quinta-feira, 3 de setembro de 2020

UFMG desenvolve teste de Covid-19 mais preciso e 100% brasileiro

O método se destaca por ser mais sensível do que os exames rápidos, o que pode evitar falsos negativos e foi desenvolvido pela UFMG

Brasil 247, 03/09/2020, 15:29 h Atualizado em 03/09/2020, 15:50
  Casos de coronavírus no mundo superam 12 milhões, mostra contagem da Reuters (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

O Centro Tecnológico de Vacinas da Universidade Federal de Minas Geral (UFMG) desenvolveu um kit sorológico IgG para Covid-19, teste para detecção do novo coronavírus baseado no método Elisa - sigla, em inglês, para ensaio de imunoabsorção enzimática.

O método se destaca por ser mais sensível do que os exames rápidos, o que pode evitar falsos negativos.

O kit tem financiamento da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais), do INCT-V (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas) e da RedeVírus do MCTI, e foi integralmente desenvolvido pelo CT Vacinas.

O kit vai passar pela aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e poderá ser produzido em larga escala. O centro avalia parcerias com órgãos de distribuição não comerciais. Após os primeiros resultados positivos obtidos na UFMG, o material foi validado por outros laboratórios brasileiros, que procederam a análises independentes e emitiram laudos comprovando a boa performance.

“Nossa proposta é de um sistema de diagnóstico que detecta a presença de uma classe específica de anticorpos, que são os mais duradouros em resposta a qualquer infecção, qualquer corpo estranho que entre no organismo, os anticorpos do tipo IgG”, explica Flávio Fonseca, professor do ICB (Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas) e pesquisador do CT Vacinas em entrevista ao BHaz.

Justiça condena Roberto Jefferson a indenizar em R$ 10 mil Alexandre de Moraes

O Judiciário de São Paulo condenou o ex-deputado e presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, a indenizar o ministro do STF Alexandre de Moraes em R$ 10 mil por declarações consideradas ofensivas e falsas. Investigado no inquérito das fake news, o ex-parlamentar havia dito que o ministro foi advogado da facção criminosa PCC

Brasil 247, 03/09/2020, 15:45 h Atualizado em 03/09/2020, 15:50
   Roberto Jefferson e Alexandre de Moraes (Foto: ABr)

O juiz Renato Acacio de Azevedo Borsanelli, da 2ª Vara Cível de São Paulo, condenou o ex-deputado federal e presidente nacional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, a indenizar o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes em R$ 10 mil por danos morais causados por declarações consideradas ofensivas e falsas.

O ex-parlamentar havia dito que o ministro foi advogado da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) antes de ser nomeado ao STF. Jefferson informou que vai recorrer da decisão.

Segundo o magistrado Borsanelli, "pode-se, dessarte, criticar atuação de agentes públicos ou políticos (o Autor é um deles há longo tempo), o que deve ser feito no âmbito da atuação profissional do criticado". O teor de decisão foi publicado no blog do Fausto Macedo

"Pode-se (democraticamente) discordar de decisões judiciais (valendo-se, por óbvio, de recurso próprio para demonstrar a insurgência). Pode-se, enfim, com boa educação, dentro da lei e com espeque em termos técnicos, se voltar contra os mais variados atos dos agentes públicos e também políticos", disse.

"Outra coisa, contudo, é, com base em fato inexistente, fazer uso das mencionadas liberdades, para, de alguma forma, insultar, não a atuação, mas a própria honra do agente, seja público ou político", complementou. 

Roberto Jefferson é investigado no inquérito das fake news, conduzido por Moraes no STF. O ex-deputado foi alvo de mandados de busca e apreensão, e criticou duramente a Corte. 

"TRIBUNAL DO REICH. Instituído por Hitler, após o incêndio do Parlamento, aquele tribunal escreveu as páginas mais negras da justiça alemã, perseguindo os adversários do nazismo. Hoje o STF, no Brasil, repete aquela horripilante história. Acordei às 6 horas com a PF em meu lar", escreveu o ex-parlamentar no Twitter, em maio. 

O petebista afirmou que irá recorrer da sentença no Tribunal de Justiça de São Paulo.

"Não sei por que a família Bolsonaro se preocupa tanto comigo", diz presidente da Argentina

"A família Bolsonaro está muito preocupada comigo e com a Argentina", disse o presidente da Argentina, Alberto Fernándes. Declaração foi feita após o deputado Eduardo Bolsonaro criticar as medidas de combate à pandemia no país e afirmar que a Argentina tinha sido “destruída por seu governo socialista”

Brasil 247, 03/09/2020, 13:13 h Atualizado em 03/09/2020, 14:06
   Alberto Fernández, Flávio, Jair, Eduardo e Carlos Bolsonaro (Foto: Esteban Collazo/Casa Rosada | Reprodução)

O presidente da Argentina, Alberto Fernándes, disse não saber os motivos da família Bolsonaro se preocupar com ele. "A família Bolsonaro está muito preocupada comigo e com a Argentina, não sei, creio que vocês teriam de perguntar a razão à família Bolsonaro”, declarou Fernández nesta quarta-feira (2) durante uma entrevista a uma emissora local. As informações são da Folha de S. Paulo

Declaração de Fernándes vem na esteira críticas feitas nas redes sociais pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Na quarta-feira, o parlamentar usou sua conta no Twitter para afirmar que o país se encontrava em “calamidade” devido à quarentena e que a Argentina tinha sido “destruída por seu governo socialista”. 

Após a eleição de Fernández, Bolsonaro não foi à sua posse e nunca manteve um diálogo com o chefe do Executivo da Argentina.

Reforma administrativa não atinge militares, juízes, promotores e parlamentares: servidores comuns pagarão a conta

A proposta de reforma administrativa, enviada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso nesta quinta-feira (3), não abrange parlamentares, magistrados e promotores. Restará aos servidores comuns pagarem a conta

Brasil 247. 03/09/2020, 13:59 h Atualizado em 03/09/2020, 14:06
   Bolsonaro e Guedes participam de cerimônia no Palácio do Planalto (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

A proposta de reforma administrativa, enviada pelo governo de Jair Bolsonaro ao Congresso nesta quinta-feira (3), não abrange parlamentares, magistrados e promotores. Restará aos servidores comuns pagarem a conta. De acordo com o governo, esses são membros de poderes e têm regras diferentes dos servidores comuns. A reforma também não valerá para militares, que também seguem normas distintas. A informação é o portal G1. 

"No Judiciário, os membros do poder são os que integram a magistratura, juízes, desembargadores, ministros dos tribunais superiores. No Ministério Público, são os promotores, procuradores. No Legislativo, são os parlamentares. Esses são membros do poder que são regidos por estatuto próprio. O que estamos apresentado na PEC é o que é aplicado a servidores dos poderes executivos, legislativos, judiciário da União, estados e municípios", afirmou o secretário-adjunto de Desburocratização do Ministério da Economia, Gleisson Rubin.

A reportagem também informa que a reforma administrativa foi enviada ao Congresso em forma da proposta de emenda à Constituição (PEC). Para virar lei de fato, precisará ser aprovada em dois turnos de votação na Câmara e no Senado.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Jorge Pontual fura blindagem da Globo e aponta má conduta de Dallagnol revelada pela Vaza Jato

Correspondente da Globonews, o jornalista Jorge Pontual quebrou o silêncio da Globo em relação à Vaza Jato e disse que especialistas estadunidenses no combate à corrupção ficaram indignados com a postura de Deltan Dallagnol, após as denúncias do Intercept, e passaram a pedir a libertação do ex-presidente Lula

Brasil 247, 02/09/2020, 09:29 h Atualizado em 02/09/2020, 11:02
    Jorge Pontual, Lula e Deltan Dallagnol (Foto: Reprodução | Brasil 247 | ABr)

O jornalista Jorge Pontual, correspondente da Globonews em Nova York, quebrou o silêncio da Globo em relação à Vaza Jato, tema proibido na empresa de comunicação, e revelou que autoridades estadunidenses ficaram escandalizadas quando foram divulgados os grampos entre Deltan Dallagnol e outros procuradores, revelados pelo Intercept.

Pontual mencionou o caso de Susan Ackerman, que foi uma das mentoras de Dallagnol, mas ficou indignada ao saber da Vaza Jato, chegando ao ponto de pedir a liberdade do ex-presidente Lula, reconhecendo, portanto, que ele foi (e ainda é, uma vez que não tem seus direitos políticos) um preso político. 

No dia de ontem, Dallagnol decidiu se afastar do comando da Lava Jato. Confira, abaixo, a fala de Jorge Pontual:



STF pune promotor que atacou esquerda no Facebook

Promotor do Rio Grande do Sul que atacou a esquerda será suspenso por 53 dias, com corte de salário. STF manteve decisão do CNMP. Promotor atacou especialmente a memória de Marielle Franco

Brasil 247, 02/09/2020, 10:22 h Atualizado em 02/09/2020, 11:02
   Promotor Eugênio Paes Amorim e fachada do STF (Foto: MPRS | STF)

A Primeira Turma do STF manteve punição de 53 dias de suspensão com corte de salário imposta pelo Conselho Nacional do Ministério Pùblico (CNMP) ao promotor Eugênio Paes Amorim, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, que atacou a esquerda em 2018, durante a campanha eleitoral. 

Em 2018, na época das eleições, Eugênio Amorim publicou no Facebook diversos ataques à esquerda, ao PSOL e à vereadora Marielle Franco. Também publicou frases do tipo “chega de mimiminorias” e “Ou o Brasil acaba com a esquerda ou a esquerda acaba com o Brasil!!!”

Por maioria, a Primeira Turma entendeu que os membros do Ministério Público não podem atacar os princípios constitucionais que o órgão deve defender.A decisão foi tomada no dia 18 de agosto, mas o acórdão foi publicado apenas nesta terça (1), informa O Antagonista.

Lula: aos poucos vamos provando que eles me condenaram para me tirar da campanha de 2018

"Aos poucos vamos provando que eles me condenaram com o único intuito de me tirar da campanha de 2018”, disse o ex-presidente Lula, referindo-se à determinação do o TRF-1, que trancou a ação penal em que ele foi acusado de receber vantagem indevida da Odebrecht

Brasil 247, 02/09//2020, 12:29 h Atualizado em 02/09/2020, 13:23
   Lula e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | PR)

O ex-presidente Lula, em entrevista concedida à Rádio Itatiaia nesta quarta-feira (2), comentou a respeito da determinação do o TRF-1, que trancou nesta terça-feira (1) a ação penal em que ele foi acusado de receber vantagem indevida da Odebrecht por meio de Taiguara Rodrigues e por meio de palestras comprovadamente realizadas.

“Estou muito tranquilo com relação aos meus processos. Sempre disse que em algum momento a verdade iria prevalecer”, disse Lula, que acrescentou: “Aos poucos vamos provando que eles me condenaram com o único intuito de me tirar da campanha de 2018”.

Jornal Nacional mascara 5ª absolvição seguida de Lula e Bonner é obrigado a corrigir informação (vídeo)

A sequência de absolvições do ex-presidente Lula associada à derrocada da Lava Jato tem tensionado apresentadores da Globo. William Bonner destacou a rejeição de uma ação contra Lula nesta terça-feira, sem dar os detalhes técnicos do arquivamento. Ao final da edição, o apresentador retificou a informação, sublinhando a falta de consistência da acusação

Brasil 247, 02/09/2020, 00:19 h Atualizado em 02/09/2020, 08:38
   Lula, William Bonner e Renata Vasconcellos (Foto: Brasil247 | Reprodução)

O Jornal Nacional teve que retificar uma informação enviesada sobre o quinto arquivamento seguido de acusações contra o ex-presidente Lula em sua edição desta terça-feira (1). O episódio ganhou destaque no Twitter, que não perdoou a má fé do veículo que, mais uma vez, omitiu detalhes da absolvição de Lula. Veja abaixo.

A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) trancou nesta terça, 1º, ação penal que acusava o Lulaa de corrupção e lavagem de dinheiro em suposto esquema de propinas da Odebrecht em troca de influência sobre contratos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) voltados para financiamento de obras em Angola. Esta é a quinta ação penal contra o ex-presidente que foi trancada.

A denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal havia sido parcialmente rejeitada no ano passado pelo juiz Vallisney de Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília. À época, o magistrado recusou 17 imputações a Lula e seu sobrinho, Taiguara Batista, por crimes de lavagem de dinheiro, mantendo outros atos classificados no mesmo crime.

Taiguara recorreu ao TRF-1 em junho, que arquivou a ação penal contra o sobrinho de Lula por unanimidade. A defesa do petista recorreu, pedindo uma extensão do entendimento para o caso de Lula. O habeas corpus foi atendido pela Quarta Turma, também por unanimidade.

Em nota, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirmou que o Ministério Público Federal ‘fez uma acusação precária, sem qualquer suporte probatório mínimo e sem sequer especificar as condutas atribuídas a Lula’.


 


terça-feira, 1 de setembro de 2020

Cimi: Funai usa termo deturpado pela ditadura para impedir assistência jurídica a indígenas e atacar seus direitos

   Indígena durante ritual para sensibilizar autoridades públicas, em Brasília, e o delegado federal Marcelo Augusto Xavier da Silva, atual prresidente da Funai. Fotos: Laila Menezes/Cimi e reprodução de vídeo

Viomundo, 31/08/2020 - 19h26

Presidente da Funai impede assistência jurídica do órgão ao que classifica como grupos de “indígenas integrados”

O secretário da Sesai já havia inventado as categorias “aldeados” e “não aldeados” para distinguir quem teria atendimento diferenciado na pandemia do novo coronavírus


Sem conseguir avançar judicialmente em seus propósitos anti-indígenas, a atual gestão da Fundação Nacional do Índio (Funai) tem adotado a via administrativa como escalada de medidas de contravenção aos direitos dos povos indígenas.

A mais recente envolve um ofício interno, circulado na quarta-feira (26), em que o presidente do órgão indigenista, o delegado da Polícia Federal Marcelo Augusto Xavier da Silva, impede assistência jurídica ao que classifica como grupos e comunidades de “indígenas integrados”.

Naquilo que o presidente da Funai pretende oferecer como significado, “indígenas integrados” é uma denominação deslocada da política indigenista do Regime Militar para a praticada hoje sob orientação da Constituição Federal de 1988.

Os militares a chamavam de emancipação: indígenas paulatinamente integrados à sociedade nacional.

Durante o governo do ditador Ernesto Geisel (1974-1979), o ministro do Interior Rangel Reis, a quem a Funai estava submetida, afirmou que até o ano 2000 não haveria mais índios no Brasil. Resta saber qual o marco estabelecido agora para o novo fracasso.

“O presidente da Funai ignora que a Constituição Federal de 1988 acabou com a distinção entre índios integrados e não integrados. Existia no Estatuto do Índio, que é de 1973, na época da ditadura. O governo não demarcou todas as terras indígenas como deveria, não tem diálogo com as organizações indígenas e quer cercear direitos. A Funai é para defender os direitos indígenas, não atacá-los. Não podemos aceitar isso”, diz a coordenadora da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas do Congresso Nacional, a deputada federal Joênia Wapichana (Rede/RR).

Para Joênia, a Funai tem ignorado o seu dever constitucional de defender os direitos dos povos indígenas.

Como ela ressalta, a definição “indígenas integrados”, como termo de classificação de um indígena não mais tão indígena porque fala português e assimilou costumes da etnia branca, portanto não mais destinatário de direitos específicos, acabou restrita pela Constituição aos tempos de ditadura.

Na lei maior não há categorização de tipos de indígenas, e se trata de uma grave deturpação jurídica definir a atuação da Funai, ou de qualquer outro órgão do governo, a partir de uma categoria de índio concebida de maneira ideológica, entende a parlamentar, que é advogada.

Balanço de 4 anos de golpe: “Eu esperava um desastre, mas aconteceu uma tragédia”, diz Dilma Rousseff


Viomundo, 01/09/2020 - 12h05

Bolsonaro é a pior consequência do impeachment de Dilma, diz Gleisi

Em live pelos 4 anos da aprovação do impeachment de Dilma pelo Senado, convidados analisam as transformações do país após o golpe contra a democracia


São Paulo – Em debate promovido pela Associação Brasileira de Juízes pela Democracia (ABJD) para marcar os quatro anos do golpe do impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, nesta segunda-feira (31), a deputada federal do Paraná Gleisi Hoffmann, presidenta do PT, destacou a “escalada autoritária” do governo Bolsonaro.

Para a parlamentar, esta é a mais grave consequência da deposição de Dilma.

Ela lembrou que Bolsonaro “tem como seu grande ídolo um homem que praticou a tortura, inclusive contra Dilma”.

Ela se referia a Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos mais notórios torturadores da ditadura instaurada em 1964 no país.

O impeachment de Dilma, disse Gleisi, foi “uma das coisas mais vergonhosas pelas quais o Brasil passou no período democrático”.

“Não foi impeachment, foi golpe mesmo. As pedaladas fiscais (“crime” que motivou o processo) nada mais eram do que a administração corriqueira do caixa da União.”

Ela reafirmou que os direitos civis e sociais previstos na Constituição foram “jogados na lata de lixo” a partir do golpe parlamentar cometido em 2016.

Mais cedo, o aniversário do impeachment foi debatido em live promovida pelo Comitê Volta Dilma-RJ, no contexto do #DiaDilma, que contou com programação durante toda esta segunda-feira.

Lutar e resistir

“O momento é de luta e de resistência. Falar de tudo o que aconteceu é importante não só porque não podemos deixar a história ser contada como uma mentira, mas também porque o mandato de Dilma tem muitas questões inspiradoras para o mundo todo”, comentou a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2011/2016) Tereza Campello.

“O Brasil tinha um projeto de desenvolvimento com inclusão”, continuou Tereza.

Ela mencionou o discurso de Dilma dois dias antes da derrota política na Câmara, o qual a primeira presidente mulher da história brasileira denunciou que, por trás da sua derrubada, havia um projeto de país conservador, “a misoginia, o racismo, a homofobia e a perspectiva de vender a Amazônia, o pré-sal, destruir o patrimônio público e nossas empresas”.

Segundo a ex-ministra, o clima de teoria da conspiração – da qual a esquerda era acusada – em torno dos interesses por trás do impeachment foi desmentido pelo processo que se sucedeu e culminou com a eleição de Bolsonaro para a Presidência.