sábado, 26 de dezembro de 2020

Ex-ministros da Saúde de Bolsonaro são críticos do presidente

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich afirmou que o Brasil não possui "planejamento, estratégia, liderança, coordenação e informação" para enfrentar a pandemia. "Liderança não é uma coisa que você consegue por decreto, precisa ser legitimada”, disse

Brasil 247, 25/12/2020, 16:26 h Atualizado em 25/12/2020, 17:17
   (Foto: Alex Pazuello/Semcom | ABr)

O ex-ministro da Saúde Nelson Teich disse que o governo não tem "planejamento, estratégia, liderança, coordenação e informação” para enfrentar a pandemia e que até as “coisas boas” somem em função da “guerra política” criada em torno da crise sanitária. “Já devemos ter chegado a 220 mil mortos, porque há uma subnotificação”, alertou.

“A Covid-19 suscita uma cooperação em todos os níveis. E o que o Brasil não tem é planejamento, estratégia, liderança, coordenação e informação. Isso não é uma coisa deste governo, deste ministério. É uma coisa que foi se estruturando ao longo de décadas. Quando ocorre uma sobrecarga como essa, ela realça as fraquezas. Liderança não é uma coisa que você consegue por decreto, precisa ser legitimada”, disse Teich em entrevista ao jornal O Globo

“Chegamos agora a um cenário parecido com o início da pandemia, com problemas de falta de equipamentos. Já devemos ter chegado a 220 mil mortos, porque há uma subnotificação”, completou. O ex-ministro destacou que o Brasil não possui um conjunto de ações para enfrentar o avanço da Covid-19. “Falta de tudo: planejamento, estratégia, liderança, coordenação e informação. Tudo isso aí não é uma coisa só. As pessoas falam de temas como se fossem uma bala de prata”, afirmou.

“Os países que tiveram grande controle foram os que conseguiram evitar casos novos. Tem países que fizeram coisas diferentes e deram certo. É um conjunto de ações. Tem que ter diálogo imenso com estados, municípios, uma comunicação com a sociedade forte. Por isso, estratégia e planejamento são fundamentais”, justificou. 

Segundo ele, a forma como Jair Bolsonaro abordou a crise acabou prejudicando a disseminação de informações para combater a pandemia. “Numa situação como essa, você tem que ter uma coordenação em linguagem única máxima. Toda vez que você tem um conflito de informações, de mensagem, de posicionamento, você confunde as pessoas. Não ter uma comunicação alinhada, forte, todo mundo mandando a mesma mensagem, dificulta o combate à pandemia, claramente”, afirmou.

Mandetta diz que Bolsonaro tem "condução desastrosa" no combate à pandemia

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que o Brasil está “sem liderança” para enfrentar o avanço da Covid-19 e que Jair Bolsonaro “teve uma condução desastrosa” durante a pandemia. “Até hoje não houve uma fala do presidente que ajudasse a Saúde pública brasileira”, disse o ex-ministro em entrevista ao jornal O Globo. 

Mandetta, que deixou o governo em abril, ressaltou que “o presidente não acredita (no vírus)” e que a defesa da economia em detrimento da saúde feita por ele atrapalha o combate contra a doença. “Até hoje não houve uma fala do presidente que ajudasse a Saúde pública brasileira. Ninguém aguenta mais, é legítima a pressão da economia, mas todo mundo deveria andar junto, ou ter uma regra bem clara e transparente para recomendar lockdown tecnicamente e o governo federal apoiar medidas necessárias”, disse. 

“Quando a taxa de ocupação hospitalar ultrapassa 90%, tem que frear. A saída da crise depende muito da capacidade de vacinação da população. Até agora não transparece que a gente vá ter a execução de um plano bem fundamentado. Parece tudo errático. É preciso ter uma capacidade de liderança muito forte, e o Brasil está sem liderança em Saúde”, emendou.
“Ele (Bolsonaro) falou várias vezes que entre a saúde e a economia, ele ia ficar com a economia. E a população começou a construir as suas linhas de defesa sem contar com a liderança da figura maior do governo. Vimos o Ministério da Saúde falando uma coisa e ele falando outra”, afirmou o ex-ministro. 

Mandetta também voltou a criticar a “intervenção militar” no ministério da Saúde feita por Bolsonaro. “Um militar não tem a menor noção do que é Saúde. A gente passa a ter um governo federal que sai completamente do enfrentamento da Saúde e com o argumento de que o problema era de logística. Nunca foi, o problema era de Saúde pública, muito mais complexo do que carregar caixa para lá e para cá. E agora tem uma crise tripla, de prevenção, atendimento e vacina”, destacou.

Ele ressaltou, ainda, que o números de mortes em função da Covid-19 “ fala por si. Ele (Bolsonaro) teve uma condução desastrosa. A desautorização do ministro em público, “manda quem pode e obedece quem tem juízo”; o “e daí?”; “não sou coveiro”; “gripezinha”; “está no final”. Está no final nada. Se teve alguma coisa digna de nota eu não saberia te citar”.

Guerra no DEM: Alcolumbre recusa convite de Maia para homenagear Gilmar Mendes

O DEM, que domina as duas casas do Congresso Nacional, está em guerra interna. Os presidentes do Senado e da Câmara romperam relações após decisão do STF que barrou a tentativa de ambos se reconduzirem à presidência das duas casas

Brasil 247, 26/12/2020, 05:48 h Atualizado em 26/12/2020, 06:22
   Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre (Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está em guerra com seu correligionário Rodrigo Maia, presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O senador foi convidado para um jantar em homenagem ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, na casa do deputado na semana passada, mas se recusou a comparecer.

Alcolumbre e Maia não se falam desde o dia 6 de dezembro, quando o STF interrompeu o sonho de ambos se reelegerem para as presidências do Senado e da Câmara. 

Agora, ambos estão, cada um no seu quadrado, tentando eleger seus candidatos para a cúpula do Congresso, numa disputa que polariza as diferentes facções da direita e envolve também setores majoritários da esquerda alinhados no chamado "bloco do Maia" na Câmara dos Deputados. 

Alcolumbre culpa Maia pelo fato de os ministros do STF terem decidido pela proibição. O episódio também provocou divisão no tribunal, informa o Painel da Folha de S.Paulo.

Papa Francisco resgatou o melhor da tradição católica ao citar D. Hélder, diz Fernando Haddad

Fernando Haddad destaca que ao citar D. Helder Câmara em sua mensagem de Natal, o papa Francisco resgatou o "melhor da tradição católica brasileira, num momento em que nossa gente padece com um governo que atenta reiteradamente contra a vida, sobretudo a dos mais pobres”

Brasil 247, 26/12/2020, 06:38 h Atualizado em 26/12/2020, 07:24
    D. Héder Câmara (Foto: Paulo Emílio)

O ex-prefeito Fernando Haddad observa que apesar da Igreja Católica ter uma relação próxima com o poder, a instituição teve um papel importante no processo de redemocratização. “Muitos líderes católicos abraçaram com tal vigor a causa das liberdades individuais e da justiça social que passaram a ser referência internacional. Um deles, D. Hélder Câmara, patrono brasileiro dos direitos humanos, foi indicado quatro vezes ao Prêmio Nobel da Paz”, escreve Haddad em sua coluna deste sábado (26) na Folha de S. Paulo. 

‘Duramente combatido pela ditadura militar, D. Hélder foi citado pelo papa Francisco na sua mensagem de Natal, na qual resgatou a famosa frase do bispo brasileiro: “Quando dou comida aos pobres, me chamam de santo. Quando pergunto por que eles são pobres, chamam-me de comunista”’, destaca o ex-prefeito no texto.

Para ele, “a lembrança resgata o melhor da tradição católica brasileira, num momento em que nossa gente padece com um governo que atenta reiteradamente contra a vida, sobretudo a dos mais pobres”.


"Ao longo da sua história, a Igreja Católica já teve que rever suas posições sobre temas delicados. Uma coisa, porém, é certa: quando reafirmou sua autonomia em relação ao poder e optou por agir contra a injustiça, ela honrou seu compromisso com os fundamentos da sua existência. D. Hélder não poderia ser mais inspirador”, finaliza.

Delegado da PF que inocentou Flávio Bolsonaro contratou namorada para fornecer cestas de café da manhã

Diretor da ADPF no Rio, Erick Blatt teria contratado, por R$ 34,2 mil, a própria namorada para fornecer cestas de Natal aos associados. Ele foi o responsável pela condução do inquérito que inocentou o senador Flávio Bolsonaro do crime de lavagem de dinheiro

Brasil 247,  26/12/2020, 09:25 h Atualizado em 26/12/2020, 09:25
     Erick Blatt e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

O diretor da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) no Rio de Janeiro, Erick Blatt, é alvo de uma representação feita pelos próprios associados que questionam o fato do delegado ter contratado, por R$ 34,2 mil, a própria namorada para fornecer cestas de Natal aos filiados da associação. 

Blatt foi o responsável pela condução do inquérito eleitoral que, em janeiro deste ano, concluiu não existirem indícios do crime de lavagem de dinheiro pelo senador Flávio Bolsonaro em negociações imobiliárias feitas no Rio de Janeiro. Ele o parlamentar se conhecem há pelo menos sete anos. 

Segundo informações de Guilherme Amado, da revista Época, o estatuto da ADPF veda a contratação de cônjuge ou companheiro por dirigentes. Na representação, os associados também pedem uma auditoria externa nas contas da diretoria, e que a presidência analise se Blatt deve permanecer à frente do cargo. 

Neste sábado (26), Blatt informou que Jordana Almeida não é sua companheira e que ele ainda está em processo de divórcio. “Infelizmente ainda sou casado e estou em processo de divórcio”, disse o delegado por meio de um comunicado. 

Após nova queda, PT diz não ver derrota e fala em resgatar direitos de Lula

Nathan Lopes Do UOL, em São Paulo 08/12/2020 10h56
     Imagem: Sergio Lima/Folhapress 

O PT deixou as eleições municipais de 2020 sem ter conquistado nenhuma capital, algo que nunca havia acontecido desde a redemocratização. Apesar do resultado, o partido diz não avaliar que houve uma derrota. 

"O resultado eleitoral certamente ficou aquém das expectativas, mas nada justifica a leitura derrotista que tentam impor ao PT e à esquerda de maneira geral", traz trecho da "Declaração Política do Partido dos Trabalhadores", feita pelo Diretório Nacional do partido e que ainda será publicada. 

Críticas à direção

O documento, com 16 pontos, foi elaborado ontem em debate virtual do Diretório Nacional do PT. No encontro, o desempenho nos pleitos foi analisado e também ouviu críticas de algumas alas do partido. 

"O Diretório Nacional não considerou a possibilidade de que fossemos reduzir o número de prefeituras governadas por nós", escreveram integrantes do grupo ao partido.

"Pelo contrário, prevaleceu a ideia de que, lançando mais candidaturas e atuando numa situação política melhor do que a de 2016, cresceríamos. E isso não ocorreu. Como não imaginávamos que pudesse ocorrer, não tomamos as devidas medidas." 

"Ainda estamos longe de uma resposta efetiva ao bloco de poder que se constituiu contra a esquerda", outra ala pontuou. Esta considerou que o PT conseguiu "manter o nariz fora d'água, com resultados moderadamente positivos quando confrontados com 2016". No total, petistas irão comandar 183 prefeituras a partir de 2021. 

No total, petistas irão comandar 183 prefeituras a partir de 2021. Em 2016, eram 254, número que já representava uma queda em relação a 2012, quando obteve a administração de 638 cidades.

"A queda no número de prefeitos e vereadores eleitos em relação a 2016 parece indicar (...) que nossa fragilidade de construção partidária em pequenos e médios municípios, com diretórios efêmeros e cartoriais, não foi enfrentada para dar conta do desafio colocado pela tática eleitoral de 2020", disseram um dos grupos críticos. 

"Intensidade" menor 

Na declaração, o Diretório não faz uma autocrítica sobre estratégia e indica que outros fatores foram determinantes, como a pandemia do novo coronavírus e as mudanças no calendário eleitoral. "Qualquer avaliação criteriosa das eleições de 2020 tem de levar em conta as condições excepcionais em que foram disputadas e que certamente influíram no resultado".

Para o PT, o cenário favoreceu "fortemente os candidatos de partidos ligados ao governo federal e os que disputaram a reeleição, num ano em que o índice de reeleição de prefeitos saltou de 45% (em 2016) para 63%".

O partido avalia que as restrições impostas pela crise sanitária reduziram "a intensidade do debate eleitoral e político, além da competitividade dos candidatos de oposição no nível local". 

"Significativo" 

Apesar de não ter conquistado capitais, os petistas comemoraram a vitória em cidades menores no segundo turno. 

"É significativo para um partido com a trajetória do PT o fato de termos voltado a vencer eleições municipais em cidades historicamente ligadas ao partido, como Diadema (SP), Mauá (SP) e Contagem (MG), além da eleição da primeira prefeita mulher e petista de Juiz de Fora (MG)."

Foram quatro conquistas nas 15 disputas das quais participou em 29 de novembro. Nas duas cidades paulistas, as vitórias foram em municípios do chamado "cinturão vermelho", que praticamente abandonou o partido na eleição passada. 

"Resgate" de Lula 

A partir do resultado da eleição, o Diretório Nacional diz que "o resultado nos impõe a responsabilidade de fortalecer com a esquerda e os movimentos sociais a oposição ao governo Bolsonaro, aos seus aliados e as políticas neoliberais". 

"Bem como construir as condições políticas para disputar as próximas eleições presidenciais com uma agenda de reconstrução do país, dos direitos, da soberania nacional e da democracia."

Nessa reconstrução, o partido volta a pontuar "o resgate dos direitos políticos" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com base na Lei da Ficha Limpa, o petista não pode disputar eleições porque possui condenações na Justiça. O partido e o ex-presidente aguardam uma posição do STF (Supremo Tribunal Federal) que poderá liberá-lo para participar de pleitos. 

Apesar do discurso, alas no partido pontuam que o PT ainda não encontrou "o tom adequado para a disputa política com o governo de extrema-direita e com as elites". "A tática eleitoral do PT de 2020 foi defensiva", comentou um dos grupos críticos. "Não conseguimos nacionalizar o processo eleitoral.".

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Dino compara Bolsonaro a Satanás e diz que o Brasil se libertará deste mal

Sem citar diretamente Jair Bolsonaro, Flávio Dino postou uma mensagem natalina: “Na noite de Natal, a besta-fera fez suas apologias absurdas de armas e violência, além de difundir mentiras. Coisa de Satanás querendo desviar atenção do nascimento de Jesus Cristo”, disse

Brasil 247, 25/12/2020, 14:39 h Atualizado em 25/12/2020, 14:49
   Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: GOVMA | Marcos Corrêa/PR)

Sem citar diretamente Jair Bolsonaro, Flávio Dino postou nesta sexta-feira (25) em suas redes sociais uma mensagem natalina apontando Jair Bolsonaro como o “Satanás” que promove mentiras e apologias absurdas. 

“Na noite de Natal, a besta-fera fez suas apologias absurdas de armas e violência, além de difundir mentiras. Coisa de Satanás querendo desviar atenção do nascimento de Jesus Cristo”, disse Dino, que e católico e frequentemente cita o cristianismo em suas falas. 

TRF-4 determina suspensão de ação da Lava Jato contra Lula por doações da Odebrecht

Por meio de uma liminar, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) suspendeu a ação da Lava Jato que trata de doações feitas pela empreiteira Odebrecht ao Instituto Lula até que a defesa tenha acesso a todos os documentos sobre o caso

Brasil 247, 25/12/2020, 09:03 h Atualizado em 25/12/2020, 09:17
   Lula e fachada da Odebrecht (Foto: Ricardo Stuckert | Reuters)

O Tribunal Regional Federal da 4a Região (TRF-4) paralisou ação da Lava Jato que trata do suposto crime de lavagem de dinheiro de doações feitas pela empreiteira Odebrecht ao Instituto Lula. A suspensão do processo atendeu a um pedido feito pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e é válida até que os advogados tenham acesso a todos os documentos relativos à denúncia. Além dele, Antônio Palocci e Paulo Okamotto também figuram como réus. 

"Ante o exposto, defiro o pedido liminar para interromper o prazo para a apresentação de resposta à acusação do paciente LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, até que seja oportunizado à defesa o EFETIVO acesso aos elementos acima especificados”, pontuou o vice-presidente da Corte, Luís Alberto d'Azevedo Aurvalle, de acordo com reportagem da colunista Bela Megale, de O Globo.

A defesa de Lula já havia feito pedido semelhante ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. No pedido, os advogados alegaram que o juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, Luiz Antônio Bonat, havia determinado o envio da resposta sobre as acusações sem que eles tivessem tido acesso a todos os documentos pertinentes ao processo. Fux teria considerado que o caso não era urgente e encaminhado o pedido para o relator do caso no STF, ministro Edson Fachin. 




A defesa de Lula pediu que Fux reconsiderasse a decisão em função do prazo de apresentação da resposta, que vence no dia 7 de janeiro. Fachin, porém, só deve retomar os trabalhos na Corte em fevereiro devido ao recesso do Judiciário. Agora, os advogados devem levar a Fux a decisão do TRF-4.

Candidatura de Arthur Lira sofre racha entre bolsonaristas

Deputados bolsonaristas assinaram um manifesto escancarando o desconforto da bancada com o apoio aberto de Jair Bolsonaro ao candidato à presidência da Câmara dos Deputados

Brasil 247, 25/12/2020, 14:22 h Atualizado em 25/12/2020, 14:23
    Jair Bolsonaro e Arthur Lira (Foto: Reprodução)

O apoio aberto de Jair Bolsonaro a Arthur Lira (PP-AL), candidato à presidência da Câmara dos Deputados, vem gerando desconforto entre deputados aliados do presidente.

Um manifesto assinado por quase 40 deputados federais escancara essa insatisfação. Entre os signatários estão Carla Zambelli, Coronel Armando, Chris Tonietto, Evair Vieira de Melo, Guilherme Derritte, Junio Amaral, Luiz Philippe de Orleans e Bragança e Paulo Eduardo Martins.

Todos evitam apoiar publicamente Lira. 




As informações foram reportadas no Antagonista.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

BBC prevê tempestade perfeita para Bolsonaro em 2021

Brasil 247, 22 de dezembro de 2020, 18:19

Em reportagem publicada nesta terça-feira (22), a sucursal brasileira da rede britânica BBC avaliou que Jair Bolsonaro enfrentará em 2021 um teste de vida ou morte política, devido à conjunção de uma série de problemas na economia, na política interna e na relação com os outros países.

"A série de fatores negativos pode ser lida como uma espécie de 'tempestade perfeita', um período que testará a resiliência da gestão de Bolsonaro, segundo especialistas de várias áreas", avalia a rede britânica.

Na política externa, a primeira dificuldade política de Bolsonaro, apontada pela BBC, é a chegada ao poder do democrata Joe Biden à presidência dos Estados Unidos. Bolsonaro tinha como principal aliado político internacional o atual presidente, Donald Trump, que foi derrotado. Além disso, Bolsonaro foi um dos últimos líderes internacionais a reconhecer a vitória de Biden.

Na área da economia, o fim do auxílio emergencial, que hoje é a principal política social do governo no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus, terá impacto significativo na popularidade de Bolsonaro. O fim do auxílio emergencial vem junto com a chegada da segunda onda do vírus, que voltará a tensionar os serviços de saúde e pode comprometer a retomada da economia.

Há ainda a relação de Bolsonaro com o Congresso Nacional, em meio às eleições para as presidências da Câmara e do Senado no dia 1º de fevereiro. Para a BBC, as eleições obrigarão Bolsonaro a fazer novas concessões e acordos para tentar emplacar aliados no comando das duas casas legislativas.

Leia na íntegra a reportagem da BBC Brasil

Fim do transporte gratuito para idosos, o novo golpe pós-eleitoral de Doria e Covas


Agora, idosos vão pagar passagem no transporte

Tabelinha do governador João Doria e prefeito Bruno Covas (PSDB) acaba com isenção de tarifa para idosos

Por Juliana Cardoso*

O pacote de maldades da dupla Doria/Covas neste Natal parece não ter fim.

Além do aumento polpudo no salário de 46% para o prefeito, não faltam novidades salgadas para o bolso do povo.

Numa manobra conhecida como “jabuti”, quando é inserida medida alheia ao tema do projeto original, a base governista do prefeito Bruno Covas na Câmara Municipal retirou a gratuidade do transporte de ônibus para pessoas com idade entre 60 e 65 anos.

O direito à isenção para idosos acima de 60 anos havia sido instituída em 2013 durante a gestão Fernando Haddad (PT).

Pelo Estatuto do Idoso, a gratuidade está assegurada apenas a partir de 65 anos.

A aprovação na Câmara Municipal foi realizada de forma simbólica na terça-feira (22) com voto contrário da bancada do PT.

O Projeto de Lei 89/2020, de autoria do Executivo, que modifica as atribuições da secretaria das subprefeituras seguia em debate.

Mas um de seus artigos foi usado para revogar a Lei 15.912/13 e já foi até publicada no Diário Oficial desta quarta-feira, dia 23 de dezembro.

O fim da gratuidade tarifa também valerá para o metrô, linhas de trens da CPTM, além dos ônibus intermunicipais.

Isso porque o governador João Doria também revogou nesta quarta-feira decreto de 2014 que regulamentava a isenção nos outros sistemas de transportes gerenciados pelo governo do Estado.

O governador pode estar às turras com o governo federal no combate à pandemia, mas reza pela mesma cartilha econômica, assim como prefeito.

Em nota conjunta, justificam que a mudança na gratuidade “acompanha a revisão gradual das políticas voltadas a esta população, a exemplo da recente Reforma Previdenciária, que além de ampliar o tempo de contribuição fixou idade mínima de 65 anos para aposentadoria para homens e 62 anos para mulheres”, afirma trecho.

Em poucas palavras: trata-se de novo golpe pós eleitoral.

* Juliana Cardoso é vereadora (PT), vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude e membro das Comissões de Saúde e de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Paulo