sábado, 8 de dezembro de 2018

Deputados do Rio querem investigar Flávio Bolsonaro



Deputados estaduais de partidos de esquerda no Rio de Janeiro estudam pedir investigação contra o colega Flávio Bolsonaro (PSL), filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), após o estouro do escândalo do chamado 'Bolsogate'.

A suspeita é de que ex-assessores de Flávio na Alerj abriam mão de parte de seus salários.

Globo também declara guerra a Bolsonaro


Grupo de comunicação dos Marinho, que vinha mantendo cobertura discreta do Bolsogate, entrou com tudo no caso neste sábado (8) com algumas reportagens no Globo Online.

Em uma delas revela que o ex-assessor do deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), o subtenente da Polícia Militar Fabrício José de Carlos Queiroz, recebeu depósitos em espécie e por meio de transferências de oito funcionários; em outra reportagem, mostra como Queiroz ficou íntimo da família.

Parece que o cerco da mídia em torno de Jair Bolsonaro (PSL) começou antes mesmo da posse.

Bolsonaro admite que sonegou informação sobre o empréstimo no seu Imposto de Renda


Depois de apontar que o pagamento de R$ 24 mil feito pelo ex-assessor Fabrício Queiroz a sua esposa Michele seria fruto de um empréstimo não declarado em seu imposto de renda, o presidente eleito admitiu neste sábado, 8, ter sonegado informações ao fisco.

“Se eu errei, eu arco com a minha responsabilidade perante o Fisco. Sem problema nenhum”, afirmou; ele voltou a dar uma explicação sem sentido sobre o cheque à futura primeira-dama: "questão de mobilidade".

Bolsogate, como está sendo chamado o escândalo, cresce com a percepção de que Fabrício era uma espécie de caixa eletrônico do clã.

Mourão cobra explicações sobre o Bolsogate


"O ex-motorista, que conheço como Queiroz, precisa dizer de onde saiu este dinheiro. O Coaf rastreia tudo. Algo tem, aí precisa explicar a transação, tem que dizer", cobrou o vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, para quem o governo tem que sempre dar explicações à sociedade: "Senão fica parecendo que está escondendo algo".

O militar também provocou o futuro ministro Onyx Lorenzoni, por ter fugido da coletiva ao ser questionado sobre o escândalo: "Quando responde daquele jeito, parece que tem culpa no cartório".

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Será um Bolsogate?

O escândalo e suas repercussões

Fonte: Brasil247, 07/12/18, atualizado em 08/12/18,17:42h

A Folha divulgou a notícia do escândalo

Classificado por Jair Bolsonaro como "o maior fake news do Brasil", o jornal Folha de S.Paulo da família Frias mandou seu primeiro aviso de guerra ao presidente eleito com a manchete desta sexta-feira: "Relatório do Coaf envolve ex-assessor de Flávio Bolsonaro".

Os Frias implementaram durante a campanha eleitoral uma política editorial de simpatia a Bolsonaro e de continuidade de sua hostilidade histórica ao PT.

A relação ficou abalada com as reportagens da jornalista Patrícia Campos Mello e agora azedaram de vez.

Flávio Bolsonaro empregou família de PM monitorado pelo Coaf

O futuro senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a mulher e duas filhas do ex-assessor e policial militar Fabrício Queiroz.

De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Fabrício registrou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias no espaço de um ano.

Segundo Flávio Bolsonaro, "não há nada a esconder" sobre as nomeações.

Conexão da família do PM Queiroz envolve Jair, Michele e Flávio Bolsonaro

"O assessor parlamentar, motorista e segurança de Flávio Bolsonaro, PM Fabrício José Carlos de Queiroz, fez movimentações de RS 1,2 milhão em sua conta bancária no período de um ano. 

Uma das transações de Queiroz é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama Michele Bolsonaro", informa o colunista Ricardo Kotscho, um dos jornalistas pela democracia. 

"A Polícia Federal já foi acionada para entrar nestas investigações do Coaf sobre as movimentações bancárias da família do PM?".

Ex-assessor fisgado pelo Coaf era íntimo e pescava com Jair Bolsonaro
Fisgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações de R$ 1,2 milhão, incompatíveis com sua renda, o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro tinha total intimidade com o clã presidencial. A tal ponto, que saía para pescar com o próprio Jair Bolsonaro, que justificou a transferência de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro como o pagamento de um empréstimo não registrado em seu imposto de renda.

Bolsonaro alega “recomendação médica” e silencia sobre escândalo envolvendo mulher e filhos

Em publicação no Twitter, o presidente eleito afirma que cancelou viagem para São Paulo prevista para esta sexta-feira após receber "recomendação expressa" de equipe médica para repousar.

Bolsonaro iria para Pirassununga, no interior paulista, para participar de cerimônia na Academia da Força Aérea.

Agora, o presidente eleito seguirá direto de Brasília para sua residência no Rio de Janeiro.

Em um dia, escândalo já chega a Jair Bolsonaro e envolve ex-assessora

O jornalista Mauro Lopes, editor do 247 e integrante do projeto Jornalistas pela Democracia, escreve sobre a descoberta desta sexta-feira: o escândalo que até ontem envolvia Flávio Bolsonaro e a futura primeira-dama, Michelle, invade agora o gabinete do presidente eleito.

Uma ex-assessora de Jair Bolsonaro, Nathalia Melo de Queiroz foi flagrada pelo Coaf com uma movimentação suspeita em sua conta.

Ela é filha do PM Fabrício José Carlos de Queiroz, em cuja conta trafegou R$ 1,2 millhão apenas em 2016 e que depositou um cheque de R$ 24 mil na contra de Michelle Bolsonaro.

Os Queiroz são íntimos dos Bolsonaro há mais de 15 anos .

A repercussão do fato

Costa Pinto: bolsogate já vale meia Fiat Elba

Jornalista pela Democracia, Luis Costa Pinto fala sobre o escândalo que atinge a família Bolsonaro e traça um paralelo com o escândalo que derrubou o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

"Collor caiu quando se soube que seu tesoureiro, PC Farias, pagava despesas pessoais da ex-primeira-dama Rosane Collor e quando apareceu a Fiat Elba", diz ele. "Os R$ 24 mil pagos pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro representam meia Fiat Elba".

Moro silencia e evita comentar o Bolsogate

O ex-juiz Sergio Moro, que será o futuro ministro da Justiça, não quis falar sobre o "bolsogate" – escândalo que atinge a família Bolsonaro e revela movimentações de R$ 1,2 milhão feitas por um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Questionado sobre o caso, Moro preferiu silenciar sobre as transações suspeitas reveladas pelo Coaf, que ficará sob subordinado a ele a partir de janeiro.

Boulos: Moro vai investigar ou fazer vistas grossas ao seu novo chefe?

Líder do MTST, Guilherme Boulos indagou pelo Twitter se o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, investigará ou acobertará o futuro governo do escândalo do Bolsogate; ele destaca ainda que este "é o primeiro escândalo da presidência de Bolsonaro, antes mesmo da posse", e "tudo com provas materiais".

Perguntado sobre bolsogate, Onyx ataca Coaf e abandona coletiva

O futuro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), atacou nesta sexta-feira, 7, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que revelou a movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, incluindo um pagamento de R$ 24 mil a Michele Bolsonaro, esposa do presidente eleito.

"Setores estão tentando destruir a reputação do sr. Jair Messias Bolsonaro. No Brasil, a gente tem que saber separar o joio do trigo. Nesse governo é trigo. Onde é que estava o Coaf no mensalão, no petrolão?", disse Lorenzoni, visivelmente irritado, e abandonou a entrevista em seguida.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

‘PSDB não terá um ministério, mas 22 ministérios’, diz Bolsonaro a tucanos

Blog do Josias06/12/2018
Parlamentares do PSDB chegam ao Centro Cultural Banco do Brasil, para reunião com Bolsonaro

Recebido com aplausos pela bancada federal do PSDB, Jair Bolsonaro tratou os tucanos como velhos parceiros no encontro que tiveram nesta quarta-feira a portas fechadas, no escritório de transição, em Brasília. O presidente eleito chegou a dizer que o tucanato não terá um ministério no seu governo, terá as 22 pastas, pois todos os seus ministros serão orientados a atender às demandas dos deputados.

Na política, se briga e se fazem as pazes com rapidez desconcertante. Mas quem assistiu à troca de insultos entre o Bolsonaro e Geraldo Alckmin, o candidato derrotado do PSDB, não imaginou que toda aquela animosidade da campanha terminaria em namoro. Ao contrário, os observadores mais ingênuos acreditaram que as partes viveriam separadas para sempre, até que a morte as juntasse.

Na expressão de um dos deputados presentes à reunião, ficou evidente que "o PSDB está no colo de Bolsonaro." Tucanos tietaram o capitão, posaram para fotos ao lado dele. Três oradores falaram em nome dos visitantes: Nilson Leitão (MT), líder do partido na atual legislatura; Carlos Sampaio (SP), líder da legenda a partir de fevereiro; e Mara Gabrilli (SP), a deputada tucana que o eleitorado guindou ao Senado.

Todos dedicaram a Bolsonaro palavras amistosas. Nilson Leitão, mais efusivo que os demais, agradeceu ao interlocutor por ter derrotado o PT, um adversário que o tucanato não teve competência para vencer. Não se ouviu no encontro uma mísera menção ao nome de Alckmin, que supostamente ainda preside o PSDB.

Num rasgo de descontração, Bolsonaro insinuou, entre risos, que o tucanato dormiu no ponto durante a campanha. "Quando acordou, já era tarde demais", ironizou. Houve um alarido na sala. Eram os tucanos rindo da própria desgraça. Favorecido por ter encarnado o antipetismo durante a eleição, Bolsonaro engordou seu eleitorado incorporando ao seu cesto votos de eleitores que o PSDB considerava cativos.

O anfitrião pintou um cenário de "guerra ideológica". Coisa esquemática e maniqueísta. Nos palanques, Bolsonaro enfiava PSDB e PT num mesmo balaio "comunista". Agora, inclui o tucanato na turma do "bem".

Apelando para o "patriotismo" dos tucanos, Bolsonaro disse esperar que eles o ajudem a governar. Repetiu mais de uma vez que o eventual fracasso do seu governo devolverá ao Planalto o PT e seu o projeto de poder perpétuo. Reafirmou uma promessa de campanha. Sem especificar datas, disse que enviará ao Congresso no início do governo uma emenda propondo o fim da reeleição.

Convidado para o encontro, o futuro deputado federal Aécio Neves brindou os presentes com sua ausência. Bolsonaro destrinchou as prioridades de sua agenda conservadora. Reiterou a pretensão de eliminar toda a "burocracia" que inibe os negócios. Fala sobre meio ambiente e índios com a sutileza de um predador. Citou de memória os nomes de reservas ambientais e indígenas. Insinua que deixarão de ser santuários.

Reiterou também a intenção de privilegiar nas relações de trabalho o emprego em detrimento dos direitos trabalhistas. Citou o Ministério Público do Trabalho num timbre próprio de quem dá de ombros para eventuais reações do órgão. E os representantes do PSDB dividiram-se em dois grupos: os que ouviram tudo em silêncio e os que balançaram a cabeça em sinal de aprovação.

Nenhum tucano pareceu preocupado com o fato de que, pelo menos na certidão de nascimento, o PSDB é uma legenda social-social democrata. Tampouco houve quem se recordasse dos alertas feitos durante a campanha. Era como se as propagandas agressivas que o comitê de Alckmin levou ao ar não faz nem dois meses jamais tivessem existido. 

A essência da política é a negociação. Melhor buscar o entendimento do que trocar sopapos. Mas certas conciliações reforçam a impressão de que o universo político é mesmo o território da farsa. Nele, faz papel de bobo quem imagina que as contendas serão resolvidas à moda do século 19, quando os insultos eram lavados com sangue em duelos eletrizantes.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Caos médico toma conta de país, após saída de cubanos

A saída dos médicos cubanos do Programa Mais Médicos continua a levar o caos para atendimento no interior do país. 

Enfermeiros estão assumindo atividades de médicos, o uso de ambulância para deslocar moradores a outras unidades disparou e a desistência de pacientes em obter atendimento se tornou generalizada. 

Dos 8.319 brasileiros inscritos no Programa após a saída dos cubanos, apenas 10% se apresentou.

PT deve rejeitar fazer autocrítica desejada pelos inimigos, diz Altman

"Muitas das vozes que exigem autocrítica do Partido dos Trabalhadores", na realidade "mascaram o desejo de vê-lo renegando sua natureza classista", diz o jornalista Breno Altman.

Para ele, apesar da derrota no pleito presidencial "o PT e seu candidato caíram de pé, porque foram capazes de recompor sua identidade, negando-se ao beijo na cruz e reencontrando-se com seu veio histórico" e que "possivelmente preservarão condições de combate se evitarem a cantilena da autocrítica desejada por seus inimigos e até por alguns potenciais aliados".

CCR fechha acordo de delação e diz ter pago R$ 44 milhões em Caixa 2 para Serra e Alckmin

Empresa CCR, que atua no setor de concessões de metrôs, aeroportos e estradas, disse, em um acordo que será firmado nesta quinta-feira (29) junto ao Ministério Público de São Paulo, que pagou R$ 44 milhões por meio de caixa 2 a políticos ligados aos grupos do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), do senador José Serra (PSDB-SP) e do ministro de Ciência e Tecnologia, Gilberto Kassab (PSD), que foi indicado pelo governador eleito de São Paulo João Doria (PSDB) para ser o futuro chefe da Casa Civil.

Bolsonaro bate continência para assessor de Trump e humilha brasileiros

Na manhã desta quinta, o presidente eleito Jair Bolsonaro provou que governa para servir a interesses dos Estados Unidos e não do povo brasileiro.

Ele bateu continência para o assessor de segurança de Donald Trump, John Bolton, ao recebê-lo em sua casa no Rio.

Conhecido como 'senhor da guerra', Bolton quer que o Brasil, a nova colônia dos EUA na América Latina, pressione a Venezuela e sufoque Cuba.

Bolsonaro já acabou com os Mais Médicos, deixando milhões de brasileiros sem assistência, e pode entrar num conflito com venezuelanos.

Militares nacionalistas, como o general Mourão, estão preocupados com a humilhante submissão do Brasil.

Segundo decreto que regulamente o tema, "a continência parte sempre do militar de menor precedência hierárquica".