O método se destaca por ser mais sensível do que os exames rápidos, o que pode evitar falsos negativos e foi desenvolvido pela UFMG
Brasil 247, 03/09/2020, 15:29 h Atualizado em 03/09/2020, 15:50
Casos de coronavírus no mundo superam 12 milhões, mostra contagem da Reuters (Foto: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)
O Centro Tecnológico de Vacinas da Universidade Federal de Minas Geral (UFMG) desenvolveu um kit sorológico IgG para Covid-19, teste para detecção do novo coronavírus baseado no método Elisa - sigla, em inglês, para ensaio de imunoabsorção enzimática.
O método se destaca por ser mais sensível do que os exames rápidos, o que pode evitar falsos negativos.
O kit tem financiamento da Fapemig (Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais), do INCT-V (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Vacinas) e da RedeVírus do MCTI, e foi integralmente desenvolvido pelo CT Vacinas.
O kit vai passar pela aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e poderá ser produzido em larga escala. O centro avalia parcerias com órgãos de distribuição não comerciais. Após os primeiros resultados positivos obtidos na UFMG, o material foi validado por outros laboratórios brasileiros, que procederam a análises independentes e emitiram laudos comprovando a boa performance.
“Nossa proposta é de um sistema de diagnóstico que detecta a presença de uma classe específica de anticorpos, que são os mais duradouros em resposta a qualquer infecção, qualquer corpo estranho que entre no organismo, os anticorpos do tipo IgG”, explica Flávio Fonseca, professor do ICB (Departamento de Microbiologia do Instituto de Ciências Biológicas) e pesquisador do CT Vacinas em entrevista ao BHaz.