sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Tucano Aloysio: Lava Jato manipulou o impeachment e as eleições!

Moro vendeu "peixe podre" para o Supremo!

Conversa Afiada, 27/09/2019

Aloysio Nunes, ex-senador tucano e ministro das Relações Exteriores do governo Temer, já foi conhecido como Aloysio 300 mil.

E também Aloysio 500 mil...

De acordo com novo capítulo da Vaza Jato do Intercept Brasil, divulgado no sábado 21/IX, Aloysio era uma figura central no pagamento de propinas para campanhas eleitorais do PSDB - inclusive a de José Serra, candidato à Presidência em 2010.

A informação foi obtida através de mensagens compartilhadas pelos procuradores da Operação Lava Jato no aplicativo Telegram.

Em entrevista a José Marques e Felipe Bächtold, publicada hoje (27/IX) na Fel-lha, o ex-senador Aloysio atacou a força-tarefa de Curitiba: disse que a Lava Jato e o então juiz Sérgio Moro - hoje ministro da Justissa do governo Bolsonaro - realizaram uma "manipulação política do impeachment" da presidenta Dilma Rousseff.

O tucano comentou o "viés político" da Operação: "quando você fala na divulgação do diálogo de Lula com a Dilma, evidentemente você tem uma manipulação política do impeachment. Quando você tem a divulgação da delação de Palocci nas vésperas da eleição presidencial, você tem uma manipulação política da eleição presidencial. Isso feito de caso pensado, como os diálogos revelaram."

Ele continua:

"O Supremo Tribunal Federal acabou por barrar a posse do Lula com base em uma divulgação parcial de diálogo, feita por eles, Moro e seus subordinados, do Ministério Público. Eles manipularam o impeachment, venderam peixe podre para o Supremo Tribunal Federal. Isso é muito grave."

Em seguida, Aloysio deixa claro que compartilha da opinião do ex-presidente Temer, revelada em entrevista ao Roda Morta da TV Cultura, de que Lula seria capaz de reverter o impedimento da presidenta Dilma, se tivesse assumido o ministério da Casa Civil em 2016:

"Eles manipularam o impeachment ao barrar a posse do Lula. Se Lula tivesse ido para a Casa Civil, não seria capaz de recompor a base política do governo? Lula, que dizem que foi um governo socialista, governou com a direita. Teria rapidamente condições de segurar a base política."

O PSDB de Aloysio Nunes foi um dos principais articuladores do Golpe contra a presidenta Dilma - o Golpe dos canalhas, canalhas e canalhas.

Será que, em algum momento, Aloysio Nunes se tornará sincero como Michel Temer e irá chamar o Golpe de Golpe?

Ou será que, indagado sobre o caso, irá mandar blogueiro à PQP, como fez em 2014?

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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Banco do Brasil começa privatização disfarçada com parceria com o suíço UBS

“A intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos...ainda em discussão”, afirmou o BB em comunicado ao mercado

24 de setembro de 2019, 03:56 h
Agência do Banco do Brasil (Foto: Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) - O Banco do Brasil confirmou nesta segunda-feira assinatura de memorando de entendimento com o suíço UBS para formação de uma parceria das instituições na área de banco de investimento e corretora de valores no Brasil e outros países da América do Sul.

“A intenção é que UBS seja acionista majoritário da parceria que seria estabelecida pela contribuição de ativos do BB e do UBS, de acordo com os termos e condições definitivos...ainda em discussão”, afirmou o BB em comunicado ao mercado.

A Reuters publicou no início do mês que BB e UBS estavam em negociações avançadas para formar uma joint-venture em banco de investimento, na qual o banco suíço seria majoritário para evitar problemas operacionais comuns em empresas estatais.

Segundo o BB, a parceria vai focar em serviços de banco de investimentos no Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai. A aliança teria acesso à base de relacionamento do BB no Brasil e às estruturas globais de execução e distribuição do UBS.

O banco estatal não deu mais informações sobre o acordo como detalhes financeiros ou prazos previstos para início da operação conjunta após a aprovação do acordo por autoridades regulatórias.

No início de setembro, as fontes afirmaram à Reuters que não se espera que haja pagamento no negócio.

Para o UBS, a vantagem de um acordo com o BB seria contar com a possibilidade de empréstimos da instituição em determinadas transações de banco de investimento, como financiamentos a aquisições. Neste caso, os créditos ficariam no balanço do Banco do Brasil e não no da joint venture, segundo uma das fontes.

A joint venture no Brasil é um projeto aprovado pela executiva Ros Stephenson, que acabou de assumir o cargo de co-chefe de banco de investimento global do UBS com Javier Oficialdegui, numa reestruturação global do banco suíço, segundo uma das fontes.

O UBS tem ficado atrás de seus concorrentes americanos nos rankings de assessoria a fusões e aquisições e ofertas de ações no Brasil.

Segundo dados da Refinitiv, o UBS está em vigésimo primeiro lugar na assessoria a fusões e aquisições e em nono lugar na emissão de ações, neste ano até o início de setembro. O BB, não muito ativo em assessoria a fusões, está em décimo lugar no ranking.

Não é a primeira vez que o UBS tenta aumentar sua presença no mercado brasileiro. Em 2006, o grupo suíço comprou o controle do banco de investimentos brasileiro Pactual de seus sócios por 2,5 bilhões de dólares. Três anos depois, o banqueiro André Esteves comprou de volta o controle do banco com seus sócios por um preço similar, e mudou seu nome para BTG Pactual, hoje o maior banco de investimento independente da América Latina.

Frota promete entregar “vasto material” na CPI das Fake News contra Bolsonaro

O deputado foi à tribuna anunciar que está preparando documento para entregar para a CPI, com o objetivo de desmontar as milícias virtuais do bolsonarismo

24 de setembro de 2019, 19:44 h
(Foto: Câmara dos Deputados)

Revista Fórum - O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), expulso do PSL por criticar o presidente Jair Bolsonaro, declarou no plenário da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (24) que irá entregar à CPI das Fake News uma espécie de dossiê sobre as milícias virtuais comandadas pelo Palácio do Planalto.

“Estou aqui para dizer que se for convocado para a CPI das Fake News, eu já estou preparando um vasto material para que a gente possa sair dessa CPI extremamente vitorioso”, declarou o tucano no plenário.



Se eu for convocado para a CPI das FAKE NEWS, irei com um belo material! Já passou da hora de acabar com essas milícias virtuais.

Pra pensar um pouco!

BOLSONARO ESPERA UMA HORA PARA SE ENCONTRAR COM TRUMP POR
17 SEGUNDOS
EUA acima de tudo!

Bolsonaro espera uma hora para se encontrar com Trump por <BR>17 segundos

Em palco global, Bolsonaro rebaixou o Brasil a uma República de Bananas

Kennedy: discurso recheado de mentiras vai afetar até os negócios

Conversa Afiada, 24/09/2019
(Arte: Escreva Lola Escreva)


Ao discursar hoje na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente Jair Bolsonaro diminuiu o tamanho e a importância do Brasil perante o planeta. Sua fala desastrosa e recheada de mentiras afastará investimentos e negócios do país.

Bolsonaro pensou pequeno e apequenou o Brasil. Usou um palco global como se estivesse num comício eleitoral, falando para os cerca de 30% de brasileiros que aprovam sua administração. Ele não falou como representante de uma nação, mas como candidato.

Bolsonaro rebaixou o país a uma república de bananas. Discursou em tom agressivo, lembrando um ditador latino-americano dos anos 60, da época da Guerra Fria. Atacou países aliados e que têm empresas no Brasil, como a França e a Alemanha.

Ora, o presidente da França, Emmanuel Macron, e a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, são fundamentais para tirar do papel o acordo entre a União Europeia e o Mercosul. É um equívoco geopolítico criticar países com os quais deveria construir pontes.

Mentiu sobre o que acontece na Amazônia. Voltou a dar corda a uma teoria conspiratória de ameaça à soberania brasileira. Seu discurso oficializou a guinada de uma política externa que foge à tradição do Itamaraty e que se aliou à extrema-direita populista mundial.

O presidente defendeu a ditadura de 64, agredindo democratas de todo o planeta. Criticou a ONU. Falou bobagem sobre o Foro de São Paulo. Nunca o Brasil esteve à beira do socialismo. Repetiu para uma plateia mundial os absurdos que diz domesticamente.

Ao longo de quase três décadas, o Brasil veio construindo credibilidade na área ambiental, com políticas mais responsáveis. Desde a Eco-92, no governo Collor, há avanços nessa área.

Mas Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, implementam a destruição da nossa política ambiental. E o mundo sabe. Os satélites da Nasa e a séria comunidade científica entendem as consequências do crescimento das queimadas e do desmatamento na Amazônia. Esse negacionismo ambiental e climático não cola perante o mundo. Simples assim.

(...)

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Primeiro na Câmara, depois no Senado: os próximos passos pelo impeachment de Trump Republicanos conseguirão evitar?


Conversa Afiada, 24/09/2019

De Charlie Savage, do New York Times, com tradução do Conversa Afiada:

A presidenta da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, anunciou nesta terça-feira 24 que a Casa iniciará um inquérito formal de impeachment para apurar os esforços de Trump para pressionar a Ucrânia a investigar seu potencial rival em 2020, o ex-vice-presidente Joseph R. Biden Jr.

O furor crescente aumentou o interesse sobre como o processo de impeachment funciona. Aqui está o que você precisa saber:

O que é impeachment?

A Constituição permite que o Congresso deponha os presidentes antes do fim do mandato, se legisladores suficientes entenderem que cometeram “traição, suborno ou outros high crimes".

Apenas três presidentes foram submetidos a processos de impeachment. Dois foram acusados - Andrew Johnson em 1868 e Bill Clinton em 1998 - mas foram absolvidos e completaram seus mandatos. Um terceiro, Richard M. Nixon, renunciou em 1974 para evitar ser deposto.

O que é um "high crime"?

O termo “high crimes and misdemeanors” surgiu da tradição do direito comum britânico: era o tipo de irregularidade que por séculos o Parlamento citava ao remover oficiais da coroa. Essencialmente, significa abuso de poder por um funcionário público de alto nível. Isso não precisa necessariamente ser uma violação de um estatuto criminal comum.

(...) Como é o processo?

Nos casos de Nixon e Clinton, o Comitê Judiciário da Câmara realizou uma investigação e indicou artigos de impeachment para toda a Câmara. Em teoria, no entanto, a Câmara dos Deputados poderia, em vez disso, criar um painel especial para dar sequência aos procedimentos - ou apenas realizar uma votação em plenário desses artigos sem que nenhum comitê os examinasse.

Se pelo menos um dos artigos de impeachment votados pela Câmara obtiver maioria, o presidente é indiciado.

Em seguida, os procedimentos passam para o Senado, que deve realizar um julgamento supervisionado pelo presidente da Suprema Corte.

Uma equipe de legisladores da Câmara, conhecidos como managers, desempenha o papel de promotor. O presidente tem advogados de defesa e o Senado serve como júri.

Se pelo menos dois terços dos senadores considerarem o presidente culpado, ele é afastado e o vice-presidente assume a presidência. Não há recurso.

(...)

Capitão atentou contra interesse nacional na ONU

Josias de Souza 24/09/2019 14h16

Jair Bolsonaro conseguiu uma façanha internacional. Com seu discurso na abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, o presidente correspondeu a 100% das expectativas de quem não esperava que ele dissesse nada de proveitoso para o Brasil. Revelou-se um nanico diplomático. Seu pronunciamento foi um atentado contra o interesse nacional. 

Incapaz de elevar a própria estatura, Bolsonaro apequenou a tribuna. Discursou na ONU como se pronunciasse uma das falas que transmite semanalmente aos súditos que o acompanham nas redes sociais —a mesma agressividade, as mesmas obsessões, os as mesmas obsessões, os mesmos hipotéticos inimigos, o mesmo velho culto à ditadura militar. 

Depois de contaminar o meio-ambiente com sua política antiambiental, Bolsonaro conseguiu estragar o ambiente inteiro. Com um discurso contaminado com pesticida ideológico, desperdiçou o que seria a melhor oportunidade para retirar da sua retórica a raiva que atrapalha os acordos internacionais, afugenta investidores estrangeiros e ameaça a pauta de exportações do agronegócio brasileiro.

O presidente desperdiçou a maior parte do seu tempo e da paciência da plateia expondo peças do seu museu particular de novidades: as ditaduras de Cuba e Venezuela, o Foro de São Paulo, a "guerra" travada pelos militares contra os que "tentaram mudar o regime brasileiro". 

Com os olhos grudados num retrovisor que estacionou na era da guerra fria, Bolsonaro esqueceu de falar para o para-brisas, de onde o espreitavam líderes mundiais, chefes de organizações multilaterais e homens de negócios ávidos por uma palavra qualquer que sinalizasse o desejo de injetar racionalidade na prosa. 

Sobre a temática ambiental, epicentro da preocupação mundial, Bolsonaro limitou-se a reiterar o lero-lero inverossímil que inclui da negativa do desmatamento ao compromisso com a preservação, dos ataques a ONGs à desqualificação da imprensa, do suposto respeito à cultura indígena à cobiça pelas riquezas que se escondem no subsolo das reservas indígenas. 

Dizia-se no Planalto que Bolsonaro não atacaria líderes estrangeiros na ONU. Fez papel de bobo quem acreditou. Sem citar-lhe o nome, o capitão deu botinadas retóricas no francês Emmanoel Macron, acusando-o de usar "mentiras da imprensa internacional" para se portar "de forma desrespeitosa e colonialista, atacando nossa soberania".

No seu momento de maior lucidez, Bolsonaro enalteceu a agenda liberal do seu governo."Estamos abrindo a economia e nos integrando às cadeias globais de valor. Em apenas oito meses, concluímos os dois maiores acordos comerciais da história do país, aqueles firmados entre o Mercosul e a União Europeia e entre o Mercosul e a Área Europeia de Livre Comércio, o EFTA. Pretendemos seguir adiante com vários outros acordos nos próximos meses." 

O nanismo diplomático de Bolsonaro impediu que enxergasse o essencial: sem retirar a raiva de sua retórica, coloca em risco conquistas que não se devem apenas ao seu governo. Ganharam impulso sob Michel Temer. E não avançaram porque foram travados pela corrupção endêmica. O extremismo ideológico é outro tipo de pesticida, mas tem o mesmo efeito devastador. Bolsonaro declarou que seu governo combate o déficit fiscal. Mas o principal déficit do Brasil no momento talvez esteja entre as orelhas do seu presidente. 


domingo, 15 de setembro de 2019

Dino: Lula terá de ser solto em até três semanas

"Não é favor, é direito"

Conversa Afiada, 15/09/2019


Reprodução/Twitter


Do Twitter do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB):

“Lula Livre” não é pedido de um favor. É um brado por direitos e garantias constitucionais que devem valer para todos. Lembrando que Lula já tem direito ao semiaberto desde o mês de abril. Ou, na pior das hipóteses, no começo de outubro. É a lei que manda. Ela não é para todos?

O direito à liberdade de Lula desde o mês de abril deriva da detração prevista no art. 387 do CPP [Código de Processo Penal]. O Ministério Público reconheceu esse direito. E em setembro ele completa 1/6 da pena. Na pior das hipóteses, em 2 ou 3 semanas DEVE estar no semiaberto. Não é favor, é direito.

Jânio de Freitas defende que é preciso lavar a Lava Jato

O jornalista Jânio de Freitas escreve neste domingo na Folha de S.Paulo que é necessário "uma Lava Jato da Lava Jato, uma Lava Jato honesta para investigar a Lava Jato deformada, sob manipulação de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, para interferências políticas e eleitorais".

Brasil247, 15/09/19, 11:39 h

O jornalista Jânio de Freitas escreve neste domingo na Folha de S.Paulo que é necessário "uma Lava Jato da Lava Jato, uma Lava Jato honesta para investigar a Lava Jato deformada, sob manipulação de Sergio Moro e Deltan Dallagnol, para interferências políticas e eleitorais". 

"As revelações do site The Intercept Brasil, quase todas em associação com a Folha, tornam impossível qualquer dúvida respeitável sobre o desvirtuamento, passível de configuração criminal, do ataque à corrupção". 

O jornalista põe em dúvida se as instituições que deveriam incumbir-se da investigação da ação irregular de procuradores e juízes são capazes disso: "Mas, dada a gravidade das revelações, provoca uma outra dúvida: a de que haja, entre as instituições apropriadas, ao menos uma capaz de investigação tão profunda e consequente quanto necessário.