terça-feira, 10 de setembro de 2019

Dodge dá parecer favorável para que Lula acesse delação da Odebrecht

Às vésperas de deixar a Procuradoria-Geral da República, Raquel Dodge emitiu parecer favorável à defesa de Lula para que esta tenha acesso ao acordo de leniência firmado pela Odebrecht na Lava Jato

Brasil247, 10/09/19, 18:53 h Atualizado em 10/09/19, 19:13
 PGR, Raquel Dodge em sessão solene manifesto da sociedade civil em apoio ao STF (Foto: Carlos Moura/SCO/STF (03/04/2019))

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, emitiu parecer favorável à defesa do ex-presidente Lula para que ele tenha acesso ao acordo de leniência firmado pela Odebrecht na Operação Lava Jato. A informação é do UOL.

Raquel Dodge concordou com decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, que "seja facultado à defesa acesso aos sistemas vinculados à Odebrecht, com prazo de 15 dias para a confecção de ata pelo assistente técnico defensivo".

O acesso, no entanto, só foi garantido após novo entendimento de Feachin, que foi voto vencido na Segunda Turma da corte, no caso que anulou a condenação de Aldemir Bendine, ex-presidente da Petrobrás e do Banco do Brasil. 

Fachin se baseou na jurisprudência sobre a ordem de alegações finais no caso de réus delatores e delatados, em que determina que delatados sejam os últimos a serem ouvidos nos processos.

Em junho, Fachin já havia concedido "acesso restrito" da defesa ao acordo de leniência. Mas Luiz Antonio Bonat, substituto de Sergio Moro na 13ª Vara Federal de Curitiba, mesmo após a decisão do ministro do STF, não cadastrou os advogados de Lula na referida ação e requisitou posicionamento do Ministério Público Federal e da Odebrecht em relação ao pedido da defesa do ex-presidente.

Bolsonaro escala Flávio para desarticular CPI da Lava Toga e frustra bolsonaristas

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) recebeu do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar (PE), pedido para entrar na articulação contra a criação da CPI da Lava Toga. O filho do presidente Jair Bolsonaro é o único dos quatro senadores do PSL que não assinou a petição pela abertura da comissão

Brasil247, 10/09/19, 07:36 h Atualizado em 10/09/19, 09:09
(Foto: Tânia Rêgo - ABR)

O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) recebeu do presidente nacional do partido, deputado Luciano Bivar (PE), pedido para entrar na articulação contra a criação da CPI da Lava Toga. O filho do presidente Jair Bolsonaro é o único dos quatro senadores do PSL que não assinou a petição pela abertura da comissão. O argumento é a suposta ilegalidade do inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal para investigar ameaças contra magistrados.

A tentativa de desarticular a CPI desagrada a base aliada, que não acompanha o movimento de Jair Bolsonaro. Demonstrando flertar com golpe contra as instituições, o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que "por vias democráticas a transformação que o Brasil quer não acontecerá na velocidade que almejamos". "Como meu pai, também estou muito tranquilo e o poder jamais me seduziu", disse numa sequência de tuítes (confira aqui). 

Flávio Bolsonaro passou a entrar na mira do Judiciário após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) identificar movimentações milionárias e atípicas de R$ 7 milhões de 2014 a 2017 por parte de Fabrício Queiroz, assessor o atual senador quando o parlamentar era depuado estadual no Rio. Queiroz liderava um esquema de lavagem de dinheiro. Recentemente, o presidente do STF, Dias Toffoli, suspendeu as invetigações contra o filho de Bolsonaro ao proibir o compartilhamento de dados pelo Coaf sem prévia autorização judicial. 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), lidera as articulações para barrar a CPI e classificou a tentativa de criação da comissão como inconstitucional. 

“Se há entendimento de que a comissão não pode investigar decisão judicial, como vou passar por cima disso?”, questionou. Os relatos forma publicados no jornal O Estado de S.Paulo

De acordo cokm Luciano Bivar, a CPI é “uma afronta ao Poder Judiciárioo”. “Precisa-se fazer um entendimento melhor do que fazer uma CPI, isso não faz sentido”, disse o presidente da legenda, acrescentando que é preciso “apostar na governabilidade no nosso país.”

Novo chefe do Ibama no PA diz que vai parar de queimar máquinas de garimpo ilegal

Evandro Cunha dos Santos, o novo superintendente regional do Ibama, nomeado pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou que recebeu ordem para interromper a queima de veículos usados em crimes ambientais na Amazônia. Perguntas que não querem calar: Essa nova postura do IBAMA não é uma desobediência a lei que trata do assunto? Essa determinação do IBAMA não estimula os crimes ambientais? Veiculos usados em outros tipos de crimes também estarão fora do alcance da lei?
 
Brasil247, 10/09/19, 05:48 h
(Foto: Ibama)

O coronel da Polícia Militar Evandro Cunha dos Santos, novo superintendente regional do Ibama, afirmou que recebeu ordem para interromper a queima de veículos usados em crimes ambientais na Amazônia, informa reportagem de Rubens Valente e Fabiano Maisonnave, na Folha de S.Paulo.

A declaração foi dada nesta segunda-feira (9) em audiência pública na cidade de Altamira (PA) organizada pelo ruralista Nabhan Garcia que ocupa, no governo Bolsonaro, a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. 

Fiscais do Ibama consideram que o novo superintendente no Pará coloca em risco servidores do órgão atualmente em operação no município de Altamira, campeão de desmatamento e de focos de incêndio no país. 

O Ibama já embargou no município desde 27 de agosto quase 20 mil hectares e destruiu equipamentos de infratores ambientais. 

Santos foi nomeado para a chefia do Ibama paraense no último dia 2 pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Tudo indica que sua nomeação atende ao objetivo de conter a ação dos fiscais do órgão, que na semana passada, juntamente com fiscais do ICMBio e agentes da Força Nacional fizeram uma grande operação de repressão a garimpos ilegais na floresta nacional Crepori, no Pará, e queimaram equipamentos, incluindo duas retroescavadeiras, encontrados operando dentro da área protegida por lei. 

Em seu discurso de posse, no último dia 4, o novo superintendente admitiu que não tem experiência no combate a crimes ambientais. Ele exibiu fotos em que aparece ao lado de Jair Bolsonaro para deixar claro que a indicação veio do Planalto. 

Na audiência em Altamira, o ruralista Nabhan Garcia que ocupa, no governo Bolsonaro, a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, atacou a destruição de equipamentos e anunciou que o governo vai se mobilizar para alterar a legislação em vigor. Ele culpou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) pela existência da lei. "Se a lei foi malfeita, é porque alguém elegeu o senhor Lula. [...] Nós vamos trabalhar um decreto-lei, com a força do Congresso Nacional, e com a força de vocês, que o pedido representa o pedido de todo mundo, vamos trabalhar então para ver a possibilidade dessa lei ser alterada", disse Nabhan. 

Por sua vez, o senador Zequinha Marinho (PSC-PA), disse que a maioria dos fiscais do Ibama é de "esquerdistas que odeiam" Bolsonaro.

Jean Wyllys será professor em Harvard

Exilado na Europa após ser ameaçado de morte, o jornalista e ex-deputado Jean Wyllys assumirá o posto de professor na Universidade de Harvard, uma das mais importantes dos Estados Unidos. Jean vai lecionar no Afro-Latin Research Institute. "Novo tempo de aprender e ensinar", escreveu ele em post no Instagram

Brasil247, 09/09/19, 21:18 h
(Foto: Reprodução/Instagram)

Felipe Martins, no Rio Gay Life - O jornalista, historiador e ex-deputado federal Jean Wyllys dará início uma nova etapa profissional. Ele assumirá o posto de professor na Universidade de Harvard, uma das mais importantes dos Estados Unidos. Jean vai lecionar no Afro-Latin Research Institute.

O Instituto de Pesquisas Afro-Latino (nome em português) é a primeira instituição nos EUA a se dedicar à história e cultura de pessoas descendentes de africanos na América Latina e Caribe.

Jean irá se dedicar ao estudo das fake news e como enfrentar os discursos de ódio disseminados pelas notícias falsas na internet.

O ex-deputado foi uma das maiores vítimas das fake news no Brasil. Primeiro parlamentar homossexual a defender a causa LGBT, ele foi associado a absurdos como o incentivo a pedofilia e ao incesto. Passou a ser alvo de agressões verbais e físicas nas ruas e até dentro da Câmara dos Deputados.

Jean passou a conviver com ameaças de morte anônimas. Uma investigação da Polícia Federal levou à prisão de um dos autores. No entanto, o gabinete do parlamentar continuava a receber ameaças à integridade dele e da família.

Depois das eleições de 2018, ele decidiu deixar o Brasil e buscou abrigo inicialmente na Europa. Nos últimos meses, estava residindo em Berlim.

O curso em Harvard conta com o apoio da Open Society, fundo de investidores beneméritos e que impulsiona projetos de justiça social pelo mundo.

Lava Jato não quis investigar fraude relatada por Cunha em processo de cassação. Por quê?

Procuradores da Operação Lava Jato decidiram não investigar uma denúncia de manipulação de escolha do relator do processo de cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ). O relato da fraude foi feito pelo próprio ex-deputado ao propor delação premiada, que o Ministério Público Federal não aceitou

Brasil247,10/09/19, 06:05 h Atualizado em 10/09/19, 06:26
(Foto: Foto: reuters)

O procurador da Lava Jato Orlando Martello mencionou supostas "bolas mais pesadas no sorteio da relatoria" do Conselho de Ética em mensagens do Telegram obtidas pelo site The Ingtercept, mas a denúncia não foi averiguada.

Pessoas ligadas a Cunha confirmaram que sua proposta de colaboração premiada com a Lava Jato incluía essa denúncia de fraude na escolha de relatores no Congresso.

Reportagem do UOL narra que em 1º de agosto de 2017, ao analisar documentos em que o ex-presidente da Câmara narrava a suposta fraude na relatoria, os procuradores da Lava Jato se impressionaram, de acordo com as mensagens e consideraram que se tratava de um "fato grave", que "talvez não devesse ser sonegado da sociedade". 

Para juristas ouvidos pela reportagem a Lava Jato ao ignorar uma denúncia grave cometeu um crime, já que o Ministério Público não pode escolher o que investigar e o que não investigar.

As mensagens do aplicativo Telegram foram trocadas em um grupo chamado "Acordo Cunha". Neles, participavam procuradores das forças-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Rio de Janeiro, Natal e na Procuradoria Geral da República (PGR), em Brasília. Também participavam investigadores da Operação Greenfield, em Brasília.

Acompanhe a reportagem do UOL

'Vamos vencer a eleição de 2022. Tenho certeza', diz Flávio Dino a Haddad

Apontados como possível chapa presidencial em 2022, Fernando Haddad (PT) e Flávio Dino (PCdoB) gravaram juntos um programa exibido nas redes sociais nesta segunda-feira (9). Dino disse: "Temos a eleição de 2020, e acredito que vamos vencer. Teremos um resultado bastante bom em 2020, teremos muitas vitórias de prefeituras, vamos trabalhar para isso. E vamos vencer a eleição presidencial em 2022, tenho certeza disso”

Brasil247, 09/09/19, 22:56 h Atualizado em 09/09/19, 22:59
(Foto: Reprodução/Twitter)

Apontados como possível chapa presidencial em 2022, Fernando Haddad (PT) e Flávio Dino (PCdoB) gravaram juntos um programa exibido nas redes sociais nesta segunda-feira (9). Dino disse: "Temos a eleição de 2020, e acredito que vamos vencer. Teremos um resultado bastante bom em 2020, teremos muitas vitórias de prefeituras, vamos trabalhar para isso. E vamos vencer a eleição presidencial em 2022, tenho certeza disso”

A reportagem da Revista Fórum destaca que "em dado momento do programa, Haddad perguntou a Dino sobre a importância da unidade entre partidos do campo progressista na oposição ao governo Bolsonaro. Para o petista, a atual articulação entre lideranças de esquerda não é eleitoreira, mas sim programática, com o objetivo de oferecer alternativas à população, através da atuação parlamentar, às políticas do governo federal."

Na sequência, a matéria sublinha: "Dino concordou mas, diferente do petista, foi além e relacionou a unidade da esquerda a um possível êxito eleitoral em 2020 e em 2022. “Acho que temos esta tarefa, da unidade, e creio que temos avançado nesse sentido. Há um clima de muita cortesia entre várias lideranças, e isso é uma pré-condição, a conversa, o diálogo."

Povo brasileiro é contra a agenda de privatizações de Bolsonaro

A maioria esmagadora da população brasileira é contrária ao plano de Bolsonaro de privatizar as empresas estatais brasileiras. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 67% declararam oposição a esses planos. O povo rejeita o programa de privatizações como um todo, especialmente a privatização da Petrobras e dos Correios. Segundo a pesquisa, 65% se opõem à privatização da estatal petrolífera e 60% à dos Correios

Brasil247,10/09/19, 05:27 h
Jair Bolsonaro e Paulo Guedes (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

247 - A maioria esmagadora da população brasileira é contrária ao plano de Bolsonaro de privatizar as empresas estatais brasileiras. 

Segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 67% declararam oposição a esses planos. 

O povo rejeita o programa de privatizações como um todo, especialmente a privatização da Petrobras e dos Correios. 

Os índices da pesquisa mostram que 65% se opõem à privatização da estatal petrolífera, mesmo percentual dos que são contrários à privatização dos bancos públicos. Quanto à privatização dos Correios, 60% disseram que se opõem. 

Reportagem da Folha de S.Paulo indica que no mês passado, o governo ampliou a lista de projetos que deseja conceder à iniciativa privada, ao incluir presídios, escolas, creches e parques nacionais no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos). 

A reportagem destac ainda que foram incluídas nove estatais no programa: Telebras, Correios, ABGF (Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias), Emgea (Empresa Gestora de Ativos), Serpro (Serviço Federal de Processamento de Dados), Dataprev (Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social), Ceagesp, Ceitec (Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica Avançada) e porto de Santos. 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a privatização da Petrobras não está descartada por Jair Bolsonaro. No mês passado, o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que a venda da companhia está sendo estudada. Várias subsidiárias da Petrobras já estão sendo vendidas. 

Em entrevista publicada nesta segunda-feira (9), no jornal Valor Econômico, o ministro da Economia declarou que o objetivo do governo Bolsonaro é privatizar todas as empresas estatais. Ele citou uma frase de Bolsonaro, mandando acelerar o ritmo de privatizações para uma por semana.

Nunca o Brasil correu tanto risco de se transformar em uma Cuba

Para Florestan Fernandes Jr., do Jornalistas pela Democracia, "a cada dia que passa ficam mais claras as semelhanças entre o governo do capitão e dos ditadores da América Central alçados ao poder no século passado pelo serviço de inteligência norte-americano". "No submundo da ditadura cubana pró-EUA os negócios lucrativos estavam nas mãos das máfias em Havana, que dominavam os jogos de azar, a prostituição e o tráfico de drogas. No Brasil de Bolsonaro o submundo do crime é controlado pelas milícias que atuam nas periferias do Rio de Janeiro", compara

Brasil247, 09/09/19, 17:19 h

Por Florestan Fernandes Jr., para o Jornalistas pela Democracia - A cada dia que passa ficam mais claras as semelhanças entre o governo do capitão e dos ditadores da América Central alçados ao poder no século passado pelo serviço de inteligência norte-americano. Entre estes estão os Somozas, na Nicarágua, Manuel Noriega, no Panamá, e Fulgencio Batista, em Cuba. 

Todos contaram com apoio incondicional do governo dos Estados Unidos e para ele trabalharam incansavelmente. Um deles, o coronel Fulgencio Batista, chegou a ser presidente eleito antes de se tornar ditador nos anos 1950. Seu governo autoritário suspendeu a Constituição do país, estabeleceu a pena de morte e revogou as liberdades políticas, entre elas o direito de greve. 

Qualquer semelhança com o nosso capitão não é mera coincidência. Os apoiadores de Bolsonaro também defendem abertamente atentados à democracia. Querem, entre outras medidas, que seu líder feche o Congresso e o STF. O próprio filho do presidente, Eduardo Bolsonaro, chegou a dizer publicamente que para o governo fechar o Supremo bastava um soldado e um cabo. Também como Batista, Bolsonaro conta com apoio dos latifundiários. Em Cuba eles plantavam apenas fumo e cana de açúcar, no Brasil criam gado e plantam soja e algodão. 

Na Cuba de Batista, a economia estagnada ampliou a pobreza, aprofundando ainda mais as desigualdades sociais. Algo que também vem ocorrendo de maneira devastadora em nosso país. O governo de Batista transferiu para multinacionais americanas o patrimônio e o direito de exploração de propriedades pertencentes ao Estado cubano. 

Algo bem parecido com a privatização em marcha de grandes empresas, como Petrobras e Banco do Brasil, e concessões públicas de aeroportos, portos e ferrovias. Tudo está pronto para ser entregue, até mesmo os santuários da biodiversidade, como a Floresta Amazônica, os Lençóis Maranhenses e o Pantanal. 

No submundo da ditadura cubana pró Estados Unidos os negócios lucrativos estavam nas mãos das máfias em Havana, que dominavam os jogos de azar, a prostituição e o tráfico de drogas. No Brasil de Bolsonaro o submundo do crime é controlado pelas milícias que atuam nas periferias do Rio de Janeiro. Controlam parte do tráfico, a prostituição e os negócios imobiliários clandestinos. 

Alguns estão tão bem de vida que moram no mesmo condomínio do presidente. Outros tinham parentes empregados nos gabinetes dos filhos do capitão. Bolsonaro não suporta críticas e tem atacado com frequência os jornalistas que cobrem o Planalto. A Secom em sua gestão cortou receitas dos jornais impressos e redirecionou as verbas publicitárias das grandes redes de televisão. 

No poder, Batista impôs censura aos meios de comunicação, perseguiu jornalistas e utilizou o aparelho repressivo para torturar e matar opositores. Tudo no melhor estilo das ditaduras do Cone Sul dos anos 1960/1980, enaltecidas pelo capitão presidente. Sobre a subserviência de Cuba aos EUA o ex-embaixador americano na ilha, Earl Smith, disse: “Sempre que eu pedia ao presidente Batista o voto de Cuba para apoiar os Estados Unidos nas Nações Unidas, ele instruía seu ministro das Relações Exteriores a que a delegação cubana votasse de acordo com a Delegação dos Estados Unidos e a dar total apoio à delegação americana nas Nações Unidas”.

Bolsonaro inovou. Pretende hoje colocar na Embaixada do Brasil em Whasignton o próprio filho, uma espécie de garoto de recados do governo Trump. Pelo menos em um ponto concordo plenamente com o discurso de Bolsonaro, o Brasil corre mesmo o sério risco de virar uma Cuba: a do coronel Fulgencio Batista.

No Multishow, ao vivo, Titi Müller diz que música 'Vai dar PT' é profecia para 2022

A apresentadora do Multishow, Titi Müller, brincou no último sábado (7) com a música "Vai Dar PT", de Léo Santana, ao vivo, dizendo que a música "é uma profecia para 2022"

Brasil247, 09/09/19, 18:06 h
Apresentadora Titi Müller do Multishow (Foto: Reprodução Twitter)

A apresentadora do Multishow, Titi Müller, brincou no último sábado (7) com a música "Vai Dar PT", de Léo Santana, após show no Festival Festeja, em Belo Horizonte, dizendo que a música "é uma profecia para 2022".

“Léo Santana, dono da zorra toda, encerrando com essa música que é uma profecia para 2022: Vai Dar PT. Maravilhoso!”, disse Titi em uma entrada ao vivo.

domingo, 8 de setembro de 2019

Vaza Jato prova: força-tarefa sabia que grampo era ilegal!

"Estou preocupado com moro! Com a fundamentação da decisão"

Conversa Afiada, 08/09/2019

Novo capítulo da Vaza Jato divulgado neste domingo 8 mostra, entre muitas outras coisas, que a Operação Lava Jato escondeu conscientemente diálogos de Lula - gravados ilegalmente - para impedir sua posse como ministro da Casa Civil, em 2016.
Um dos trechos revelados em parceria pelo Intercept Brasil e pela Folha prova, inequivocamente, que os procuradores da força-tarefa sabiam da ilegalidade do grampo e, portanto, dos perigos que envolviam a divulgação das mensagens para a imprensa.
Diz um trecho da reportagem:
Dilma e os advogados de Lula questionaram as decisões do juiz, argumentando que sua conversa não poderia ter sido grampeada se Moro já tinha determinado o fim da escuta, nem os autos poderiam ter sido divulgados sem que o STF tivesse sido alertado para as citações a ela e a outras autoridades com foro especial.
"Estou preocupado com moro! Com a fundamentação da decisão", disse o procurador Orlando Martello no Telegram. "Vai sobrar representação para ele."
"Vai sim", respondeu Carlos Fernando. "E contra nós. Sabíamos disso." Para Laura Tessler, o apoio da opinião pública garantiria proteção à Lava Jato: "a população está do nosso lado...qualquer tentativa de intimidação irá se voltar contra eles". Carlos Fernando recomendou: "Coragem... Rsrsrs".
Após compartilhar com o grupo vídeos de uma manifestação que estava ocorrendo na Avenida Paulista, em São Paulo, Martello sugeriu que todos os integrantes da operação renunciassem aos cargos se algo acontecesse com Moro. Laura sugeriu que a melhor resposta seria mover uma ação contra Lula e pedir sua prisão.
Para Andrey Borges de Mendonça, seria difícil defender a divulgação da conversa de Dilma por causa do horário em que ocorrera, mas a maioria discordou. "O moro recebeu relatório complementar e o incorporou", disse Carlos Fernando. "Nesta altura, filigranas não vão convencer ninguém."
Deltan entrou tarde na discussão e se alinhou com Carlos Fernando. "Andrey No mundo jurídico concordo com Vc, é relevante", disse. "Mas a questão jurídica é filigrana dentro do contexto maior que é político."
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