sábado, 12 de dezembro de 2020

Márcio França diz que Flávio Dino pode estar de mudança para o PSB

"Há um papel importante agora que vai ser jogado pelo Flávio Dino, que eu sinto que está de mudança", afirmou o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB). De acordo com ele, o PCdoB, partido do governador do Maranhão, "está com um problema [com a cláusula de barreira]. Ou eles migram para algum canto ou vão ser diluídos"

Brasil 247, 9/12/2020, 10:38 h Atualizado em 9/12/2020, 10:56
 Márcio França e Flávio Dino (Foto: Reprodução | Secom)

Terceiro colocado na disputa pela Prefeitura de São Paulo, com 13,6% dos votos, o ex-governador Márcio França (PSB) afirmou que o seu partido deve ter em seus quadros o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). A entrevista foi concedida ao jornal Folha de S.Paulo

"Há um papel importante agora que vai ser jogado pelo Flávio Dino, que eu sinto que está de mudança", disse ele ao comentar as costuras políticas para 2022. 

De acordo com o ex-governador, o "movimento" de Flávio Dino "vai ser o mais importante dos próximos dias". 



"O PC do B está com um problema [com a cláusula de barreira]. Ou eles migram para algum canto ou vão ser diluídos", disse. "Sou muito amigo do Flávio. Ele é brilhante. Foi o melhor deputado que eu conheci em Brasília".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Pazuello agora diz que governo irá vacinar toda população em 2021 e que usará a CoronaVac

Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que trabalha com a meta de vacinar toda a população brasileira em 2021. Ainda segundo ele, o governo deverá adquirir o imunizante CoronaVac, criticado por Jair Bolsonaro, desde que esteja registrado na Anvisa

Brasil 247, 1/12/2020, 11:00 h Atualizado em 10/12/2020, 11:12
CoronaVac e Pazuello (Foto: Reuters)

Reuters - Menos de 24 horas após ser pressionado pelos governadores sobre um plano nacional de vacinação contra a Covid-19, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou nesta quinta-feira (10), em entrevista à Rádio Jovem Pan, que a pasta trabalha com a meta de vacinar toda a população brasileira no próximo ano. "2021”, disse o ministro sobre o prazo fixado pelo governo federal para que toda população brasileira esteja vacinada.

Ainda segundo ele, o governo também irá adquirir o imunizante CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, caso ela esteja registrada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e tenha um preço acessível.

"Nós nunca deixamos de fazer conversas bilaterais e acompanhamento com o Butantan", ressaltou o ministro. "Sim, em português claríssimo, sim, vamos comprar as vacinas, caso sejam registradas e comprovadas com o preço dentro da lógica correta”, emendou Pazuello. 

A CoronaVac, porém, é alvo de uma guerra política e ideológica por parte do governo Jair Bolsonaro, Recentemente, Bolsonaro desautorizou um acordo de intenção de compra do medicamento que havia sido firmado entre o Ministério da Saúde e o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo. Bolsonaro tem o governador paulista, João Doria (PSDB) como um desafeto político.

PF vai investigar brasileiros que não devolveram auxílio pago indevidamente

Operação da PF realizada nesta quinta prendeu quatro pessoas por supostas fraudes no benefício do governo

Metrópoles, 10/12/2020 12:02, atualizado em 10/12/2020 12:02

Após a realização da operação Segunda Parcela, que prendeu fraudadores do auxílio emergencial, a Polícia Federal (PF) alertou, nesta quinta-feira (10/12), que brasileiros que receberam o benefício indevidamente e não devolveram o dinheiro podem ser investigadas.

No total, foram cumpridos, nesta manhã, 42 mandados de busca e apreensão e quatro de prisão. Três criminosos, no entanto, seguem foragidos no Rio de Janeiro. Os policiais anteciparam que várias outras operações serão deflagradas nas próximas semanas.

“Para quem recebeu parcelas do auxílio emergencial indevidamente, procure a Caixa [Econômica Federal] e restitua esses valores, sob pena de poder também ser objeto de uma execução penal”, avisou o coordenador-geral de polícia Fazendária da PF, Cleo Mazzotti.

O Ministério da Cidadania criou um site (acesse aqui) para devoluções do auxílio emergencial caso os beneficiários acreditem ter recebido o dinheiro fora dos critérios. É preciso informar o CPF. Será emitida uma Guia de Recolhimento da União (GRU), que funciona como um boleto.

“A nossa estratégia está funcionando. Nós realmente vamos conseguir desarticular várias organizações criminosas”, prosseguiu o coordenador-geral de polícia Fazendária, em coletiva realizada na sede da Superintendência da PF em São Paulo.

Foram deflagradas ações da operação Segunda Parcela, da PF, em ao menos 14 estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Tocantins, Paraná, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Maranhão , Piauí e Mato Grosso do Sul.

Além da Polícia Federal, participaram das investigações o Ministério Público Federal (MPF), o Ministério da Cidadania (MCid), a Caixa Econômica Federal (CEF), a Receita Federal (RF), a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU).

“Estamos vivendo um finalzinho de pandemia”, diz Bolsonaro

Presidente participou de inauguração do eixo principal da nova ponte do Guaíba, e disse que Brasil se saiu bem quanto à economia

Metrópole, 10/12/2020 11:22, atualizado em 10/12/2020 11:48
   MARCOS CORRÊA/PR

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (10/12), que “é menos ruim ter uma inflação do que um desabastecimento”. E também que o país vive “um finalzinho de pandemia”. A fala foi proferida em discurso na inauguração do eixo principal da nova ponte do Guaíba, em Porto Alegre (RS).

Bolsonaro tratava da pandemia do novo coronavírus e dos reflexos econômicos da crise e alegou que se o homem do campo tivesse ficado em casa, “teria sido um caos”. O presidente também aproveitou para sair em defesa da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, e da bancada da agropecuária do Congresso, responsável pela indicação da ministra.

“Ainda estamos vivendo um finalzinho de pandemia. O nosso governo, levando-se em conta outros países do mundo, foi aquele que melhor se saiu, ou um dos que melhor se saíram no tocante à economia. Prestamos todos os apoios possíveis a estados e municípios”, defendeu Bolsonaro.

Ele citou o auxílio emergencial e o Pronampe, formulado para socorrer micro e pequenas empresas durante a pandemia. “Nós evitamos um colapso da economia. Meus senhores, economia e saúde têm que andar de mãos dadas”, completou.

“O governo fez o possível. Nós não podemos atuar diretamente na questão da Covid por uma decisão judicial”, disse ele. Bolsonaro também voltou a defender o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, apesar da ausência de comprovação científica acerca da sua eficácia. Segundo ele, essa eficácia é “uma coisa óbvia”.

Segundo Bolsonaro, não faltarão recursos para o pagamento do 13º salário. “Eu não tenho notícia, pela primeira vez na história do Brasil, de que vai faltar recurso para pagar o 13º”, afirmou.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Reino Unido emite alerta após reação alérgica à vacina da Pfizer

Duas pessoas relataram efeitos adversos no primeiro dia de vacinação no Reunido Unido, após tomar a vacina Pfizer/BioNTech

Brasil 247, 9/12/2020, 11:50 h Atualizado em 9/12/2020, 16:50
Vacina Pfizer (Foto: REUTERS/Dado Ruvic)

LONDRES (Reuters) - A agência reguladora de medicamentos britânica informou que pessoas com histórico de reações alérgicas significativas não devem tomar a vacina contra Covid-19 Pfizer/BioNTech depois que duas pessoas relataram efeitos adversos no primeiro dia de vacinação.

O Reino Unido começou a vacinar sua população em massa na terça-feira em uma campanha global que representa um dos maiores desafios logísticos da história em tempos de paz, ao iniciar pelos idosos e trabalhadores da linha de frente.

O diretor médico do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês), Stephen Powis, disse que a recomendação sobre a vacina foi alterada depois que dois funcionários do NHS relataram reações anafilactóides associadas à vacina.



“Como é comum com novas vacinas, a MHRA (reguladora) aconselhou, por precaução, que pessoas com histórico significativo de reações alérgicas não tomem esta vacina, depois que duas pessoas com histórico de reações alérgicas significativas responderam negativamente ontem”, disse Powis.

“Ambos estão se recuperando bem”, acrescentou.

A MHRA informou que buscaria mais informações, e a Pfizer e a BioNTech disseram estar apoiando a investigação da MHRA.

A Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) foi a primeira no mundo a aprovar a vacina, desenvolvida pela alemã BioNTech e pela Pfizer, na semana passada, enquanto a norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e a Agência Europeia de Medicamentos continuam avaliando os dados.

“Na noite passada, estávamos examinando dois relatos de casos de reações alérgicas. Sabemos, por meio de extensos testes clínicos, que isso não é uma característica”, disse a presidente-executiva da MHRA, June Raine, aos parlamentares.

A Pfizer informou que pessoas com histórico de reações alérgicas adversas graves foram excluídas de seus estudos em estágio avançado.

A FDA divulgou documentos na terça-feira em preparação para uma reunião do comitê consultivo na quinta-feira, dizendo que os dados de eficácia e segurança da vacina Pfizer atenderam às expectativas para autorização.

Esse documento informativo disse que 0,63% das pessoas no grupo da vacina e 0,51% no grupo do placebo relataram possíveis reações alérgicas nos testes, o que Peter Openshaw, professor de Medicina Experimental do Imperial College de Londres, afirmou ser um número muito pequeno.

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Pesquisador da Fiocruz diz que Ministério da Saúde está ‘atrasado em tudo’

Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra covid-19

Brasil 247, 8/12/2020, 14:07 h Atualizado em 8/12/2020, 14:53
O              Secretário substituto de Vigilância em Saúde, Júlio Croda, durante entrevista coletiva para esclarecimentos técnicos sobre o coronavírus da China 
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Julio Croda, infectologista pesquisador da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), está preocupado com a organização do governo federal para vacinar a população brasileira contra covid-19 e reforça o time de especialistas na área que criticam a atuação do governo do que deveria ser uma força-tarefa do governo na imunização da população contra a Covid-19. 

Segundo reportagem do portal UOL, ele afirmou que o Ministério da Saúde deveria dar uma mensagem mais clara sobre a compra de imunizantes. E acrescentou que o Brasil está "atrasado em tudo", inclusive na compra de materiais básicos para vacinação.

"O mundo todo corre atrás dos insumos. Não é só o Brasil. Seringas e agulhas são fundamentais para a vacinação. Vai ter competição no mercado. A gente já viu isso na época dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e dos respiradores, no qual a gente não teve compra imediata e não pode ofertar mais leitos por conta disso. Pode ser que tenha vacina em março. Mas se essa compra (dos insumos) for fracassada por falta de fornecedor, pode ser que a gente tenha que adiar essa vacinação. Então na minha avaliação, a gente está muito atrasado em tudo. Esse movimento de vacina está ocorrendo há 6 meses. A gente sabia que ia precisar de seringas e agulhas independente do tipo de vacina escolhida", afirmou Julio Croda em entrevista à Globonews.

Governador do Espírito Santo diz que, sem vacina, "governo Bolsonaro acaba mais cedo"

Governador Renato Casagrande, do Espírito Santo, prevê que o governo de Jair Bolsonaro "acabará mais cedo se o Ministério da Saúde não comprar todas as vacinas contra a Covid-19 disponíveis e aprovadas pela Anvisa”

Brasil 247, 8/12/2020, 09:51 h Atualizado em 8/12/2020, 09:51
    Renato Casagrande e Jair Bolsonaro (Foto: Hélio Filho/Secom | Reuters | Marcos Corrêa/PR)

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, prevê que "o governo do presidente Bolsonaro acabará mais cedo se o Ministério da Saúde não comprar todas as vacinas contra a Covid-19 disponíveis e aprovadas pela Anvisa”. 

Casagrande, que nesta terça-feira participa de uma reunião dos governadores com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que “o que todos os estados esperam é que o ministro anuncie a determinação de comprar todas as vacinas que forem aprovadas pela Anvisa". Foi o que ele afirmou entrevista ao jornalista Josias de Souza, no UOL

Ainda conforme Josias de Souza, o governador disse que, embora “Bolsonaro não se preocupe muito com isso", “ficará muito ruim para o governo federal se São Paulo vacinar sua população antes dos outros estados. Não ficará bem para o presidente se os estados tiverem que comprar vacina para iniciar a vacinação sem uma coordenação federal".

Brasil ainda não definiu compra de seringas e agulhas para vacinação contra Covid-19

Enquanto países como a Inglaterra já começaram a vacinar sua população, o governo Jair Bolsonaro ainda não iniciou a compra de insumos, como seringas e agulhas. Indústria teme que a falta de planejamento resulte em atrasos no cronograma de vacinação

Brasil 247, 8/12/2020, 12:46 h Atualizado em 8/12/2020, 12:46
   Bolsonaro e vacina (Foto: Reuters)

Enquanto países como a Inglaterra já começaram a vacinar sua população contra a Covid-19, o governo Jair Bolsonaro ainda não iniciou a compra de insumos necessários à campanha de imunização, como seringas e agulhas. Os fabricantes alertam que a falta de planejamento poderá resultar em atrasos no cronograma planejado uma vez que as encomendas podem levar até 90 dias para serem finalizadas e disponibilizadas. 

“Esta é uma campanha de vacinação que nunca ocorreu antes, numa dimensão nacional e simultânea, se imaginarmos que existe aprovação de até quatro vacinas, vai ter um período muito concentrado. Isso faz com que a indústria necessite de uma programação diferenciada daquela para o atendimento regular de abastecimento”, disse o o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde (Abimed), Fernando Silveira, em entrevista ao jornal O Globo.

Na semana passada, o Ministério da Saúde informou que estava adquirindo 300 milhões de seringas e agulhas de fabricantes nacionais, além de outras 40 milhões junto ao mercado internacional. A pasta, porém, não forneceu detalhes sobre prazos, preços ou se quantidade que será adquirida será suficiente para atender a necessidade de todas as regiões do país. 




Nesta linha, o líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim (SP), irá protocolar um requerimento solicitando que o Ministério da Saúde preste esclarecimentos sobre os estoques de seringas, luvas e equipamentos de refrigeração, além de informações sobre o plano nacional de imunização contra a Covid-19.

Governo de Minas nega acordo para adquirir CoronaVac e internautas detonam Zema

“Inacreditável! Zema está tentando boicotar a possibilidade de vacinação em MG”, revoltou-se uma internauta no Twitter

Brasil 247, 7/12/2020, 23:50 h Atualizado em 7/12/2020, 23:50
   Partido Novo critica Zema por reajuste. (Foto: Pedro Gontijo / Imprensa MG)

Internautas de Minas Gerais estão revoltados com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), por não haver um acordo em andamento entre o Estado e o governo de São Paulo, de João Doria (PSDB), pela CoronaVac, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela China em parceria com o Instituto Butantan.

Doria anunciou nesta segunda-feira (7) um plano de vacinação para a população e informou que disponibilizará 4 milhões de doses da vacina a outros estados.

Segundo reportagem do Estado de Minas, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que não há, no momento, negociação com o estado vizinho sobre o assunto. A Secretaria destacou que qualquer definição acerca da estratégia de vacinação em Minas Gerais funcionará em consonância com o Plano de Contingência para Vacinação Contra a COVID-19, elaborado pela SES-MG, e ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde.

O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), já afirmou que tem reunião marcada com autoridades do governo paulista para tratar do assunto. O prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), anunciou acordo para levar vacinas à capital de Curitiba. E Eduardo Paes (DEM), prefeito eleito do Rio de Janeiro, também sinalizou no mesmo sentido.

Nas redes sociais, moradores de Minas Gerais cobram Zema e elogiam o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil. Confira algumas repercussões: 

Inacreditável! Zema está tentando boicotar a possibilidade de vacinação em MG. Sua preocupação é com o Bolsonaro e não com os mineiros. Deveria estar buscando acordo com o Instituto Butantã ou alguma solução rápida para a vacina, mas prefere fazer política contra nossas vidas.
— Iza Lourença (@Izalourenca) December 8, 2020

Gente. O caso de Minas Gerais tem que ser LEMBRETE pra esfregar na cara da população brasileira quando forem votar em Partido Novo na próxima eleição. Zema RUIM DE SERVIÇO. Não move um dedo, nada.— PMOz (@ozinho) December 7, 2020

o zema tá negociando com um laboratório dos estados unidos cujos testes estão NA FASE 1

kalil vai ser eleito com 90% https://t.co/9j23WuTPDf— lucas🌹 (@brizollucas) December 7, 2020

As prioridades de Zema X as de Kalil

O liberal enche o cu de populismo bolsonarista se afundando junto em porcentagem de aprovação, já Kalil nada de braçada com o mínimo de sensatez para uma pandemia... pic.twitter.com/lTxxcxxomN— Hud 🏳️‍🌈 (@hudsonbonatto) December 8, 2020

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Augusto Aras desmonta a Lava Jato e transfere ações de combate à corrupção aos Gaecos

A PGR, comandada por Augusto Aras, prorrogou por mais um ano os trabalhos da força-tarefa de Curitiba, mas agora com novos atores, concentrados no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPF. Medida ocorre após uma série de ilegalidades cometidas pelos procuradores liderados por Deltan Dallagnol, reveladas pela Vaza Jato

Brasil 247, 7/12/2020, 15:23 h Atualizado em 7/12/2020, 15:51
   Augusto Aras e Deltan Dallagnol (Foto: Agência Senado | ABr)

Consultor Jurídico - A "lava jato" de Curitiba deve ter seus trabalhos prorrogados até o final do ano que vem. Mas não mais sob a direção artística de qualquer "força tarefa" - nome fantasia de órgão que não existe no organograma do Ministério Público Federal. O papel, com novos atores, será do Gaeco - Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público Federal no Paraná (Gaeco/MPF/PR).

A ideia de institucionalizar o combate à corrupção em todas as frentes poderá ser adotada em outros estados. Os Gaecos existem há 25 anos nos Ministérios Públicos estaduais. No âmbito federal, existem há seis anos, mas a implementação nos primeiros estados só aconteceu na gestão de Aras. O Rio de Janeiro, por exemplo, ainda não fez essa opção.

O personalismo e a distribuição dirigida de processos, em São Paulo, teve outra solução. A procuradora Viviane Martinez, encarregada de rever o sistema, estancou os vícios detectados, retirando da autoapelidada "força tarefa" os casos que nada tinham a ver com o processo relacionado à Petrobras.




Segundo um procurador, a preocupação da PGR é preservar a legitimidade do combate aos crimes de colarinho branco. A desmoralização de protagonistas e de seus métodos, argumenta, não pode comprometer o papel da instituição. Com a entrada dos Gaecos em cena, o que parecia ser projeto pessoal de algumas pessoas, passa a ser uma ação oficial do MPF, fiscalizada e controlada.