segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Todas as medidas que Dilma tentou implantar foram sabotadas pelo Congresso. Porquê?


Eugênio Aragão, ministro da Justiça do Brasil entre 14 de março e 12 de maio de 2016, no ocaso do governo de Dilma Rousseff, disse que "os dados já tinham caído" na época da sua chegada à Esplanada dos Ministérios.

Os "dados" são aqueles da crise política, sendo o julgamento do impeachment de Dilma Rousseff "uma questão de tempo".

"Foram 14 meses de profunda crise política, uma crise econômica que veio a reboque da crise política, porque todas as medidas, que o governo deveria implementar para enfrentar a crise, eram sistematicamente sabotadas pelo Congresso. Leia-se, por Eduardo Cunha!", afirma Aragão, em entrevista à agência Sputnik Brasil .

Cotado para o STF, Ives Gandra defende submissão da mulher ao homem


Ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho, um dos principais nomes na disputa pelo STF, afirmou em 2010, em um artigo, que as mulheres devem submissão aos maridos.

Ele defende que casamento deve ser indissociável e deve apenas acontecer entre o homem e a mulher.

Além disso, comparou uniões homoafetivas ao bestialismo, usando como exemplo uma mulher casada com um cavalo.

STF só aceitou afastar Cunha após derrubarem Dilma

Hipoteticamente, o Supremo contribuiu para derrubar Dilma Rousseff


"Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) só concordaram em afastar Eduardo Cunha da presidência da Câmara depois de verem concretizado o afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República. Isso, apesar da insistência de Teori Zabascki, para que agissem antes", afirma o jornalista Marcelo Auler, destacando trecho de artigo do ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão.

Brasil vira filé para petroleiras globais



O feirão de ativos da Petrobras promovido por Pedro Parente e a disposição da administração de Michel Temer em permitir a dilapidação dos recursos nacionais por empresas estrangeiras transformaram o Brasil numa espécie de filé mignon para as petroleiras globais. 

Enquanto a Petrobras encolhe, a recuperação do preço do petróleo torna o negócio ainda mais atraente para as multinacionais; sem perfurar poços no país desde 2014, quando os preços da commodity começaram a cair, a francesa Total e a norueguesa Statoil anunciaram planos de voltar a explorar o mar brasileiro.

Outra companhia que planeja investir é a australiana Karoon, que pretende abrir dois poços para avaliar melhor a descoberta de Echidna, na camada pós-sal da Bacia de Santos.

Zé Dirceu: é hora de erradicar as cadeias


"Quantas cadeias e penitenciárias sobrariam numa fiscalização mínima de condições legais, de segurança e humana? Pouquíssimas. Onde estão as colônias agrícolas e industriais, os Centros de Progressão Penal, os de Detenção Provisória?" 

"É hora de mudar radicalmente, erradicar as cadeias, reconstruí-las sob novas bases e cumprir a lei de progressão, acabar com as prisões provisórias e as preventivas ilegais e abusivas", diz o ex-ministro José Dirceu, que está preso no Paraná, em carta ao escritor Fernando Morais.

Ele também questionou a diferença de tratamento entre o seu caso e o do chanceler José Serra, que recebeu R$ 23 milhões na Suíça, em 2010, e continua no poder: "A que ponto chegamos".

Lava Jato terá novo relator em poucas horas ou dias, diz Marco Aurélio


O Ministro do STF, Marco Aurélio Mello, disse que a Lava Jato deverá ter um novo relator em poucas horas ou em poucos dias.

"Pelo o que conheço, há muitos anos, da atuação da ministra Cármen Lúcia, ela procederá não [com] a homologação, mas sim a redistribuição [do processo]", afirmou.

"Deve ser rápido, porque procedimento penal não pode ficar suspenso sob pena de militar a favor de possíveis envolvidos, prejudicando-se aí os interesses maiores da sociedade".

Ministro Celso de Mello é um dos cotados para assumir.

Os três amigos

Gilmar, Temer e Moreira após a morte de Teori


"Vi ontem no 'Fantástico' uma cena que poderia ser apenas 'um encontro de amigos de 30 anos', num final de tarde de domingo, como o próprio texto narrou, se os três amigos não fossem quem são - Michel Temer, presidente da República, Moreira Franco, um de seus ministros mais íntimos e o ministro do STF, Gilmar Mendes.

O momento não fosse um dos mais delicados da vida nacional, três dias depois da morte do ministro relator da Lava Jato Teori Zavascki, que estava para homologar delações de diretores da Odebrecht que envolvem Temer e Moreira Franco, este sob o apelido 'Angorá' em denúncias de corrupção", diz Alex Solnik, chocado com o encontro – e com o descaso pelas aparências.

"Os três amigos não deram a menor importância ao dispositivo da constituição que determina a separação dos Três Poderes e afrontaram a opinião pública com a sua falta de pudor".

"Citados na Lava-Jato, Michel Temer e Moreira Franco reuniram com o ministro Gilmar Mendes até alta horas desse domingo. Gilmar é ministro do STF e o presidente do TSE, que conduz a ação que pode afastar Temer da presidência", diz o jornalista George Marques sobre a estranha reunião no Palácio do Jaburu.

"De certo não especularam sobre o sucessor de Teori ou que o ministro do TST Ives Granda Filho é um dos grandes cotados. Talvez não"

Por que não falamos claro sobre os dilemas do pós-Teori?



"No final de semana em que Teori Zavascki foi enterrado, o Brasil seguiu tangenciando, com meias-palavras, argumentação oblíqua e eufemismos, os dilemas decorrentes de sua morte", diz a colunista do 247 Tereza Cruvinel sobre o futuro da Lava Jato.

Para ela, está claro que Michel Temer só tem a ganhar com os atrasos nas investigações com mudança de relator na Corte: "Se não for com a escolha do novo ministro, será pelo menos com o inevitável atraso na homologação da delação da Odebrecht e com os seus desdobramentos, que podem atingir Temer (citado 43 vezes num só depoimento), uns 200 congressistas e alguns ministros", afirma.

"E como Gilmar Mendes já disse que o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE deverá levar em conta as revelações da delação da Odebrecht, o atraso na homologação e divulgação - que Teori faria em fevereiro, levará à procrastinação do julgamento".

sábado, 21 de janeiro de 2017

Almino Afonso ao 247: “Desejo que o país volte à normalidade institucional”


Um dos políticos mais importantes e com atuação decisiva na vida nacional em defesa da democracia, há mais de 60 anos, Almino Afonso critica a figura do impeachment, não só no caso de Dilma, mas também de Collor: "Eu acho que o impeachment não é a solução melhorar para superar crises políticas". 

Dos atuais ministros, faz restrições a Alexandre de Moraes: "Não sou um entusiasta dele". Embora não ataque Temer explicitamente, acha que "está nos faltando uma voz que diga ao país: o caminho é esse". 

"Eu acho que o Fernando Henrique poderia ser essa voz", diz. Mas Lula, não: "O Lula está com o nome altamente discutível". Nenhum dos postulantes à sucessão de Temer se enquadra nesse perfil: "Ainda não vejo candidato a presidente da República que o país precise"

São sinceras as lágrimas no enterro de Teori?


Repare bem na imagem e nos personagen. No canto esquerdo, Alexandre de Moraes, que sonha com a vaga de Teori Zavascki no Supremo Tribunal Federal. No canto direito, José Serra, que foi delatado pela Odebrecht por ter recebido R$ 23 milhões na Suíça, em 2010. A seu lado, Eliseu Padilha, também delatado, que disse que o governo ganhou tempo com a morte de Teori, pois a homologação das delações irá demorar um pouco mais. No centro, Michel Temer, que também foi delatado por pedir R$ 10 milhões à empreiteira em pleno Palácio do Jaburu. 

Segundo pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, 83% dos brasileiros creem em atentado.