segunda-feira, 3 de julho de 2017

Nassif: mudança de Fachin no caso Loures pode estar ligada à Abin

Se realmente for isso, não seria o ministro Fachin suspeito de alguma coisa? 

O jornalista Luis Nassif, editor do GGN, produziu uma detalhada análise sobre as decisões recentes do ministro Edson Fachin e concluiu que "não há hipótese benigna para sua mudança no caso de Rodrigo Rocha Loures" – operador de Michel Temer flagrado com a mala com R$ 500 mil em propinas.

Uma das hipóteses para o recuo, segundo Nassif, seria o fato de o ministro do Supremo Tribunal Federal ter sido investigado pela Agência Brasileira de Inteligência.

PF mira cúpula dos transportes no Rio em nova etapa da Lava Jato


Agentes da Polícia federal estão nas ruas em mais uma fase da Lava Jato no Rio. O foco da ação é a cúpula do transporte rodoviário do estado.

Na noite de domingo (2), a força-tarefa da Lava Jato antecipou parte da operação e cumpriu mandado de prisão, contra Jacob Barata Filho, um dos maiores empresários do ramo de ônibus do Rio, que foi preso no aeroporto quando tentava ao tentar embarcar para Lisboa, Portugal, só com passagem de ida.

No Brasil de hoje, o crime compensa?

Como fica a imagem do Supremo perante a opinião pública depois das decisões favoráveis a Aécio e sua gente, bem como a Rocha Loures?

O jornalista Ribamar Fonseca, colunista do 247, comenta as recentes decisões dos ministros do STF Marco Aurélio Mello e Edson Fachin - o primeiro devolveu o mandato ao senador Aécio Neves e o segundo soltou Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala de Temer - e comenta que os magistrados "revogaram decisão da própria Corte, o que nos leva a acreditar que os homens de toga estão meio perdidos na análise dos processos ou, então, algo muito estranho está acontecendo na mais alta Corte de Justiça do país".

"Conclui-se que com essa Justiça o Brasil dificilmente retomará os trilhos da democracia e, consequentemente, do desenvolvimento, porque a escandalosa parcialidade continuará selecionando os réus", diz ele.

Padilha se cala em depoimento à Polícia Federal sobre Odebrecht

Se falar compromete a si próprio e o chefe?

O braço direito de Michel Temer, Eliseu Padilha, escolheu o silêncio ao ser questionado no inquérito que investiga a propina de R$ 10 milhões paga pela Odebrecht ao PMDB, após um jantar no Palácio do Jaburu, com a presença de Michel Temer.

"Confirma que nessa reunião foi reafirmado um pedido de Michel Temer para Marcelo Odebrecht relacionado a R$ 10 milhões para a campanha do PMDB?", foi uma das perguntas da PF.

Padilha silenciou e deverá ser denunciado pelo Ministério Público – o que, em tese, o obrigaria Temer a demiti-lo.

Em 45 dias, Temer passa do delírio a depressão


Michel Temer está profundamente abatido; a tal ponto, que até seus amigos mais próximos têm demonstrado preocupação com seu estado de espírito, segundo informa a colunista Monica Bergamo.

De acordo com interlocutores, Temer, que conquistou o poder por meio de um golpe e se tornou o primeiro ocupante da presidência denunciado por corrupção na história do Brasil, estaria se sentindo "numa guerra sem trincheira".

Seu ânimo é oposto ao que ele demonstrava antes de ser delatado por Joesley Batista, quando delirava e se sentia capaz de vencer a disputa presidencial de 2018 – naquele momento, Temer já era rejeitado por praticamente todos os brasileiros.

domingo, 2 de julho de 2017

Só observando!

O padre de uma igreja decidiu observar as pessoas que entravam para orar. 

A porta se abriu e um homem de camisa esfarrapada adentrou pelo corredor central.

O homem se ajoelhou, inclinou a cabeça, levantou-se e foi embora. 

Nos dias seguintes, sempre ao meio-dia, a mesma cena se repetia. 

Cada vez que se ajoelhava por alguns instantes, deixava de lado uma marmita.

A curiosidade do padre crescia e também o receio de que fosse um assaltante, então decidiu aproximar-se e perguntar o que fazia ali. 

O velho homem disse que trabalhava numa fábrica, num outro bairro da cidade e que se chamava Jim. 

Disse que o almoço havia sido há meia hora atrás e que reservava o tempo restante para orar, que ficava apenas alguns momentos porque a fábrica era longe dali.

E disse a oração que fazia: 

'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar, mas eu penso em você todos os dias. 

Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.' 
O padre, um tanto aturdido, disse que ele seria sempre bem-vindo e que viesse à igreja sempre que desejasse. 

'É hora de ir' - disse Jim sorrindo. 

Agradeceu e dirigiu-se apressadamente para a porta.

O padre ajoelhou-se diante do altar, de um modo como 
nunca havia feito antes. 

Teve então, um lindo encontro com Jesus. 
Enquanto lágrimas escorriam por seu rosto, ele repetiu a oração do velho homem... 

'Vim aqui novamente, Senhor, só pra lhe dizer quão feliz eu tenho sido desde que nos tornamos amigos e que o Senhor me livrou dos meus pecados. Não sei bem como devo orar mas penso em você todos os dias. 

Assim, Jesus, hoje estou aqui, só observando.'

Certo dia, o padre notou que Jim não havia aparecido. 

Percebendo que sua ausência se estendeu pelos dias seguintes, começou a ficar preocupado. Foi à fábrica perguntar por ele e descobriu que estava enfermo. 

Durante a semana em que Jim esteve no hospital, a rotina da enfermaria mudou. Sua alegria era contagiante.

A chefe das enfermeiras, contudo, não pôde entender porque um homem tão simpático como Jim não recebia flores, telefonemas, cartões de amigos, parentes... Nada!

Ao encontrá-lo, o padre colocou-se ao lado de sua cama. Foi quando Jim ouviu o comentário da enfermeira: 
- Nenhum amigo veio pra mostrar que se importa com ele. Ele não deve ter ninguém com quem contar!!

Parecendo surpreso, o velho virou-se 
para o padre e disse com um largo sorriso: 

- A enfermeira está enganada, ela não sabe, mas desde que estou aqui, sempre ao meio-dia ELE VEM! Um querido amigo meu, que se senta bem junto a mim, Ele segura minha mão, inclina-se em minha direção e diz: 

'Eu vim só pra lhe dizer quão feliz eu sou desde que nos tornamos amigos. Gosto de ouvir sua oração e penso em você todos os dias. 

Agora sou eu quem o está observando... e cuidando! '

Papa peronista defende sindicatos

O Golpe é herético

Conversa Afiada, 01/07/2017
Crédito: Deputado Paulo Pimenta

Foi João Pedro Stédile quem revelou que o argentino Papa Francisco é peronista.

São apóstatas o Golpe e os defensores da volta à Escravidão - veja aí no alto quem votou para rasgar a CLT, a começar pelo maior dos ladrões, o Serra, também vítima da Camargo.

O maior dos ladrões é o mais herege de todos: na campanha fracassada de 2010, ele se transformou no Padim Pade Cerra e, como se sabe, ele e seu patrono, o FHC Brasif acreditam tanto em Deus quanto na monogamia.

De volta ao Papa:


Por Manolo Ramires, no jornal Brasil de Fato:

O Papa Francisco voltou a criticar o modelo de capitalismo exploratório e especulador em voga no mundo todo. Para sua santidade, é necessário estabelecer uma nova ordem mundial em que os interesses da sociedade se coloquem à frente do interesse do capital. O Papa voltou a surpreender e elogiou a atuação das entidades sindicais como uma forma de construir o novo pacto social.

A mensagem de Francisco foi proferida um dia antes da "Missa de São Pedro e São Paulo". O texto foi endereçado aos delegados da Confederação Italiana Sindical dos Trabalhadores (CISL) neste dia 28.

Para o Papa Francisco, diante da crise do capitalismo, é essencial destacar o papel dos sindicatos. "Não há uma boa sociedade sem um bom sindicato e não há um sindicato bom que não esteja dentro das periferias com objetivo de transformar o modelo econômico", avaliou o santo padre.

Embora o Papa tenha destacado a importância das entidades sindicais, Francisco também observou que muitas entidades perdem seu foco de atuação.

"Em nossas sociedades capitalistas avançadas há entidades sindicais perdendo desta natureza profética, e tornam-se demasiado semelhantes às instituições e poderes que deveriam criticar. A união com o tempo passou a se assemelhar a política demais, ou melhor, a partidos políticos, a sua língua, seu estilo. Mas, se você perder esta dimensão típica e diferente, também a ação em negócios perdeu o poder e a sua eficácia", alertou.

Novo pacto social

Francisco voltou a falar de um novo pacto social. Seu discurso cai como uma luva para o momento em que passa o Brasil quando direitos dos trabalhadores são retirados por políticos por meio de reformas trabalhistas e previdenciária.

O Papa Francisco criticou a ganância dos empresários e do mercado. "É uma empresa insensata e míope que obriga o idoso a trabalhar muito tempo e requer toda uma geração de jovens a trabalhar quando deveriam fazê-lo para eles e para todos", disse o Pontífice, que lembrou que "nem sempre nem toda a gente tem direito a se aposentar porque eles têm jornadas em desigualdades no tempo de trabalho se torna perene".

Justiça estrangeira assalta a soberania nacional

É a elite do Mundinho Falcao, de Gabriela...

                                                                                   (*)Francisco Carlos Teixeira da Silva

Conversa Afiada, 02/07/2017
Para Moro, o Alt. Othon é 3,7 vezes pior que o Cunha (Reprodução/Defesa Aérea Naval)

O Conversa Afiada reproduz artigo de Francisco Carlos Teixeira (*) publicado pelo Tijolaço:

Muitos brasileiros tinham esperança, ou ao menos expectativas, na atuação da Justiça. Mesmo sabendo que os tribunais brasileiros são lentos, formais e que se expressam num leguleio que poucos entendem – mesmo assim! – esses brasileiros tinham esperanças. Não podíamos crer, materializar, o dito antigo de que a Justiça no Brasil é feita – e com dureza! – apenas para ladrão de galinhas. “Para os amigos tudo, para os inimigos a Lei!”.

Muito menos podíamos imaginar que seria através de tribunais brasileiros que interesses estrangeiros declarariam guerra ao Brasil.

Uma guerra de novo tipo: uma guerra sem guerra, ou seja, uma guerra que usa meios não-bélicos para destruir, solapar, aniquilar a capacidade do adversário. Assim, utilizando-se de modernos meios tecnológicos – mídias digitais, propaganda massiva, formação de quadros de elite em universidades estrangerias, sistemas de estágios e bolsas de estudos em centros de treinamentos, etc… arma-se uma elite para atuar a serviço, consciente ou inconscientemente, desse poder estrangeiro.

O Brasil não seria o primeiro alvo. Na verdade Ucrânia, Líbia, Egito, Tunísia, Síria, Geórgia e Turquia foram alvos anteriores desse modelo novo de guerra – uma guerra que não precisava recorrer aos custosos meios tradicionais de luta com canhões, bombardeios e destruição de cidades. Podia-se fazer a guerra a bem dizer… sem guerra. Por outros meios. Não era exatamente uma “guerra híbrida” ainda. A guerra híbrida misturaria meios novos e meios tradicionais. Por enquanto, nas chamadas “primaveras”, a guerra seria “sem guerra”.

Para funcionar a “guerra sem guerra”, precisa-se conhecer bem o ponto fraco do inimigo. No caso brasileiro foi fácil: homens do talho de Victor Nunes Leal e Raymundo Faoro já apontavam para a chaga aberta do país – o caráter patrimonial do Estado brasileiro. O patrimonialismo, no perfeito conceito de Max Weber, permitiu que uma elite parasitária colonizasse o Estado e cooptasse tudo e todos que se apresentem como “o novo”, “o transformador”, “o renovador”. Trata-se do velho “transformismo” das elites, e de seu poder de cooptação, tão bem descrito por Jorge Amado em seu personagem “Doutor Mundinho”, de “Gabriela, Cravo e cCanela”.

Cabia,assim, utilizar-se dos males propiciados pela elite corrompida do país como brecha para iniciar o ataque à soberania nacional. O interessante é que tal ataque a nossa soberania seria feita pela parcela, aparentemente, não corrompida dessa mesma elite. Estrangeirada, imbuída do élan “renovador”, tal elite embora inteiramente colonizada, vestida, como no dizer de Frantz Fanon, com a máscara do colonizador para impor ao seu próprio povo um modelo importado e alienado. A elite “renovadora”, capacitada em centros estrangeiros,em nome de uma pureza que só o “outro perfeito”, “o estrangeiro”, “o espelho” em que devemos nos mirar e, assim, deixar de ser o que somos para ser a cópia mascarada do “Outro” colonizador, renega sua própria gente, sua história e suas tradições.

Com tudo isso destrói as bases da própria soberania nacional.

A Operação Lava-Jato abriu, sim, para muitos, a esperança de que as coisas mudariam: o patrimonialismo de mais de quatro séculos seria arrancado pelas raízes e o país seria “passado a limpo” – mas, infelizmente, só miravam no espelho do Outro, do estrangeiro. Depois de seus cursos e estágios no exterior se sentiam prontos para a hercúlea tarefa de “limpar” o Estado brasileiro, tomando-a como “missão”. De qualquer ponto que puxassem o fio viria o novelo de pecados da história-pátria: propinas, sinecuras, prebendas, filhotismo, estelionato, favoritismo, peculato, e tanto mais… Contra uma “história feia”, a nossa, a da própria pátria, considerada viciosa, antepunham a história virtuosa d´“Outro”, sem saber que a história desse “Outro” é uma pura construção mítica, ideológica, benzida na pia da religião.

Incultos na sua erudição, tomaram o mito d´Outro como história.

Iniciaram-se, então, os procedimentos jurídicos, o flanco da “guerra sem guerra”, a primavera do Brasil: afinal poderosos iriam para prisão. E realmente foram. Foram mesmo? Bem, Eduardo Cunha – uma unanimidade nacional, uma espécie de “meu malvado predileto” da Nação – mas, só depois que cumpriu seu papel, o de defenestrar Dilma Rousseff do seu cargo via acusações que seriam nos meses seguintes “fichinha”, “crime” de freira de colégio interno, face ao chorume a vazar do Congresso Nacional nos meses seguintes ao seu impeachment.

Bom, prendeu-se Cunha com seu aspecto melífluo, sua voz dissimulada, suas mãos felinas e seu cabelo oleoso e com aparência de caspa severa – está lá! Condenado a 15 anos de prisão! No entanto, sua esposa – uma jornalista de grande experiência foi considerada inocente, pois não sabia de onde caía o dinheiro no seu generoso cartão de crédito… Há quem mais? Ah, não… Esse está livre; este outro… Fez delação e foi solto; aquele… hum, foi liberado e…. acolá outrem está em prisão domiciliar.

O próprio Cunha é personagem central de tramas noturnas da República e continua sendo personagem central no “esquema” (ou será “organização”, um sinônimo talvez de “quadrilha”) que sustenta com propinas e malas cheias o presidente em exercício. Portanto, é, em verdade, um homem mais livre que a maioria dos 204 milhões de brasileiros que não escolheram seu presidente e com passes de equilibrista esticam seus salários até o mês seguinte!

Ah, temos sim um prisioneiro da Lava-Jato: o Almirante Othon Silva, condenado a 43 anos de reclusão. Um homem que prestou inúmeros serviços à Pátria, que enfrentou terríveis forças internacionais para dotar o país de uma tecnologia única e avançada, resistindo heroicamente às pressões ocultas de grandes potências. Envergonhado, após a prisão, tentou o suicídio. Mostra caráter! Sérgio Cabral, Eduardo Cunha, qual outro político escreveu sequer uma linha de arrependimento? Nada!

Muito pelo contrário continuam, com recursos escusos, conspirando contra a ordem constitucional da República. No entanto o tribunal entendeu que o homem que dotou o país de alta e exclusiva tecnologia de ponta, um saber estratégico para a Nação, merecia uma pena 3.7 vezes superior ao mago do mal que presidiu o Congresso Nacional, o senhor Eduardo Cunha. Decidiu-se punir um Almirante muito mais do que quaisquer um dos malfeitores que roubam não só o dinheiro, mas principalmente o bem maior do povo, roubam o voto dos cidadãos.

Temos, contudo, como explicar mais esse paradoxo: como permitir que um país com tantas riquezas como o Brasil pudesse se dotar de uma tecnologia nuclear autônoma? Tinha-se que exemplificar em alguém o castigo para parar, deter e nunca mais permitir a ousadia de uma mera colônia neo-extrativista de ser, de fato, um país verdadeiramente soberano.

Como se não bastasse, o mesmo tribunal, aliado a governos estrangeiros, condenam as empresas brasileiras. Isso mesmo, as empresas. Não condenam apenas os executivos responsáveis pelos atos de corrupção, condenam as empresas. Ou seja, em vez de julgar “CPFs”, o tribunal julga “CNPJs”. Condenando as empresas com multas bilionárias a serem pagas a governos estrangeiros, conseguem gerar desemprego massivo, destruição de postos de trabalho, extinção de modernas tecnologias, subdesenvolvimento e a retirada do Brasil de mercados duramente conquistados. E os executivos? Bem, esses são “premiados” e vão para casa! Uma tornozeleira aqui, outra ali; uma retenção de passaporte de um e de outro não… e para outros nenhuma punição! Ou seja, as empresas, os “CNPJs”, são condenadas, caminham para extinção, o desemprego campeia, os trabalhadores sofrem e os executivos – “CEOs”, gostam de dizer! – vivem feliz o resto da história!

Nem as empresas que colaboraram, e mesmo colocaram em funcionamento o Holocausto durante o Terceiro Reich, foram punidas desta forma. A punição recai sobre seus proprietários e executivos e hoje são orgulho da nova Alemanha. Aqui, como se não bastasse a contaminação de valores intangíveis das empresas, devora-se a própria capacidade das empresas sobreviverem. Assim, a engenharia, a pesquisa geológica, a mineral, agropecuária, ferroviária, a engenharia de alimentos, os laboratórios das universidades, transportes e logística passam a ser alvo de uma operação profunda de desmonte.

Enquanto isso, outros produtores/fornecedores internacionais, concorrentes do Brasil, ocupam fatias crescentes de mercados tradicionalmente do país. A capacidade de agregação de valor despenca e cada vez mais nos aproximamos de uma situação de colônia neo-extrativista.

Trava-se, assim, uma “guerra sem guerra” na qual o futuro da soberania nacional está em jogo. E o mais triste de tudo é que o povo brasileiro nada sabe sobre guerras.

(*)Francisco Carlos Teixeira da Silva é professor titular e História Moderna e Contemporânea da UFRJ e do departamento de História da UCAM. Foi o fundador do Laboratório de Estudos Presente e da Rede Brasil de Estudos do Tempo Presente; Professor-Emérito de Estratégia Internacional da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército Brasileiro

Rapidinhas

Temer, acuado, pode buscar uma solução negociada  Desesperado, Temer está fazendo o diabo para permanecer no cargo, agora não mais pelo apego ao poder, mas pelo temor de ser arrancado do Planalto e conduzido direto para a prisão.

O fim de Temer  O Brasil não suporta mais a gangue que despreza o nosso futuro e nos constrange diariamente. Por onde Temer viaja como chefe de Estado, um colar de vexames é detalhado pela imprensa. Erra nomes de outros líderes e até de países.

República às favas. Os encontros imorais de Temer e Gilmar  Julgador e julgado, ao se encontrarem sorrateiramente, não apenas implodem uma República já em frangalhos, promovendo uma influência mútua no poder alheio, como acabam de vez com qualquer esperança de moralidade deste governo.

Deleções premiadas: publicidade ou sigilo? Homologação: poderes e limites do pleno do STF  O princípio da publicidade existe para vedar o obstáculo ao conhecimento. Todos têm o direito de acesso aos atos do processo, exatamente como meio de se ofertar transparência à atividade jurisdicional e evitar o tráfico de influências que impeça a desejada aproximação da verdade dos fatos nos lindes do princípio da verdade real. 

Saída de Temer resolve a crise  Procurador-geral da República não está denunciando Temer ao STF por questões administrativas, como as chamadas "pedaladas fiscais", usadas como justificativa para cassar a presidenta eleita Dilma Rousseff. O crime tem natureza penal. Há mala de dinheiro e valores na conta bancária.

A ficção de Michel Temer  Para se defender com a maior cara de madeira, que não tem outra, o presidente Michel Temer valeu-se de um erro comum em políticos profissionais e até em jornalistas. A saber, que o outro nome da mentira é ficção.

Filme da lava jato precisa de uma sentença condenatória de Lula  Se o juiz Sérgio Moro decidir pela absolvição de Lula, como exige o PT, vai "queimar o filme" com os patrocinadores, que, secretamente, estima-se, investiram mais de R$ 15 milhões na produção.

Uma grave geopolítica  A trágica Era Temer nos lega apenas e, tão somente, miséria, muito mais conflitos sociais e um lugar menor e bem mais subalterno no plano das economias internacionais.

Moro mantém Vaccari na prisão por ser inimigo do PT, do Lula e alicerce do golpe violador do Estado de Direito  Juiz injusto, partidário, ideológico, parcial e seletivo, que atende pelo nome de Sérgio Moro, continua a fazer covardias e a julgar e a prender pessoas que comprovaram não ter cometido crimes, a não ser participar dos governos do PT ou ser membro do partido ou aliado.

Greve geral, arma democrática do trabalhador  A greve geral se apoia, portanto, em fatores objetivos, para reverter a visão neoliberal suicida, que tomou conta do País graças à ilegitimidade do Governo Temer, dissociado dos verdadeiros interesses populares, sendo um perigo para a soberania nacional.

Tchau desquerido  Uma das coisas mais sobrenaturais desse (des) governo, foi o sancionamento imediato da lei que legaliza abertura de créditos suplementares sem autorização do Congresso, motivo pelo qual uma plêiade de injustos utilizou-se para defenestrar Dilma Rousseff do poder. Ou seja, na era Dilma isso era crime de responsabilidade – mesmo sem o aval do MPF – mas para quem não deve (?), não há nada (ou havia) a Temer.

Rocha Loures, o homem-bomba, jura que não delata Temer. Será?  Se Rocha Loures delatasse, com certeza, abreviaria a “agonia” de Temer e o sofrimento do povo brasileiro.

Golpista Michel Temer vai fazer pedaladas  O pretexto que os golpistas encontraram para afastarem a presidenta Dilma Rousseff da Presidência da República foi a questão das pedaladas fiscais. Pois bem, agora, o golpista Michel Temer também vai fazer pedaladas fiscais em seu governo. E com um fator agravante, vai aumentar impostos.

Meirelles é um mala sem alça  Para ser ruim, Henrique Meirelles precisa melhorar bastante. Até o Joesley abriu mão do mala...

Querem entregar o Brasil  O que está se vendo no último ano, após o golpe na democracia do Brasil, é um entreguismo sem limites do governo de Michel Temer. Áreas fundamentais para o avanço econômico do país, como fonte energética, comunicações, reservas minerais e ambientais, estão sendo vendidos de qualquer forma para atender a interesses internacionais.

Luis Felipe Miguel: não há eleição limpa com a força do dinheiro


"No Brasil, o amplo reconhecimento de que o poder do dinheiro compromete as disputas eleitorais não levou, até agora, a soluções efetivas para o problema", afirma o cientista político, para quem os resultados da decisão que fez retornar a proibição das doações empresariais em eleições "foram menos do que auspiciosos".