”, ressalta o colunista.

“Depois que deixou o gabinete de Jair, Andrea foi para o de Carlos, na Câmara dos Vereadores do Rio, onde ficou no cargo por dois anos, chefiada pela irmã. E, a partir de 2008, se mudou para o gabinete de Flávio, na Alerj, permanecendo por dez anos como funcionária fantasma. É investigada pelo MP por rachadinha nesses dois últimos”, diz o jornalista.

Segundo ele, o especial "Anatomia da Rachadinha" mostra um esquema mafioso envolvendo as três esferas da administração pública, que se valeu da percepção de impunidade para se manter vivo por muito tempo. Um conglomerado de crime que chegou à Presidência da República”.

domingo, 14 de março de 2021

Lula se consolidou como liderança para uma agenda de saída da crise, avalia Jeferson Miola

“A direita tradicional começa a agir de forma desbaratinada, não sabem o que fazer”, diz o jornalista. Segundo ele, Eduardo Leite, Doria, Huck, Ciro ou outros possíveis candidatos em 2022 têm agora “dificuldades ainda maiores pela força de gravidade que o Lula exerce”. 

Brasil 247, 12/03/2021, 18:11 h Atualizado em 12/03/2021, 18:19
  Jeferson Miola e Lula (Foto: Reprodução | Ricardo Stuckert)

O jornalista Jeferson Miola analisou na TV 247 a volta do ex-presidente Lula ao cenário político-eleitoral do Brasil após o histórico discurso que fez na última semana e afirmou que outros setores políticos estão neste momento em apuros em razão da força do ex-presidente.

“Estamos diante de uma situação que é de um aprofundamento deste peso que o Lula tem no debate público nacional, uma perda substantiva do Bolsonaro e eu acho que esses eventos recentes trazem dificuldades e contradições importantes no que fica entre o PT e a extrema-direita”, afirmou.

Segundo Miola, Lula se consolidou como personagem capaz de guinar o país para um caminho de saída da crise sanitária e econômica na qual o Brasil se encontra atualmente, o que nenhuma outra personalidade política foi capaz de apresentar até aqui. “Esse centro, a direita tradicional começa a agir de forma desbaratinada, não sabem o que fazer. Pode-se considerar quaisquer ensaios, Eduardo Leite, Doria, Huck, Ciro, o que quer que seja, mas eu acho que começa a enfrentar dificuldades ainda maiores pela força de gravidade que o Lula exerce e a afirmação, a consolidação do Lula já hoje como liderança para a agenda de saída da crise”.

“Foi isso que o Lula ofereceu. Ele traz uma voz de esperança, ele dá sentido de futuro. Temos um país que está completamente devastado, está destroçado, a maior mortandade hoje de pessoas por Covid-19 por dia no mundo está acontecendo no nosso país e com perspectivas de agravamento da situação. O Lula chega e diz: ‘não. Alto lá. Essa realidade precisa ser interrompida. Eu tenho aqui a agenda para nós superarmos essa realidade e eu sou uma liderança capaz de gerir o país em outras bases’. É isso que o Lula faz e coloca, em certo sentido, em enormes dificuldades todos os segmentos que tiveram à sua mão a capacidade de tomar iniciativas políticas e que não agiram no curso desses dois anos como deveriam ter agido”, completou.

Deputados do PT acionam na justiça empresário bolsonarista que ameaçou Lula

Presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os deputados Rui Falcão e Paulo Teixeira, pediram ao Ministério Público de São Paulo que investigue o apoiador de Jair Bolsonaro que ameaçou de morte o ex-presidente Lula em vídeo

Brasil 247, 14/03/2021, 18:04 h Atualizado em 14/03/2021, 18:07
   Empresário bolsonarista José Sabatini ameaça o ex-presidente Lula (Foto: Reprodução)

A deputada Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, e os deputados Rui Falcão e Paulo Teixeira protocolaram uma notícia-crime no Ministério Público de São Paulo pedindo investigação da ameaça de morte feita ao ex-presidente Luiz Inácio lula da Silva.

No documento, os parlamentares pedem abertura de investigação dos crimes de ameaça e calúnia contra Lula, após circular nas redes sociais vídeo em que aparece um homem que atira com arma de fogo e ameaça o ex-presidente Lula de morte. Ele foi identificado como José Sabatini, empresário de Artur Nogueira, cidade a 150 km de São Paulo.

Pelas redes sociais, a deputada Gleisi Hoffmann já havia anunciado que medidas legais seriam tomadas contra o autor do vídeo contra Lula.

O advogado e ex-deputado federal Wadih Damous cobrou a imediata prisão do bolsonarista. “O que está faltando para que o Ministério Público peça a prisão preventiva desse indivíduo?” questionou.

Leia a notícia-crime protocolada pelos deputados do PT:

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