sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Será um Bolsogate?

O escândalo e suas repercussões

Fonte: Brasil247, 07/12/18, atualizado em 08/12/18,17:42h

A Folha divulgou a notícia do escândalo

Classificado por Jair Bolsonaro como "o maior fake news do Brasil", o jornal Folha de S.Paulo da família Frias mandou seu primeiro aviso de guerra ao presidente eleito com a manchete desta sexta-feira: "Relatório do Coaf envolve ex-assessor de Flávio Bolsonaro".

Os Frias implementaram durante a campanha eleitoral uma política editorial de simpatia a Bolsonaro e de continuidade de sua hostilidade histórica ao PT.

A relação ficou abalada com as reportagens da jornalista Patrícia Campos Mello e agora azedaram de vez.

Flávio Bolsonaro empregou família de PM monitorado pelo Coaf

O futuro senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), empregou em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a mulher e duas filhas do ex-assessor e policial militar Fabrício Queiroz.

De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Fabrício registrou uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em suas contas bancárias no espaço de um ano.

Segundo Flávio Bolsonaro, "não há nada a esconder" sobre as nomeações.

Conexão da família do PM Queiroz envolve Jair, Michele e Flávio Bolsonaro

"O assessor parlamentar, motorista e segurança de Flávio Bolsonaro, PM Fabrício José Carlos de Queiroz, fez movimentações de RS 1,2 milhão em sua conta bancária no período de um ano. 

Uma das transações de Queiroz é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama Michele Bolsonaro", informa o colunista Ricardo Kotscho, um dos jornalistas pela democracia. 

"A Polícia Federal já foi acionada para entrar nestas investigações do Coaf sobre as movimentações bancárias da família do PM?".

Ex-assessor fisgado pelo Coaf era íntimo e pescava com Jair Bolsonaro
Fisgado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) com movimentações de R$ 1,2 milhão, incompatíveis com sua renda, o policial Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro tinha total intimidade com o clã presidencial. A tal ponto, que saía para pescar com o próprio Jair Bolsonaro, que justificou a transferência de R$ 24 mil para a futura primeira-dama Michele Bolsonaro como o pagamento de um empréstimo não registrado em seu imposto de renda.

Bolsonaro alega “recomendação médica” e silencia sobre escândalo envolvendo mulher e filhos

Em publicação no Twitter, o presidente eleito afirma que cancelou viagem para São Paulo prevista para esta sexta-feira após receber "recomendação expressa" de equipe médica para repousar.

Bolsonaro iria para Pirassununga, no interior paulista, para participar de cerimônia na Academia da Força Aérea.

Agora, o presidente eleito seguirá direto de Brasília para sua residência no Rio de Janeiro.

Em um dia, escândalo já chega a Jair Bolsonaro e envolve ex-assessora

O jornalista Mauro Lopes, editor do 247 e integrante do projeto Jornalistas pela Democracia, escreve sobre a descoberta desta sexta-feira: o escândalo que até ontem envolvia Flávio Bolsonaro e a futura primeira-dama, Michelle, invade agora o gabinete do presidente eleito.

Uma ex-assessora de Jair Bolsonaro, Nathalia Melo de Queiroz foi flagrada pelo Coaf com uma movimentação suspeita em sua conta.

Ela é filha do PM Fabrício José Carlos de Queiroz, em cuja conta trafegou R$ 1,2 millhão apenas em 2016 e que depositou um cheque de R$ 24 mil na contra de Michelle Bolsonaro.

Os Queiroz são íntimos dos Bolsonaro há mais de 15 anos .

A repercussão do fato

Costa Pinto: bolsogate já vale meia Fiat Elba

Jornalista pela Democracia, Luis Costa Pinto fala sobre o escândalo que atinge a família Bolsonaro e traça um paralelo com o escândalo que derrubou o ex-presidente Fernando Collor de Mello.

"Collor caiu quando se soube que seu tesoureiro, PC Farias, pagava despesas pessoais da ex-primeira-dama Rosane Collor e quando apareceu a Fiat Elba", diz ele. "Os R$ 24 mil pagos pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro representam meia Fiat Elba".

Moro silencia e evita comentar o Bolsogate

O ex-juiz Sergio Moro, que será o futuro ministro da Justiça, não quis falar sobre o "bolsogate" – escândalo que atinge a família Bolsonaro e revela movimentações de R$ 1,2 milhão feitas por um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

Questionado sobre o caso, Moro preferiu silenciar sobre as transações suspeitas reveladas pelo Coaf, que ficará sob subordinado a ele a partir de janeiro.

Boulos: Moro vai investigar ou fazer vistas grossas ao seu novo chefe?

Líder do MTST, Guilherme Boulos indagou pelo Twitter se o futuro ministro da Justiça, Sergio Moro, investigará ou acobertará o futuro governo do escândalo do Bolsogate; ele destaca ainda que este "é o primeiro escândalo da presidência de Bolsonaro, antes mesmo da posse", e "tudo com provas materiais".

Perguntado sobre bolsogate, Onyx ataca Coaf e abandona coletiva

O futuro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), atacou nesta sexta-feira, 7, o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que revelou a movimentação suspeita de R$ 1,2 milhão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro (PSL), Fabrício Queiroz, incluindo um pagamento de R$ 24 mil a Michele Bolsonaro, esposa do presidente eleito.

"Setores estão tentando destruir a reputação do sr. Jair Messias Bolsonaro. No Brasil, a gente tem que saber separar o joio do trigo. Nesse governo é trigo. Onde é que estava o Coaf no mensalão, no petrolão?", disse Lorenzoni, visivelmente irritado, e abandonou a entrevista em seguida.

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